quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Modesto Luiz Bertoldi

MODESTO LUIZ BERTOLDI: Filho de Archangelo Leandro Bertóldi (in memoriam) e de Rosalina Cavichiolli Bertoldi; natural de Brusque, nascido aos 24.12.53. Cônjuge: Inêz Henrica Bertóldi; dois filhos: Roney e Rosélis. Torce para o Corinthinas. Presidente do Sindicato do Transporte Individual de Passageiros – Táxis.

Modesto Luiz Bertoldi com a família.

Como foi a sua infância?
Éramos em oito irmãos, todos frequentavam à Escola e a Igreja. Éramos felizes, nunca nossos pais deixaram faltar o pão de cada dia e, nem a educação.
Sonho de criança?
Sonhava em ser Músico.
Como foi sua juventude?
No ano de 1968, quando tinha 15 anos, meu pai tinha um Salão de Dança, na Santa Luzia, local, onde eu e meus irmãos trabalhávamos para o bom funcionamento do mesmo. Quando tinha 20 anos, eu e meu irmão Dario, compramos nosso primeiro automóvel, um fusca 67, cor verde. Foi aí que tive meu primeiro contato em ser motorista. Aos 25 anos, presidi a Sociedade Esportiva e Recreativa São Luzia, no período de 1978 a 1980.
Formação escolar?
Iniciei os estudos na Escola José Vieira Corte – Santa Luzia, por volta de 1961, onde cursei até a quarta série do Primário. O segundo grau fiz no Colégio Professor Honório Miranda em 1975. Durante o ano de 1980, frequentei o curso de Desenho Mecânico no Senai.
Primeiro/a Professor/a?
Maria Lúcia Macedo.
’Melhor Professor/a? Porquê
Dr Luiz Gianesini, no Colégio Honório Miranda, porque passava o conteúdo com melhor clareza.
Como surgiu o táxis em sua trajetória?
Por volta de 1987, na época trabalhando na Renaux, apareceu a oportunidade de requerer um Ponto de Táxis, situado em Águas Claras, próximo ao Clube 1020, onde eu trabalhava como taxista autônomo no período vespertino.
’ Qual é a norma que rege o transporte individual de passageiros em veículos de aluguel a taxímetro?
A norma que rege o transporte individual de passageiros em veículos de aluguel a taxímetro, ou seja, Táxis, é a Lei Complementar 57/97.
’Como se aplicam os dispositivos constantes da Lei Complementar?
A responsabilidade pela implantação, revisão e alteração de vagas e de Pontos de Táxis acontece após análise e aprovação pela Comissão Municipal de Táxis, é encaminhada ao Diretor Presidente do Instituto Brusquense de Planejamento e Mobilidade –IBPLAM, que dá a palavra final do Município para a elaboração ao ato administrativo correspondente,
Quem integra a Comissão Municipal de Táxis?
Eu, Modesto Luiz Bertóldi, Arceu Abel Nascimento, Carlos César Ramos e você, Luiz Gianesini.
Como é procedido para fixar Pontos de Táxis a a lotação do Ponto?
Após recebido,apreciado o pedido e verificado, detalhadamente: a localização e o lugar do Ponto de Táxi, A comissão Municipal de Táxis, determina um período de experiências do Ponto e se aprovado,é feito mediante a edição de um Decreto, visando sua efetivação, ressaltando-se que, em relação aos Pontos de Táxis, respeitados os limites estabelecidos na legislação mencionada.
’Quando há uma irregularidade por parte de um taxista, como se procede?
Para os casos de irregularidades, foi instituído o Registro de Ocorrências, no âmbito das atividades fiscalizadoras, a saber, o Decreto 5996/09.
Como é aperfeiçoado as lacunas existentes na legislação brusquense, já que o texto aprovado foi encaminhado à Câmara, nos idos de 96 e, a ausência de experiência dos membros da Comissão Municipal no sistema de táxis do Berço da Fiação Catarinense?
Na falta de experiência ou diante da ausência de dispositivo na legislação municipal a Comissão- ou algum integrante da comissão desloca-se – ou via telefone ou e-mail -a outras cidades vizinhas, notadamente Blumenau, de onde, na gestão municipal de 93/96, Quando você era o Procurador-Geral do Município, buscou-se o texto atualmente vigente.
Quantos Pontos de táxis temos em Brusque?
São 23 Pontos fixos e dois rotativos, onde estão distribuídos os 72 carros permissionários, mais 25 motoristas auxiliares.
Composição da Diretoria do Sindicato?
Diretoria Executiva: Presidente: Modesto Luiz Bertóldi; ‘Vice: Alessandro Veber; Tesoureiro: Vilson Correia de Mello e Secretário: Ilário Bernardi.Conselho Fiscal: Presidente: Luiz Gamba Neto; Vice: Gilmar Baungartner e Secretário: Arceu Abel Nascimento. Suplentes: Braz Rezini, Davi Beletti e Paulo Sebastião Libardo. Delegados representantes junto à Federação: efetivo: Modesto Luiz Bertóldi e suplente: Alessandro Veber.
Como funciona o Sindicato? Todos os taxistas são sindicalizados?
Como todo sindicato, acontecem as reuniões, em datas determinadas, quando são discutidosassuntos referentes aos taxistas e encontradas as melhores maneiras de agradar o maior número possível de associados. Sim todos são associados.
Os taxistas apresentam muitos problemas a serem resolvidos pela Diretoria do Sindicato?
Como toda instituição, também temos problemas a serem resolvidos, aproximar a quantidade é relativo – difícil situar-se se são poucos , os muitos. Resolvemos à medida que eles são trazidos ao Sindicato.
Que problemas têm a classe de taxistas que são difíceis de serem resolvidos junto à Prefeitura?
Temos algumas situações, como por exemplo: transferência de Ponto, onde alguns profissionais estão necessitando a transferência do Ponto e não recebem a liberação. Outro exemplo: é quanto a documentação para a aquisição de veículo novo, registrando-se que a maioria dos taxistas não conseguem se enquadrar nas condições exigidas.
Como a categoria vê a recente publicação da lei a respeito do moto-táxi?
O taxista vê esta informação como negativa, pois muitos de nossos serviços, são realizados, apenas, com um passageiro e, é onde o moto-táxi atende, apenas um passageiro por vez. Porém, na nossa opinião, quem mais perde é o passageiro, pelas seguintes razões: a) terá que usar, obrigatoriamente, o capacete – equipamento de segurança – que será compartilhado com todos os clientes; b) terá, também, que se aventurar pelo trânsito, com um veículo de duas rodas, com a probabilidade maior de sofrer algum acidente, levando em consideração que além da motocicleta ter os mesmos riscos de um carro; c) tem,ainda,a questão do equilíbrio e o fato de que o pára-choque são as pernas e o para-brisa, a cabeça; d) além do que a corrida de táxi, o passageiro consegue dividi-la com outras pessoas, barateando o custo e melhorando a sua segurança e seu conforto.
Algo que você queria fazer e não deu certo?
Queria abrir uma empresa de segurança, mas por insegurança, não abri...
Algo comigo que aconteceu em sua vida?
Eu e meu irmão compramos um caminhão caçamba, com a intenção de seguir no ramo. Logo, após a compra, disse ao meu irmão:”um sonho realizado, dois homens acabados”. Em nosso primeiro trabalho, estávamos com a caçamba carregada e ao subir uma ladeira, a caçamba empinou. Decidimos, definitivamente, parar por aí mesmo e vendemos a caçamba.,
O que faria se estivesse no início da carreira e que não teve coragem de fazer?
Ser músico. Aos 18 anos tocava em uma banda com alguns amigos meus. Num desses shows conheci minha esposa. A partir daí comecei a ter algumas responsabilidades que fizeram com que meu tempo livre diminuísse; foi então que desisti do sonho, que inclusive era meu grande sonho de criança.
O que você mudaria se pudesse na profissão que exerceu?
Em relação ao tempo que trabalhei na função de segurança da Renaux, não tem nada que gostaria que mudasse. Tudo era como deveria ser. A única coisa que gostaria de mudar – se pudesse – era o tempo, gostaria que retornas separa eu continuar a trabalhar lá.
Quais as maiores alegrias e decepções que teve?
A maior alegria é ter uma família unida até hoje. E a decepção, foi quando recebi a demissão da Fabrica de Tecidos Carlos Renaux, pois não esperava e era algo que eu tinha o prazer e me sentia realizado em fazer. Depois da demissão, eu acordava no meio da madrugada, no horário que costumavalevantar para trabalhar e, então, me dava conta de que eu não trabalhava mais nesse horário; trinta e três anos no mesmo lugar e no mesmo horário e mesma função. Diante do ocorrido decidi-me empenhar mais ainda no serviço de táxi, para não correr o risco de adoecer.
Uma palhinha da vida profissional?
Iniciei minha carreira na Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, no dia 23 de fevereiro de 1973, na função de segurança, sendo que em 1987, paralelamente, iniciei na profissão de taxista autônomo. Recebi o benefício previdenciário- empresa Renaux – em 05 de junho de 2005. Atualmente exerço apenas a função de taxistas.

Referências

  • Matéria publicada no EM FOCO, aos 5 de outubro de 2010.

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