VALDEMIRO DOS SANTOS, popular MIRO DOS SANTOS
O entrevistado desta quinzena é o ex-atleta e musicista Valdemiro dos Santos, mais conhecido
como Miro dos Santos – nascido em Indaial 23.05.1943, vindo para Brusque
aproximadamente aos 13 anos. Filho de Edmundo dos Santos e Maria Freiner dos
Santos, conhecida como Carmem; cônjuge: Maria Cipriani dos Santos; filha: Katte
Priscila. Torce para o C.R. Flamengo, torcia para o C.A. Carlos Renaux,
atualmente para nenhum clube da cidade e tem uma paixãozinha pelo Avai.
Como surgiu Brusque
em sua trajetória?
Morávamos em Indaial e fomos morar em Lontras, estava no
quarto ano escolar, certo dia chegou lá um Padre perguntando quem queria
estudar para Padre, e como eu era coroinha na época, era brincar, igreja e
escola. Quem queria ir levante o dedo, como ninguém levantou eu levante, a
professora retrucou esse aí é o rapaz que mais faz bagunça, no que o Padre
rebateu “essas pessoas que dão bons Padres”.
Cheguei em casa comentei com meu pai e minha mãe - éramos católicos, cantávamos no coro da
Igreja – logo em seguida me mandei para
o Colégio- primeiro em Apiúna, depois tinha mais uns 4 ou 5 de Apiúna, ai tinha
que ir para Ponta Grossa, Não foi permitido ir para lá, acabei em Ascura –
tinha um colégio grande, em que havia uns 250 estudantes. Certo dia minha mãe
chegou e disse que o pai já tinha vindo para Brusque e feito sociedade com o
Café Cine e, posteriormente com Rancho Alegre.
No mesmo dia vim embora para Brusque... meu pai já tinha
arrumado emprego para mim na mecânica São Jose... fomos morar ali no ficava o
Cine Coliseu – hoje lojas Colombo... ali ficava a barbearia do pai que também
era sócio do café Cine... depois fomos morar na Bateas
Tive 2 anos no Seminário, um ano em Apiúna e um ano em
Ascura para estudar para Padre, mas não tinha jeito para ser Padre me mandei,
depois disso fiquei por aqui servi na base, na base vim para Brusque, depois em
Major Gercino por 2 anos, depois uns 9 anos me São João Batista.
Uma palhinha sobre a
vida profissional
Em Brusque trabalhei na Fiação Limoeiro (maçaroqueiras), Verdureira de João Nascimento (ficava
localizada na Primeiro de Maio), Comércio Nelson, Segurança em Banco e na
Malária (picava o dedo e fornecia remédio)
Em que equipes atuou?
Iniciei atuando pelo Ferroviário, que veio a transformar-se
no Nacional, depois fui para a Base Aérea de Florianópolis, tendo atuado em
duas equipes da Base Aérea, sendo a última o Santos Dumont- time do Sargento,
voltei para Brusque, atuei no Centenário ai fui para Major, Boa Esperança, em
São João Batista joguei primeiro no
Fernandes e depois no Usati – de 67 a 69 – iniciei na Lateral esquerda e
termine de quarto zagueiro
Uma vitória
inesquecível?
Foi numa partida entre Usati e Tiradentes pelo campeonato
Regional – uma partida deu a maior
pancadaria, acabando a ser anulada e após um mês foi disputada novamente estádio Augusto Bauer – temos um banho no
Tiradentes, não lembro bem se 7 ou 6 a zero.
Gol que ficou na
lembrança?
Foi um gol contra que fiz quando atuava pelo Usati.
Partidas que ficaram
na memória?
Em 77, quando perdemos
o título empatando o jogo em casa contra o 15 de novembro e em 78, também
contra o 15 de novembro com outro empate
em casa de depois em 79, quando derrotamos o 15 de novembro também em
casa, tornando-nos campeões
E a passagem pela equipe doo Centenário?
Grandes atletas com quem atuou?
Atuei com grandes atletas, entre eles destacaria: Fernandes -que atuou pelo Vasco da Gama, Merízio que atuava no
C.A. Carlos Renaux, com o Soneira e com Nelson Pereira, entre outros
Grandes árbitros?
Árbitros não lembro bem, a gente atuava e o árbitro era o de
menos
Grandes dirigentes
Seu Tomás Caetano Silva Rita, o Afonsinho, ex-jogador do
Renaux (Usati), Arnoldo Zimmeramnn (ferroviário e Nacional), Olinger - pai de Beto Olinger - no Centenário e Sebastião (Getúlio Vargas)
Por que o futebol
amador perdeu a graça?
Não posso dizer que o futebol amador perdeu a graça, depois
de não ter condições de atuar mais deixei de acompanhar... atualmente só torço
para o flamengo
Música
Que instrumentos
tocava?
Meu instrumento musical foi o contrabaixo e era também Crooner
Em que grupos atuou?
Participei do grupo Adelina, Banda Municipal de São João
Batista, Diversales.
Por que parou?
Devido a maledita da bebida.
Miro com a esposa -