O entrevistado desta quinzena é o Presidente da Academia de Letras de Botuverá - Everton Willian da Cunha
Tronco mestre?
Meu nascimento deu-se na cidade de Joinville onde jamais ostentei o pedigree suserano dos príncipes, mas tão pouco me tornei vassalo do Destino. Fui parido por suas barrigas: biológica (mãe) e idiossincrática (pai). Intelectualmente minha gênese foi na boêmia.
Sou filho do meu tempo. Prole pequena e uma asfixia fraterna para manter-me isolado da sensualidade libertina do mundo. Filho único de Matilde Alves dos Santos da Cunha (in memoriam) e Pedro José Ramos da Cunha. Do pai herdei o senso diplomático e da mãe tenho como legado um temperamento fleumático.
Se estivesse no início da carreira o que faria que não teve coragem de fazer?
Acredito que não carregaria o fardo de ser significativamente importante no futuro. Muito perdi em protelar a experiência de viver o presente para fixar meu pensamento no futuro (inatingível) ou no passado (irremediável). Isso vale pra vida.
O que aplica dos grandes educadores e das aprendizagens que obteve?
Sintetizar que quando mais descubro sobre algo mais tenho condições de perceber o quão ignorante sou sobre o assunto. Saber que não se sabe nada é um dádiva e uma maldição. Aprendi que devo desconfiar de minhas verdades absolutas e do viés de confirmação... Outro aprendizado é diagnosticar as armadilhas do "efeito Dunning-Kruger".
Alegrias e tristezas?
Maior desafio?
Finalizando como vê a Programação da televisão?
Se voce tiver tempo para filtrar vai encontrar ótimos conteúdos. A concessão de televisão mais rica em programação é a TV Cultura. Não adianta demonizar algo que está estabelecido... O mesmo vale para Internet.