sábado, 31 de maio de 2014

Maria de Lourdes Busnardo Tridapalli

 Maria de Lourdes Busnardo Tridapalli 


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Maria de Lourdes Busnardo Tridapalli.
Natural de Nova Trento; filha de João Gualberto Busnardo e Maria Antonieta Pisani de Córdova; cônjuge: Luiz Alberto Tridapalli; filhos: Andrea Doria, Luiz André, Ana Paula. Neto: Luiz Gustavo Tridapalli Dalsenter.
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 Como foi sua infância?
Nascida em Nova Trento, lá passei minha infância cercada por seis irmãos. Foram tempos de muita tranqüilidade, muitos amigos,vivendo a cultura de uma cidade do interior, rural e de paz. Desse tempo, ficaram muitas boas recordações: o armazém de secos e molhados administrado por meu pai e que atendia, sobretudo o pessoal da colônia, com sua indumentária peculiar dos colonizadores italianos, o uso do dialeto italiano próprio daquela região e com uma expressão no olhar que transmitia uma sensação de muita tranqüilidade. Outra lembrança marcante é a de minha escolarização inicial realizada no Grupo Escolar Lacerda Coutinho. Foi lá que, com as Irmãzinhas da Imaculada Conceição, aprendi a paixão pelo conhecimento que é algo que considero fundamental para a estruturação da pessoa que sou até hoje.

Sonho de criança?
Ser Engenheira Civil, construir estradas, pontes, enfim, tudo o que pudesse promover o desenvolvimento das cidades, do país, em benefício da população.

Como foi sua juventude?
Típica da cultura dos “anos dourados”. Compus a geração da década de 60, sonhei o “faça amor não faça guerra”, cantei, com Caetano, o “ É proibido proibir”. Nossa geração era movida pela busca por mudanças que efetivamente ocorressem a bem da humanidade. Era um sonho para o coletivo, nós éramos muito menos individualistas e jamais pensamos que as mudanças pelas quais lutamos fossem tão radicalizadas que acabassem por gerar isso que vivemos hoje. Nossa geração aprendeu a pensar no “nós” e em tudo para o que reivindicava, buscava o bem estar da coletividade.Infelizmente, foram muitas as variáveis que fizeram com que o sonho sonhado pela geração 60 tivesse descaracterizado pela ação de forças macroeconômicas que se apropriaram dele e o desvirtuaram a bem de interesses que não eram aqueles que nos moveram à época.
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Pessoas que influenciaram?
Meus pais, a Irmã Maria Teresa, Diretora do Colégio Coração de Jesus, de Florianópolis, onde realizei meus estudos no antigo ginasial, alguns autores de leituras que me marcaram, Dostoiewsky, por exemplo, e meu professor e colega Pe. Orlando Maria Murphy.

Vida escolar?
Ela foi sempre de muita realização pessoal: sempre gostei muito de estudar e cursei excelentes Colégios, desde o Grupo Escolar Lacerda Coutinho, de Nova Trento, onde realizei meus estudos até a quarta série, em seguida, no Internato do Colégio Coração de Jesus em Florianópolis, concluindo o Ensino Médio no Colégio São Luiz em Brusque. Após isso, cursei Filosofia na Universidade Federal de Santa Catarina e Especialização e Mestrado em Psicologia da Educação na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e São Paulo, respectivamente.

Como veio para Brusque? Foi bem acolhida?
Vim para Brusque para fazer o Curso Normal no Colégio São Luiz e após minha graduação em Filosofia, para nele lecionar, a convite de seu Diretor à época, Pe. Orlando Maria Murphy. Sempre me senti em casa nesta cidade onde fui muito bem acolhida desde que aqui cheguei.
Sinto muita satisfação quando me deparo aqui com ex alunos de várias gerações. É como se de alguma forma tivesse contribuído para o desenvolvimento dessas pessoas e consequentemente da própria cidade que tão bem me acolheu.

Como surgiu a Febe em sua carreira?
Inadvertidamente. Em 1973, Pe. Orlando era reitor da Universidade Regional de Blumenau e começou a trabalhar em Brusque, pela criação de uma Fundação Educacional para que a cidade tivesse uma Instituição de Ensino Superior, sobretudo para atender à formação seminarística do sul e sudeste do país. O primeiro curso oferecido foi de Estudos Sociais, que depois se transformou em Filosofia. Eu fui chamada para trabalhar Psicologia neste curso.

Como a Sra. vê a qualidade dos docentes na Febe/Unifebe? Como são escolhidos?
O Centro Universitário de Brusque – Unifebe prima pela qualidade da formação que oferece e por isso tem uma preocupação muito grande com a qualificação de seus docentes. Posso afiançar que o quadro docente dos cursos de nossa Instituição se constitui por muito bons professores. Para a escolha dos mesmos, a Unifebe utiliza um Processo Seletivo, do qual fazem parte, além da análise do curriculum vitae inscrito na plataforma lattes, uma prova didática. Esse processo seletivo ocorre semestralmente, com base na Resolução própria do Conselho Universitário Consumi, que regula o Edital ao qual se dá a máxima publicidade.

O que a Sra. diria quanto a qualidade de ensino de uma maneira geral? Ex. o alto índice de reprovação nas probas da OAB?
Tenho afirmado em várias ocasiões que a qualidade do ensino em nosso país, desde a base até o topo, é precária. Baseio essa afirmação no resultado da denominada Prova Brasil, publicado recentemente, prova que avalia os estudantes de Ensino Fundamental, tanto nas escolas públicas, como das privadas. Em Santa Catarina esse resultado aponta que 53,3% dos municípios catarinenses que participaram do teste não alcançaram o índice esperado de aprendizado entre os alunos da quarta série em português. O percentual dos municípios cujos alunos da oitava série não chegaram ao conhecimento mínimo na mesma disciplina foi de 31,8% . Em matemática, a situação foi diferente quanto às séries. Enquanto, apenas 18,5% dos municípios catarinenses não foi alcançado o aprendizado mínimo esperado entre os alunos da quarta série, sendo que índice das cidades, entre os alunos da oitava série, foi de 51,25%. Quanto aos testes internacionais como o PISA, sabemos que nosso país ocupa uma das últimas posições entre os 157 países que compuseram a última avaliação.
Não é de surpreender, portanto que o índice de reprovação nas provas da OAB se torne cada vez mais alto. A formação na área do Direito não poderia se furtar de traduzir essa precariedade da formação de base, indispensável para uma formação adequada e de qualidade nos níveis de terceiro e quarto grau. Assim, a grita da Ordem dos Advogados do Brasil só não se repete, ainda, nos Conselhos de Medicina, só para ilustrar, porque para os processos de seleção para os Cursos de Medicina, dado o pequeno número de vagas nesses cursos, ainda se pode selecionar os menos precariamente preparados. Considero, porém que o remédio que se quer aplicar para a cura da precariedade na formação, diminuindo a oferta dos cursos, é um procedimento equivocado. Advogamos em nossa constituição o direito à educação formal em todos os níveis para todos os indivíduos, sem exceção. Para que isso se constitua em realidade é portanto indispensável que se garanta a qualidade da formação de base a todas as crianças e jovens brasileiros para que, chegando à Universidade, cada um possa concluir seu curso aprendendo todos os conhecimentos necessários ao exercício competente de sua profissão. Quando nossa sociedade conseguir assegurar o exercício desse direito às nossa crianças e anos nossos jovens, com certeza, não somente o índice de reprovação nas provas da OAB, mas também as queixas da sociedade brasileira sobre a qualidade do ensino em suas Universidades, diminuirão sensivelmente.

Histórico da Febe/Unifebe
A fundação Educacional de Brusque – FEBE, foi instituída pela Lei Municipal 527, de 15 de janeiro de 1973, tendo como idealizador o Prof. Padre Orlando Maria Murphy, que foi o seu primeiro presidente. Nesse mesmo ano foi criada a Escola Superior de Estudos Sociais –ESES, que passou a oferecer o Curso de Estudos Sociais, transformado em Curso de Filosofia, em 1987. Estudos Sociais -ESES, Pe. João Hulse. Reeleito em 1994,Pe. João atuou até o ano de 1998. No início do primeiro mandato, dois novos cursos conveniados com a Universidade Regional de Blumenau foram implantados: Ciências Contábeis e Direito. Em 06.07.1998, concluído segundo mandato do Professor João Hulse, como presidente da mantenedora, FEBE, e Direto da mantida ESES, foi empossada a nova presidente Professora Maria de Lourdes Busnardo Tridapalli, após ter ocorrido sua eleição no dia 29.06.1998, pelo Conselho Administrativo, com base no Estatuto da Fundação, que passou a atuar também como Diretora da ESES, que oferecia na época, além dos quatro cursos conveniados com a Universidade Regional de Blumenau: Administração, Psicologia, Direito e Ciências Contábeis, o curso de Filosofia como curso próprio da Instituição.

O Surgimento do CESBE?
Ao assumir, a diretora-presidente usando da prerrogativa enunciada no art. 86 da Lei Complementar Estadual 170/98, transformou em cursos da ESES os 04 cursos conveniados.
Visando à adaptação da Instituição novas cursos e à sua nova realidade, em abril de 1999, a Escola Superior de Estudos Sociais –ESES, foi extinta e foi proposta ao Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina, a criação do Centro de Educação Superior de Brusque –CESBE, aprovado pelo Parecer 75/99, do referido conselho. Para melhorar as condições físicas e estruturais, possibilitando atendimento mais adequado aos cursos, em março de 2001, o Centro de Educação Superior de Brusque –CESBE, inaugurou seu novo Campus. No plano de Desenvolvimento Institucional, estava prevista a transformação do Centro de Educação Superior de Brusque em Centro Universitário, e para tanto, os trabalhos ganharam um ritmo mais acelerado. Os conselhos na época, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão –CEPE, do CESBE e o Conselho Administrativo da mantenedora, FEBE, passaram a se reunir, quase que semanalmente, buscando deliberar sobre as questões inerentes e obrigatórias para a instalação do Centro Universitário: desde os atos que regulam a vida acadêmica e didático- pedagógica, como sobre o Estatuto e Regimento constitutivos do novo ente jurídico-educacional. Assim em 12 de agosto de 2003, em sessão plenária do Conselho Estadual de Educação, foi aprovada a criação do Centro Universitário de Brusque –Unifebe, credenciado pelo Decreto 647, do Governo do Estado de Santa Catarina, promulgado no Diário Oficial em 29.08.2003.

Ampliação do leque de cursos oferecidos?
Desde 1998, a Instituição havia iniciado um processo que ampliou significativamente a oferta de cursos e passaram a ser oferecidos os seguintes cursos de graduação: bacharelado em Administração, Ciências Contábeis, Design de Moda, Direito, Educação Física e Sistemas de Informação; Licenciatura em Educação Física, Filosofia, História, Letras e Pedagogia; Cursos tecnólogos, Tecnologia em Cerâmica, Tecnologia em Comércio Exterior, Tecnologia em Gestão Comercial, Tecnologia em Logística Empresarial, Tecnologia em Processos Industriais, Eletromecânica; Tecnologia em Produção Têxtil e Tecnologia em Negócios Imobiliários.

Atualmente é oferecido algum curso?
Atualmente, estamos oferecendo um novo Curso: Engenharia de Produção, com habilitação em bacharelado.

Fora do Campus são oferecidos cursos?
Alguns cursos são oferecidos fora do campus Santa Terezinha: Na sede do SENAI da cidade de Brusque são oferecidos os cursos Superiores de Tecnologia em Processos Industriais, eletromecânica e Tecnologia Têxtil; na cidade de Nova Trento, no Centro de Encontros Imaculada Conceição – CEIC, é oferecido o curso de Tecnologia em Gestão Empresarial e na cidade de São João Batista, na Escola de Educação Básica Alice da Silva Gomes, é oferecido o curso de Tecnologia em Gestão Empresarial.

O que é uma sexta feira perfeita?
É quando se chega ao final do dia com a convicção de que a jornada semanal, embora desafiadora chegou a bom termo em relação aos objetivos propostos para ela, tanto no aspecto profissional como no pessoal. Experimentar a sensação de serena tranqüilidade decorrente dessa convicção, eu diria que é algo quase perfeito.

Planeja o futuro junto à Febe/Unifebe?
Tenho um mandato por concluir e isso já é futuro. Espero poder fazê-lo , perseguindo, nesse tempo, a realização de todas as metas propostas para esse mandato.

Daria, finalizando, para apresentar os graduados por cursos?
Sim, segue:
  • Curso período graduados
  • Administração 1991/2008 850
  • Ciências Contábeis 1997/2009/1 549
  • Ciências do 1 grau 1979/ 1999 259
  • Design de moda 2007/2008 75
  • Direito 1996/2008 565
  • Educação Física 2007/2009/1 189
  • Estudos Sociais 1977/1994 366
  • Filosofia 1989/2008 632
  • História 2005/2008 35
  • Tecnologia em Turismo 2005/2008 52
  • Letras 2007/2008 33
  • Magistério 1998/2000 178
  • Pedagogia 1990/2009/1 676
  • Sequencial de formação de agentes para o desenvolvimento regional 2008 24
  • Sistema de Informação 2006/2008 50
  • Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial 2007/2009/1 180
  • Tecnologia em Cerâmica 2005/2008 39
  • Tecnologia em Processos Industriais –Eletromecânica 2005/2009/1 104
  • Tecnologia em Produção Industrial 2008/2009/1 37
  • Totalizando 4793 graduados






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Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 20 de abril de 2010.

Luiz Carlos dos Santos, popular Cizinho




Luiz Carlos dos Santos, popular Cizinho

Luiz Carlos dos Santos, nascido em Brusque aos 18.05.51; filho de Natal do Santos (in memoriam) e Eulina Tarter dos Santos, são em cinco irmãos: Pedro, Luiz Carlos, Domingos Jacinto (in memoriam), Maria Lúcia e José Júlio. Cônjuge Evaldina Ebel dos Santos, casados aos  24.10.81; filhos Carla e Lucilene Wanka (adotiva); torce para o Sport Club Brusquene, Santos e Botafogo


Cizinho?
Colocaram o apelido em casa e pegou

Como foi a sua infância e juventude?
Caçava, pescava, jogava peladas e ia à escola. Antigamente Escola Mista Municipal, hoje EEF Dr Carlos Moritz. Trabalhei na roça até aos 17 anos, quando entrei na Tecelagem Renaux. Na juventude saia bastante, dançava, ia em festinhas e namorava e jogava futebol no Vera Cruz.

Como conheceu a Evaldina?
Conheci a Evaldina no Centro de Brusque, nos idos de 1977, conversamos, fomos tomar uma geladinha no bar da Zita, em frente a sede do CACR, hoje S.C. Brusquense, namoramos até subirmos o altar em 1981.

Formação escolar?
Cursei até a quarta série na Escola Mista Municipal no Zantão, hoje EEF Dr Carlos Moritz.

Atuou em que equipes?
Iniciei batendo bola nas peladas, mais tarde fundamos o Vera Cruz, juntamente com Calito Wilke, Dalvo Paduani, Bento Wanka, Érico Gripa, Tilo Vultuoso, Carlos Tarter (in memoriam).

Como surgiu a denominação de Vera Cruz?
Foi em homenagem a Cruz colocada no Morro Pelado

Posição em que atuava?
Quarto zagueiro.

Vitória inesquecível?
Foi no Paquetá, quando vencemos a decisão de um quadrangular, e derrotamos por 3 x 2, em pleno estádio do Paquetá sagrando-nos  campeões

Gol memorável?
Foi contra o Serrinha: numa determinada jogada, sobrou a bola, emendei de primeira e balancei as redes do arqueiro do Serrinha.

Derrota que ficou atravessada?
Não foi uma... foram algumas... nunca vencemos o Sete.

Chegou a integrar à Diretoria do Vera Cruz?
Sim, inicialmente como Diretor Esportivo,  na gestão do presidente Calito Wilke, em seguida presidi o Vera Cruz, em duas oportunidades.

Bons atletas?
Entre outros destacaria: Zézo Wanka, Érico Tarter, Otávio Gattis, Ivo Marchewsky (in meomoriam), Dalvo Paduani, Roque Gripa (goleiro) e Valmir Bertoline.

Treinadores?
Destacaria: Tilo  (in memoriam),  João Macedo (in memoriam), Ralvo Bruns ( in memoriam), Simica ( im memoriam) e o popular Arnoldo Maçaneiro.

Dirigentes?    
Entre outros, citaria: O saudoso João Macedo, Elpídeo Eccel, Hilário Bernardi, Bento Tarter, Arnoldo Ristow (in memoriam), Osmar Ristow, Bartolomeu Siegel, Andrino Soares de Oliveira, popular Dino, Valdir Vechini e Osni Coelho.

Árbitros?
Agenor Pereira (in memoriam), Max Ristow, Dante Norilli.

Por quê o Futebol Amador decaiu?
Porque começaram a pagar atletas para atuarem nas equipes amadoras.

Como era o Zantão na sua infância?
Na época, brincava com os colegas: Roque Gripa, Mário Paudani, Norival Eccel, Paulo Gripa, Érico Gripa, Orli Deucher, Francisco Tarter e Nelson Wanka (in memoriam). A Primeira vendinha, com cancha de bocha, que conheci foi o de um senhor chamado de Abelardo e Walter Barteldat, também tinha uma vendinha com cancha de bocha, ali, onde hoje é a entrada do Mangue Seco, inclusive, aquela rua, atualmente leva o nome de Walter Barteldt. Tinha o Engenho  de Augusto Gripa, o Engenho de Reinoldo Vierwiebe (in memoriam), o Engenho de João Marchewsky (in memoriam) e o Engenho de Pedro Tarter (in memoriam). Além disso, o Luiz Reis transportava mandioca para a tapioca dos Debatins. Havia, também, uma tafona do saudoso João Gripa. Existia o campo do Sete e a Escola Mista Municipal que funcionava no rancho do saudoso Alberto Deucher e, no Morro Pelado, foi construída uma capelinha,. Ah, e tinha a festa da Jabuticaba na casa de meus pais.

A administração Ciro/Dagomar?
Considero boa, mas a primeira administração foi melhor que a segunda e do que a terceira.

O Brasil tem acerto?
Tem. É preciso melhorar os investimentos para criar mais empregos, melhorar o atendimento na saúde, diminuir a corrupção e maior JUSTIÇA.

Lazer?
Gosto de assistir futebol na TV, ir ao campo assistir jogos do Estadual e ajudo a tocar a Mercearia Carla.

Um resumo de sua vida profissional
Até aos 17 anos na lavoura, tendo nessa idade ingressado na Tecelagem Renaux, permanecendo de 68 até 74; em seguida, no  Atacado Archer, como ajudante de caminhão, por 3 anos, prosseguindo trabalhei por 8 anos na Brahma. Depois eu e o mano Pedro tivemos uma granja – porco, marreco, pato – durante 10 anos, na sequência, coloquei placas de publicidade para Formonte Propaganda por um período de 2 anos – Loja Renaux, Casa Avenida, Geladeira Cônsul, Florenço, Carraro etc – posteriormente  na Distribuidora de Bebidas Lussolli (Armando), por quase uma década, quando obtive o benefício previdenciário. Depois, ainda,  tive um bar em Águas Claras e, hoje toco a Mercearia Carla.
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Ah, e tinha a festa da Jabuticaba na casa de meus pais.

 Monselhor Valentim Locks e Dr Nica entre tantos:
Alécio Battistotti, Amélia Shork, Romão Shork, Lúcia Tarter, João Gripa, Luiz Gripa, Carlos Tarter, Anselmo Cabral, Liquinha Eccel, Norival Eccel, Mário Paduani, Engelberto Wanka, Valmor Gripa Filho, Augusto Gripa, Natal  Santos, Lina Santos, Pedro Santos, Domingos Jacinto Santos, Luiz Carlos Santos, Nelson Wanka etc


 


Matéria publicada no Jornal A VOZ DE BRUSQUE aos 31 de maio de 2007.








sexta-feira, 30 de maio de 2014

Erlito de Faria

 Erlito de Faria 

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Em pé: Tilo, Minela, Lelo, Marcola, Paulo Amorim, Nene, Erlito, Orlando e Gianesini.
 Agachados: Ivo, Valentim, Caracas, Nelsinho e Nica

ERLITO DE FARIA: Filho dos saudosos Nicolau Tolentino e Maria Severino de Faria; natural de Brusque, nascido aos 24.05.46. São em quatro irmãos: Edite, Enilde (ambas in memoriam), Neri e Erlito. Cônjuge: Leonida Luiza Sartori de Faria; três filhos: Lenomir, Izamara e Dirlei; dois netos: Luan Henrique e Julia. Torce pelo Paysandu, Corinthias Paulista e Vasco da Gama.

O que lembra da infância e Juventude?
Da infância lembro da passagem pela escolinha do Paysandu e do Carlos Renaux e, da juventude, foi a realização dos primeiros Jogos Abertos de Santa Catarina.

Como conheceu a Leonida?
Conheci a Leonida, quando tinha 14 para 15 anos, éramos vizinhos, começamos a flertar, namoramos por uns cinco anos, noivamos por um período de dois anos e subimos ao altar.

Clubes em que atuou?
Inicialmente atuei nas escolinhas do “mais querido da Pedro Werner” e do tricolor brusquense, depois, aos 18 anos, aproximadamente, fui para o São Paulo (Rua Azambuja), permanecendo por uma temporada, em seguida, fui para o Getúlio Vargas, também permanecendo por aproximadamente um ano, depois, fui para o Sete de Setembro do Zantão, também , mais ou menos, por um ano e, finalmente, por uns cinco anos, fui atuar no Santa Luzia, tendo pendurados as chuteiras por problemas de saúde.

Dos Clubes em que atuou, qual o que jamais esquecerá?
Santa Luzia.

Posição em que atuava?
Zagueiro central.

Grandes dirigentes?
Sebastião Simas (Getúlio Vargas), Nino Amorim (Santa Luzia), e Arnoldo Ristow (Sete de Setembro).

Grandes treinadores?
Citaria os saudosos João Macedo, Tilo de Souza (Santa Luzia), Mário Vinotti (Escolinha do Renaux), Pedro Werner (Escolinha do Paysandu), e Ismar Heckert, popular Óca (Vasquinho da Rua Nova Trento), que fez aniversário recentemente, apesar de não ter sido meu treinador, apreciava seu trabalho.

Grandes árbitros?
Getúlio da Silva e o Coelho, que não lembro do primeiro nome dele.

Grandes clubes naquela época?
Entre outros, citaria: Santa Luzia, Sete de Setembro, Cedrense, Guarani, Cruzeiro, Fluminense, América, Paquetá, São Paulo.

Vitória inesquecível?
Foi a decisão da Liga Desportiva Brusquense, entre Santa Luzia e Cedrense, partida realizada no Estádio Augusto Bauer, transmitida pela Rádio Cidade – Jota Duarte, quando vencemos por 1 x 0, gol anotado pelo Dóca Venturelli.

Derrota que ficou atravessada?
Foi a derrota por 1 x 0, também para o Cedrense, lá no Cedro, quando fiz o gol contra.

Por que o futebol amador perdeu a graça?
Foi quando iniciou-se a pagar o atleta para jogar, acabou com o amor à camisa, tornando , inclusive, as partidas mais violentas, em virtude de esses atletas que recebiam querer mostrar que mereciam ser pagos, implicando na perda do entusiasmo para o torcedor que tinha aqueles momentos agradáveis nos campos pelo interior.

Além de atuar nas equipes citadas, desenvolveu outras participações esportivas?
Participei, entre outras, como Diretor Esportivo da Associação Atlética Renaux; fundei a escolinha de futebol no América F.C.(Steffen); organizei a escolinha no Santos Dumont, ao mesmo tempo que secretariei a Sociedade Santos Dumont; atuei como Auditor, na Liga Desportiva Brusquense, na gestão do Nelson Klabunde e fui Procurador, também, na gestão do Nelson Klabunde e de Adilson Schmitz, sendo que, simultaneamente, secretariava a Liga. Joguei bocha oficial pela Sociedade Santos Dumont e pelo Getúlio Vargas, bocha vale tudo, pela rua Nova Trento, Beneficente , Cancha do Nori Rezini, Cancha do América F.C. e Cancha do Venzon (Maluche); participei dos jogos comunitários – bocha oficial – atuando pelo Jardim Maluche; fui Coordenador da primeira caminhada para Madre Paulina, via Nova Trento/Madre Paulina e joguei bolão na Sociedade Beneficente de Brusque, com os Quinta -ferinos Bolão Clube.

Além da Renaux, em que outras empresas trabalhou?
Foi só na Renaux. Foram 28 anos como encarregado –contramestre – do almoxarifado de fios.

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Santa Luzia – início da década de 70
Em pe: Valdir Vechini, Dóca, Nica, Paulo Luçolli, João Macedo (in memoriam),Aristeu Vieira, Euclides Farias e Pedróca
Agachados: Alvir Rensi, Valdir Rensi ( in memoriam), Erlito de Faria (in memoriam), Pavesinho e Osmar Ristow

Referências

  • Entrevista publicada em A VOZ DE BRUSQUE, na semana de 26 a 30 de maio de 2008.

 Orlando Fischer

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ORLANDO FISCHER e IDALINA CARMINATTI FISCHER: 55 ANOS DE VIDA EM COMUM - 08.11.47 Ele filho de Nicolau Fischer e Adelaide Angioletti Fischer; ela filha de João Carminatti e Ana Dietrich Carminatti; naturais de Brusque, ele nascido em 23.10.23 e ela, 26.09.26. Sete filhos: Alice, Alaíde, Alzira, Albertina, Armilda, Ana Lúcia e Adalmir; dezoito netos: Fabiano, Alexsandra, Débora, Alexandre, Serginho, Daniela, Daniel, Jean Pierre, Taís Cristina, Ivan Carlos, Caroline, Matheus, Felipe, Gabriel, Guilherme, Gabriele, Ana Carla (in memoriam) e Eloíse (in memoriam); cinco bisnetos: Emmanuele, Enrike, João Vítor, Gustavo e Natália. Torce pelo Fluminense.

Uma palhinha da descendência?
 

Alice casou com Hilário Giacomelli; Alaíde com Sérgio Vieira (in memoriam); Alzira com Vilmar Possamai; Albertina com Inácio Leoni; Armilda com Décio Gervási; Ana Lúcia com Sílvio Gianesini. Adalmir com Renilda Cirlene da Silva.

 Como foi sua vida profissional?
Dos oito até os 24 anos, trabalhei como lavrador. Depois em 05.01.1948, entrei na empresa Buettner S/A, exercendo a função de emendador de rolos, permanecendo nessa mesma empresa até quando obtive o benefício previdenciário – aposentadoria – em 30.07.81. Exerci também nesse período a função de tecelão, passamento de rolo, medição de fazenda e caldeirista.

E a política no berço da fiação catarinense?
Atualmente acho que os políticos que representam Brusque, estão desempenhando muito bem suas funções, trazendo sempre que podem recursos para o desenvolvimento de nosso município. Um dos políticos que mais simpatizava e me deixou saudades foi o Dr José Celso Bonatelli.

O que esta faltando para o Brasil dar certo?
Falta consciência dos políticos em muito setores, mas o que mais me deixa triste é a falta de recursos para a saúde.

Como compara os casamentos de ontem com os de hoje?
Acho que os casamentos de antigamente eram bem mais sérios, vivia-se com mais amor e união. Os de hoje, eles já vivem juntos antes de casar.

Se fosse voltar o tempo, casaria novamente com a Idalina?
Sim. Porque nestes 55 anos de casado, ávida mostrou-me que ela foi e é minha companheira ideal, ajudando-me a ultrapassar todos os momentos de minha vida, tanto os difíceis, como os prazerosos.

Como foi criar sete filhos?
Foram criados com muito sacrifício. Em casa, tinha criação de galinhas, vacas leiteiras e principalmente criação de porcos, também plantava aipim, cana, milho, arroz e verduras, com os quais conseguia alimentar meus filhos. Com o salário da empresa, pagava roupa, remédio, estudo e com o que sobrava completava a compra de outras necessidades. Tudo isto com ajuda de minha esposa e filhos. Divida meu horário da seguinte forma: das 5,00 às 13,30 horas, trabalhando na fábrica e das 14,00 às 18,00 horas na roça.

Como compara a educação dos filhos, com relação à educação dada hoje aos netos?
Com relação aos estudos hoje sem dúvida esta bem melhor. Mas com relação à educação familiar, antigamente se respeitava muito mais que hoje.

O que faz Orlando Fischer, hoje?
Sou aposentado e trabalho no meu quintal, onde planto minhas hortaliças para consumo próprio.

Um pensamento?
Com fé em Deus e sem escolher trabalho, tudo se consegue, tudo é possível.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 02 de novembro de 2002.

Hilda Russi

 Hilda Russi 

 

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Filha de João e de Virgolina de Farias Russi; natural de Ribeirão do Mafra, Brusque, nascida aos 20.10.45. Irmãos: Rubens, Benedito, João Batista, Mário  Valentin, Pedro Paulo, José, Hilda, Dulce, Laurita, Ondina, Maria Zenite, Atanázio, Raul, Ruti, Maria Helena, Irma, Zenaide e Irma II (a primeira Irma faleceu e, o mesmo nome foi dado a outra filha); filhos:José Roberto,  Adriano, Adriana, Sheila  e João Vítor e ainda, a adotiva Eva Devanir. Torce para o Paysandu  e Flamengo. Atua na Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Brusque.

Uma palhinha da descendência
 

José Roberto casou com Giamara Ribeiro, filho: João Vítor; Adriano com Sônia de Moraes, filha: Juliana; Adriana com Valdecir Furbringer; Sheila está noiva com Daniel Casagrande e Eva Devanir casou com Flávio.

 Como foi sua infância e juventude?
 

Minha infância e juventude foi trabalhar na lavoura até os 22 anos de idade; na juventude, fui bem caseira, convivendo com a família, quando tive o primeiro namorado, estava com 22 anos.

Vida profissional?
 

Trabalhei na roça até aos 22 anos; o primeiro emprego foi na Souza Cruz, onde trabalhei pó roito safras, depois trabalhei também durante oito anos nos Calçados Lemus; em 78, fui trabalhar na Prefeitura Municipal de Brusque, em seguida, fui trabalhar na extinta Casa do Rádio, depois, retornei à Prefeitura de 89 a 94, posteriormente, uma passagem no Ataliba, novamente Prefeitura em 2000, onde permaneço até hoje.

 Na Prefeitura trabalhou em que setores?
Sempre na área da Educação, primeiro como auxiliar de Secretária na Escola Isaura G. Gevaerd e, depois como Secretária na Secretaria de Educação.

O que é um grande homem?
Um grande homem é aquele dotado de honestidade.

A mulher não está confundindo liberdade responsável com libertinagem?
Não todas, eu na generalizaria, mas na maioria dos casos estão confundindo.

Foi candidata a Vereadora? 
Sim, em três oportunidades, concorri no sentido de somar votos para o Ciro. Na segunda participação, consegui ultrapassar duzentos votos.

Partido?
A primeira disputa foi pelo PDT, as duas últimas pelo PFL. Sou PFL de coração.

Por que mudou de Partido?
Acompanhei  o Ciro.

A administração municipal está atendendo bem Tomaz Coelho?
Sim, a comunidade de Tomaz Coelho nunca foi tão bem servida pela administração municipal, ressalte-se, recentemente nossa rua foi asfaltada, a escola Isaura G. Gevaerd foi reformada, construída a quadra de esportes.

A administração municipal no todo?
Acho que  o Prefeito está tentando resolver todos os problemas do Município, todavia sabemos das dificuldades em agrada a todos.

Grandes nomes?
Entre outros, destacaria: Padre Carlos, Marilise Fischer, Celerino Rauber, Sandra Aguiar, Renato Lungen, Ciro Marcial Roza, Dagomar A Carneiro, Ivan R Martins, Paulina Harle, Sandra Fritzen e  o Azul.

O Brasil tem acerto?
Sim, se mudarmos os políticos.

Lazer?
Gosto de dançar, ler muito, ouvir rádio e cultivar as amizades.

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Referências

  • Entrevista publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 8 de abril de 2006.

Ivo Moritz

Ivo Moritz

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Esquerda: Ivo com Flaviana. Direita: Eugênio Ivo, Maria Aparecida, Ivo, Sílvia, Luiz Carlos e Mário José.
IVO MORITZ: Filho de Mathias Moritz Júnior e Rosa Cardoso Moritz, natural de Brusque, nascido aos 30.08.27. Eram em 17 irmãos: sendo que um faleceu ainda bebê, sendo mais – com a primeira esposa Catarina: Alice, Hedwiges, Lika, Gertrudes, Lídia, Irma (irmã Erica), Maria, Valdemar Anselmo e Orlando e com a esposa Rosa: Ivo, Vilma, Renilda, Ingo, Venir e Ilson. Cônjuge: Flaviana Farias de Araújo. Sete filhos: Maria Aparecida, Luiz Carlos, Paulo Roberto, Mário, José, Lúcia Helena, Eugênio Ivo e Silvia Denise. Doze netos: Rafael, Nadine, Mariana, Luiz Eduardo, Isabela, Patrícia, Guilherme, Analú, Aline, Ivo, Márcio Augusto e Gabriel. Um bisneto: Emanuel. Torce pelo Paysandu e Botafogo..



Turma do bolão: Em pé - Hercílio Barni, Isidoro Schaefer, ... Krieger, ... Serpa, Aymoré Bridon, Paulo Salomon, Ivo Moritz, ... Krieger (televisão), Armando Euclides Polli, Érico Zendron, João Kunitz. Agachados - Bruno Maluche, Carlos Hingst, Leonardo Loos, Egon Appel, Valdir Borba e Arno Radoviz.

Uma palhinha da descendência
  Maria Aparecida viúva de Áureo Siegel, tem dois filhos: Rafael e Nadine; Luiz Carlos casou com Maria Jacobs: Mariana, Luiz Eduardo e Isabela; Mário José com Fátima Zen: Patrícia e Guilherme; Eugênio Ivo com Elaine Germer : Analú, Aline e Ivo; Sílvia Denise com Márcio Augusto Pires: Márcio Augusto e Gabriel. O neto Rafael tem um filho, que vem a ser meu bisneto: Emanuel.

Anos 40  - no tempo do teatro

Ivo Moritz, Oduvaldo Muller, Osni Pereira (in memoriam), Vilmar Borba (Mima) e Francisco Olegário MullerExibindo f3.jpg
Como foi a vida profissional?
Trabalhei um ano na Têxtil Renaux S/A e estou há 60 anos no Archer.

Como foi a participação o C. E. Paysandu?
Atuei como Diretor Social na época do saudoso Gerhard Nelson Appel, quando faleceu o pai do Bilo. Programávamos: bailes, festas junina e bailes carnavalescos. Um fato bem me lembro, num dos bailes, o conjunto vinha de Curitiba e, caiu uma barreira na estrada e eles atrasaram, chegaram aqui e não tinha ninguém, ai despistamos e dissemos que o pessoal tinha ido embora. Outro fato que jamais esquecerei foi que no dia da decisão em Joinville, faleceu minha filha, Lúcia Helena.
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Ivo Moritz, Vicente Kunitz (in mnemoriam), |Ervino Belli e Ivo Willrich 
Grandes nomes na Diretoria do ‘ mais querido’ da Pedro Werner?
Entre outros citaria: Arthur –Polaco – Jacowicz, Armando Euclides Polli, Gerhard Nelson Appel, Toni Haendchen, Arthur Appel e Bruno Maluche.

Grandes atletas que viu atuar?
Garrincha, Pelé, Nilton Santos, Ademir da Guia, Manga, Gerson e outros.

Um grande treinador?
Flávio Costa.
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Em Jerusalém - Israel - no Hotel


Fatos marcantes?
A perda da filha no dia em que vencemos – em Joinville – o Campeonato Catarinense. Depois inventaram um jogo com o Operário - perdemos - o que ficou oficializado o Operário como Campeão Catarinense; a presença da Madre Tereza de Calcutá na Convenção Internacional do Rotary em São Paulo; o falecimento do pai do Walter –Bilo – Aichinger, numa data em que deveria acontecer um dos bailes; As viagens por diversos países.

Um grande jogo que assistiu?
Botafogo e Santos no Maracanã. O Botafogo venceu.

Grandes craques no Renaux?
Entre outros: Hélio Olinger, Ivo Willrich e Pilolo.

E no Paysandu?
Heinz Appel, Orion Neves, Aristides Salces, Wallace Borba, Godoberto e Mima (Vilmar Borba), entre outros.

Uma palhinha sobre o Rotary
Fui admitido em 10.08.67, quando presidia o Clube de Serviço, o saudoso Alvin Battistotti; meu padrinho foi Valdir Borba –Branco. Presidi o Rotary em 78/79. O Conselho Diretor era constituído por: Dr Emílio Luiz Niebuhr, Elemar Hechert, Manfredo Hoffmann , Adalberto Dias,, Valmir Diegoli, José Germano –Pilolo – Schaefe, Ambrósio Bacca, Juca Loos, Dr Nica, Bruno Moritz (pai), e Gyro Gevaerd. Participamos de Assembléias Distritais em: Tubarão, Chapeco, Blumenau, Joinville, Itajaí e Florianópolis e na Convenção Internacional realizada em São Paulo, onde além de participações de grandes nomes, teve a presença de Madre Tereza de Calcutá.

Nunca pensou em candidatar-se?
Não, nunca quis saber.

O que faz Ivo Moritiz, hoje?
Sou Diretor no Archer, participo do quarta-ferino no Laranjerias e no Rotary Clube de Brusque.

No Cairo - Egito - Proximidades das Pirâmides
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 Florença - Itália

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Referências

  • Jornal A VOZ DE BRUSQUE. Entrevista publicada em 27 de junho de 2003.

Marilisi Fischer

Marilisi Fischer 

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MARILISI FISCHER: Filha de Anselmo Fischer e Idalina Perazza Fischer; nascida aos 02.09.64.São em sete irmãos: Marilena, Viviane, Marilane, Adilson, Marcos Vinícius e Diogo Alexandre e Marilisi. Dois filhos: Rodrigo e Rafael. Formação: Pedagogia com habilitação de Pré a primeira/quarta série (Febe/Furb); Pós-graduada em Gestão – Furb; Mestrado em Educação – em curso –Univali.

Como foi sua infância e juventude?
 

Minha infância foi marcada por muitas brincadeiras: subir em árvores, tomar banho de rio, andar de bicicleta, brincar de casinha sempre em companhia de meus irmãos e primos e os vizinhos da rua São Pedro. Era uma época em que as crianças tinham liberdade para brincar em contato com a natureza, não existiam tantos brinquedos quanto hoje, e nós usávamos nossa criatividade, fazendo bonecos de argila tirada do rio, fazendo cabanas no mato. Nos finais de tarde assistia o Sítio do Pica Pau Amarelo. Meu primeiro livro foi Alice no País das Maravilhas, comprado por meu pai em um livraria em Itajaí. Naquele tempo ter televisão em caso e acesso a livros era bastante raro, mas meus pais, apesar de não terem terminado o Primário e serem pessoas simples, faziam questão de oferecer aos filhos, o melhor que podiam e entendiam que a maior herança a ser deixada era a educação e o maior sonho era ter um filho formado na Universidade. Apesar dos bons momentos de minha infância, uma tragédia modificou completamente minha vida e a vida de minha mãe e irmãos, meu pai faleceu em um acidente, aos 42 anos, deixando seis filhos, todos menores. Tinha na época 12 anos e a dor da perda, a ausência dele marcou a mim e meus irmãos e apesar de terem passados 29 anos, sua lembrança em nós continua de forma forte. Seu exemplo de vida me acompanha e me motivou a realizar seu sonho, me formar na faculdade. Para estudar eu contava com a colaboração de meu tio e padrinho Ingo Fischer, devo a ele, a meus pais e meus filhos o que represento hoje.
 O casamento ainda é válido?
 

No momento em que vivemos, as pessoas estão se tornando imediatistas, a tendência é do descartável, os jovens se conhecem e ficam sem muito tempo para permitir que a atração inicial se transforme num sentimento mais forte e possibilite uma relação mais duradoura, com isso, o namoro, noivado e casamento vem perdendo espaço, no entanto, acredito que toda relação que é permeada de respeito e amor é válida, pois desta forma as pessoas se conhecem, trocam, vivem e permitem o estabelecimento de vínculos mais duradouros e saudáveis.  

A mulher não esta confundindo liberdade responsável com libertinagem?
 

Acredito que a grande maioria das mulheres que estão construindo o seu espaço, reafirmando sua importância na sociedade não façam esta confusão. O que temos são algumas pessoas: homens e mulheres que usam de sua condição feminina ou masculina para proveito próprio, sem levar em conta valores éticos e morais, mas felizmente este é um pequeno grupo.

Em geral, a mulher trabalha para ser independente ou por necessidade?
Para além das questões financeiras, da necessidade de junto com seu esposo ou até porque a mulher cada vez mais tem sido a provedora do lar, também, exista uma condição que é a e se desenvolver profissionalmente, campo que foi por muito tempo de domínio masculino. A mulher em muitos casos trabalha para garantir seu sustento e de seus filhos, mais também para se realizar profissionalmente, deixar sua marca. Num mundo em que o poder está ainda concentrado nas mãos dos homens às contribuições femininas são além de bem vindas, necessárias para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Homens e mulheres juntos devem garantir um mundo melhor para todos.

Quantos diretores/as estão subordinados na sua pasta?
Diretores(as) de Departamento são duas: Professor Ms. Celerino Rauber – Diretor de Ensino Fundamental e Médio e Professora Sandra Aguiar – Diretora do Departamento de Educação infantil. Diretores (as) de Escolas são 42, aproximadamente 800 funcionários entre professores , orientadores, secretários, agentes de bibliotecas, serventes e merendeiras entre outros. É sem sombra de dúvida a maior Secretaria da Administração Municipal.

Sente-se orgulhosa em secretariar o governo de Ciro Marcial Roza?
Sim, em função da importância desta pasta diante do contexto da sociedade, a educação cada vez mais se firma como uma das áreas de maior significância, pois as sociedades que tiveram um grande desenvolvimento, o fizeram através de investimento sólido na educação, além disso, trabalho na educação desde 1969, entrei como professora no primeiro mandato do Prefeito, e o fato de ser nomeada por ele para ser Secretária de Educação significa para mim um reconhecimento de meu trabalho. Faço parte de um grupo muito pequeno de mulheres que ocupam cargos de relevância e acredito ter muito a contribuir e agradeço ao P refeito por ter sido escolhida, no meio de tantos.

O que vem fazendo para dinamizar sua pasta?
Eu e minha equipe trabalhamos muito, estamos integrados e por sermos a maioria originados da própria rede além do cargo incorporamos o compromisso de desenvolver um trabalho realmente significativo. Trabalhamos com dados concretos como índice de aprovação e reprovação, necessidades reais das escolas, e nossa maior preocupação é com a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Temos priorizado a formação docente e principalmente, na área da inclusão, que é atualmente o maior desafio de todos os professores. Já tivemos o privilégio de sermos contemplados com alguns projetos junto ao Ministério de Educação e continuamos firmes na idéia de ampliar as parcerias, buscar recursos em outras instâncias para desta forma contribuirmos com nosso município na difícil tarefa de oferecer educação de qualidade. Neste ano já encaminhamos quatro projetos ao FNDE, e estamos buscando parcerias com as empresas através a responsabilidade social.

Quais as dificuldades que encontra para efetivar a educação desejada nas Escolas Municipais?
As dificuldades em sua maioria são iguais aos dos demais municípios, em função da queda da arrecadação e em contra partida o excesso de obrigações dos Municípios. Com relação à formação inicial, principalmente de quinta a oitava séries, do ensino fundamental e no ensino médio temos grande dificuldade em encontrar pessoas com habilitação nas áreas. As questões voltadas para a inclusão e o ensino fundamental de nove anos originam uma necessidade de reestruturação e adaptação das escolas na parte física e também na proposta pedagógica da rede e consequentemente nos projetos político-pedagógico das escolas. Enfim, a educação é movimento que traz no seu bojo novos desafios constantemente. Ser Secretária de Educação é estar atenta a todas estas questões e buscar, na medida do possível, solucioná-las.

As verbas destinadas a pasta são suficientes para atingir as metas traçadas?
Em 2000 atendíamos aproximadamente quatro mil alunos, neste ano o número ultrapassou nove mil, a secretaria ampliou sua área de abrangência, hoje atendemos de zero a 92 anos, entre educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação profissionalizante, através da escola de panificação, e educação de jovens e adultos, além de projetos como: Italiano, spin, inclusão, educação ambiental e o programa Alfa e Beto, pro conta de toda esta demanda e da queda da receita, como já citei, as verbas para a educação, na maioria das vezes, não são suficientes. Além disso, os municípios ficam com uma pequena parcela do bolo fiscal, a maior parte fica com o Estado e a União, enquanto esta situação não for revista, os municípios passarão por dificuldades para garantir ou ampliar suas ações.

Seus antecessores semearam adequadamente a educação?
Acredito que tenham se esforçado.

Grandes nomes na educação em Brusque?
Ao meu ver os grandes nomes na educação de Brusque são os nomes daqueles professores que exercem sua função com responsabilidade e profissionalismo, que conseguem ser marcantes positivamente para seus alunos, e que através de sua postura e ação tragam contribuições para toda a sociedade brusquense. Este professor torna-se imprescindível na escola e na comunidade em que atuam, tem noção de seus direitos, mas também de seus deveres e é comprometido com o processo ensino-aprendizagem. Tenho boas lembranças dos meus primeiros professores no então chamado Grupo Escolar Francisco Araújo Brusque, e dos professores do Colégio São Luiz, onde fui estudar a partir da sexta série. Guardo boas lembranças também dos professores do Curso de Pedagogia, da Pós-graduação e agora dos professores do Mestrado em Educação. Sem dúvida bons professores nos acompanham sempre e talvez, por isso, minha grande paixão seja a educação. Deixo aqui minha homenagem a todos estes professores.

Grandes nomes em Brusque: Religião/Saúde/Política – antigos e atuais?
Ciro Marcial Roza, Dagomar A. Carneiro, José Celso Bonatelli, Padre Silvino Hoepekner, Padre Léo, Dom Murilo Krieger entre outros nomes que marcaram história em Brusque.

A administração municipal está no caminho certo?
A administração municipal, como já citei, se empenha em dar conta das crescentes demandas que surgem nos municípios. Acredito que das três esferas: Município, Estado e União, o Município é com certeza o mais complexo para ser administrado. Só uma reforma tributária que descentralizasse recursos, em função das obrigações poderia tornar menos penoso para estes, o exercício, com qualidade, das suas obrigações legais. Faz-se necessário uma revisão do pacto federativo, marcado pela colaboração, e por um processo de efetiva descentralização, não só de recursos, mas das decisões, respeitadas as instâncias autônomas.

O Brasil tem acerto?
Sou uma pessoa otimista, aprendi na vida que a única certeza sem solução é a morte, o resto necessita de uma boa dose de vontade, de luta, de persistência. É preciso acreditar sempre, se existe um problema, um desafio, também haverá solução e precisamos acreditar por nossos filhos, por nossos alunos , por todos nós povo brasileiro e darmos a nossa contribuição. Ampliarmos nossa capacidade de crítica e buscarmos soluções conjuntas, afinal de contas, somos todos responsáveis pelo nosso País e pelo planeta em que vivemos.
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Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE na semana de 06 a 12 de agosto de 2006.

Marlene B Ribeiro Leite

Marlene B Ribeiro Leite 

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MARLENE B. RIBEIRO LEITE: Filha de Luiz Frederico Augusto Leite (in memoriam); natural de Florianópolis, nascida aos 14.07.41; seis filhos: Izabel Cristina, Luiz Frederico Jr, Elisamara, Elisabeth Regina, Max Antônio e Diego Tadeu. Quinze netos: Rafael, Rafaela e Daniel (Izabel Cristina); Renan, Jéssica e Ismael (Luiz Frederico Jr e Lúcia Pereira); Tiago, Mariana e Veridiana (Regina Elisabth e Jonas Tadeu Demarchi); Ana Carolina , João Carlos Jr e Fernanda (Elisamara e João Carlos Jr), Maximiliano e Gabriela ( Max Antônio e Fabrícia Motter) e Heloísa (Diego Tadeu e Suzini Knihs; três bisnetos: Maria Eduarda e Nicolas (Tiago) e Sofia ( Mariana).

 Como foi a sua infância e juventude?
Foi muito boa, maravilhosa, muitas brincadeiras, muito carinho e amor, inclusive, trouxe tais afetos para meus netos e bisnetos. Frequentei o Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Florianópolis, até o equivalente ao ginasial.



Como conheceu o Luiz Frederico? Conheci no ônibus, quando ia para o Colégio, namoramos por uns dois a três anos e casamos.

Como surgiu Brusque em sua trajetória?
Tinha problemas de saúde e em tratamento com o Dr Paulo Ferreira Lima, aconselhou a mudar de clima; como tinha um irmão aqui, vim, inicialmente morei com ele e, depois,consegui morada no loteamento da Cohab, em Águas Claras.

O casamento ainda é válido?
Olha o meu casamento não foi bom... foi até doloroso.



A educação dos filhos atualmente? É muito difícil, porque não acompanham nossa mentalidade. Os primeiros filhos até seguiram um pouco, depois acabou-se. Particularmente tive mais dificuldades, porquanto, fui mãe e pai ao mesmo tempo, haja vista ter perdido o marido ainda cedo.

A programação na TV, dificulta na criação dos filhos, principalmente uma filha?
Influi muito, sem dúvida nenhuma.



Como ingressou na atividade de saúde? Comecei a fazer um curso de atendente de enfermagem, em Azambuja, quando estava quase terminando surgiu uma vaga no Centro Cirúrgico.

Como surgiu o Posto de Saúde em Águas Claras e quem merece ser destacado?
O pessoal, veladamente, achava que deveria ter um Posto de Saúde em Águas Claras, na época eu presidia a Associação de Moradores, o Octacílio Campos era o Tesoureiro e, juntamente com o Policial Nilton Moraes, então iniciamos a implantação.

Como foi o início?
Conversando, ora com um, ora com outro, arrumamos uma casinha da Cohab, na transversal da rua Adelina Debatin e assim o Dr Ismar Luiz Morelli e eu esboçamos os primeiros passos... o atendimento. Todo procedimento do Posto era comigo: curativos, tirar pontos, vacinação...isso foi até a implantação do PSF; como eu não tinha auxiliar de enfermagem passei a ser auxiliar administrativa. Dois anos após o surgimento do primeiro Postinho entraram Beatriz Furlaneto Ricardo e a Maria Zanita.

O sonho de dispor de um Posto de Saúde era de uma andorinha só?
Em seguida, a instalação do Postinho, fui à Florianópolis por semanas e semanas apreender sobre vacinação e burocracia, foi quando descobri que o sonho de dispor de um Postinho na comunidade não era só meu, muitas das colegas de aprendizagem de outras cidades também alimentavam o mesmo sonho.

Houve padronização dos Postinhos e municipalização da saúde?
Mais tarde surge o Projeto de Posto de Saúde em toda Santa Catarina, saliente-se todos padronizados. Com isso o Postinho foi deslocado para onde hoje é a Creche Águas Claras, também na rua Adelina Debatin, depois veio a municipalização da saúde; hoje o Posto fica junto ao CAIC, na rua Paulo Decker.

Com o crescimento dos usuários do Posto, como está estruturado o Posto de Saúde de Águas Claras para atender a comunidade?
Posteriormente entraram a Pediatra, Dra Marília e o Ginecologista /Obstreticia, Dr Márcio Clóvis Schaefer, mais tarde o Odontólogo, Dr Dagomar e a Pediatra, Dra. Angela, em substituição a Dra Marília e, atualmente, mais precisamente desde dezembro, estamos sem Pediatra. Registre-se, que o Posto dispõe de 11 Agentes de Saúde.

Qual o perfil adequado para uma agente de saúde?
A Agente não ser fofoqueira, não pode entrar em detalhes com moradores de sua área de atuação... a intimidade prejudica sensivelmente a profissional de saúde... e acima de tudo deve ser extremamente ética.

E para uma chefe de Posto?
A chefe de Posto deveria inteirar e cobrar do Secretário Municipal, sobre a necessidade de medicamentos, a falta de profissional de saúde, problemas com o patrimônio do Posto, ações de vândalos contra o patrimônio etc.

O pessoal não está mal acostumado, quer que a agente pegue a receita médica, que leve medicamento em casa?
A população confunde um pouco as coisas, eles acham que o Agente tem que resolver todos os problemas deles; acredito ser resultado de mudanças de chefias, oportunidade em que uma acabam permitindo, outras no sentido de agradar permitem que se deixe receita e acaba sendo anexado no número do cartão, a ficha para o médico fazer a receita e ainda, ser levado pela Agente de Saúde.

Grandes nomes?
Entre outros, destacaria: Solange Boing, Danilo Moritz, Luizinho Fantini, Dagomar A. Carneiro; o Dr Dagomar é dedicado, alegre, atende muito bem; o Luizinho é muito querido, tenho como um filho!

Como vê a administração Ciro/Dagomar em Águas Claras?
A administração municipal dispensa comentários, é só observar as obras construídas e em andamento, todavia o Prefeito Ciro poderia estar melhor assessorado, em alguns pontos nevrálgicos da administração...saúde, educação, manutenção...

O Brasil tem acerto?
Frente ao que estamos acompanhando diariamente no noticiário...não tenho expectativa de que nosso país tenha acerto.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, na semana de 10 a 24 de junho de 2006.