CINQUENTENÁRIO DO
LABORATÓRIO VERNER WILLRICH
Dra. Maria Alice
Vieira Willrich
A entrevistada da semana é a
Diretora Técnica do Laboratório Verner Willrich, Dra. Maria
Alice Vieira Willrich,
nascida em Brusque aos 24 de abril de 1981; filha de Verner
Willrich e Teresa Jovita Braga Vieira Willrich
Nossa entrevista
Maria Alice Vieira
Willrich
'''Sonho de criança?'''
Ser bailarina.
'''Pessoas que
influenciaram?'''
Sem
dúvida nenhuma, minha mãe Teresa, meu pai Verner e muitos dos meus
professores.
'''Histórico
escolar?'''
Nota
10! Colégio São Luiz (Brusque – SC) ate 1º ano do ensino médio;
Colégio Santo Antônio (Blumenau-SC) 2º ano do ensino médio;
Colégio Energia (Blumenau – SC) - Terceirão; Universidade Federal
de Santa Catarina (1999 a 2003); Curso de Farmácia com habilitação
em Análises
Clínicas;
Universidade de São Paulo (2004 a 2011); Mestrado em Farmácia –
Análises
Clinicas; Doutorado em Ciências .
'''Primeiro/a
Professor/a?'''
Marta
Maestri, na primeira série do Colégio São Luiz. Quando ela morreu,
alguns anos depois, lembro que todos os alunos foram ao velório, foi
triste e marcante. A grafia dela era linda, e acho que consegui
aprender direitinho, minha letra também é bonita!
'''Grandes
Professores?'''
Quando
fui depois de adulta visitar Foz do Iguaçu, me lembrei muito das
aulas de geografia do Seu Valentim Beber, e quando tenho oportunidade
de visitar um local marcante, geralmente me lembro dele [até hoje!],
que me mostrou aqueles lugares através dos livros antes que eu
pudesse visitá-los. Durante a faculdade, tive dois professores de
análises clínicas que foram essenciais na formação do meu caráter
como pesquisadora, Profª. Dra. Maria Luiza Bazzo e Prof. Dr. Luiz
Alberto Peregrino Ferreira. Éticos, questionadores, verdadeiros
educadores preocupados com a formação da próxima geração de
profissionais. E claro, minha orientadora do mestrado e doutorado,
Profª. Dra. Rosário Hirata, com quem aprendi muito ao longo dos
anos. Admiro muito quem é professor. Não é tarefa fácil, e talvez
seja a profissão mais bonita de todas. Os verdadeiros educadores
deixam marcas profundas [e belas lições!] na vida infantil e adulta
de seus alunos.
'''Como surgiu o
Laboratório Verner Willrich?'''
Em 1963, assim que o Dr. Verner terminou seus
estudos na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, ele voltou a
Brusque, sua terra natal, e estabeleceu o Laboratório Verner
Willrich com a ajuda do irmão Ackcel, em uma sala no alto da
Farmácia Lindoia, na Avenida Cônsul Carlos Renaux [onde até hoje
temos uma unidade de coleta]. Em seguida
foi convidado pelo Dr. Carlos Moritz a
transferir suas instalações para o Hospital de Azambuja, onde
estamos localizados até os dias de hoje.
'''O Laboratório
está equipado para realizar todas as espécies de exame de
sangue?'''
Sim,
estamos equipados para fazer 95% dos exames laboratoriais mais
comuns, que é o que a nossa cidade comporta atualmente. Os exames
que são de baixa demanda e alta complexidade são coletados no
próprio laboratório e encaminhados a laboratórios de referência
do país, que concentram a demanda destes exames complexos.
'''Qual o grau de
confiabilidade no exame feito com uma fisgada de agulha?'''
É
muito grande. Com a evolução dos métodos de análises clínicas e
com a introdução dos equipamentos automatizados nos laboratórios,
os exames são cada vez mais precisos e exatos. Para se ter uma
ideia, com o exame da hemoglobina glicada A1C, que os diabéticos
precisam manter abaixo de 7% para evitar complicações da doença,
uma variação de 0.5% é considerada significativa para o médico
(para melhor ou para pior!), então o laboratório deve ser capaz de
testar a mesma amostra de um paciente 10 vezes e obter uma variação
de menos de 0.2% nesse exame. Os percentuais de variação são
diferentes para cada exame, dependendo de sua complexidade e
amplitude dos valores normais de referência. E isso é realidade no
Laboratório Verner Willrich!
'''Existe a
possibilidade de ser trocado um frasco de coleta de sangue de uma
pessoa por outra?'''
Os
pacientes devem levar documento de identidade ao fazer seus exames.
Quando são chamados [individualmente] pela coletadora para tirar o
sangue, são chamados pelo nome completo. As etiquetas com o nome
completo do paciente e com o código de barras para a realização
dos seus exames são impressas na frente do paciente, assim que as
amostras são coletadas. Para cada exame solicitado pelo médico
existem diferentes tubos a serem colhidos [quem já tirou sangue pode
ter reparado que há tubos com tampa roxa, tampa azul, tampa
amarela...] Para cada tubo, uma etiqueta é gerada no computador. O
Laboratório Verner Willrich usa este sistema de identificação
eletrônica, conferência do nome completo do paciente e leitores de
códigos de barras, e com isso essa possibilidade de troca é muito
remota e não temos nenhum registro de que isso tenha acontecido ao
longo da nossa história.
'''Quais os exames mais requisitados?'''
Hemograma completo, glicose
de jejum e exame de urina de rotina.
'''Qual o número de
funcionários do quadro de pessoal do Laboratório?'''
Ao
todo somos 25 funcionários atualmente.
'''Há muita
rotatividade de pessoal?'''
A
equipe de um laboratório de análises clínicas tem que trabalhar
como um time em grande sincronia. O serviço de recepção e coleta
de amostras tem uma rotina intensa: começa às 6h30 da manhã todos
os dias. É uma rotina para quem ama o que faz. Temos membros na
equipe há 30 anos, e outros que acabaram de chegar, o que dá uma
química bastante interessante!
'''Finalizando, tive a
honra de participar do Rotary juntamente com o Sr Verner,e observei
que era muito participativo . Dê uma palhinha sobre
o pai'''
Meu pai, meu herói. Sem tirar nem por!
Empreendedor, acreditava no associativismo, na tecnologia, na
juventude, na ciência. Grande homem.
Publicado no EM FOCO aos 16 de agosto de 2013
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