quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dra. Maria Alice Vieira Willrich - cinquentenário do Laboratório Verner Willrich

CINQUENTENÁRIO DO LABORATÓRIO VERNER WILLRICH


Dra. Maria Alice Vieira Willrich


A entrevistada da semana é a Diretora Técnica do Laboratório Verner Willrich, Dra. Maria Alice Vieira Willrich, nascida em Brusque aos 24 de abril de 1981; filha de Verner Willrich e Teresa Jovita Braga Vieira Willrich


Nossa entrevista Maria Alice Vieira Willrich


'''Sonho de criança?'''
Ser bailarina.

'''Pessoas que influenciaram?'''
Sem dúvida nenhuma, minha mãe Teresa, meu pai Verner e muitos dos meus professores.

'''Histórico escolar?'''
Nota 10! Colégio São Luiz (Brusque – SC) ate 1º ano do ensino médio; Colégio Santo Antônio (Blumenau-SC) 2º ano do ensino médio; Colégio Energia (Blumenau – SC) - Terceirão; Universidade Federal de Santa Catarina (1999 a 2003); Curso de Farmácia com habilitação em Análises Clínicas; Universidade de São Paulo (2004 a 2011); Mestrado em Farmácia – Análises Clinicas; Doutorado em Ciências .


'''Primeiro/a Professor/a?'''
Marta Maestri, na primeira série do Colégio São Luiz. Quando ela morreu, alguns anos depois, lembro que todos os alunos foram ao velório, foi triste e marcante. A grafia dela era linda, e acho que consegui aprender direitinho, minha letra também é bonita!
photo.JPG


'''Grandes Professores?'''
Quando fui depois de adulta visitar Foz do Iguaçu, me lembrei muito das aulas de geografia do Seu Valentim Beber, e quando tenho oportunidade de visitar um local marcante, geralmente me lembro dele [até hoje!], que me mostrou aqueles lugares através dos livros antes que eu pudesse visitá-los. Durante a faculdade, tive dois professores de análises clínicas que foram essenciais na formação do meu caráter como pesquisadora, Profª. Dra. Maria Luiza Bazzo e Prof. Dr. Luiz Alberto Peregrino Ferreira. Éticos, questionadores, verdadeiros educadores preocupados com a formação da próxima geração de profissionais. E claro, minha orientadora do mestrado e doutorado, Profª. Dra. Rosário Hirata, com quem aprendi muito ao longo dos anos. Admiro muito quem é professor. Não é tarefa fácil, e talvez seja a profissão mais bonita de todas. Os verdadeiros educadores deixam marcas profundas [e belas lições!] na vida infantil e adulta de seus alunos.


'''Como surgiu o Laboratório Verner Willrich?'''
Em 1963, assim que o Dr. Verner terminou seus estudos na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, ele voltou a Brusque, sua terra natal, e estabeleceu o Laboratório Verner Willrich com a ajuda do irmão Ackcel, em uma sala no alto da Farmácia Lindoia, na Avenida Cônsul Carlos Renaux [onde até hoje temos uma unidade de coleta]. Em seguida foi convidado pelo Dr. Carlos Moritz a transferir suas instalações para o Hospital de Azambuja, onde estamos localizados até os dias de hoje.


'''O Laboratório está equipado para realizar todas as espécies de exame de sangue?'''
Sim, estamos equipados para fazer 95% dos exames laboratoriais mais comuns, que é o que a nossa cidade comporta atualmente. Os exames que são de baixa demanda e alta complexidade são coletados no próprio laboratório e encaminhados a laboratórios de referência do país, que concentram a demanda destes exames complexos.


'''Qual o grau de confiabilidade no exame feito com uma fisgada de agulha?'''
É muito grande. Com a evolução dos métodos de análises clínicas e com a introdução dos equipamentos automatizados nos laboratórios, os exames são cada vez mais precisos e exatos. Para se ter uma ideia, com o exame da hemoglobina glicada A1C, que os diabéticos precisam manter abaixo de 7% para evitar complicações da doença, uma variação de 0.5% é considerada significativa para o médico (para melhor ou para pior!), então o laboratório deve ser capaz de testar a mesma amostra de um paciente 10 vezes e obter uma variação de menos de 0.2% nesse exame. Os percentuais de variação são diferentes para cada exame, dependendo de sua complexidade e amplitude dos valores normais de referência. E isso é realidade no Laboratório Verner Willrich!


'''Existe a possibilidade de ser trocado um frasco de coleta de sangue de uma pessoa por outra?'''
Os pacientes devem levar documento de identidade ao fazer seus exames. Quando são chamados [individualmente] pela coletadora para tirar o sangue, são chamados pelo nome completo. As etiquetas com o nome completo do paciente e com o código de barras para a realização dos seus exames são impressas na frente do paciente, assim que as amostras são coletadas. Para cada exame solicitado pelo médico existem diferentes tubos a serem colhidos [quem já tirou sangue pode ter reparado que há tubos com tampa roxa, tampa azul, tampa amarela...] Para cada tubo, uma etiqueta é gerada no computador. O Laboratório Verner Willrich usa este sistema de identificação eletrônica, conferência do nome completo do paciente e leitores de códigos de barras, e com isso essa possibilidade de troca é muito remota e não temos nenhum registro de que isso tenha acontecido ao longo da nossa história.


'''Quais os exames mais requisitados?'''
Hemograma completo, glicose de jejum e exame de urina de rotina.


'''Qual o número de funcionários do quadro de pessoal do Laboratório?'''
Ao todo somos 25 funcionários atualmente.


'''Há muita rotatividade de pessoal?'''
A equipe de um laboratório de análises clínicas tem que trabalhar como um time em grande sincronia. O serviço de recepção e coleta de amostras tem uma rotina intensa: começa às 6h30 da manhã todos os dias. É uma rotina para quem ama o que faz. Temos membros na equipe há 30 anos, e outros que acabaram de chegar, o que dá uma química bastante interessante!


'''Finalizando, tive a honra de participar do Rotary juntamente com o Sr Verner,e observei que era muito participativo . Dê uma palhinha sobre o pai'''
Meu pai, meu herói. Sem tirar nem por! Empreendedor, acreditava no associativismo, na tecnologia, na juventude, na ciência. Grande homem.
Publicado no EM FOCO aos 16 de agosto de 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário