Como foi sua infância?
Minha infância foi muito boa, tínhamos liberdade de brincar na rua, na mata, nos rios, enfim criávamos nossas próprias brincadeiras e brinquedos, tais como: perna de pau, amarelinha, estilingue, brincávamos de passa anel, cinco marias, passarai, esconde-esconde e outras brincadeiras. Também ajudávamos em casa e na roça, pois todo o que comíamos era plantado e colhido por nós. Bem me lembro, que meu pai falava que quem queria estudar tinha que sair de casa. Com 8 anos fui morar na casa de um casal e ganhava roupa e comida, só nos finais de semana que eu ia passar em casa de meus pais. Sentia muita saudade, mas tinha que ficar vivendo assim, para poder estudar.
Sonho de criança?
Meu sonho de criança era estudar, me formar e ter um emprego.
Como foi sua juventude?
Minha juventude também foi legal. Aos sábados e domingos, geralmente frequentávamos bailes, que por sinal eram muitos divertidos. Ressalte-se que sempre éramos acompanhados dos irmãos mais velhos.
Como conheceu o Cristóvão? Como era o namoro naquela época?
Conhecemo-nos num baile em Botuverá. Cristóvão foi meu primeiro namorado. Vale registrar, que não tínhamos a liberdade que existe hoje. Era muito regrado. Podíamos sair, mas sempre tínhamos que estar acompanhada por alguém da família.
Da primeira a quarta série multisseriada na Escola Isolada de Gabiróba e da quinta a oitava série na E.E.B. Padre João Sotolfe. O segundo grau fiz no Colégio C.C. Renaux, quando cursei o Magistério. Quanto ao curso superior fiz a Faculdade de Administração Escolar na FURB Pedagogia (Pré, primeira à quarta série) na Febe e Pós-graduação na Univali, com especialização em Currículo e Metodologia do Ensino Fundamental Infantil.
Primeira professora?
Minha primeira professora foi Maria de Lourdes Lira.
De quais mestres guarda ótima lembrança?
Marlene Pereira, ah, uma ótima professora! Era professora de Português.
Grandes nomes na educação em Brusque?
Entre outros destacaria: Maria de Lourdes Pozze Floriani, Silvino Schmidt, Marilda Paloschi, Evaldo Moresco, Padre Orlando Maria Murphy – o idealizador da Unifebe e, Eliane Aparecida Busnardo Bueno.
O que poderia ser feito para melhorar a qualidade da educação?
A qualidade da educação depende de melhores investimentos financeiros, tais como: prédios com condições físicas para receber adequadamente os alunos, reforma de muitas escolas existentes, também, no sentido de receber bem e melhor as crianças. Outro ponto que contribuiria fortemente na melhora da qualidade seria quanto a formação profissional, ou seja, formar e valorizar garantindo aos professores um salário digno. Outrossim, uma política educacional de qualidade capaz de garantir a permanência das crianças e dos adolescentes na escola.
A educação ontem e hoje?
Num passado não muito distante podíamos dizer que a função e preocupação resumiam-se exclusivamente no “ensinar”. Atualmente, com o processo acelerado de crescimento, tanto populacional, quanto às novas tecnologias, diagnosticamos que a escola não tem acompanhado esse avanço.
Você acha que o ingresso da mulher no mercado de trabalho contribuiu para o aumento da criminalidade?
Nas últimas décadas, a educação brasileira passou por grandes transformações, tendo como resultado um número significativo de pessoas com acesso à escola. No entanto, estas transformações não tem sido suficientes para colocar o país no patamar educacional, mormente quanto ao ponto de vista de igualdade e oportunidades – que possa proporcionar as famílias que têm filhos em idade escolar tranqüilidade para irem trabalhar e os mesmo não ficarem à mercê da criminalidade e outros comportamentos inadequados, principalmente no tocante às famílias de baixa renda. Uma das causas significativas dessa necessidade da mulher ingressar no mercado de trabalho reside na falta de estrutura das famílias e até mesmo pela necessidade financeira.
No modelo família do século passado, o pai trabalhava e a mãe era responsável pela formação dos filhos, além de cuidar dos afazeres de casa. Na atual sociedade, a criança conta com a ausência do pai e também da mãe, que agora também trabalha para fortalecer o orçamento doméstico. E os filhos como ficam? Geralmente na creche ou com outras pessoas.
Esse distanciamento faz com que a família: pai e mãe, perca o controle muitas vezes na escala de valores, fundamental na formação de uma pessoa integra – cidadão com direitos e deveres?
Na realidade é que o Pai e a Mãe têm cada vez menos tempo para os filhos, e o pouco tempo que sobra, mostram-se impaciente. Essa falta de controle dos pais sobre os filhos faz com os mesmos adquiram atitudes e maus hábitos e, quando os pais se dão conta já é tarde demais. E pelas constatações atuais, a falta de acompanhamento pelos pais é o que mais tem contribuído para a criminalidade e, um elemento forte é que a mãe não está presente.
Quando e como ingressou na CEI Emília Floriani?
Ingressei mediante a submissão ao Certame Público. Estou no último ano de estágio probatório, aliás, já poderia ter terminado o estágio probatório, mas o estágio foi suspenso por ter trabalhado na Secretaria da Escola.
Qual é a atribuição no magistério, hoje, junto à CEI Emília Floriani?
Hoje, sou responsável pela turma infantil II, B, 3 a 4 anos.
Quantos alunos têm na CEI Emília Floriani?
Berçário I A, 08 alunos, BerçárioB, 08 alunos, Berçário II, 15 alunos;
Infantil I –A – 18 alunos, infantil B, 18 alunos;
Infantil II – A – 20 alunos, Infantil B, 18 alunos;
Parcial infantil II, matutino 20 alunos e vespertino 20 alunos;
Infantil III, matutino 25 alunos e vespertino 25 alunos;
Pré A, matutino – 25 alunos; Pré B, matutino 25 alunos; Pré A – vespertino 25 alunos e Pré B, vespertino, 25 alunos.
Referências
- Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 29 de junho de 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário