quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dr Emílio Luís Niebuhr - 2007

  Dr Emílio Luís Niebuhr

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Dr EMÍLIO LUÍS NIEBUHR: Filho dos saudosos Otto e Eugênia Albani Niebuhr; natural de Brusque, nascido aos 11.11.38; são em três irmãos: Otto Joel, Maria Eugênia e Emílio Luís; cônjuge: Elisa Regina Schlosser Niebuhr, casados aos 06.05.67; dois filhos: Eugênia Regina e Arthur Otto; três netos: Pedro Emílio, Victória e Ian. Torce para o Sport Club Brusquense, Corinthians e Vasco da Gama Como foi a sua infância e juventude?

Passei em Brusque, onde tivemos o privilégio de morar bem no centro – a Avenida Cônsul Carlos Renaux era denominada de João Pessoa – entre os dois cinemas: Coliseu e Real; joguei futebol com o time do Padre João Steep; freqüentei o Curso Primário no Grupo Escolar Santo Antônio – conhecido como Colégio das Freitas, depois fiz o chamado Ginasial no Colégio Cônsul Carlos Renaux; aí tive que ir para Blumenau para completar o chamado Científico, cursando também o Técnico em Contabilidade, no Colégio Santo Antônio, registre-se em regime de internado, face a não haver como ir e vir diariamente de Blumenau. Na juventude, ia ao cinema que era a diversão da época e gostava de acompanhar meu saudoso pai nas pescarias. Como eram seus pais? Influência da disciplina e na formação?
De acordo com os hábitos da época, a disciplina era mais rígida que atualmente, mas os tinha como companheiros e amigos. Eram austeros, mas não severos. Meus pais dedicavam-se totalmente à formação dos filhos.
Como conheceu a Elisa Regina?
Conheci a Elisa Regina quando retornei dos estudos de Medicina para trabalhar em Brusque, naquela época conheci Elisa, vez que as famílias eram todas conhecidas.
Como aconteceu a opção pela Medicina?
Foi mais por influência materna ter optado por uma faculdade de Medicina, tendo escolhido o Rio de Janeiro para cursá-la. Tive a felicidade de passar no primeiro vestibular a que me submeti e no ano de 1957, iniciei o curso de Medicina, tendo colado grau na data de 15.12.62, em seguida, mais dois anos de Pós-Graduação, no Hospital dos Servidores do Estado, com especialização em Cirurgia Geral.
Influência da globalização na Medicina?
Na volta à Brusque, retorno este antecipado pelo falecimento de meu pai, em 1965, formos o décimo médico a instalar-se no Berço da Fiação Catarinense, a saber os Drs.: Humberto Mattiolli, Carlos Moritz, João Antônio Schaefer, popular Dr Nica, Aluizo Haendcem, José Tridapalli, Germano Hoffmann, Francisco Dal’ Igna, Márcio Clóvis Schaefer, Francisco Beduschi e eu. Naquele tempo os recursos médicos eram bem menores de que na atualidade. A gente exercia um trabalho interessante, atuávamos, bem mais próximo da comunidade. O que em muito supria às necessidades de exames mais aprofundados, que até então não existia; daí para nossos dias a Medicina teve uma grande revolução tecnológica e hoje, aparelhos sofisticados são usados na Medicina globalizada com muita eficiência trazendo reais vantagens no diagnóstico e no tratamento de doenças.
A internet e o dia a dia na Medicina?
Com a medicina globalizada a internet também passou a ser instrumento de trabalho dos médicos que têm acesso facilitado às modernas técnicas utilizadas em todo o mundo, outrossim, hoje em dia, todos os consultórios são informatizados e os pacientes cadastrados eletronicamente.
Como poder-se-ia definir o “genérico”, para esclarecer o povão?
Uma das evoluções da Medicina foi a implantação do uso do medicamento “genéricos”. O Laboratório que lança um medicamento novo na praça e tem dez anos para explorá-lo, passado este prazo, é obrigado a lançar o produto dito “genérico”, ou seja, com o nome do produto químico utilizado no remédio e a preço mais acessível. Infelizmente confundem-se medicamento “genéricos” com os “similares” que geralmente são adquiridos pelas farmácias com bonificações. Isto faz com que sejam mais baratos, todavia, muitas vezes de procedência duvidosa e fazendo concorrência com os remédios chamados de “marca” e ou “genéricos”, pelo baixo custo. Desta forma, muitas pessoas são enganadas, acreditando que estão comprando um medicamento “genérico” quando na realidade está adquirindo um produto sem a qualificação técnica do medicamento receitado.
Se não fosse médico?
Provavelmente seria um comerciante, haja vista que meu pai tinha um engenho descascador de arroz.
Fale sobre sua participação no Rotary Club Brusque
Somos filiados ao Rotary Club Brusque desde 1968, ocupante, de certa forma, do lugar deixado pelo meu saudoso pai, que, inclusive, foi um dos fundadores do Rotary Club Brusque. Inicialmente as reuniões aconteciam na sede do CACR , de cuja janela, assistíamos o treino da famosa equipe do CACR – hoje Sport Club Brusquense.
Qual o melhor livro que já leu?
O melhor livro é o que estou lendo: ”Anjos e Demônios”.
Costuma ler jornais?
Sim, diariamente leio um jornal local e um regional e semanalmente, leio a Veja;.
O Brasil tem acerto?
Tem acerto sim... apesar das dificuldades o Brasil está dando e vai dar certo, tanto que se houvesse mais seriedade estaríamos bem mais avançados. Tenho viajado à Europa e constatei que o padrão de vida no Brasil está igual ou melhor do que lá.
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Manfredo plantando 

Dr Emílio, Bruno Moritz (pai), Rubens Kormann, Ambrósio Bacca, Ivo Moritz, Aderbal Schaefer, Ayres Gevaerd eElemar Echert

 

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, na semana de 06 a 12 de outubro de 2007.

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