domingo, 15 de dezembro de 2013

Sindicatos e Associações

  Aníbal Boettger


Aníbal Boettger.

Apresentação:
Aníbal Boettger, nasci em Brusque, aos o8 de março de 1958, filho de Roland Boettger e de Araci Dorvalina Boettger. Casei-me com Deixi Valle Boettger, temos dois filhos: Arthur e Gustavo. Formado no Ensino Médio e torço para Palmeiras e pelo saudoso Paisandu.

Como foi sua infância?
Minha infância foi pobre, mas feliz por tudo que passamos, meus p ais conseguiram criar 10 filhos sem que passássemos necessidades.

Sonho de criança?
Toda criança tem sonho, aquelas motos e carros nas figurinhas, deixavam os olhos arregalados, quando colegas me mostravam. Mas o sonho era crescer junto com os irmãos e ajudar os pais a saírem daquela dificuldade e isto acabou acontecendo. Todos irmãos ajudaram neste sentido, trabalhando para a casa.

Como foi sua juventude?
A juventude foi boa, tinha emprego, entregava o salário ao pai, e quando aos dezessete anos ganhei a minha bicicleta aro 26,ai foi só alegria, percorria os bairros, vizinho município de Guabiruba, em especial no bairro de Guabiruba Sul. Lembranças daqueles bons tempos. Muitas amizades naquela localidade.

Como foi que surgiu o sindicalismo em sua trajetória profissional?
Comecei a trabalhar na Cia. Industrial Schlosser S/A em 25.03.1975, em seguida já participava de reuniões e assembleia no Sindicato. No entanto, em 1986 fui convidado a concorrer nas eleições do sindicato, e fazer parte de uma diretoria , no cargo de Secretário Geral. Saímos vencedores e em 01.01.1987 assumi o cargo de Secretário Geral da entidade classista.

Você se espelha em algum líder sindical?
Não me espelho em nenhum líder sindical, tenho aprendido muito com o movimento sindical, mas também temos os desafios diários dentro da própria categoria, e isto tem me ajudado muito como dirigente sindical, O nosso dia a dia é uma escola de desafios.

O início da trajetória sindical em Brusque? Momentos de transição? A história do Sindicato dos Têxteis em Brusque mostra uma trajetória de árduas lutas em defesa da classe que representa, o Sindicato perde seu foco político e retoma sua atitudes para os objetivos da sua categoria?
O início oficial foi em 01.01.87, mas antes já participava de alguns movimentos internos dentro da empresa Schlosser. A transição de empresa para sindicato foi com desaprovação da esposa, mas em pouco tempo superado esta situação. O sintrafite desde 06.05.1933 tem focado em árduas lutas em prol da classe trabalhadora têxtil, inclusive este é o norte da entidade. E o foco sempre foi os objetivos da categoria . Muitas vezes não alcançado seu objetivo, mas não perdendo jamais o foco.

Quais as bandeiras do Sindicato na atualidade?
Temos como bandeira 40 horas semanais, sem redução de salário, fim do fator previdenciário, manutenção do intervalo intra jornada, respeitando a Portaria 1095 de 19.05.2010 e a manutenção com ampliação dos postos de trabalho, sendo respeitado os direitos dos trabalhadores, como pagamento de salário em dia e o recolhimento do FGTS.

Como está a situação dos têxteis em Brusque?
Os trabalhadores têxteis de Brusque, estão vivendo um momento difícil, algumas empresas vem atrasando os salários destes colaboradores, não recolhem o FGTS, enfim existe um desrespeito com a classe. Tenho dito que somente com uma ação conjunta por parte dos trabalhadores e sindicato vamos reverter este quadro. Caso contrário, a situação tende a piorar.

A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem a redução do salário?'
A redução da jornada semanal é um anseio da classe trabalhadora, da mesma forma que ocorreu em 1988. Houve a redução da jornada, gerou-se mais empregos e nenhuma empresa fechou suas portas pela redução.

Os métodos utilizados por países asiáticos, como por exemplo a China, para a produção são 
baseadas em trabalho escravo e forte incentivo governamental . Qual a influência no setor têxtil? As tradicionais e saudosas festas relativas ao 1° de maio, tem chance de retornar?
 A importação de produtos dos países asiáticos sempre ocorreram e vão continuar ocorrendo, no entanto muitos empresários do setor não foram criativos administrativamente, muitos ignoraram tal situação, muitos choram pelo câmbio (dólar). Quando exportavam com câmbio diferente, sorriam e não dividiam o resultado com os trabalhadores, outros continuam a sorrir pois importam máquinas têxteis e fecham contratos em dólar. É importante dizer que temos adversas situações devidos aos produtos importados e exportados . A grande verdade é que quando se ganha menos o choro é normal e natural. Mas o setor continua em aquecimento, e isto é bom.

Governo e Movimento Sindical já não falam a mesma língua?
Movimento sindical e governo tiveram divergências e vão ter, a linguagem do movimento sindical não agrada o setor econômico, não agradando, há pressão sobre o governo, é natural.Da mesma forma o movimento sindical faz o seu papel político, Há pressão. Divergência natural. Importante analisar a conjuntura nacional, quando e qual governo a classe trabalhadora teve avanços sociais. Importante reflexão.

Na reforma trabalhista uma das propostas do governo é o fim da unicidade sindical ( um sindicato em cada lugar). Você concorda?
Governo com proposta de extinção da unicidade sindical tem repúdio do movimento sindical.É esfacelar o movimento sindical brasileiro. É retrocesso. Não podemos admitir de forma alguma essa aberração, sou totalmente contra.

O governo municipal tem investido em capacitação dos servidores. Você acha que esse é o caminho?
A capacitação do servidor público é de extrema necessidade, para refletir no atendimento a toda comunidade, entendo como medida positiva.

Grandes nomes no sindicalismo brusquense?
Nomes de destaque no sindicalismo brusquense:Elpídio Cruz, Ovído Paza, Ivo Sanni, José Isaias Vechi, Marli Leandro, entre outros.

Por que não vê-se mais verdadeiros líderes sindicais?
Existe sim, lideranças sindicais. Temos vários em nosso município, o que mudou de forma acentuada é a relação: capital x trabalho. Hoje somos tratados e respeitados de forma diferente ao que ocorreu no passado. Quando muitos empresários tinham o sindicado como inimigo, e às vezes com razão. Defendo acima de tudo, o dialogo entre as partes, e não posturas radicais como ocorria, de ambos os lados. Devemos defender e representar a classe trabalhadora, mas também saber respeitar o outro lado da mesa. Não se conquista nada à classe trabalhadora , através de discursos vazios.

Um resumo da vida profissional?
Minha vida profissional: comecei a trabalhar com 10 anos de idade, por necessidade, fui reconhecido como trabalhador formal em 01.01.1971nos Irmãos Fischer S/A. até 21.03.1975, onde exerci a função de auxiliar de funilaria e plainador ferramenteiro. Surgindo uma oportunidade na Cia. Industrial Schlosser S/A, fiz um teste realizado na empresa. E em 25.03.1975 comecei na Schlosser, como plainador mecânico e torneiro mecânico, onde ainda mantenho meu vínculo empregatício em aberto, licenciado para exercer mandato sindical. Gosto da função de Presidente, gosto de representar os trabalhadores têxteis, sinto- me feliz em atender trabalhadores, pessoas com dificuldades em buscar seus direitos, sinto prazer em poder orientar os trabalhadores, sem distinção. Todos que me procuram, indiferente de ser têxtil ou não. Gosto do que faço.

O que é uma sexta-feira perfeita?
Uma sexta-feira perfeita é aquela que após cumprir com minha obrigação frente ao Sintrafite, deslocar-me até o vizinho município de Guabiruba, no Bairro Lorena, cancha de bocha do sr Valdemiro Rieg, encontrar amigos, jogar umas partidas de bochas e moderadamente tomar umas cervejas com aqueles grandes amigos da região. Não tem coisa melhor, para renovar as minhas energias.

Como vê o governo Paulo R. Eccel/ Farinha?
Bem o governo de Paulo e Farinha, nestes 18 meses de administração tem demonstrado um governo aberto ao dialogo e transparência. Sabemos da situação em que pegaram o nosso município. Sabemos que não satisfaz 100% da população, o que acontece seja qual for o governo, mas entendo que com a oportunidade que a comunidade está tendo em participar das ações neste governo, estão no caminho certo.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 27 de julho de 2010. 

  Clébio Morsch Gonçalves


CLÉBIO MORSCH GONÇALVES:
Primeiramente, fale sobre a sua trajetória: onde nasceu, seus familiares, clubes de coração, o interesse pelo sindicalismo e as pessoas que o influenciaram
Nasci no Rio de Janeiro, aos 11.07.46, sou filho de Manoel Pereira Gonçalves e de Maria Morsch Gonçalves. Somos em sete irmãos: Dulcinéia, Cléia, Elza, Léa, Geraldo (in memoriam), Válte e eu. Viemos para Brusque, devido a separação de mamãe e também porque meus avós maternos – os Morsch – estavam vivendo aqui. Meus avos foram os primeiros moradores do Hollstein. Tenho três filhos: Sílvio César, Cínara e Cíntia Fernanda. Já sou avô quatro vezes: Ryan Felipe e Ana Clara (filhos de Sílvio César) e Maria Antônia (filha de Cinára) e o Luiz Fernando (filha de Cíntia Fernanda). Meus clubes são o C.A. Carlos Renaux, Santos e Fluminense. O interesse pelo Sindicalismo nasceu quando trabalhava na Iresa, resultando do relacionamento com o pessoal e participações no Sindicato; tive influências, entre elas de Níveo Neves e Oscar Haag.

As lembranças da infância e juventude?
Uma infância muito sofrida, com os pais separados, tendo sob a responsabilidade de minha mãe o cuidado de sete filhos pequenos. Gostava de caçar de gaiolas: saíra e gaturamo; na juventude, a maior alegria era, aos domingos, disputar torneios de futebol em tudo quanto é canto, ira ao matinê, arranjar namorada e assistir partidas de futebol do vovô do futebol catarinense.

Sua história sindical: cargos ocupados no Sindmestre – Sindicato dos Mestres e Contramestres nas indústrias de Fiação e Tecelagem de Brusque e os Presidentes anteriores e o atual?
Nos idos de 86 fui convidado para integrar a chapa liderada pelo Carlos Baumgartner, popular Calito. Em 89, o Calito foi para a FETIESC, tendo eu assumido o Sindicato, como Presidente, tendo permanecido na presidência até 2004, a partir daí retornei ao cargo de Secretário do Sindmestre. O Sindmestre foi fundado em 15.01.61. Já presidiram o Sindmestre:Hilário Bernardes (in memoriam), José Gonzaga, Otávio Silveira Carneiro (in memoriam), Mário Zimermann (in memoriam) Carlos Baumgartner, eu e, atualmente, é presidido por Valdírio Vanolli.

Quais as principais conquistas e realizações de sua gestão?
Juntamente com a Diretoria que esteve comigo, destacaria um murro de contenção atrás da sede do Sindicato, ressaltando-se, com o auxílio do então Prefeito José Celso Bonatelli. Saneamos as dívidas existentes e iniciamos a formar uma caixa de recurso e de acordo com o crescimento financeiro; melhoramos o quadro social, possibilitamos mais benefícios assistenciais aos associados; substituímos os antigos funcionários e contratamos novos e também, médicos e dentistas; possibilitamos assistência jurídica mais ampla; participamos das convenções coletivas, quando batalhamos arduamente pelos interesses da classe, devendo ser registrado, que sempre com a concordância do saudoso Carlos Cid Renaux.

Grandes nomes no Sindicalismo?
Entre outros, no passado, citaria: Ivo Sani e atualmente, José Isaías Vechi (Metalúrgicos)

Atualmente, quais os benefícios oferecidos aos associados?
Atualmente o associado pode desfrutar: Assistência médica, odontológica, jurídica, reembolsos para consultas e exames, inúmeros convênios com farmácias, clínicas, hospitais, convênios para exames específicos: tomografia, ultra-som, mamografia, raio-X, laboratórios de Análises Clínicas, Aparelhos de nebulização, gás, Posto de Combustível, Cooperativa Educacional de Brusque, Colégio Cenecista Honório Miranda, cursos de idiomas, e profissionalizantes, Cine Real, Mineral Água Park, Pizzaria, bloqueador anti-furto, óticas, aparelhos auditivos, cabeleireiros/barbeiros, salão de beleza, estética, tratamento corporal e facial, Academia, terapeuta e massagista. E, recentemente, montamos um consultório onde serão feitas micro-cirurgias .

A redução da jornada de trabalho é um caminho inevitável?
É um caminho inevitável a redução da jornada sem redução do salário. Em outros países já brigam por 36 horas. Na América do Sul, já tem países que adotaram 40 horas semanais. Inclusive proporcionaria mais empregos.

Dentro de que níveis as pretendidas alterações na CLT seria aceitáveis, considerando as representações sindicais e a nível de massa operária?
Quanto às alterações pretendidas tenho como preocupação, devendo o trabalhador ficar atento para que não ocorra. Foram conquistas resultantes de muito suor.

Costuma ler jornais?
Sim, leio diariamente os jornais locais e o Diário Catarinense

Lazer?
Meu lazer é ir à praia, assistir futebol na TV e ir ao campo ver o Brusque.

O que é uma sexta feira perfeita?
É aquela quando ocorreu tudo tranqüilo durante a semana.

A atual política econômica – aumentar tributos e tarifas, não revelando os verdadeiros índices inflacionários – está no caminho certo?
Não, deveria ser mais transparente, apresentar os indexadores sem maquiação, e mais consideração aos aposentados.

O Brasil tem acerto?
Tem, já temos um rumo, todavia, não e o que foi propalado, infelizmente, lutei muito por uma ideologia, mas hoje estou decepcionado.

Por derradeiro, a Administração municipal está atuando como se espera?
Na minha avaliação sim, Brusque deve muito ao Ciro, apenas deveria da mais atenção na limpeza e na manutenção das ruas. Em obras ele foi fantástico.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 16 de agosto de 2008. 

  Orlando Soares Filho


Orlando e Ivone na Bienal de Arte Moderna no MAM em São Paulo.

ORLANDO SOARES FILHO: O entrevistado da semana é o Presidente do SINSEB, Orlando Soares Filho; natural de Brusque, nascido aos 19/09/1968; filiação: Orlando Soares (Santa Luzia) e de Maria da Graça Soares (Santa Terezinha/Brusque). Casado com Ivone Gonçalves.

Você nasceu em Brusque, em que localidade?

Orlando em casa num final semana normal esperando o Santos F.C. jogar.
Nasci e morei até os 12 anos na localidade de Santa Luzia; minha avó era uma Dalcastagnê (popular Casqueiro) e eles tinham um lote de terra naquela região. Sou parente dos Casqueiros com muito orgulho.
Como conheceu a Ivone?
Quando nos conhecemos ela era viúva. É ótima professora. Não tenho filhos, minha esposa tem um do primeiro casamento.

Que cargo coupa? É concursado desde quando?
Só tive dois registros de empregos: dos 15 aos 21 anos trabalhei nas Lojas Hermes Macedo e fiz o concurso para o cargo de Operador de ETA no SAMAE em 1989. Comecei no dia 16/10/1989 e estou lá até hoje.

Quais são suas primeiras memórias de infância?
Na minha infância não tínhamos televisão, geladeira, chuveiro, rádio e o fogão era de lenha. Como as famílias em geral eram grandes (lá em casa nós éramos em 5 – dois homens e três mulheres), éramos muito criativos nas brincadeiras. Jogávamos bola, pescávamos, tomávamos banho de cachoeira, e vivíamos nos pés de árvores, comendo as frutas de época. Acompanhava tudo de futebol com relação ao Paysandu e ao Vasco.

Sonho de criança?
Ser jogador de futebol, como o Roberto Dinamite.

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Com doze anos a família se mudou para o Bairro Limeira. Aos poucos nos enturmamos e fiz grandes amizades. Até os 20 anos meu maior divertimento era estar com meus amigos durante a semana e aos finais de semana ir para Itajaí na casa do meu tio. Lá, junto com meu primo e alguns amigos íamos para a praia durante o dia e a noite para as festas.

Pessoas que influenciaram ?
Os meus familiares, principalmente meus tios maternos. Fui criado num ambiente em que se valorizava o trabalho honesto. Até hoje lembro o orgulho que sentíamos pelos parentes que sobressaiam no trabalho. Ao mesmo tempo toda família era muito critica em relação as pessoas que exploravam seus semelhantes.

Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
Minha primeira escola foi a “Escola Reunidas Professor José Vieira Corte” lá na Santa Luzia. Eu era um bom aluno e sempre disputava as melhores notas da sala. Adorava história e matemática. Minhas piores matérias eram educação artística e educação física. Jogava muito futebol, mas nunca fui o melhor jogador do time.

Formação escolar?
1ª. A 4ª. Séries – Escola Reunidas Professor José Vieira Corte (Bairro Santa Luzia); 5ª. E 6ª. Series – Colégio Ivo Silveira (Bairro Águas Claras);7ª. E 8ª. Séries – Colégio Santa Terezinha (Bairro Santa Terezinha); 1º ano do ensino médio – Colégio Feliciano Pires; 2º e 3º anos do ensino médio – Colégio Honório Miranda; 1ª. Graduação – Filosofia na Unifebe (FEBE); Pós graduação em Políticas Públicas pela FURB; Atualmente estou terminando o curso de Direito pela Univali Itajaí.

Primeira professora?
Lembro da Dona Estelita.

Uma grande professor(a)? Por quê?
Dois grandes professores na minha opinião foram o Sr. Isaias Lira e o Padre Nestor. Eles gostavam de ser professores, a gente sentia.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida
Eu comecei trabalhar com 15 anos na Hermes Macedo como Estafeta e sai com 21 anos. Quando pedi a conta respondia pelo setor de cobrança da loja. O SAMAE aconteceu na minha vida por acaso. Tínhamos feito greve na Hermes Macedo e eu estava desanimado com o serviço. Fui convidado por um colega de trabalho para fazermos o concurso do SAMAE. No dia da prova ele não apareceu e eu fui fazer porque perdi o ônibus para Limeira. Peguei férias, viajei com meu pai para o Mato Grosso e quando retornei recebi um telefonema dizendo que um dos dois aprovados no concurso não assumiu a vaga e eu era o próximo na lista. A minha história de vida está muito ligada a minha esposa. Estamos juntos a quatorze anos e somente após conhecê-la que passei a por em pratica os meus sentimentos a respeito da realidade social. Ela está comigo nos momentos ruins e bons. Temos planos de quando nos aposentarmos, morarmos na praia e aos finais de semana receber e visitar nossos amigos. Já a trajetória profissional está ligada ao SAMAE. Com a vinda para o sindicato perdi um pouco daquele contato diário. Eles são a minha segunda família. Quando terminar o mandato no sindicato vou voltar para o SAMAE e atuar na área do Direito.

Algo que você apostou e não deu certo?
Até 1993, o SAMAE era administrado pela Fundação Nacional de Saúde. O único cargo de confiança que exerci na Administração Pública foi nos últimos meses da Fundação. Depois que passamos para Prefeitura nunca aceitei Cargo de Confiança. Então, na época eu apostei na Fundação e com a saída dela não aceitei continuar no cargo.

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Não teria parado de Estudar por 10 anos.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Eu tenho algumas pessoas que fizeram a minha cabeça: na religião Dom Helder; na política e filosofia Marx; na educação Paulo Freire; na música Raul Seixas; na literatura Dostoievski e Gabriel Garcia Marquez; nas artes Vicent Van Gogh. De todos eu aprendi a reconhecer as angustias das mazelas sociais e o desejo de uma sociedade mais justa e igualitária.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Alegria pessoal – estar com meus quatro irmãos (três mulheres, todas professoras, e um irmão caminhoneiro); Tristeza pessoal – morte da minha Vó materna; Alegria profissional – Antes de entrar no sindicato eu era amigo de todos os funcionários do SAMAE, hoje minha alegria é buscar ser um amigo de todos os funcionários ativos e inativos da prefeitura. Tristeza profissional – O fim da Previbrusque.

Como surgiu a ideia de presidir o Sindicato dos servidores?
Eu fiz parte da diretoria nas das duas gestões anteriores. Tinha decidido, junto com o Toninho que nós iríamos dar um tempo no sindicato. Um dia eu estava trabalhando e vários professores subiram no parque da Caixa da Água para me conhecer e pedir para eu ser candidato. Chamei o Toninho, a Marli, os professores (entre eles a Tânia) e algumas pessoas que conhecíamos, fizemos duas reuniões e montamos a chapa.

Como está montada a Direitoria? INTEGRANTES
Ela é composta atualmente por 17 pessoas: Orlando (presiedente), Tânia (vice), Marli A. Nascimento (secretaria geral), Silvia Roso (1ª. Secretaria), Toninho (Secretario de Finanças), Sandro Bertolini (1º tesoureiro), Tânia Severino (Secretaria de Formação Sindical), Márcia M. Negruni (Secretaria Aposentados), André C. Nunes (Secretaria de Imprensa), Delegados da federação: Décio de Oliveira, Everaldo L. Valério, Marcio Vinotti, Reinaldo Mellão, Conselho fiscal: Antonio Martins de Macedo, Giovani de A. Marques, Modesto Vequi, Vera l. Huber

Grandes nomes no sindicalismo?
O maior de todos é o Lula. Da Força Sindical temos o Paulinho e o Osvaldo Mafra. A FETRAMESC está se reorganizando e estão surgindo grandes lideranças. Em Brusque, quando o Julio Gevaerd se candidatou pela primeira vez eu trabalhava no comércio e votei nele, não me arrependo. Hoje, em Brusque os sindicalistas que fazem minha cabeça são o José Isaias Vechi, O Anibal Boettger e a Rose do Sindicato dos Aposentados.

Quais foram as conquistas obtidas durante sua gestão?
Tivemos a aquisição da sede própria. A administração municipal nos propiciou debatermos o novo estatuto e o plano de cargos e salários e graças a isto, conseguimos a garantia da data-base com reajuste no mínimo da inflação. Adquirimos um consultório odontológico utilizando só materiais de primeira qualidade. Implantamos o jornal do SINSEB, fizemos extensão de base para Guabiruba e Botuverá e principalmente, dobramos o número de filiados.

No período em que preside o Sinseb, qual administração foi mais acessivel nas conversações em relação aos servidores?
Eu era diretor nas duas gestões anteriores e agora estou presidente. Portanto participei do sindicato na gestão Ciro Roza e Paulo Eccel. Posso afirmar que na gestão anterior não tinha conversa, foram oito anos sem diálogos. Naquele período a realidade do sindicato também era outra. Não tínhamos os instrumentos de lutas e a diretoria não estava tão unida como agora.

Tem acompanhado os sindicatos das cidades vizinhas? Como está o trabalho deles? As lutas são idênticas?
Nesses poucos mais de dois anos que estou a frente do sindicato, acabei sendo eleito como membro da Direção Nacional da Força Sindical e também por eleição diretor da FETRAMESC (Federação dos trabalhadores em Serviço Publico Municipais do Estado de Santa Catarina). Por isso tenho acompanhado de perto a situação nos outros municípios. Todos os sindicatos gostariam de implantar em seus municípios o nosso plano de carreira. O problema é que nós não temos plano de saúde, alimentação e sacolão e boa parte deles possuem. Em comum temos a luta pela ratificação pelo Congresso Nacional da Convenção 151 da OIT.

Algum parente foi sindicalista?
Não. Meus avós maternos e paternos eram analfabetos, meus pais estudaram até a quarta série primária. Hoje tenho um irmão caminhoneiro e três irmãs que trabalham na educação municipal.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 17 de maio de 2011.

  Tânia Mara Vieira Pompermayer -


Nossa entrevistada Tânia Mara Vieira Pompermayer.
A entrevistada da semana é a Professora, atual Vice-Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque - SINSEB, Tânia Mara Vieira Pompermayer, nascida em Bom Retiro/ SC aos 02/04/1961, filha de Icaroty Andrade Vieira e Antonia Maria da Silva Vieira; cônjuge: Rômulo Luiz Pompermayer; dois filhos: Fernanda Iara da Cunha e Icaroty Vieira da Cunha.
Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Das brincadeiras, dos passeios com a família, das pescarias, dos domingos todos em casa, mas o que mais gostava era quando meu pai chegava de viajem, ele sempre trazia novidades pra nós. Do natal como era bom esperar o natal chegar.

Você tem amigos da infância ainda?
Sim, tenho amigos de infância que moram em Bom Retiro, e que quando vou passear lá sempre vou visitá-lo, revê-los.

O que sente falta da infância?
Das brincadeiras, da família unida, dos amigos e de não ter as preocupações, responsabilidades que adulto tem.

Quando você era criança queria ser adulto?
Sim, queria crescer logo, me tornar independente, fazer as coisas do meu jeito, ser “ dona do meu nariz”.

Em que você sonhava ser quando era pequena?
Em ser médica.

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Foi muito boa. Adorava ir festas, dançar, praticar esportes, de encontrar com meus amigos e ficar conversando, ficávamos sentados na praça observando o “movimento” dos meninos é claro.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Quando eu tinha 9 anos foi a copa do mundo de 70, Olimpíadas quando a ginasta Nádia Comeaneci participou.

Pessoas que influenciaram ?
Com certeza meus pais.

Como era a escola quando você era criança?
Era um colégio grande, o único que tinha em Bom Retiro, ele parecia frio, eu tinha medo dos professores, eles eram muito severos, eu ficava muito de castigo, gostava de sentar no fundo da sala e conversava muito. A merenda não era tão boa quanto é hoje nas escolas, a sopa era servida numa caneca de plástico, e não gostava muito, preferia levar lanche de casa, levava pão caseiro que minha mãe fazia.

Quais eram suas melhores e piores matérias?
Sempre gostei muito de matemática e a pior era Língua Portuguesa, lembro que uma vez fique de castigo no recreio por não ter conseguido tirar 8,0 num ditado, eu estava no primeiro ano.

De que atividades escolares e esportes você participava?
Gostava de dançar quadrilha nas festas juninas, de desfilar no dia 7 de setembro, não gostava de fazer apresentação no dia em que tínhamos que cantar o hino, cada turma tinha que fazer apresentação de alguma data importante. Gostava muito de esportes, jogava vôlei e handebol e no atletismo arremessava disco.

Formação escolar?
Entrei na escola com 6 anos, fiz do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, curso de magistério no Colégio Estadual Alexandre de Gusmão. Como lá tinha faculdade parei de estudar com 17 anos, só voltei a estudar quando vim morar em Brusque. Aqui na FEBE fiz o curso de Pedagogia e depois fiz especialização na IBPEX em Balneário Camboriú

Primeira professora ?
Ester Kretzer Rosar.

Grandes professores?
Padre Nestor , Sonia Borges Silveira (minha professora de matemática em Bom Retiro), Antônia Maria da Silva Vieira (minha mãe), Rosemeri Costa Silva, Marcia Mosimann Negruni, Celerino Rauber e Aline Fantini

Como surgiu o sindicalismo em sua trajetória?
Sempre tive um grande interesse pelas questões de direitos das pessoas, mas nunca tinha me envolvido diretamente em nada, até que em 2008 fui convidada para participar de uma reunião para compor uma nova chapa para a diretoria do sindicato e sai dessa reunião como candidata vice presidente Nunca imaginei que um dia seria uma sindicalista. No mundo sindical ainda percebo um forte domínio do sexo masculino, onde as mulheres são minoria. Percebo que as mulheres são tratadas com muito respeito neste meio, porém falta avançarmos e conquistarmos mais espaço. O SINSEB ao contrário da maioria de outros sindicatos tem na sua diretoria uma participação expressiva de mulheres. Pessoas como as brusquenses Rose dos aposentados, Marli do vestuário, Adriana, presidente do sindicato de São Bento do Sul e Marta Vaneli, são inspirações para que mais mulheres participem do movimento sindical.

Quais as causas mais frequentes de ações encaminhadas pelos servidores públicos?
Desavenças entre servidores e chefias (caracterização de assédio moral ou não), esclarecimentos sobre direitos trabalhistas, insalubridade, dúvidas sobre o estatuto, aposentadoria entre outras.

Quantos associados têm o SINSEB?
Quando entramos em 2008 tínhamos aproximadamente 600 e hoje somos 1564.

O SINSEB leva em consideração a condição de idoso para os pagamentos advindos das ações?
Em todas as ações a prioridade são os aposentados com mais de 60anos e pessoas portadoras de doenças graves com laudo médico.

Quem integra a Diretoria?
A atual diretoria é composta por 42 membros de todos os segmentos da Prefeitura, se algum setor não tiver representante é porque todos os servidores daquele setor estão em estagio probatório ou são ACT, o nosso estatuto diz que só pode ser membro da diretoria servidores efetivos estáveis.

Orlando é um grande presidente?
Com certeza. Existe um sindicato antes e outro depois do Orlando. Ele é uma pessoa muito dedicada ao que faz, sempre age com muita seriedade e responsabilidade, é muito correto, e preza a transparência em todas as ações a qual o sindicato está presente. A sua competência como presidente do sindicato está no resultado das eleições, o Orlando juntamente com a diretoria foi eleito com 94% dos votos . Nestes primeiros quatro anos que trabalhei junto com ele aprendi muito e tenho certeza que aprenderei muito mais nos quatro anos que temos pela frente. Ele é uma pessoa pela qual tenho grande admiração e hoje é uma grande referência na minha vida profissional.

Quais medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer?
Meu maior medo sempre foi perder pessoas que amo. De entristecer, já senti muita tristeza nas perdas que tive, primeiro meu pai, depois minha mãe e há seis anos meu filho mais novo de 21 anos. A tristeza é como uma doença que vai te enfraquecendo dia a dia, e não é fácil de encontrar “remédios” que te façam melhorar.

Arrependimentos? Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez?
Sim. Perdi muito tempo de minha vida só trabalhando, deixando muitas vezes de passear, me divertir, curtir mais minha família, muitas vezes me preocupei mais em ser responsável com meu trabalho do que comigo mesma. Hoje, primeiro vem minha família depois o restante. Que lembre não me arrependi de coisas que fiz ou que disse, mas sim do que deixei de fazer ou dizer.

Qual foi o maior desafio até agora?
Viver todos os dias tentando superar a morte de meu filho.

Você tem algum ressentimento?
Tenho. Mas é melhor não falar deles, alguns ainda são recentes, e quanto menos alimentá-los menores eles ficam.

Algo que você apostou e não deu certo?
Meu primeiro casamento. Algumas amizades que acreditava serem verdadeiras

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Teria abandonado a profissão, por ser tão pouco reconhecida e valorizada e procuraria realizar o sonho de estudar direito.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
A sensibilidade, o bom senso diante das situações, o reconhecimento do outro, a valorização, o olhar para o outro como eu quero que olhem para mim.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Alegrias – meus filhos, minhas vitórias pessoais e profissionais, grandes amigos, trabalho e a maior de todas que recebi dia 04 /10/12, serei vovó. Decepções – falsidade, hipocrisia, maldade das pessoas.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 08.01.13. 

  Valdírio Vanolli


Valdírio Vanolli.
O entrevistado da semana é o Presidente do SINDMESTRE, o flamenguista Valdírio Vanolli, nascido em Brusque aos 16/07/1952, filho de Manoel e Emma Vanolli; casado com Simone Suzete Vanolli, com a qual têm três filhas: Scheila, Danúbia e Daniela. Têm três netos: Eduardo Vanolli Menezes (Sheila), Rafael Vanolli Menezes (Scheila) e Emanoela Vanolli Cresppe. Torce pelo Carlos Renaux, com a fusão tornou-se torcedor do Brusque F. C. e torce também para o Flamengo e Santos.
Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Muitas são as lembranças - registre-se que as brincadeiras eram diferentes das de hoje - : naquela época eu jogava futebol, quilica (bolinha de gude), caçava com gaiola e de funda e, não esquecendo as brincadeiras salutares na escola.

Você tem amigos da infância ainda?
Sim tenho bastante amigos, alguns da escola, outros vizinhos e outros ainda da catequese.

O que sente falta da infância?
Das amizades, das brincadeiras, do trabalho na roça. Falando em roça, quando nossos pais iam para roça tínhamos que acompanhá-los e bem me lembro quando chegávamos lá recebíamos a tarefa.

Quando você era criança queria ser adulto?
Acho que toda criança quer ser adulta, pelo menos comigo foi assim. Lembro que naquele tempo ainda se respeitavam os mais velhos. Quando tinha reunião de adultos, criança não participava e tinha que obedecer

Sonho de criança?
Na verdade toda criança sonha com alguns exemplos e como meu pai era meu ponto de referência, sempre quis seguir seus passos

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir? Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Minha juventude, considerando a época, posso dizer que foi boa. Iniciei a trabalhar com 12 anos na Estofaria Glória (de propriedade do Sr Fernando Ramos) - uma loja de móveis e calçados, mas a empresa se chamava sapataria Gloria. era localizada na 1º de maio. Iniciei na parte de fabricação de móveis e estofados. Aos 14 anos fui para a Cia Schlosser. Deve-se ser ressaltado, que naquela época, não tínhamos muitas opções de diversão. Aos 16 anos, ai sim, comecei a me divertir e uma das diversões eram as tardes dançantes no Salão Schulemburg, situado à Rua Nova Trento. Outrossim, ás vezes, por falta de opções ficava na Praça Azambuja. Os eventos que marcaram minha juventude foram a Copa do Mundo de futebol de 1970 e a Revolução de 64. Na fase da juventude, propriamente dita, o que me deixou muito feliz foi quando fui fazer o alistamento militar e fui designado para servir no Quartel em Brasília/DF. Fui para o Regimento de Cavalaria de Guarda -RCG. Assim sai de Brusque, coisa que jamais tinha acontecido, nem para passear em outra cidade. A despedida foi bem dura... difícil. Os primeiros meses de adaptação também, todavia, com a convivência e o aprendizado faria tudo novamente. Quando retornei do Quartel ao trabalho na Schlosser, vim renovado e com força total. Trabalhava como tecelão e comecei a participar de cursos na empresa.

Pessoas que influenciaram?
Claro que meu pai foi um dos que me influenciaram a ser uma pessoa honesta, dedicada. Outra pessoa que teve influência em mim foi Tito Schlindwein (residia na rua São Pedro), quando comecei a trabalhar na Schlosser, ele me incentivou a estudar e a me mostrar um mundo diferente. Vale ressaltar que ele foi muito útil e decisivo na minha conduta, já que eu era tímido.

Como era a escola quando você era criança? Qual era a pior matéria?
A escola ficava bem ao lado da nossa casa, era uma escola com duas salas de aulas, sem nenhum conforto, não haviam nem banheiros, mas na época já se ganhava merenda constituída por um copo de leite com tody. Bem me lembro disso, porque minha mãe trabalhava como voluntária e fazia o leite com tody para distribuir para as criançada. Minha pior matéria era matemática.

Formação escolar?
Cursei o Primário nas Escola Padre Lux, o Ginásio e o segundo grau no Honório Miranda. E ainda Fiz vários cursos profissionalizantes na Schlosser e no SENAI.

Primeira professora
Claro que lembro da saudosa Dona Isolde Pruner. Uma profissional qualificada que até hoje faz parte da minha educação.

Grandes professores?
Lembro com carinho do Professor Orlando, Dona Diva, Mario Mayer, Dona Marlene e outros tantos
Como surgiu o sindicalismo em sua trajetória?
Iniciei no movimento sindical em 1981, fazendo parte do sindicato dos trabalhadores têxteis, fui convidado pelo então candidato a presidente Antônio Olavo Shaide, oportunidade em que me elegi como delegado representante junto à Federação. Em 1985 fui promovido na empresa e, consequentemente de Sindicato, quando fui convidado pelo Presidente do Sindmesstre, o saudoso Clébio Morsch Gonçalves, para ser o vice na chapa encabeçada por ele, tendo aceitado. Em 2004 assumi a Secretaria por dois mandatos e em 2005 assumi a Presidência e agora estou no segundo mandato. Hoje faço parte da diretoria da FETIESC – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina, como Conselheiro Fiscal, já por três 3 mandatos.

Quantos associados tem o Sindmestre?
Hoje o Sindmestre com com um quadro de associados em torno de 1800 sócios, sendo que na ativa temos 1100 sócios , e aposentados e viúvas em torno de 700 sócios.

Quais são os integrantes da Diretoria?
Diretoria composta de 34 diretores, sendo diretores liberados, Eu, Presidente, Osnildo Lira, tesoureiro e Jean Carlo Dalmolin, Vice-Presidente.

Na atual conjuntura econômica, qual o principal papel do sindicato?
É participar das lutas em prol das causas trabalhistas, combater o mau patrão, dar assistência aos associados e aos seus dependentes, lutar pelas 40 horas semanais, negociar salários com a classe patronal, preparar rol de negociação coletiva de trabalho junto com a categoria, buscar mais filiados para o Sindicato, dar assistência jurídica: trabalhista e previdenciária, e sempre buscar melhorar a assistência social que proporcionamos aos associados.

Presidindo um sindicato forte como é o Sindmestre, por que você não saiu como candidato à Câmara de Vereadores?
Estava me programando para sair candidato desde o ano passado. Sou filiado ao Partido Progressista. Na minha opinião o associado, o trabalhador/a e a população em geral precisa ter representantes comprometidos com as suas Scausas. Precisamos de vereadores para atender a população no dia a dia. A Casa do Povo precisa ser melhor aproveitada, todavia a pretensão não se concretizou face ao fato de que teria que me afastar do Sindicato em 06 de junho do corrente ano. Conversei com o Presidente do Partido e disse a ele que eu não tinha condições de me afastar para ser candidato sem receber meu salário. Levei ao conhecimento da Diretoria do Sindicado e decidimos em conjunto de não concorrer. Agora o Sindicato irá apoiar a candidata a vereadora, Neide Nalmolin, que já se comprometeu se eleita for a nos atender.

Quem já presidiu o Sindmestre?
Presidiram o Sindmestre: Hilário Bernardes de 1961/64, José Gonzaga de 64/66, Otávio da Silva Carneiro de 66/72, Júlio Vidal Pereira de 72/74, Mário Zimmermann de 74/86, Carlos Baungartner de 85/89, Clébio Morsch Gonçalves de 89/2004, Valdírio Vanolli de 2005 ate agora.

Quais as maiores alegrias e decepções?
Maiores alegrias foram os nascimentos dos filhos e netos e também as promoções recebidas durante minha trajetória profissional nos cargos que exerci e outras tantas . As maiores decepções, residem, muitas vezes, com alguns governantes ou mesmo de algumas entidades, pessoas que se aproveitam dos cargos que exercem.

Quais medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer?
Tenho medo da velhice, mas não é de ficar velhinho e sim de doenças. Tenho acompanhado aqui mesmo no Sindicato muitos associados com dificuldades de fazer alguns tipos de tratamento. Entristecer acho que não - tenho certeza – contarei com minha família ao meu lado, com o amparo necessário, e até já costumo me divertir aos finais de semana saindo para dançar com minha esposa e não penso em largar nosso entretenimento.
Arrependimentos? Não costumo me arrepender de nada que deixei de fazer ou mesmo do que fiz.

Qual foi o maior desafio até agora?
O meu maior desafio ocorreu quando, na última semana de gravidez da esposa, ficamos sabendo que eram gêmeas. Nossa como foi difícil já que nos havíamos preparados para receber um bebê e quando fomos informados pelo médico que se tratava de gêmeas, confesso, que fiquei feliz e ao mesmo tempo ciente de que seria um desafio. Graças à Deus eu sempre trabalhei, busquei outras alternativas e consegui enfrentar mais esse desafio, claro que tiveram outros,. Quando assumi a supervisão da manutenção da tecelagem e preparação da Cia Ind. Schlosser e quando ex Presidente do Sindmestre, o eterno companheiro Clébio Morsch Gonzales chegou para mim e disse que eu teria que concorrer em 2005 como candidato à Presidente para mim foi uma honra, mas também um desafio.

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez?
Do que eu fiz não me arrependo de nada. Talvez de alguma coisa que eu disse, é que às vezes a gente não mede as palavras e ofende as pessoas, portanto eu sei que disse e quero pedir desculpas a quem ofendi.

Algo que você apostou e não deu certo?
Acho que sou cauteloso, procuro fazer as coisas com os pés no chão.

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Como comecei a trabalhar com 12 anos numa estofaria e conhecendo aquela profissão, hoje, abriria um negócio próprio.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Em primeiro lugar, cautela, quando você trabalha com público você tem que ser humano, atencioso e pontual. Você tem que estar presente nas decisões.

O que você acha da programação da televisão de hoje?
É difícil responder, porque a Televisão ensina a vive o dia a dia, sabendo aproveitar alguns programas podemos nos beneficiar no futuro. Claro que existem muitos programas que não se aproveita nada.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 21 de agosto de 2012.

  Antônio Walter Mariani


Natural de Botuverá, nascido aos 14.04.50; quatro filhos: Chaieni, Nicole, Venícios e Vítor
 Quando foi fundada a Associação dos Servidores?

A Associação foi fundada em 16 de outubro de 1975
Quem foi o primeiro Presidente?
O primeiro Presidente da Associação foi Hilário Cervi.

Uma palhinha sobre a Associação?
Inicialmente a Associação estava localizada na Caixa d'água – Parque Leopoldo Moritz. Em 22 de janeiro de 1986, a Prefeitura adquiriu o terreno na rua José Reis da Silva, na Cerâmica Reis, aonde, atualmente está localizada. Na oportunidade, foi construído o campo, dois vestiários e colocada iluminação. Na primeira gestão do Prefeito Ciro Marcial Roza, foi elaborado um projeto para a construção da sede própria, inclusive feito o fundamento, mas parou por falta de recursos.

Quais as finalidades da entidade?
Promover o entrosamento dos servidores dentro de uma clima de harmonia e fraternidade: fomentar a prática de atividades recreativas, sociais, culturais e esportivas aos seus associados e dependentes, cultivando o espírito de coleguismo; realizar convênios que tragam benefícios aos associados; manter relações amistosas com outras associações congêneres, participando de suas atividades promovidas no caráter social e esportivo; manter os associados informados sobre os fatos que digam respeito à vida funcional dos mesmos e sobre o andamento da associação, seu patrimônio e finanças; futuramente, pretendemos implantar que a Associação, diretamente ou através de convênios com outras entidades, busque disponibilizar para os associados e seus dependentes programas de assistência médica, odontológica, assistência jurídica, educação, lazer, cultura, capacitação profissional e o cooperativismo.

Quantos associados têm a Associação?
Aproximadamente 310 associados.

Como surgiu Toninho Presidente?
Surgiu com o lançamento da chapa Renovação, nos derradeiros dias de 2002, chapa esta encabeçada por mim, tendo sido eleita em primeiro de janeiro de 2003; iniciei várias frentes de trabalho: a cobertura, o local onde programamos festas e eventos, tal como, a de encerramento de fim de ano, reforma das luminárias, o gramado, cerca e muro em volta da propriedade e, também, três novos vestiários. Ressalte-se, também, Plano de Saúde -Unimed – e um odontológico -Unidonto – para os associados.

 Conseguiu reeleger-se?
Sim, acredito que as realizações permitiram a reeleição, por mais quatro anos.

Como conseguiu remover  as duas residências que ficavam ao lado do campo? Nas propriedades da Associação haviam duas casas constuídas – viúvas Zeni e Iracema, nas proximidades do campo, com o apoio do Vereador Marcos Bernhardt e do Prefeito Ciro foram construídas duas residências mais afastadas do campo e do local em que será construída a sede social.

Algum plano para o futuro?
 Agora temos um projeto pronto para a reforma da cobertura da Associação que deve ser iniciado em 2008, com o apoio do Deputado Dagomar A. Carneiro. Pretendemos também, com o apoio dos associados construir uma Associação aconchegante e com atendimento de qualidade exemplar.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, na semana de 17 a 22 de março de 2005.

  Antônio Walter Mariani


Valmir Ludvig, Toninho, Elton e Gustavo.
O entrevistado da semana é o Cidadão Honorário de Brusque, Antônio Walter Mariani, popular Toninho, Presidente da Associação dos Servidores Municipais, nascido em Ourinhos, município dei Botuverá, aos 14 de abril de 1950, filho dos saudosos José e Catarina Bissoni Mariani; 4 filhos: Cristiana e os saudosos Fábia Elenita, Jeferson Eusébio e Edna Maria.; torcedor corintiano. É também servidor público efetivo.
Como foi sua infância?
Como a maioria das crianças naquela época, praticava esportes, na verdade o futebol e caçava com estilingue, a popular funda

Sonho de criança?
Meu sonho de criança era cursar a faculdade

Pessoas que influenciaram?
Tive forte influência da família

Como foi sua juventude?
A juventude foi de muita luta... esforço, dedicação e entusiasmo. Também ia as tardes dançantes namorava, jogava futebol e vínhamos à Brusque ver os jogos do Paysandu.

Desde quando preside a Associação?
Estou no segundo mandato como presidente da Associação.

A Associação ficará mesmo na Cerâmica Reis?
É ficou decidido que permaneceremos na Cerâmica Reis.

Quais os planos para a Associação?
Proporcionar lazer e esportes aos associados e construir a Sede. Registre-se que estamos procedendo a drenagem no campo para no início de 2011, permitir a prática do futebol suíco.r

A administração mostra-se interessada em contribuir com seus planos na Presidência da Associação?
Sim, inclusive o Prefeito manifestou-se no sentido de que o encerramento do próximo ano deverá acontecer na nova sede.

O título de cidadão Honorário de Brusque foi uma das coisas boas que aconteceu em sua vida?
Foi uma das coisas especiais que aconteceram na minha vida... foi bem lembrado... e gostaria de manifestar meu agradecimento ao que lembraram de mim.

Conte algo que você queria fazer e não deu certo?
Queria cursar uma faculdade, mas não consegui; não tínhamos condições de arcar com as custas para frequentar uma faculdade

Algo que você apostou e não deu certo?
Acredito que naquilo que apostei na vida profissional deu certo

Algo de que não teve coragem de levar adiante?
Foi quando trabalhava de tratorista na Rodotec, fui convidado por uma empresário para abrir uma empresa em sociedade, mas faltou a coragem para aceitar o convite.

Quais as maiores alegrias e decepções que teve?
As maiores alegrias foram os nascimentos dos 4 filhos: Cristiana, Fábia Elenita, Jeferson Eusébio. e Edna Maria e dos 4 netos: Nicole, Schaiane, Victor e Venícius e o título de cidadão honorário de Brusque.. As maiores decepções, diria tristezas foram a perda de 3 filhos:Fábia Elenita, Jeferson Eusébio e Edna Maria.

Festividades de final de ano
A participação foi máxima

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 8 de fevereiro de 2011.

Um comentário:

  1. Olá Luiz,
    Encontrei seu blog através desse link: http://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/index.php/Entrevista_An%C3%ADbal_Boettger_-_Luiz_Gianesini

    Pesquisando sobre o Sintrafite encontrei a tua entrevista com o presidente do sindicato, mas no texto me deparei com um erro bastante grosseiro de revisão (para não dizer má fé).

    Na pergunta: "Os métodos utilizados por países asiáticos, como por exemplo a China, para a produção são baseadas em trabalho escravo e forte incentivo governamental . Qual a influência no setor têxtil? As tradicionais e saudosas festas relativas ao 1° de maio, tem chance de retornar?"
    A resposta começa com a cópia de um texto de piada sobre sexo:
    "A mulher hesita, pensa um pouco e finalmente responde - Por R$ 5 000,00 tudo bem, só uma mordidinha nos seios e nada mais! Então vamos até aquele cantinho... ao chegar no cantinho ela abre a blusa, deixa os seios à mostra e libera aqueles maravilhosos peitinhos ao mineirinho O mineirinho ataca: passa as mãos, beija, trança o biquinho dos seios entre os lábios, encosta a cabeça, lambe, e nada de morder... Até que a mulher já impaciente e inconfortável naquele local dispara: - você não vai dar a mordidinha? - Eu não! É muito caro! "

    Infelizmente esse erro está repetido no seu blog também.

    Acredito que deve ser corrigido para que não fique feio tanto ao entrevistado quanto ao entrevistador.

    Aguardo pela modificação no texto e um possível esclarecimento quanto ao assunto.

    Obrigada.

    ResponderExcluir