domingo, 15 de dezembro de 2013

Administração Paulo R. Eccel e Evandro de Farias

Entrevista Alexandre Gevaerd


Alexandre Gevaerd.
O entrevistado da semana é o Diretor-Presidente do IBPLAM, Alexandre Gevaerd, engenheiro Civil, nascido em Brusque aos 26.06.58, filho do saudoso Cyro Gevaerd (Prefeito de Brusque de 61/66) e de Lilian Sofia Wichern Gevaerd. Casado com Fabiola Barni Gevaerd, com a qual tem duas filhas: Beatriz e Elisa.
Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Bem me lembro das passagens na área rural. andar lá cavalo. caçar ... banhos na represa da Buettner.

Sonho de criança?
Quando criança na alimentei nenhum sonho especificamente.

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Na minha juventude, além de frequen-tar os bancos escolares. jogava futebol. passeava com os colegas.

Pessoas que influenciaram?
As pessoas que mais me influenciaram foram o meu pai, o saudoso Cyro Gevaerd, e o Engenheiro Civil Norberto Schaefer (filho do José Germano Schaefer, popular Pilolo. Prefeito de Brusque na gestão 70/73).

Formação escolar?
Frequentei o Primário e o Ginasial no Colégio São Luiz. o 2° grau no Colégio Catarinense (Florianópolis). Engenharia Civil na UFSC e o Mestrado - em Engen-haria de Transportes - na Universidade de Virgina (USA).

Quais eram suas melhores e piores matérias?
Melhores matérias eram Matemática e Física. não gostava muito de Português e Literatura.

De que atividades escolares e esportes você participava?
Ah, com certeza, Educação Física.

De qual professor/a jamais esquecerá?
Grande professor.. .Padre Anselmo.

Corno surgiu a ideia de alterar o trânsito de Brusque no sentido horário? Perdeu muitas noites de sono matutando como implantá-la?
Foi em função do afunilamento de veículos na área central. As ruas convergiam tudo para o centro, então planejamos alterar a mão de direção na Ponte estaiada. para desviar o tráfego de passagem.. Também consideramos a criação de um acesso direto aos visitantes que vinham de Itajaí. Nova Trento e Botuverá. Não perdi muito sono não. evidentemente que foi um dos maiores desafios na minha carreira. Pela abrangência e a amplitude da mudança foi a que mais trabalho proporcionou. todavia, vim com unia boa experiência nas cidades em que auxilei a alterar o trânsito. como Blumenau. Gaspar. Itajai. Presidente Getúlio, Ibirama e Rio do Sul.

Qual é o papel do transporte urbano na promoção do desenvolvimento de Brusque?
O transporte urbano é a mola propulsora do desenvolvimento de unia cidade. A cidade dotada de transporte urbano desenvolve-se bem. O transporte urbano é o setor da cidade que permite que as pessoas interagem pessoalmente. entre outros benefícios.

Que desafios o transporte individual aponta no que se refere à trafegabilidade em Brusque?
O transporte individual é um problema sério pelo excesso de veículos e, Brusque é uma das cidades que têm o maior fluxo de automóveis e motocicletas.

Nos estudos do IBPLAM é con-siderada AS Características mais im-portantes para um bom transporte, a avaliação dos meios de transporte, a percepção da frequência de congest-ionamentos e sensação de segurança no meio de transporte?
Seguramente não fazer nenhuma alteração. nenhum projeto. sem estimar a demanda. com exaustiva verificação in loco.

Em algumas cidades está sendo adotado o cartão de estacionamento do Programa Zona Azul, a raspadinha. no sentido de evitar fraudes. Brusque tem intenção de partir para a raspadinha?
Como toda tecnologia é bem vinda. porque reduz os gastos com pessoal. Por outro lado. a presença de um agente. humaniza as relações entre o usuário e o poder fiscalizador.

Assim como outras cidades brasileiras, Brusque experimenta o agravamento dos problemas relacionados à mobilidade urbana. O acelerado crescimento populacional (hoje com mais de 100.000 habitantes), e uni grande número de veículos, há planejamento urbano a longo prazo considerando o ordenamento do trânsito e do sistema viário?
Como você pode verificar estamos com várias experiências a curto prazo. contudo não serão suficientes. Estamos há 2 anos com o Plano Diretor em vigência. e procedemos a segunda alteração e teremos mais algumas mudanças. Gostei da recente experiência com a Câmara de Vereadores no tocante as discussões pertinentes. o que implicou em uma adequada mensuração pelos edis. Veja. muitas vezes é criticado o trânsito, no entanto. dever-se-ia considerar que trafegabilidade fica prejudicada como resultado de unia má ocupação urbana. O caso do crescimento de Águas Claras ilustra bem o que vem ocorrendo. O Plano Diretor Viário. futuramente, além de prever novas ruas. prolongamento da Beira-Rio deverá considerar a criação de um Anel Viário Regional. permitindo desvio de tráfego. perfectibilizando o sistema viário.

Algo que você apostou e não deu certo?
Se bem que lembro não aconteceu de ter apostado em algo e que não surtiu os efeitos desejados e ou esperados. Evidentemente que. às vezes, temos que retroceder para aperfeiçoar unia medida que não trouxe resultados satisfatórios. Temos que ter a humildade de reconhecer que não deu certo e retomarmos O assunto.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
As maiores alegrias foram o casamento com a Fabiola e o nascimento das filhas: Beatriz e Elisa. A maior tristeza foi ter perdido o pai prematuramente.

Fale um pouco de sua trajetória profissional?
Iniciei na Construção Civil em Joinville, onde permaneci por uns dois anos. quando sai para estudar o mestrado em Engenharia de Transportes: retornei à Brusque. trabalhei num Escritório de Engenharia e Arquitetura. igualmente por 2 anos. Fui para Blumenau. onde permaneci por 20 anos na Secretaria de Planejamento. E agora estou há dois anos e 5 meses em frente ao IBPLAM. Ressalte-se que. Brusque é uni dos municípios de SC - Além de Florianópolis e Joinville- que conta com o Plano Diretor Viário

Com a edição da LC 144/09 foi criado no âmbito do Instituto Brusquense de Planejamento e Mobilidade - IB-PLAM, o Conselho Municipal de Transporte Coletivo, qual foi a intenção?
O Conselho Municipal do Transporte Coletivo, foi criado no âmbito do IBPLAM. com objetivo precipito de assessoramento. em geral. relativo ao transporte coletivo urbano de passageiros do Município de Brusque. Felizmente Brusque terá o NOVO SISTEMA DE ÔNIBUS - -NOSSO".

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 7 de junho de 2011. 

  Aurélio Augusto Batista Tórmena -


Aurélio com a esposa Cleria.
AURÉLIO AUGUSTO BATISTA TÓRMENA: Aurélio Augusto Batista Tórmena, natural de Brusque, nasci do aos 05/03/1969,casado com Cleria Geib; uma filha Natalia Tormena; torce para o tricolor das laranjeiras – Fluminense. É coordenador de Licitações (Pregoeiro e Presidente da Comissão de Licitação na Prefeitura Municipal de Brusque.

Aurélio com a esposa a filha Natalia.

Como foi sua infância?
Como foi sua infância?Normal, não tínhamos os eletrônicos, então vivia correndo atrás da bola

Sonho de criança?
Ser um jogador de futebol, fazer um gol aos 90 minutos em um FlaXFlu no maracanã, para o tricolor é claro.

Aurelio com a família.

Como conheceu a esposa?
Na balada...

Como foi sua formação escolar?
Ensino :Fundamental, na Escola Isolada de Azambuja, depois estudei no Padre Lux e concluí o segundo grau no Feliciano Pires.Fiz curso Técnico em Mecânica no SENAI.Estudei dois anos de engenharia civil na Furb mas me formei em Direito pela FEBE.E fiz uma pós graduação MBA em Direito da Economia da Empresa pela FGV (Florianópolis

Primeira Professora?
Maria Aparecida

De qual professora lembra com carinho?
Dela

Por quê?

Não só por ser minha primeira professora, mas por sempre ter uma palavra de incentivo... também lembro bem da minha professora do ginásio: Maria Suzete de Historia, que era autoritária, exigente, mas justa e me mostrou na época certa, que a vida também seria assim, exigente e autoritária, e como diz o ditado à vida é dura para quem é mole, devo a ela. Com esta sabedoria e que a justiça eu deveria buscar E no segundo grau do Walmir Ludwig, que me mostrou outra visão de olhar, olhar crítico, de questionar, de se perguntar, de não se prender as convenções e aos moldes e aos paradigmas que a sociedade e a vida nos colocam.

Ate que valor o órgão público pode efetuar compras sem necessidade de licitar?
Até R$ 15.000,00 para serviços e obras de engenharia e R$ 8000 para outros serviços e aquisições de objetos, de acordo com o art. 24 da Lei 8666/93.

Por que o órgão público é obrigado a licitar acima de determinado valor?
Por que o patrimônio (dinheiro) é publico, e se o poder público quiser dispor dele, fundamentado no interesse público, o deve fazer respeitando o principio da isonomia, oferecendo oportunidade a todos que queiram contratar com a administração pública. Pois licitar é a regra, conforme art 37 da nossa Constituição Federal.,do contrario deve estar previsto em lei, sendo justificada a ausência dela.

Quais as modalidades de licitação existentes?
Lei 8666/96: Convite, Tomada de Preço, Concorrência e Concurso

Quando se aplica cada uma das modalidades?
As modalidades da lei 8666/96 de acordo com o valor, conforme art. 23 desta lei. O pregão independe de valor. software que tínhamos e não era usado, funcionários de outras prefeituras ficaram surpresos que mesmo sendo uma modalidade nova (2002), não havia sido usado ainda em Brusque. O software também é importante, pois todos os cálculos usados no momento da sessão são feitos automaticamente, dando agilidade e mantendo as informações no sistema, as mesmas informações que são transferidas ao tribunal de contas. Estas informações são transferidas para um telão no momento da sessão, dos quais os participantes oferecem lances após terem apresentado a propostas escrita, oportunizando propostas mais vantajosas e transparência na licitação. Também seria impossível fazer uma licitação de mais de 200 itens como remédio sem um software. Com certeza é vantajosa, desde quando iniciamos este trabalho em valor licitado economizamos para a administração pública, em detrimento desta etapa de lances que não existe nas modalidades da Lei 8666/96, por volta de 6 (seis) milhões de reais. Mais de 90 % das licitações são através de Pregão, que se limita a bens e serviços comuns.

O que poderia ser aperfeiçoado na modalidade de pregão?
Mesmo o pregão ser presencial oportuniza que as empresas se quiserem apenas protocolem os envelopes, e se ninguém cobrir os preços saia vencedoras.Isto é bom, mas como às vezes apenas três empresas se classificam para a etapa de lances, se for a segunda ou terceira uma destas que apenas protocolou, a primeira acaba vencendo sem haver disputa, pois as que não estão presentes, não podem oportunizar os lances, e impedem de outras participarem.Minha sugestão é que sejam no mínimo três empresas que estão presentes na sessão, se houver mais uma ou duas que só protocolaram, ficam quatro ou cinco empresas para a fase de lance neste caso.

Como se preparou para ser Pregoeiro?
Eu sou formado em Direito, pós graduado em MBA pela FGV, do qual meu TCC foi sobre a participação das micro empresas nas licitações públicas, do qual estou estudando a possibilidade de publicá-lo, além disto fiz um curso de capacitação de pregoeiro também em Curitiba, e outros cursos relacionados a licitação.

O trabalho da equipe de apoio e a sua, além de ter uma importância como todo o servidor publico, tem certo desconforto, pois você quando assina o processo, você se compromete com o teor do processo, e você está constantemente a mercê de sofrer auditoria do próprio tribunal de contas. Você às vezes fica com receio de assinar determinado processo?
Com certeza medo você sempre tem, pelo menos um pouco, afinal somos humanos, mas é o medo que nos faz tentar sempre o melhor possível, procurar acertar, afinal só cai de bicicleta quando achamos que sabemos andar. Embora o medo seja de errarmos involuntariamente. Por exemplo errar uma contagem de prazo, esquecer que entre a abertura e a publicação de uma licitação existe um feriado e não descontar, para efeito de prazo legal. Nunca aconteceu, mas pelo volume de serviço que temos é humano que possa acontecer. Mas nunca vou ter receio de uma auditoria, porque sempre buscamos decidir pelo entendimento do próprio tribunal, e também porque estamos em paz com nossos atos sempre buscando maior eficiência para a administração pública (eficiência e não eficácia), não obstante a isto estamos sendo auditados quase que automaticamente a cada ato, pois com o sistema online do tribunal a auditoria passou a ser em tempo real, não é preciso mais o auditor se deslocar tanto as unidades para fazê-lo. Entretanto se ninguém se comprometer de verdade nada acontece, pois como disse anteriormente para contratar tem que licitar, não há outro jeito, e como na metáfora do bife a cavalo, a galinha está envolvida, mas é o boi quem morre

Qual a diferença entre eficiência e eficácia?
Embora a algumas contradições no que vou dizer em se tratando do conceito pela Administração e ou pelo Direito, mas basicamente, eficácia é fazer a coisa bem feita que agrade a população, eficiência além de fazer isto, bem feito e que agrade, tem que ser feito com o menor dispêndio de recursos. E isto que o gestor público tem que ser, em qualquer esfera do poder, ser eficiente, inclusive é o mais novo principio trazido pela emenda 19/98 e incluído no rol dos princípios no art. 37 da nossa Constituição Federal.

Valeu a experiência como candidato a vereador? Quantos votos obteve? Candidatar-se-ia novamente?
A experiência valeu, obtive 402 votos e sei que realmente foram 402 votos de confiança, por me conhecerem antes ou durante a campanha. São pessoas como estas, que nos fazem ainda acreditar em uma sociedade melhor, mas não agradeço simplesmente pelo voto, agradeço por eles pensarem desta forma, por votarem usando a razão e o coração em prol da sociedade e não em benefícios próprios. Portanto obrigado à esta 402 pessoas e outras que votaram desta forma, também em outros candidatos, graças a estas pessoas que a esperança continua. Quanto a candidatar-se novamente é difícil dizer isto hoje, pois daquela vez me candidatei também para não ser omisso ao que vinham acontecendo em Brusque. Hoje temos outro panorama político e governamental, e na política infelizmente você tem que fazer muitas renuncia e até de cunho ideológico. Com certeza não precisamos ter aquela velha opinião formada sobre tudo como dizia Raul Seixas, entretanto contrapondo com Rousseau: "Não há recompensa possível para quem a tudo renuncia".Precisamos achar um meio termo, e se encontrar, pode ser que saio candidato novamente sim. Pois também não sou adepto de políticos que parecem uma metamorfose ambulante, mudando de idéias conforme a conveniência.

Resumo da vida profissional?
Trabalhei desde adolescente nas metalúrgicas de Brusque, comecei na Irmãos Zen, trabalhei 13 anos nesta empresa. Depois trabalhei nao aprendiz quando fazia o curso de ajustagem mecânica no SENAI, fiz o Técnico Mecânico também no SENAI enquanto trabalhava Fundição Hercules, na Kimak e por ultimo antes da prefeitura estava na Smalte Metalúrgica. No inicio trabalhava como ferramenteiro, mas depois como supervisor e outras funções mais técnicas. Mas o importante é que sempre deixei amigos nas empresas por onde passei do funcionário mais humilde ao executivo.

Qual a mudança que houve em sua vida já que saiu das empresas privadas e ingressou na publica?
Uma mudança significativa, nas empresas privadas todo o seu trabalho gera lucro para uma pessoa apenas, toda melhoria, economia, bons projetos quando você faz apenas uma pessoa ou um grupo você deixa feliz. Na vida publica é muito mais gratificante você alegra mais pessoas, afinal como disse anteriormente, praticamente tudo passa por um processo licitatório e como eu sou o pregoeiro e presidente da comissão de licitação por mim e pela equipe de apoio/comissão que passam a aquisição de remédios, consertos de escolas, uniformes, praças, até licitações maiores como as drenagens que estão acontecendo com o recurso do PAC. Tudo isto é concretizado após minha assinatura, depois de analisar toda a legalidade do processo licitatório, processos às vezes com até 10 volumes é muita responsabilidade, mas ao mesmo tempo muito gratificante, saber que você é responsável direto por ver uma criança com um uniforme escolar, remédios nos postos, praças públicas, ATIs, enfim quase tudo tem que acontece na administração pública que vai ter um benefício direto a população tem seu dedo, sua assinatura. Todo o processo licitatório é feito o maior zelo à legalidade que obtive na vida acadêmica e a eficiência administrativa graças ao conhecimento de gestão privada, adquirida na vida profissional e também na especialização pela FGV. Enfim todo este trabalho, da comissão de licitação e equipe de apoio do pregão, você pode v e rn op o r t a ld at r a n s p a r ê n cia http://www.atende.net/transparencia/portal.php?cliente=58 da prefeitura, ou no portal do cidadão no site do TCE http://portaldocidadao.tce.sc.gov.br/, convido a todos a entrarem lá e verificar nosso trabalho. Como também a assistir as sessões já que são publicas, todos têm o direito e dever como cidadão de assistir e fiscalizar os atos públicos.

Referências

  • Matéria publicada no EM FOCO aos 07 de setembro 2010 

  Carlos César Ramos

Apresentação:
Nasci em Brusque/SC, aos 06/0, aos 06/02/1964, filho de César Ramos e Catrina Siarli Kormann; casei com Sione Keller Ramos, aos 20/02/1988; filho Dimitry Keller Ramos, torço para o Céltic (Escócia ) e Vasco da Gama (Rio de Janeiro); ocupo o Cargo de: Assistente Administrativo (Funcionário público desde 02/06/1986) na Prefeitura Municipal de Brusque.

Carlos Cesar e Sione.

Por que a torcida pelo Celtic?
A razão principal é a história deste clube, que foi fundado por Irlandeses que sempre foram perseguidos por motivos religiosos na Grã Bretanha, sendo que por curiosidade, o trevo de quatro folhas que estampa o escudo é uma cruz disfarçada, os católicos no Reino Unido não reverenciam a Rainha. As cores são verde e branco em homenagem a Irlanda e a São Patrício, patrono da Irlanda. O clássico de maior rivalidade que existe no futebol mundial é protagonizado pelo Glasgow Céltics e Glasgow Rangers.O estádio Céltic é Céltic Park, e é considerado pela maioria dos jogadores internacionais que ali jogam, como o melhor gramado do mundo, apesar de estar localizado em um país de muita chuva e tempo nublado.O Céltic foi o primeiro campeão britânico da atual Liga dos Campeões da UEFA, isto no ano de 1967.Quem ver os vídeos dos jogos deste time ficará emocionado com a interatividade entre torcedores e jogadores.

Como foi a infância?
A infância passei quase que exclusivamente em Guabiruba, ao lado de uma fábrica de polvilho, que trabalhava de Abril a Setembro, na safra de aipim, isto me dá saudades de todas as pessoas que na época ainda estavam por aqui (Minha Oma Dionilla, meu pai César, Sr. Ewaldo Debatim e muitos outros), pois ainda ouço o apitar da caldeira as 06 hs. de toda manhã, que nos alertava que estava chegando a hora de ir para escola. Passava as férias escolares na casa de meus avós paternos (Clodoaldo e Maria - in memoriam), na Santa Terezinha, em Ibiúna - SP (Tia Irene e Tio Gustavo - In memoriam), Curitiba (Tia Catarina - in memoriam), e na casa de Praia em Navegantes. Não posso reclamar de minha infância, que foi recheada com jogos de futebol, banho de rio, pescaria etc...

Sonho de criança?
Sempre foi conhecer lugares distantes e diferentes, que remetam a épocas antigas. Alguns sonhos já consegui realizar e os outros 99 lugares ainda irei conhecer....

Como foi a juventude?
A juventude foi mais virada ao trabalho e estudos, mas não deixando de lado os divertimentos adequados a este período de vida (tardes dançantes e outras coisas que não posso mencionar, pois são segredos eternos ).
Pessoas que influenciaram?
Há uma relação extensa, mas as pessoas mais próximas foram determinantes na formação de meu caráter: César Ramos (Pai) - O gosto por viajar; Catarina (Mãe) - Eta, pessoa com garra e determinação; Dionilla (Oma) - Trabalhadora ao extremo e exímia cozinheira; Delamar (irmão) - Talento nato no que faz; Rosângela (irmã) - Muitos gostos em comum; Sirley (irmã) e Morgana (sobrinha) - O carinho em pessoa; Sione (esposa) - A sardenta mais linda que conheci; Dimitry (filho ) - Extremamente romântico e sensível, um orgulho que tenho!

Formação Escolar?
1º a 4º série - Escola Básica Prof. João Boos – Guabiruba; 5º a 8º série - Colégio São Luiz Ginásio -1º e 2 º série - Colégio São Luiz; 3º série - Colégio Cenecista Honório Miranda; Cursei 2 semestres do Curso de Farmácia e Análise Clínica na Universidade Federal de Santa Catarina.

Primeira Professor/a ?
A Primeira professora se chamava Terezinha, esposa do Goleiro Nauro do Paisandú.

Melhor professor/a?
Tive muitos bons professores, mas destaco os Senhores:. Euclides Gonçalves de Oliveira, Nilson Wiemes e Valentim Beber, ambos faziam aflorar o interesse em suas aulas, pois possuíam habilidade e conhecimento para o ensino.

Quando ingressou na Prefeitura?
Sou funcionário público desde a data de 02 de Junho de 1986.

Como funciona o serviço de transporte escolar?
O serviço de transporte escolar - bem como o de fretamento e os extraordinários - está regulado pela Lei nº 2357/99, que "Estabelece procedimentos de autorização, operação, controle e fiscalização dos serviços especias integrantes do Sistema de Transporte Coletivo de Brusque, a serem executados por terceiros, com veículos diferenciados, e fixa normas para o exercício do Poder de Polícia Administrativa …" Estes serviços integram o Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros do Município de Brusque, e subordinam-se ao regime jurídico da autorização. O órgão gerenciador é a Secretaria de Administração. Qualquer cidadão poderá ter conhecimento ao consultar o site oficial da Prefeitura Municipal de Brusque através do endereço eletrônico: .www. brusque.sc.gov.br/, e clicar no campo de “legislação”.

Como funciona a autorização?
A execução de serviços especiais de escolares, fretamentos e extraordinários poderá ser autorizada: I - à pessoa jurídica, constituída sob a forma de empresa comercial; II - à pessoa física, profissional autônomo. As autorizações para execução de serviços especiais de transporte coletivo serão outorgadas por prazo indeterminado, em caráter precário, no exercício do poder discricionário da administração pública, podendo ser revogadas a qualquer tempo, por conveniência, necessidade ou oportunidade. O ato de outorga da Autorização, referir-se-á a pessoa física ou jurídica requerente, ao número de seu cadastro, ao registro do veículo operador e ao tipo de serviço.

Quantos autorizados têm? Há um limite de número de autorizados?
Hoje possuímos 68 veículos autorizados para o serviço de fretamento e Transporte Escolar, sendo 15 ônibus e 53 vans e micro-ônibus, e no presente momento ainda não há limite para o nº de autorizações, mas alerto que muito brevemente haverá mudanças significativas na Lei vigente.

Como é fixado o percurso dos escolares para não infringir a concessão do transporte coletivo?
Para não infringir o contrato de concessão com as operadoras de transporte coletivo, há algumas normas que deverão serem respeitadas, mas o destaque principal é a proibição de paradas nos abrigos e pontos de parada de embarque e desembarque oficiais do sistema de transporte coletivo, para coleta de passageiros.

O município mantém, também, ônibus em algum percurso?
O município mantem ônibus de transporte para estudantes, mas estes são regulados pela Secretaria de Educação, como também há o transporte gratuito para as universidades de municípios vizinhos e faculdades deste município.

Como se dá a fiscalização?
A fiscalização se dá por obrigação de lei duas vezes ao ano, ou a qualquer momento por meio de denuncia formulada por qualquer cidadão que se sinta prejudicado em sua segurança.

Existe alguma Comissão Municipal que trata do transporte escolar?
No momento não, porém existe um Comissão Municipal dos Táxis.

Palhinha da vida profissional
Trabalhei inicialmente desde a infância com meu saudoso pai, em sua fábrica de fumo em corda picado, posteriormente como artífica geral no novo prédio do INSS, 02 anos e seis meses na Companhia Industrial Schlösser, na função de encaixotados de mercadorias para exportação, seis meses na Sanesc em Florianópolis, seis meses na Fábrica de Brinquedos de madeira COMETA em Guabiruba e 24 anos e quatro mêses na Prefeitura Municipal de Brusque, na área de Recursos Humanos, Arquivo e Transporte.

O que é uma sexta-feira perfeita?
Ter certeza que o trabalho executado durante a semana foi bem feito, rever finalmente a família, pois a vida de funcionário público erroneamente é julgada como uma profissão contemplativa, muito pelo contrário, ela nos priva e muito de contatos familiares.E para chegar ao 100%, viajar pelos interiores de nossos municípios vizinhos, que possuem muita coisa interessante.

Conte algo que você queria fazer e não deu certo?
Eu fui aprovado, através de concurso público em 23 de Outubro de 1983, para o cargo de Agente de Polícia Federal, mas por motivos alheios a minha vontade, não pude assumir a vaga.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 9 de novembro de 2010. 

  Delmar Alberto Tôndolo


Delmar Alberto Tôndolo.

Apresentação
Delmar Alberto Tôndolo, esposa Simone Sestari Tôndolo, Rafaela Tôndolo e André Vinícius Tôndolo, nascido em 27 de novembro de 1955, em Santa Maria RS, atualmente Diretor Técnico da Fundação Municipal de Esportes.

Como foi sua infância?
Típica de família humilde, simples, mas bem aproveitada, com muito espaço para brincadeiras, espaço para jogar bola, amizades sinceras, sem as armadilhas de hoje em dia.

Sonho de criança?
Ser uma pessoa respeitada, constituir família e não deixar passar pelas dificuldades que minha família passava.

Como foi sua juventude?
Também de forma bem simples, não haviam grandes alternativas de lazer (nesta época morava em Cachoeira do Sul, cidade mais de interior)

Pessoas que o influenciaram?
Em primeiro lugar e mais importante meus pais, que apesar de pouco estudo, demonstravam sempre o valor da honestidade, do trabalho e do respeito.

Em quais eventos esportivos você contribui com a organização?
Desde que estou na parte administrativa do esporte, com certeza em todos.

Que acontecimentos esportivos mais marcaram?
O que mais marcou com certeza foi a organização dos Jasc 2000, quando a maioria das pessoas em Brusque apostavam no fracasso ( e muitos trabalharam para isso por questões políticas ), nosso pequeno grupo de trabalho conseguiu dar a volta por cima e realizar os Jogos mais bem organizados até hoje, e a melhor classificação geral também com um honroso 4° lugar.

Que acontecimentos esportivos o marcaram de forma negativa?
Sempre procuro tirar uma lição de cada evento, e aperfeiçoar para o próximo. Então nada é negativo no evento e sim um aprendizado. Negativo é quando misturam política partidária no trato do esporte ou de sua administração.

Grandes nomes no esporte brusquense?
Arthur Schlosser, Rubens Facchini, Orlando Muller, Simone Stom, Carlão Schwanke, Heloisa Wichem, Helena Inocente, Maria Lucélia Joenck, Murilo Fischer, Gilmar Bork.

Os jogos comunitários pegaram para valer?
Sim, é um evento de muito valor para a comunidade em geral, falta algo mais para voltar ao brilho do seu início, mas é normal este processo.

Qual a expectativa para os 50° JASC?
Boas, acredito que podemos fazer um evento grandioso.

Rubens Fachini?
Pessoa fantástica, humano, dedicado, muito especial assim como seu Orlando Muller, são duas figuras exemplares que ainda convivem conosco e servem de exemplo de dedicação e amor ao esporte.

Torce para que equipes?
Sou Gremista, mas nada de fanatismo.

O que é uma sexta-feira perfeita?
Aquela que você olha para trás, sente-se realizado com todo o bem que se fez, que temos um fmal de semana para carregar as energias, e reiniciar o ciclo das coisas bem feitas.

Paulo Roberto Eccel e Farinha estão no caminho certo? Apoiam as iniciativas esportivas?
Estão no caminho certo, resgatando as origens do nosso esporte, valorizando as ações, criando oportunidades.
O que poderia ser melhorado em relação as inciativas esportivas no Berço da Fiação Catarinense?
Planejamento para os próximos 10 anos. Como fizemos em 1994. Chamar a iniciativa privada para ser parceira, as entidades de classe, e junto com o poder público traçar metas e responsabilidades de cada setor. O potencial de Brusque é muito grande.

Por que o esporte amador, notadamente o futebol, perdeu a graça?
Acredito que a falta de respeito entre atletas e dirigentes, além dos muitos mercenários,hoj e num jogo de futebol o que mais você ouve são palavrões, ofensas além de não assistir futebol, e sim anti jogo, o que interessa é parar e intimidar o adversário, esqueceram da bola. Como vamos levar a família para assistir, ou incentivar um filho a jogar, se estão como na velha Roma, se degladiando dentro do campo.

Como foi sua vida profissional até aqui?
Alcancei todos os níveis da minha carreira, Professor de escola, Técnico de Handebol, Diretor de Esportes, Secretário de Educação, Conselheiro do Conselho Regional de Educação Física, Conselheiro do Conselho Estadual de Esportes, Árbitro de Handebol, escrevi um Livro sobre arbitragem ( primeiro no Mundo no formato, no Brasil ainda não tem nada semelhante ), e outros cargos não menos importantes, mas nada disso foi fácil, tive e tenho que provar cada dia que sou capaz e que dedico meu trabalho para o desenvolvimento do esporte.

Alguma mensagem à juventude?
Praticar o bem, serem justos, honestos consigo mesmo, valorizar o dom da vida, e lógico, praticar esportes. O ingresso da mulher no mercado de trabalho tem contribuído para o aumento da criminalidade?
Isso é puro preconceito, a mulher revolucionou o mundo, muito mais do que os homens. Temos que aprender a trabalhar juntos para a manutenção da vida. Ninguém é menos ou mais do que ninguém. Todos temos os nossos DEVERES e nossos DIREITOS.
Embora o afastamento do lar, possa possibilitar uma liberdade extrema aos filhos, pois teoricamente tendem a ficar sozinhos em casa, sem pessoa responsável, a orientação e o carinho dedicado mesmo no pouco tempo que estão juntos, favorece o direcionamento para o bem, além disso não faltam oportunidades e atividades para ocupação deste tempo, o esporte é um destes meios para uma boa orientação. O ingresso da mulher no mercado de trabalho tem contribuído para o aumento da criminalidade?

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 6 de julho de 2010.

 

  Vilson Afonsio Moresco


VILSON AFONSIO MORESCO: Filho de Agostinho Moresco e Nair Zuchetti Moresco, natural de Claraíba, Nova Trento. Casado com Dailva Moresco, tendo o casal dois filhos: Morgana (27) e Franco(19). Torce para o tricolor das Laranjeiras. Superintendente da Fundação Ecológica e Zoobotânica
Como foi a sua infância?

Até aos sete anos só brincava e estudava, após os sete, estudava e trabalhava na roça, plantando fumo, com os vizinhos, ganhando assim, uns trocados por dia.
Qual era o seu sonho quando era criança?
Queria ter uma Kombi de carroceria de madeira para poder ajudar minha tia  na manutenção do pátio da casa; minha mãe que eu fosse Padre. Só não fui para o Seminário porque meus pais não tinham condições de comprar o enxoval.

Como foi a sua juventude?

Minha juventude foi praticamente igual a todo jovem do interior; continuava trabalhando na roça com os vizinhos, estudava, jogava futebol nos finais de semana e freqüentava bailes e tardes dançantes da região.
Quais as pessoas que influenciaram em sua vida?
Minha mãe, meus professores e meus vizinhos.

Formação escolar?
Segundo grau completo. Cursei da primeira à quarta série na E.E.R.R. João Bayer Sobrinho, na Claraíba, da quinta à oitava série, na E.B. Lacerda Coutinho, Nova Trento e, da primeira a terceira do segundo grau no Colégio Professor Francisco Mazzola, também em Nova Trento.

Primeira Professora?
Eulina Maria Bayer Valle.

Melhor Professora? Por quê?
Dona Eulina foi a melhor professora, porque ela tinha carinho de mãe.

Qual é a importância da Fundação Ecológica e Zoobotânica de Brusque?
A importância é no sentido de desenvolver hábitos de preservação do meio ambiente tendo em vista que a sua própria vida está relacionada à preservação da natureza; é também uma ferramenta  de entretenimento e de conscientização ambiental, inclusive, extraí-se da Lei 3139/08, que a Fundação Ecológica e Zoobotânica de Brusque “visa a preservação, conservação, recuperação e renovação da fauna e da flora, buscando a sustentabilidade ambiental”,

Quais os objetivos elencados para a Fundação Ecológica e Zoobotânica?
São objetivos: I – conservar, preservar, recuperar e renovar o meio ambiente nas áreas por ela administrada; II) desenvolver, difundir e incentivar práticas de educação ambiental; III) implementar políticas de preservação da fauna e flora; IV) articular-se com mecanismos municipais , estaduais, federais e internacionais, públicos e privados, visando obter recursos financeiros  e tecnológicos para o desenvolvimento de programas  de proteção ao meio ambiente e de reprodução de espécies da fauna e da flora regional, bem assim de outras regiões do pais e do exterior; V) celebrar contratos, convênios, acordos, ajustes e termos de compromisso ou protocolos com pessoas e entidades públicas ou privadas, inclusive estrangeiras, no propósito de desenvolver a política de recursos  da Fundação; VI) promover campanhas educacionais e de treinamento com o fim de despertar a consciência ambiental da população para com os problemas de preservação e proteção ambiental; VII) promover a conscientização política para a proteção do meio ambiente como processo permanente, integrado e multidisciplinar, em todos os níveis de ensino, incluindo a criação de espaços formais e informais para a construção de uma cidadania ambiental, especialmente em crianças e adolescentes.

Afinal o Parque Zoobotânico de Brusque obteve a autorização de manejo da fauna silvestre no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama)?
Sim, depois de dezessete anos de fundação. Em 2005, o Zoológico chegou a ser embargado, após uma operação do Ibama. A ação não permitiu que o Zoológico de Brusque recebesse novos animais. Desde janeiro, o Zoobotânico passa por ações de revitalização e reorganização.

Conte-nos algo que você queria fazer e não deu certo?
Ser Vereador.

Algo cômico  que aconteceu na sua trajetória?

Eu estava com minha família em Parque Cascata. Convidei minha esposa para descer no topogan, mas ela não aceitou e disse que ficaria logo abaixo para me ver passar; quando estava na minha  vez de descer, uma moça que estava bem perto da minha esposa apontou para cima e disse para algumas colegas: “olha só como aquele careca está vermelho”.

Algo que apostou e não deu certo?
Carreira política..

O que faria se estivesse no início da carreira  e não teve coragem de fazer?
Eu ganhei um concurso de vendas na Hermes Macedo e como prêmio fui assistir a Copa do Mundo na Itália. Como descendente de italianos tive vontade de ficar por lá; procurei e achei  telefone e endereços de alguns Moresco, mas não tive coragem de ficar, pois tinha deixado minha filha de sete anos sozinha no Brasil. Talvez se fosse solteiro a decisão fosse outra. Outra coisa: teria aceitado viver segundo os ensinamentos de Deus, se ele me tivesse sido apresentado.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Aprendi a ser educado com as pessoas, a respeitar as autoridades e administrar pelo exemplo.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Maiores decepções: A repentina morte de minha mãe; a justiça dos homens. Maiores alegrias: meu casamento e os nascimentos de Morgana e Franco.

O que você  mudaria se pudesse na profissão  que exerce?
Mudaria a quantidade de recursos para investimentos  e  uma parte da equipe, para isso seria necessário maior autonomia por parte da lei.

O que é uma sexta feira perfeita?
Uma sexta feira perfeita é aquela em que terminou uma semana de trabalho com a sensação de dever cumprido e, com a alegria de poder desfrutar de merecido descanso, com certeza de que Deus esta comigo.

Uma palhinha de sua trajetória profissional?
De 01/1981 a  07/83 trabalhei na Souza Cruz, como Encarregado do Controle de Qualidade, e de 03.11.83 a 30.11.91, na Hermes Macedo, sendo dois anos e meio como  vendedor e três anos e meio, como Chefe de Vendas e,  dois anos, como Chefe de Loja; de 01.12.91 a 30.01.96, na Seletron Parabólicas, sendo dois anos e meio como vendedor e dois anos como Supervisor de Vendas. De 01.02.96 a 10.04.09, proprietário da Di Moresco Parabólicas, onde cadastramos 10024 clientes , registramos mais de 19 000 visitas realizadas e durante todo esse tempo não recebemos nenhuma reclamação através do Procon. Em 02.02.09, assumimos a Superintendência do Zoobotânico, cargo que ocupo até hoje.

Referências

  • Matéria publicada no EM FOCO, em 14 de dezembro de 2010.

  Marcelo Carnasciali Cavichiolo -


Marcelo C Cavichiolo, Superintendente da Fundação de Esportes.
O entrevistado da semana é MARCELO CARNASCIALI CAVICHIOLO, superintendente da Fundação de Esportes de Brusque, nascido em Curitiba-PR, aos 11/04/1962, filho dos saudosos Fortunato e Therezinha Cavichiolo, casado com Betina Odebrecht Cavichiolo, tendo uma filha: Martina; tem como esporte predileto o futebol; torcedor do Clube Atlético Paranaense e time do coração, também torcedor do metropolitano e do Brusque.
Com veio para Brusque?
Vim para Brusque a convite do Sr. Rubens Facchini para fazer parte da CCO do cinquentenário do JASC, depois a convite do Prefeito para fazer parte da secretaria de esportes

Marcelo, o galinho de Quintino e o Prefeito Paulo Roberto Eccel.

Como foi sua infância?
Minha infância foi muito agitada, somos em oito irmãos, todos homens, jogávamos bola toda hora, em casa e no bairro, adorava as aulas de Educação Física e ir ao futebol e férias na praia.

Pedro Lopes, Ministro da Pesca e Agricultura Altermir Gregolin.

Sonho de criança?
Viajar.

Como foi sua juventude?
Bastante estudo, cursei mecânica na Escola Técnica Federal do Paraná, hoje, CEFET, lá iniciei com o handebol, onde cheguei a seleção brasileira, também treinei no Atlético Paranaense até os dezoito anos, quando então me transferi para Blumenau.(1981)

Pessoas que influenciaram?
Meus pais, irmãos e amigos

Palhinha da vida profissional? Como foi a experiência? Praticou algum esporte?
Trabalhei no SESI e Prefeitura de Blumenau, tive momentos de grande aprendizado nesses empregos, também tive meu próprio negócio, mas nunca larguei o esporte, me projetei com o handebol, como atleta e técnico.

O que faria para tornar os JASC mais contagiante?
Umas das providências de curto prazo é o investimento na promoção do evento, mais investimento em mídia, atrações e envolvimento do setor privado.

O que é preciso para Brusque alcançar o topo nos JASC?
Já mostramos o caminho, mas precisamos investir mais ainda na estruturação das modalidades, promover mais investimentos na infra-estrutura esportiva, capacitação de profissionais, viabilizar a participação em competições e recursos para manutenção das modalidades.

Grandes nomes no esporte em Blumenau e Brusque?
O esporte já revelou muitos atletas e projetou tantos outros, em Blumenau destacamos Ramiro Ruedger, Lorival Beckhauser, Grilo, Romeu Jaerich, Marcelo Gruel, Sérgio Galdino, Fausto Steinwandter, Regina Ribeiro, Magnólia Correa, Romeu Georg, Valmor Buss, Álvaro Portugal, Camargo, enfim, existem vários nomes que contribuíram e continuam contribuindo. Em Brusque, além dos nomes consagrados pelo Jasc, como, Arthur Scholesser e seus seguidores Rubens Facchini, Pipoca, Manfredo Hoffmann, também os que continuam,  Badão, Delmar Tôndolo, Zurico, Dona Ruth Hoffmann, Chico Muller, Teixeira, atletas consagrados no ciclismo, Soelito Ghor, Murilo Fischer, Márcio May, nadador Rogério Branco, como incentivador Beto Zen (Copal) 

Rubens Fachini pega junto?
O esporte de Brusque deve muito ao seu Rubens, por que ele não consegue viver fora do esporte, coloca sua alma para manter a chama acesa, está sempre disposto e pega junto sim.
Conte algo que você queria fazer e não deu certo?
Queria ter seguido na carreira de futebol, mas na época não se dava o valor como hoje em dia, o futebol era marginalizado.

Algo cômico que aconteceu na sua vida?
Fomos participar do campeonato mundial de handebol na Islândia (95) era maio, época que não anoitece, fica apenas duas horas mais escuro e logo clareia, isso foi motivo de muitas situações engraçadas.

Algo que você apostou e não deu certo?
Ter seguido com o handebol de alto nivel, interrompido devido a um acidente de carro

O que farias se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Ter aceitado convites para jogar em outras cidades, inclusive no exterior.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Sem dúvida meus pais foram os grandes mestres, o esporte completou e garantiu uma vida mais focada para o lado do bem, da dignidade e bom caráter

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
minha maior decepção foi não participar da copa latina no México, pela seleção brasileira de handebol, devido ao acidente de carro, que me machuquei bastante. A alegria maior ver nascer minha filha.

O que você mudaria se pudesse na profissão que exerceu ?
O esporte tem tido grandes mudanças, seja na atividade da Educação Física, no desenvolvimento das modalidades e competições, a regulamentação da profissão (Confef e Cref), a criação do Ministério dos Esportes e leis de incentivo, as conferências de esporte em todos os níveis, temos tido oportunidade de exercer esse direito de revindicar melhorias, acho que as mudanças estão acontecendo, mas poderíamos valorizar mais ainda essa atividade fazer

O que é uma sexta-feira perfeita?
Após o trabalho, ter uma atividade esportiva e uma social na sequência.

Referências

  • Jornal Em Foco. Publicado em 21 de dezembro de 2010.

 

  Jorge Luiz Ramos


O entrevistado desta semana é o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Jorge Luiz Ramos, nascido em Brusque aos 18.05.1954, formado em Ciências Contábeis e Gastronomia, empresário, não tendo filiação partidária.
Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Fui representante comercial por 22 anos. Atuei no estado de São Paulo e Paraná pela empresa Estofaria Rosin, em seguida na região nordeste de São Paulo pela Cia. Industrial Schlosser, depois no oeste de Santa Catarina e região serrana e central do Rio Grande do Sul pela Buettner. Logo após na mesma região pela Indústria Renaux. Há 15 anos montei uma pequena indústria de confecção com loja à pronta entrega e hoje possuo três lojas.

Grandes professores que teve na sua formação escolar?
É claro que em nossa vida escolar passaram grandes professores que também era grandes educadores. Há 30, 40 anos atrás os professores eram tratados com muito respeito e admiração, diferentemente dos dias de hoje. Tem boas lembranças de todos, mas especialmente de dois. Em primeiro a saudosa Dona Júlia de Oliveira, mulher de fibra, bondosa, querida, mas sabia ser brava na hora certa. Se precisasse dar uma palmada no aluno, não pensava duas vezes. Em segundo, um gênio em matemática, o Professor Evaldo Moresco – hoje cidadão honorário - que tinha o dom de transformar as grandes fórmulas em coisas simples. Estes dois mestres marcaram minha vida escolar.

O que faz uma empresa decidir pelo investimento em Brusque? O que falta para que realmente tenhamos novos investimentos?
Uma empresa decide vir para Brusque, primeiro pela logística; fica perto de dois portos e de um Aeroporto e do entroncamento da BR 101, em segundo pela vocação da cidade, sendo têxtil ou metalúrgico , em terceiro pela qualidade de vida de nossa cidade, sendo este um fator que tem um peso considerável na escolha.

Investimento atrai investimento?
Sim, porque um grande investimento atrai sempre outros pequenos, formando uma reação em cadeia.

Maior desafio de sua pasta?
A qualificação profissional, acredito que seja o maior desafio,seguido de local para novas empresas

Há como proporcionar desenvolvimento social, equilíbrio social, sem ter primeiro desenvolvimento econômico?
Os desenvolvimentos tem que correr paralelos, o social com o industrial e econômico. Para instalarmos novas empresas, precisamos investirmos também em creches, postos de saúde e habitação. Por isso um depende do outro.

A segurança pública implica em menos investimentos no município?
Brusque é uma das cidades mais seguras do Estado. Os empresários que vem dos grandes centros para Brusque se sentem muito bem e bastante seguros. Isto é um atrativo a mais para virem para cá. Com a formação em breve de nossa guarda municipal, os efetivos de nossa polícia militar farão ainda melhor esta segurança, atraindo ainda mais novos investidores.

Grandes Nomes na história de Brusque?
No plano político foi o Néco Heil. No empresarial temos vários exemplos de sucesso, mas elejo o saudoso sr Valdemar Schlosser, que, enquanto esteve à frente de sua empresa, esta teve o maior crescimento de sua história. No educacional sem dúvida o Pe Orlando Maria Murphy (in memoriam). Na música, Edinho Krieger (in memoriam).Estes são os que vieram na memória no momento

Uma palhinha sobre sua formação em Gastronomia?
Gastronomia é um lazer, é um laboratório, é um escape para o stress do dia a dia. Desde cedo me interessei pela cozinha e em minhas viagens sempre fui muito observador das diferentes culinárias regionais. Fiz um curso na FURB, somente como curiosidade, e hoje com um grande número de cozinheiros, nos reunimos e elaboramos pratos de várias culturas diferentes.

Costuma ler jornais?
Sim, leio diariamente os jornais.

Qual o ponto alto da atual administração?
A transparência, a coragem e a certeza de estar fazendo a coisa certa. As 4 marcas desta administração, bem sinalizam o objetivo-mor:
  • 1. Brusque bem cuidada
  • 2. Participação e respeito ao cidadão
  • 3. Brusque saudável
  • 4. Crianças e adolescentes prioridade absoluta

Referências

  Jornal Em Foco. Edição de 19 de abril de 2011.

 

 Jairo Luiz Sens


Jairo Luiz Sens.
JAIRO LUIZ SENS: O entrevistado da semana é o Presidente do PMDB, Jairo Luiz Sens, filho do saudoso Balduíno Bertoldo Sens – um dos fundadores do MDB – e de Maria Trierwailer; natural de Angelina, nascido aos 23.10.56; um casal de filhos: Ana Carolina e Guilherme. Torce para o Botafogo (RJ), Santos (SP) e Brusque
 Quais são as suas primeiras memórias de criança?
Como a maioria dos garotos, naquela época, caçava e brincava pelos moros do Dr Nica, banhava-me no rio velho e andava de carriola.

Sonho de criança?
Sonhava ser Piloto de avião.

E a juventude?
A minha juventude foi sofrida, sem emprego, sem dinheiro e sem grandes perspectivas para o futuro .Ressalte-se,que não havia tantas vagas como existe hoje no mercado.

Pessoas que influenciaram?
Fui influenciado fortemente pelo meu pai, Balduino Bertoldo Sens e pela minha família.

Formação escolar?
Minha formação foi realizada no Feliciano Pires, Honório Miranda e Cônsul Carlos Renaux. Frequentei os bancos escolares até o segundo grau.

Quais eram suas melhores e piores disciplinas?
Minhas melhores disciplinas eram Geografia e O.S.P.B, e as piores: Matemática e Química.

De que atividades escolares você participava com mais prazer?
Gostava de praticar voleibol e futebol.

Primeiro/a Professor/a? Grandes Professores?
Minha primeira Professora foi Dona Márcia, no primeiro ano, no Feliciano Pires. Como grandes Professores: Noeli Trindade (matemática), Ally Odete Ristow (inglês) e Guiomar Tensini (português).

Fale-nos sobre a Pizzaria Tarantela?
Iniciei com a Pizzaria nos idos de 1981. Fomos os pioneiros: primeira pizzaria em Brusque; primeiro rodício de pizzas; primeiro entregador de pizzas à domicílio e o primeiro bufê de massas/pizzas. A Pizzaria foi a minha grande pilastra para a vida financeira, social, política e, principalmente, familiar. Foram 27 anos de atendimento ao público.

Quando surgiu a veia política? Algum antecedente na política?
Foi ainda gurizote, participando da campanha de César Moritz, para Prefeito de Brusque, pelo antigo MDB. Quanto a antecedentes na política, meu pai foi um dos fundadores do MDB em Brusque.

O que fazer para os eleitores acreditarem nos políticos?
Cabe ao eleitor a tarefa de não trocarem seus votos por favores ou benefícios próprios; acompanhar seu desempenho na vida pública e fazer cumprir seus deveres e funções com seriedade.

Como vê o próximo pleito eleitoral?
Politicamente ainda vejo muito distante qualquer perspectiva.

É democracia ter que votar?
Não. Com certeza, democracia, também é direito de ir ou não votar.

O Fundo Partidário, também conhecido como Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos contribuirá para reduzir a corrupção?
No meu ponto de vista não haverá sempre troca de favores, chegará o momento que nossos políticos corresponderão à vontade popular. E também, com a vigência da Ficha Limpa fechará um cerco aos que praticarem a improbidade administrativa.

O que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de fazer?
Eu até fiz o que queria fazer. Instalei um choperia e em homenagem ao meu pai, denominei de 'Vô Baldu', mas devido a crise que abalou o país, na época, não deu para continuar.

O que você aplica dos grandes educadores, das experiências que teve, no dia a dia?
Dos grandes educadores e das aprendizagens fixamos qualidades no agir, tais como: caráter, dedicação, solidariedade e humildade, atitude e até uma personalidade de respeito.

Quais as maiores alegrias e tristezas/decepções?
Meus filhos são a minha maior alegria e a tristeza é não poder ter cursado uma faculdade.

Pela Portaria 7353/11, datada de 01 de março de 2011, você foi nomeado Secretário de Defesa do Cidadão, como recebeu a missão junto à administração Paulo Roberto Eccel/Evandro -Farinha – de Farias?
Com certeza mais um grande desafio na minha vida. Tenho a certeza de que faremos um bom trabalho frente a Secretaria de Defesa do Cidadão, principalmente na responsabilidade , na implantação e acompanhamento da Guarda Municipal no nosso município.

Fale-nos um pouco sobre a trajetória profissional e de sua história de vida?
Resumidamente, trabalhei um bocado. Não tive muito tempo para empregar nos estudos, haja vista ter que enfrentar o batente muito cedo. Iniciei num Supermercado. Fui Açougueiro. Fui para Santos (SP). Trabalhei numa empresa de Engenharia, iniciando no Departametno de Pessoal até chegar como Encarregado do mencionado setor, no período de 1978 até 1980. Em 1981, iniciei com a Pizzaria, com a quel permaneci por 27 anos. Em 01 de março de 2011, fui nomeado Secretário de Defesa do Cidadão.

Referências

  • Entrevista publicada no EM FOCO, em 10.05.2011.

 

  Cedenir Alberto Simon


Cedenir Alberto Simon.
O entrevistado da semana é Cedenir Alberto Simon, natural de Seara. Secretário Municipal de Governo e Gestão Pública (nomeado pela Portaria 7432/11): casado com Elizabete. com a qual tem um filho, Arthur - com dois anos e dois meses.
Uma palhinha sobre sua vida profissional e pessoal?
Nasci em Seara. oeste catarinense. Com 11 anos de idade tive que sair de casa para estudar pois onde meus pais residiam não tinha como estudar. Trabalhava de dia como garçom para estudar a noite. Meus pais resi-dem hoje em Chapecó. Em 1992 passei no vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina onde me formei em licenciatura e bacharelado em História. De 1995 a 1999 fui o coordenador Estadual da Juventude do PT participando da Executiva Estadual. Em 1999 fui eleito Presidente do PT de Flori-anópolis. Estava com 25 anos sendo o mais jovem presidente cio Partido nas capitais. Fui candidato a Deputado Federal em 2002. candidato a vereador em 2004 e 2008 em Florianópolis. Entre 2003 e 2006 trabalhei no mandato do então Deputado Paulo Roberto Eccel coordenando a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa. Entre 2007 e 2008 coordenei a Bancada de Deputados Estaduais do PT na Assembleia Legislativa. Em 2010 conclui o Mestrado cai História na Universi-dade Estadual de Santa Catarina, UDESC. Na prefeitura de Bmsque, trabalhei no gabinete em 2009. na secretaria de Comunicação em 2010 e agora na secretaria de governo.

Quais as memórias de infância?
Da presença permanente dos meus pais. tios e avós: da vida em comunidade dos meus pais e da primeira bicicleta.

Sonho de criança?
Ser professor.

Como foi sua juventude?
Desde os onze anos de idade trabalhava de dia e estudava a noite. Primeiro para ajudar meus pais e depois fui morar fora de casa para melhorar a qualidade de ensino. Sem-pre tive intensa atividade nos colégios que passei. desde os Centros Cívico Escolares e depois os Grémios Livres Estudantis. A vida partidária. sempre no PT iniciou em 1986. Assim. foram poucos os momentos que não estive envolvido em alguma atividade que envolvesse o trabalho, o estudo, a militância (nos grupos de jovens da Igreja ou no partido)

Pessoas que influenciaram?
Dom José Gomes. Lula. Raul Seixas. Tche Guevara. Ghandi.

Ao sair de casa - com 11 anos - para estudar, para que cidade foi?
Fui para Seara trabalhar de dia no hotel e Restaurante em frente ao frigorifico Seara.

Torce para que equipes?
É comum torcer para algum time de maior expressão nacional mais o local mas sou somente Figueirense.

Algo que você apostou e não deu certo?
A candidatura para vereador em 2008.

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Não tenho do que reclamar das opções. até porque. nem tudo foi opção aias consequência das posições que estava ou manifestava. Meu objetivo era ser Historiador formado pela Universidade Federal o que implicou em sair de Chapecó e morar em Florianópolis. Mais coragem do que isso, na época. muito difícil pois. sai do emprego, da estabilidade para a capital do estado de carona e sem saber onde ia morar para estudar.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve. no seu dia a dia?
A importância de valorizar as oportunidades para novos conhecimentos e a certeza que sabemos e somos muitos pequenos, por isso a necessidade de manter-se em processo e nunca em estado definitivo nas relações ou ações.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Alegrias com o relacionamento com a Elizabete. que já passou de 11 anos. e com o nosso filho Arthur. Ele é uma figura e decepção. de forma mais genérica, com as pessoas que cada vez menos se comportam como seres humanos. cada vez mais tá valendo a -farinha pouca meu pirão primeiro-.

Pensa em candidatar-se novamente?
Candidatura é circunstancia. No momento estou concentrado na contribuição para que o Governo do Paulo e Farinha seja tua marco de gestão pública transparente. honesta. realizadora para que todos que moram em Brusque sintam orgulho de aqui viver.

Qual é o ponto alto da administração Paulo R. Eccel/Evandro de Farias?
O cuidado com a cidade e com gestão pública. É emocionante ver como o Paulo dedica todo seu tempo para ver o planejamento de governo ser executado. Não tenho dúvidas de que. no momento que for feito o balanço do governo (estamos com dois anos e quatro meses de governo apenas). a cidade vai reconhecer que estará muito melhor atendida e cuidada pela governo municipal, inclusive com ações que. além de atuar no presente. também planeja. organiza e atua pensando no futuro.

Fale sobre a coordenação da Comissão de Educação na Assembleia Legislativa durante o mandado do então Deputado Paulo Roberto Eccel.
Sobre a coordenação da Comissão de educação: o Deputado Paulo R. Eccel foi Presidente da Comissão da Educação. Cultura e Esporte da Alesc nos anos de 2003 e 2004. Nesse período fui coordenador da Comissão com a tarefa de organizar os trabalhos. além de contribuir na articulação da agenda da Comissão. Destaco três ações encaminhadas: a CPI da Universidade Estadual (UDESC) que garantiu novos e melhores rumos para a única Universidade Estadual: a ampla discussão dentro do setor universitário so-bre as bolsas do artigo 170 da constituição estadual onde foi garantido a ampliação dos beneficiados e a campanha sobre a qualidade dos programas veiculados na 'ilidia onde combateu-se aqueles programas que afrontam os direitos humanos.

Lembra de alguns projetos de cunho social propostos pelo Deputado Paulo Roberto Eccel?
Sobre projetos de cunho social: além da ampliação das bolsas para universitários. destaco o projeto que envolveu milhares de catarinenses contra a cobrança da tarifa do telefone fixo: projeto foi aprovado e só não está em vigor porque o governo do estado entrou, e ainda está. na justiça contra a apli-cação da lei. Teve ainda muitas entidades que acessaram recursos por intermédio do Deputado Paulo Eccel.

Uma palhinha sobre sua Monografia no Mestrado em História.
Narrativas e memórias de sindicalistas: tensões e repercussões na implantação do Sistema Integrado de Transporte em Florianópolis/SC — (Décadas 1980 - 2000). 2010. Dissertação (Mestrado em História — Área: História do Tempo Presente). Universidade do Estado de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em História. Florianópolis, 2010. O estudo objetiva discutir e historicizar os embates envolvidos entre sindicalistas e dentais trabalhadores do transporte coletivo na Região Metropolitana de Florianópolis e o poder público. quando da implantação do Sistema Integrado de Transporte Coletivo na cidade. Embate esse que não pode ser desvinculado da própria reorganização sindical na região. que. não por coincidência. deu-se no mesmo momento. O período histórico que envolve a estruturação e desenvolvimento do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo. denominado atualmente conto Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano. Rodoviário. Turismo. Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis — SINTRATURB - e do Sistema Integrado de Transportes de Florianópolis começaram no início da década de 1980. Desse modo. para efeitos de corte e definição de foco. abordaremos as décadas de 1980 a 2000. O trabalho, portanto. inscreve-se sob o domínio da História do Tempo Presente. O desafio foi historicizar ou seja. inscrever o trabalho na duração, considerando tanto acontecimentos específicos que se articulam: reorganização sindical e implantação do Sistema Integrado de Transporte Coletivo em Florianópolis quanto o campo de forças em que se disputavam visões de mundo distintas sobre trabalhadores urbanos, transportes coletivos e outros espaços e dimensões de poder entre a Prefeitura de Florianópolis e sindicalistas. A discussão proposta foi realizada a partir de análises de documentos produzidos pelo Sindicato, tais conto relatórios. mas também. e. sobretudo. materiais de divulgação como jornais. panfletos etc. Além disso. foram alvo de problematização também artigos e noticias sobre o assunto. publicados na imprensa local. A análise dos documentos foi articulada a metodologia da História Oral.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 14 de junho de 2011. 

  Rafael Luiz Pinto




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Nosso entrevistado Rafael Luiz Pinto

O entrevistado desta semana é o Diretor de Licitações e Contratos, Rafael Luiz Pinto.


Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
A educação e a honestidade de meus pais. Tenho também lembrança muito viva de meus avós, grandes pessoas, que assim como àqueles, devo muito.

Que gostava de fazer na infância?
De ficar embaixo do chuveiro (aos demais não levem isso como exemplo, primeiro pela questão ambiental, segundo pela conta de luz).

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Tive uma juventude como a de qualquer outra pessoa. Claro que tive alguns "aborrecimentos", coisa natural da idade; mas posso destacar que gostava muito de me reunir com os primos e amigos.


 Pessoas que influenciaram ?
Ayrton Senna da Silva.


Como era a escola quando você era criança?
Como nos dias de hoje. Posso dizer que sempre tive muita disciplina pelos estudos. Desde criança prezava muito pela pontualidade e as responsabilidades, de modo que meus professores sabiam reconhecer isso.

Quais eram suas melhores e piores matérias?
No primeiro e segundo grau não posso identificar nenhuma matéria que gostasse, embora não fosse muito dedicado as questões de ciência e de química. Já na faculdade, posso concluir que sempre preferi as matérias de processo, fosse o civil, do trabalho, ou mesmo o administrativo, hoje meu instrumento de trabalho.

De que atividades escolares e esportes você participava?
Nunca participei de muitas atividades escolares, participava apenas se fosse convocado ou se daquilo resultasse nota ou ponto. Já em relação aos esportes, jogava bola com outros garotos, mas do que eu gostava mesmo era de ficar na água, nadando ou brincando.

Pratica algum esporte atualmente?
Sim, a bocha.

Formação escolar?
Comecei minha trajetória no Colégio Elza Deeke, em Otacílio Costa (SC), num período que lá morei com meus pais. Pela manhã fazia muito frio no caminho. Bachael em direito, atualmente também sou advogado.

Grande professor/a? Por quê?
Dona Lúcia, professora do curso de datilografia, que fiz quando tinha aproximadamente 12 anos de idade, na Paróquia São João, ainda nas máquinas de escrever. Me recordo de uma pessoa rígida, mas muito paciente e profissional, que me ensinou muito mais do que a datilografia.

O processo licitatório obedece que comando legal?
O processo licitatório obedece as disposições constantes da Lei 8666/93 e suas alterações, constituindo uma Lei que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Há que se obsevar também, outras regras específicas, como a Lei 8 987/95, entre outras.

O que você acha da sistemática da Lei 8.666/93?
Penso que não é boa e por isso merece reparos. O legislador não foi nem um pouco sistemático ou zeloso. Temos a mesma matéria tratada em diferentes capítulos/seções e por aí vai. Na realidade, essa não é nem uma crítica minha, mas daqueles que pensam o direito administrativo atualmente.

E quanto ao sistema recursal previsto naquele texto legal?
Diferentemente do restante da sistemática da Lei Geral de Licitações, posso concluir que é adequado. O rito é bastante sumário. Os prazos recursais, por exemplo, a regra é que sejam de cinco dias úteis, exceto no convite (dois dias úteis), tanto para recorrer quanto para contrarrazoar, exaurindo a discussão na esfera administrativa.

Qual sua avaliação sobre a Lei Complementar 123/06, que trata de forma diferenciada microempresas e empresas de pequeno porte?
Meu pensamento é no sentido de que licitação é o procedimento formal pelo qual a Administração adquire ou contrata aquilo que necessita pelo menor preço. Mas quando da criação da LC 123/06, buscou-se colocar essas empresas em pé de igualdade com as demais. Aliás, esse é um outro princípio constituicional. No entanto, o legislador, novamente, não foi muito cuidadoso na redação, basta perceber o antagonismo entre os artigos 42 e 43, por exemplo.

O Regime Diferenciado de Contratações (RDC) visa garantir pressa nas obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas ou é mais uma forma de “jogar no lixo” regras mais rígidas da lei das licitações?
Conforme já comentei, a licitação é meio e não fim. Veja que só o tempo que estão discutindo o RDC já consumiu boa parte do período de uma licitação. Fora isso, considerando que nesse caso específico são medidas aplicáveis a um evento com características muito peculiares, inclusive com data marcada e não podem deixar de ser cumpridos, respeitados os princípios da licitação, em especial a legalidade, tenho que a MP 527 (RDC) é uma medida não apenas recomendável, como também necessária. Afinal, isso reflete diretamente na imagem do país e raciocínio em sentido contrário pode representar prejuízo ainda maior.

Como está montada sua equipe? (divisão do trabalho)
A Diretoria de Licitações e Contratos é dividida basicamente em dois grupos. Um se ocupa diretamente das licitações, que com o auxílio das Comissões, realiza o julgamento de concorrências, pregões, etc; ao outro cumpre as dispensas, inexigibilidades e contratos. Em ambos, tenho bons Servidores, que desempenham muito bem suas atribuições; mas outras unidades, como por exemplo: a Procuradoria Geral, o Departamento de Compras e a Secretaria de Orçamento e Finanças, são fundamentais nos trabalhos da Secretaria de Administração. É importante lembrar que a licitação é meio, e não fim. Dessa forma, nosso trabalho atende diariamente as necessidades de toda a Administração.

Você tem mecanismos para detectar uma possível fraude nos processos licitatórios?
A própria lei dispõe desses instrumentos. Veja por exemplo a figura da homologação (art. 43, VI, da Lei 8.666/93). Nesse momento a autoridade superior faz dois juízos, um deles de conveniência, ou seja, se contratação ainda é necessária para a Administração; e o outro de legalidade. Se eventualmente for verificada qualquer nulidade, o procedimento sequer é homologado.

Algo que você apostou e não deu certo?
Apostei na reeleição de uma pessoa há quase três anos atrás e isso não deu certo. Hoje sou testemunha da falta de continuidade de algumas ações. Daí o porque vejo com bons olhos esse instituto, sob de pena de interrupção de várias situações. Tanto é o que legislador constituinte assim o admitiu (art. 14, § 5º da Constituição Federal).

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
A pontualidade, a honestidade e o respeito.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Em janeiro de 2000, me envolvi num acidente de carro. Os médicos diagnosticaram paraplegia completa. Daí então que posso afirmar, não pela medicina, mas pela vontade de Deus, que duma decepção tive a maior alegria de minha vida, voltar a caminhar.

Saudades de alguém?
Sim, de Maria Fernanda, uma irmã que perdi muito cedo.

Fale sobre sua trajetória profissional? comecei aos 14 anos trabalhando como "oficce boy" num escritório de advocacia. Lá fiquei por quase 03 (três) anos. Fui também funcionário da OAB, instituição pela qual tenho grande respeito e excelente relacionamento. Aos 21 anos, comecei a trabalhar em Órgãos Públicos e desde janeiro de 2009 tenho acompanhado a Administração Municipal de Brusque, na qual cumpre-me a observância da legalidade das contratações do Município.


Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 9 de agosto de 2011.

 

  Vilmar Walendowsky


Vimar Walendowsky.
O entrevistado da semana é o Secretário Municipal de Turismo Vimar Walendowsky. Nascido em Guaramirim-SC. filho de Félix Walendowsky e Guiomar Olinger Walendowsky: casado com Maria Valzete Ludwig Walendowsky. com a qual tem 3 filhos: Caroline, Rafain e Rafaela. Torce para o Fluminense, Palmeiras e Paysandú.
Como foi sua infância?
Minha infância começou em Guaramirim. época em que não havia energia elétrica nem água encanada. Brincávamos com os vizinhos e tomávamos banho no rio. Com 6 anos cheguei em Brusque. E logo fui convidado para fazer o papel do filho do João Bugre. no desfile do Centenário. Aqui em Brusque a vizinhança era muito maior. Brincávamos de esconder. bolinhas de gude. caçar. pescar. e dentre tantas outras brincadeiras, fazíamos nossos carrinhos de rolamento e carriolas. Brincávamos muito. Era uma verdadeira comunidade. Éramos dentre a idade de 1 a 18 anos em 44 rapazes e 64 meninas.

Sonho de criança?
Ter uma bicicleta. Ganhei quando fiz a primeira comunhão. Com ela podia brincar em outros bairros.

Como foi sua juventude?
Minha juventude iniciou-se com as matinês. Aos sábados à noite íamos de bicicleta às festas pelos bairros. festas de Igrejas. festas de Colégios e festas particulares. Nas férias voltava à Guaramirim. para encontrar com meus primos e primas. Aos 18 anos fui servir o Tiro de Guerra. Nesta fase iniciou-se o convívio com novos amigos. Era uni momento de aprendizado e muita mu-dança em nossas vidas.

Como conheceu a Valzete?
A Valzete morava perto da minha casa. Mas somente quando fifi estudar no Rio de Janeiro. voltando de férias é que nos encontramos no Kako. nos idos de 1974.

Pessoas que influenciaram?
As pessoas que mais mie influenciaram foram os meus pais e meus tios.

Como o senhor avalia o papel da pasta do turismo no governo Paulo R. Eccel/Farinha?
A pasta do turismo no Governo Paulo/Farinha tem uni importante papel que é a integração regional do turismo. Hoje trabalhamos com uma excelente equipe e temos parcerias no trabalho com todas as secretarias de turismo da região. O turismo não se faz mais individualizado. mas sim turismo integrado.

Poderia apontar resultados práticos nestes dois primeiros anos da administração 2009/10?
A reestruturação da Fenarreco, trazendo o turista novamente para participar da festa: criação de novas festas, desfiles e outros eventos: criação do calendário anual do Pavilhão da Fenarreco proporcionando a intensificação de eventos e a divulgação da cidade de Brusque em feiras e eventos de turismo em todo o Brasil.

O que mais lhe surpreendeu no setor do turismo?
O que mais me surpreendeu neste setor é a motivação das pessoas que divulgam as suas cidades. Cada uma delas quer mostrar que a sua sempre é a mais bonita e melhor. "E é isto que nós fazemos também".

Acredita que parceria pode incrementar o turismo em Brusque?
Sim, sempre a parceria vai teu uni resultado positivo. Parcerias com as empresas. entidades e munícipios vizinhos irão incrementar o turismo em Brusque.

Na sua visão, qual é o cenário atual do setor de turismo em Brusque?
O setor de turismo em Brusque hoje está focado no turismo de compras. eventos e religioso.

A revitalização da Rua Azambuja passa pelos seus planos ? E como será a revitalização?
O turismo de compras iniciou-se na rua Azumbuja. Hoje temos ela estruturada na Rodovia Antônio Heil e Rodovia Ivo Silveira. Os planos para a Azambuja está voltada ao turismo religioso.

Acredita que há condições para atrair eventos. feiras comerciais e convenções?
Brusque já sedia grandes eventos e feiras comerciais. Quando a rede hoteleira não comporta todos os participantes buscamos parcerias com as cidades vizinhas. Também necessitamos hoje é de um centro de Convenções.

Qual é o foco da Secretaria de Turismo para segunda etapa do governo?
O foco da Secretaria de Turismo e do governo Paulo/Farinha é reformar o Pavilhão de Eventos para ser usado também como um centro de convenções. Outro foco é construir uma vila gastronômica junto ao Pavilhão. E também dar continuidade a todo o trabalho já realizado até agora. naturalmente buscando melhorias e incrementando novidades.

Qual a sua perspectiva para a próxima FENARRECO? Há alguma dificuldade ou quando se trabalha com otimismo, as dificuldades são superadas?
As perspectivas para a próxima Fenarreco são as melhores possíveis. Estamos organizando um grande evento para receber com muita alegria a população brusquense e os turistas de todo o país. Dificuldades para organizar um grande evento sempre existem. Porém. quando se trabalha com muito entusiasmo e otimismo tudo é superado.

O que é uma sexta-feira perfeita?
Quando tudo o que se foi planejado na semana for realizado e devidamente concluído, temos uma sexta-feira perfeita.

Uma palhinha de sua trajetória profissional?
Sou formado em técnico têxtil pelo CETIQT-Senai do Rio de Janeiro em 1975. Trabalhei 3 anos no Lanifício São Pedro em Caxias do Sul (RS), depois voltei para Brusque para trabalhar na em-presa de meus pais. onde fiquei até 2008.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 6 de setembro de 2011.

 

  Cristina Isabel Batistotti Sapata -

A entrevistada da semana é a Secretária de Comunicação Social do Município de Brusque, Cristina Isabel Batistotti Sapata, nascida em Brusque no dia 18 de março de 1962. Filha de José Alfredo Batistotti e Amélia Bodenmuller Batistotti, casada com Fernando Cezar Sapata com o qual tem dois filhos Fernando Sapata Filho e Ana Paula Sapata

Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Lembro-me de diferentes fases da minha infância; Houve uma passagem muito triste: a morte de minha única irmã, da qual tenho vagas lembranças, pela pouca idade que tinha, mas marcou muito. Porém tenho várias lembranças boas: Brincava com “loucinhas de barro”; depois veio a fase de brincar de escritório. Minha mãe trabalhava na Fábrica Renaux, e uma vez tive a oportunidade de acompanhá-la até o escritório dessa empresa e fiquei maravilhada vendo aquelas mulheres trabalhando. Na escola, sempre tive espírito de liderança; participava de todas as atividades. Nas homenagens, declamava versos, fazia as leituras, era muito dinâmica. Cresci com uma turma grande de primas e amigos, vizinhos e colegas da escola. Fazíamos cabanas, brincávamos de bicicleta, jogávamos vôlei em qualquer espaço vago, as quadras eram de terra ou grama, vivia machucada, era muito “moleca”. Lembro-me com alegria das pescarias com meus pais; íamos bem cedo para Bombas, Quatro Ilhas, Canto Grande, essas praias eram praticamente desertas; passávamos o domingo pescando, com ou sem peixe, aquele era um programa divertidíssimo e feliz.

Nossa entrevistada Cristina Isabel Batistotti Sapata com a família:Fernando Cezar Sapata (esposo) e os filhos Fernando Sapata Filho e Ana Paula Sapata.

Sonho de criança?
Na minha infância não tinha grandes sonhos. Vivia intensamente cada fase.

E a adolescência?
Já adolescente, mantínhamos uma tradição na família e que me traz lembranças muito “gostosas”; na Páscoa, visitávamos a casa da 'Tia Lina, Tia Rosa e Tio Francisco”, os três irmãos moravam juntos, eram solteiros e mesmo com idade bem avançada, mantinham tradições da cultura alemã.
Eles coloriam ovos cozidos e escondiam; toda a família procurava o seu “ninho”. Até hoje o cheiro de noz-moscada faz-me lembrar àquelas sopas deliciosas que elas preparavam. Lá também ajudei a “tirar leite da vaca”, tratar os animais e apanhar frutas direto do pé.

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Aos 14 anos eu já estava trabalhando e estudava à noite. Dessa forma, não sobrava muito tempo para outras atividades. As amizades iam se reciclando e as atividades também. Tive a fase de ir aos sábados dançar em Balneário Camboriú. Era divertido. Tudo era mais tranqüilo. Depois, participei e formei um grupo de oração, Guiados Pelo Espírito Santo – GUIPES. Viajei bastante em função dos retiros e por um bom período, fomos responsáveis pela liturgia da missa das 17h na matriz, aos domingos.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Lembro-me, vagamente, de uma ocasião em que acompanhei meu pai para tentar ver “alguma coisa” em uma TV que foi instalada num morro, na tentativa de conseguir captar alguma imagem. O ano era 1966, e o que estávamos tentando ver, era algum jogo da Copa do Mundo. O avanço da tecnologia me chama muito atenção. Lembro de que fiz cursos de datilografia e de “teletipista” para trabalhar com Telex. É engraçado falar sobre isso com os filhos. Recordo das imagens e da expectativa das pessoas com a chegada do homem à lua; da morte de John Lennon e do Senna. Muitas catástrofes ou eventos podem não ter tido impacto direto, porém, chamaram-me a atenção, assim como de todo o mundo. É o caso do atentado de 11 de setembro, a posse do novo Papa, alguns eventos políticos, o mais recente foi a posse da Presidenta Dilma; independente de religião ou partido político, admiro a força e coragem das mulheres.

Pessoas que influenciaram ?
Meus pais foram a base de tudo. Do meu caráter, da minha educação, da minha índole... mas desde professores, religiosos, leigos, portadores de necessidades especiais (sou voluntária da Associação de Pais e Voluntários de Atletas Especiais - APVAEB) , muitas, muitas pessoas influenciaram-me e influenciam-me, diariamente.

Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
Na minha época de criança, na minha opinião, a escola, o diretor, os professores, eram bem mais respeitados; exerciam maior autoridade. Hoje, os valores são outros. A liberdade, as oportunidades, se bem aproveitadas, seriam valiosas, todavia, na maioria das vezes, são desvirtuadas. Fiz o primeiro grau na Escola Básica João XXlll, tive altos e baixos em algumas disciplinas. Por exemplo, em matemática e português, tinha assuntos em que eu ia muito bem e em outros, nem tanto, mas minha grande dificuldade foi Física, no segundo grau. Adorava Educação Física. Participava de todas as atividades, porém, minha modalidade preferida era volei, inclusive, por um período treinei no Bandeirante.

Formação escolar?
Fiz o segundo grau no Colégio São Luiz. Depois, iniciei Pedagogia a Distância. Não conclui, pois tive a oportunidade de fazer uma pós-graduação em marketing pelo Instituto Catarinense de Pós-Graduação - ICPG.

Primeira professora?
Minha primeira professora foi Mariléia Knop. Recentemente tive a felicidade de encontrá-la, foi muito bom depois de anos relembrarmos alguns episódios. Ela, sem dúvida, foi uma grande professora. É muito ruim não mencionar todos, pois muitos foram importantes em minha trajetória, mas há sempre aqueles que se destacam: Daquela época do João XXlll, foram especiais, o diretor Sr Rocy da Luz, Marli Sedrez Deichmann, Vilma Rosin, Marli de Oliveira, Gricelda Wilke, Maria de Modesti e no São Luiz, Sr Moresco, Ilton Montibeller, Sr Valentin, Bernadete Fischer e Silvana Santos. E a excursão para o Rio de Janeiro, não dá para se esquecer daquela turma.

Qual o papel do assessor de imprensa?
Uma das principais funções do assessor de imprensa é aproximar dos meios de comunicação e a realidade das empresas, suas notícias e, principalmente, informações de interesse público. É impossível para os meios de comunicação ficarem sabendo de tudo o que ocorre em entidades privadas e organismos governamentais sem a ajuda de um assessor de imprensa.

O interesse pela assessoria, em geral, é determinado pela geração de informações de interesse público?.
No caso da Administração Pública, de modo geral, os assuntos são de interesse de todos os veículos pois, interessam a toda população.

Press releases ou Comunicados de imprensa, ou apenas releases são documentos divulgados por assessorias de imprensa para informar, anunciar, contestar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum fato que envolva a administração?
Sim. São declarações oficiais utilizadas não só pela administração mas por qualquer pessoa ou empresa assessorada. São utilizados para anúncios e lançamentos de novidades, que a Assessoria tem interesse que se tornem notícia.

O direito à informação é um dos princípios básicos da democracia e precisa ser respeitado?
Sim, precisa ser respeitado. Acredito que uma sociedade bem informada é capaz de participar, influenciar, esclarecer, orientar, mas infelizmente, existem os que fazem mau uso das informações.

Para a assessoria de imprensa, as informações inusitadas e inéditas também têm valor essencial. Contudo, fatos corriqueiros podem render boas pautas jornalísticas ?
Penso que tudo depende da forma como os fatos são abordados, mas não se pode negar que determinados assuntos são de maior ou menor interesse de tal veículo ou público.

Como foi a experiência na Havan?
Mais que uma experiência, foi uma vida. Dezenove anos e oito meses englobaram aprendizados, oportunidades, amizades, muita dedicação, projeções, decepções... foi uma escola.

Como surgiu a Secretaria de comunicações em sua trajetória profissional?
Assim que me desliguei da Havan, eu e um grupo de profissionais da área de marketing, montamos uma empresa de comunicação e marketing, e nesse período, recebi alguns convites do Prefeito Paulo Eccel para ingressar na sua equipe da prefeitura. Fiquei bastante surpresa e interessada no primeiro momento, mas o Prefeito foi paciente, deu o tempo que foi necessário para eu tomar a decisão. Hoje, estou bem feliz por ter aceitado. Está sendo um desafio. Tenho um compromisso com a administração e com a população. Quero fazer o melhor.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Iniciei minha vida profissional aos 14 anos de idade e trabalhei durante 7 anos como auxiliar odontológica. Depois, trabalhei 5 anos, como telefonista e auxiliar de escritório em uma transportadora. Desliguei-me para iniciar na Havan, onde permaneci até abril de 2010. Em janeiro de 2011 ingressei na Secretaria de Comunicação da Prefeitura. Sempre fiz tudo com muita paixão. Envolvo-me demais. Digo sempre que sou muito feliz e realizada como filha, como mãe e esposa.Profissionalmente também foi assim. Quando mudei de empresa, o fiz por não estar mais satisfeita onde estava ou por ter surgido alguma oportunidade melhor. Não é justo estar ou fazer algo de má vontade. As pessoas, também devem ficar felizes e satisfeitas com meu trabalho.

Algo que você apostou e não deu certo?
Não tive essa experiência. Tive muitas dificuldades, mas não posso dizer que algo não deu certo. Gosto de desafios e julgo-me persistente.

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Talvez me impor mais. Às vezes, excesso de humildade não faz bem.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Procuro trazer ou aplicar na minha vida, o que percebo de melhor nas pessoas. Todos têm algo de bom, então se é para me espelhar em alguém que seja no seu lado bom.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Pessoas que me deram muitas alegrias igualmente causaram muitas decepções. Mas sou feliz porque tenho muito mais acontecimentos bons na minha vida e agradeço muito a Deus por isso.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 20 de dezembro de 2011.

  Maria Aparecida Morelli Belli, popular Cida Belli 


MARIA APARECIDA MORELLI BELLI: A entrevistada da semana é a Secretária Municipal de Saúde Maria Aparecida Morelli Belli, filha de José e Clara Morelli; nascida em Botuverá aos 31/01/54, tem 4 filhos e 3 netos: Fabrício (casado com Andréia, 02 filhos: José Enrico e Ana Lara); Fernanda (casada com Francisco Jr., tem 01 filho: Luís Eduardo); Frederico e Felipe são os nenês da casa.
Quando criança o que mais gostava de fazer para se divertir?

Fui uma criança hiperativa, adorava jogar clica, pião, bicicleta, fazer malabarismo(imitando os circenses), mas fazíamos muitos cozinhados para batizar as bonecas e enterrar os passarinhos (malvada). Acho que sonhava em ser Grande
Como foi sua juventude?

Com todas as dificuldades de uma adolescente. Entender as mudanças e ser entendida... Comecei a trabalhar cedo, fazer todo o aprendizado para preparar para o casamento. Pude debutar, danças, participava do Grêmio Estudantil, fazia Programa de Rádio (Grêmio Estudantil 8 de Março). Cantei no Big Show Rádio Araguaia que acontecia no Clube Atlético Carlos Renaux aos domingos pela manhã. Jogava bolão no Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque aos sábados à tarde (temos o Grupo até hoje: Bolinha Boliche Club. Participava de Movimentos da juventude da Igreja Católica, enfim, tudo que era inerente da idade.
Escolaridade?
R: Pré-escola Divina Previdência; Ensino Básico: Escola Dom João Becker; 5ª a 7ª série: Colégio São Luiz; 8ª série e Ensino Fundamental: Honório Miranda; “Magistério”: Projeto Loogus II; Pedagogia: Unifebe/FURB; Especialização: Psicologia Educacional – UNIVALI - Adolescência – PUC/PR - Aconselhamento Pastoral – FSL

Primeira professora?
Marília Carneiro

Grandes Professores ?
Licinia Carvalho Ramos da Luz, Pe. Orlando, Maria Luci Batisttoti, Julia de Oliveira, Maria Glória Dietrich

Matérias que mais gostava?
Artes, Música e OSPB

Matérias que mais detestava?
Não conseguia decorar ou entender: Física e Química

Pessoas que influenciaram?
Creio que quem mais influenciou minha vida na família: meus pais e minhas irmãs (eram interessantes). Na escola : meu pai e na fase adulta meu marido Adelson. Na política, meu pai era um político autêntico, mas era uma ação inatingível pelo caráter. Mas, quando o LULA começou a surgir ele me fascinou.

Quantos Postos de Saúde já temos em pleno funcionamento?
São 18 Unidades Básicas de Saúde.

Quais os próximos Postos de saúde a serem implantados?
Bairro São Luís, Paquetá

Quantas agentes de saúde integram o quadro municipal? É pensamento aumentar o número?
Hoje contamos com 107 ACS's. Faremos processo Seletivo para mais 125.

Quantos funcionários compõem a Secretaria de Saúde?
452 funcionários.

Você tem acompanhado o trabalho COMAD de Brusque?
O COMAD tem um trabalho específico, penso que haverá avanços, as campanhas com certeza, devem ser permanentes. Alertar também a família para que exerçam sua função educadora. Faço parte de um Governo que se preocupa com a Saúde da População.

Como membro da Comissão Municipal de Defesa Civil, representando a Secretaria de Saúde, o que espera desta equipe?
É uma nova experiência, mas a possibilidade de preparar a população e os serviços para ação nas catástrofes. São grandes avanços para uma cidade vulnerável a eventos desta natureza.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Iniciei no Archer SA Comércio com 15 anos, depois do casamento trabalhei no comércio com meu pai. Acompanhei meu esposo nas transferências do Banco. Ao retornar para Brusque, já lecionava na Guabiruba. Comecei a fazer encomendas para fora; abrimos o Cida Coffe Haus – foi um sucesso temporário. Fomos para a AABB, depois abrimos o Farofa's no Centro, trabalhei 2 anos no refeitório da Prefeitura (Licitação). Voltamos para a AABB onde permanecemos no ramo até o passamento do meu esposo, isto deu 30 anos de Luta.

Algo que você apostou e não deu certo?
O Cida Coffe Haus, a população ainda não estava aberta para este serviço

O que faria se estivesse no início de carreira e não teve coragem de fazer?
Penso que sempre fui corajosa, faria tudo novamente, tudo foi bom para construir esta Cida.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Respeito ao próximo, amor à Pátria, responsabilidade, persistência, enfim, tudo o que aprendemos é aplicado no dia a dia e avaliar, o que é bom ou ruim, mas, acima de qualquer coisa: Ser Feliz.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepções houvera sim, mas tudo se supera, pois, alegrias foram maiores e se sobrepõem as tristezas. Na vida as coisas boas, as conquistas, são maiores que as decepções, é não deixar a sombra ficar encoberta pelas nuvens, mas, que o brilho do sol alimente nossa esperança.

Quais são os pontos positivos da administração Paulo Roberto Eccel/Evandro Faria?
Fica difícil enumerá-los, mas com certeza: a Ética, a Transparência, a Persistência, a Atitude, Deseja de acertar, o Respeito ao Cidadão. É um Governo Corajoso, Realizador, enfim, uma Administração que ama esta Cidade, por isto “Ousado”.

Costuma ler jornais? O EM FOCO está no caminho certo?
Com certeza, a leitura é essencial. O EM FOCO está no caminho certo porque é um veículo de informação, com liberdade de expressão, idôneo, dinâmico, objetivo e tem imparcialidade.

Por observação no dia a dia e pelas leituras estamos vendo que em que pese o dever do Estado de garantir o acesso a serviços e ações de saúde, a demanda pelos mesmos é maior do que pode suportar, gerando insatisfações tanto individuais quanto coletivas, O Judiciário e Executivo vêm tentando, cada um, fazer o seu melhor afim de implementar o acesso de todo cidadão à saúde. A precipitação em querer implementar, sem a observância de qualquer tipo de limites, uma dada prestação social poderia inviabilizar o atendimento de outras necessidades coletivas, para as quais já havia um prévio planejamento/orçamento. Como a Secretária vê a questão?
Em observância a Lei 8080, de 19 de setembro de 1990, no artigo 19 ,em que dá competência ao MS, de incluir,excluir e alterar medicamentos e insumos farmacêuticos na RENAME (Relação Nacional de Medicamentos) de forma contínua e oportuna; estes,financiados pelos três entes federativos,de acordo com as pactuações nas Comissões intergestores e as normas vigentes para o financiamento do SUS. Não somos uma ilha,temos normas,regras a serem seguidas,não violando o direito ao acesso da população á Assistência Farmacêutica. O Executivo tem se desdobrado,sim,para atender a demanda de acordo com a necessidade e o que preconiza o SUS, muitas vezes não compreendida pelo usuário ou pelo Judiciário. Estar atenta as necessidades da população, respeitando a Universalidade, Efetividade e a Eficiência, proporcionando a melhor resposta terapêutica aos usuários com menores custos ao SUS. Como Gestora,tenho a preocupação constante:que não depende somente do Executivo, fazer cumprir a legislação. Depende também do usuário, a racionalidade do uso da medicação e a responsabilidade da Ass. Farmacêutica dentro do seu Plano Municipal,aprovado pelo Conselho Municipal. É direito de todos e dever do Estado, garantir o acesso,desde que o usuário respeite os protocolos através da porta de entrada.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 14 de fevereiro de 2012.

 

  Rosangela de Fátima Dalprá Faggiani, popular Ângela

A entrevistada da semana é a Coordenadora do Orçamento Participativo/Secretaria do governo Rosangela de Fátima Dalprá Faggiani, filha de Valério Dalpra e Glotildes Pacher Dalprá, nascida em Rio dos Cedros, aos 16.04.65; filhos: Amilcare Antônio Neto e Thiago

Nossa entrevistada Rosangela de Fátima Dalprá Faggiani, popular Angela.

Como surgiu Brusque em sua trajetória profissional?
Brusque sempre me atraiu por ser uma cidade hospitaleira e de oportunidades. Ao receber o convite do Prefeito Paulo Roberto Eccel em 2003, quando ainda deputado, fiquei muito feliz.

Vida escolar?
Fiz o Primário na Escola Reunidas Benjamim Galotti (Rodeio Doze), o Ginasial no Colégio Estadual Osvaldo Cruz (Rodeio), o Segundo Grau no Colégio Madre Maria Avosani (Rodeio) e o Curso de Direito incompleto no CESB -Centro de Ensino Superior de Blumenau

Primeira professora
Irmã Almida Bertoldi

Qual a matéria que mais gostava e a que mais detestava nos bancos escolares ?
Gostava de OSPB – Organização Social e Política do Brasil e detestava a matemática

Quais pessoas mais a influenciaram?
Foram as pessoas com as quais convivi no dia a dia de minha caminhada

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Tenho perseguido a educação social como meta pessoal e profissional, já atuei no movimento sindical como assessora e na atividade política busco sempre a participação popular, pois é nisto que acredito e me identifico.

O que é o Orçamento Participativo?
É um mecanismo governamental que permite aos cidadãos decidir sobre o orçamento de investimentos da prefeitura municipal. Através dele, a população decide as prioridades de investimentos em obras e serviços a serem realizados a cada ano no seu bairro com os recursos do orçamento da prefeitura.

Então, constitui uma forma de cidadania?
O Orçamento Participativo - OP é uma iniciativa democrática do governo municipal. O prefeito Paulo Eccel é o maior entusiasta deste processo de decisão e abriu mão do seu direito constitucional de decidir sozinho colocando a caneta de prefeito na mão de todos os cidadãos e cidadãs de Brusque. O OP estimula o exercício da cidadania, o compromisso da população com o bem público e a co-responsabilização entre governo e sociedade sobre a gestão da cidade.

Na prática como funciona? O município é dividido em regiões?
Após a reunião do bairro onde foram eleitas as três prioridades e os seus representantes (delegados), a discução acontece então, em nível regional (13 regiões). Neste momento, de posse do custo das obras escolhidas, os delegados da região fazem a adequação das reivindicações ao valor disponibilizado pela prefeitura para investir na sua região.

Qual a duração do Mandato de um Delegado?
O mandato do delegado é de um ano.

O que são e qual o papel do delegado?
Delegado é o munícipe que representa uma localidade nas negociações com o governo. Esses delegados formam um Conselho anual que além de dialogar diretamente com os representantes da prefeitura sobre a viabilidade de executar as obras aprovadas nas assembleias, também irão propor reformas nas regras de funcionamento do programa e definirão as prioridades para os investimentos, de acordo com critérios técnicos de carência de serviço público em cada área do município.

Qual a importância de um cidadão entender o Orçamento Participativo?
A importância reside no fato de que entender o que é Orçamento Participativo, significa saber o que o governo faz com o dinheiro recolhido pelo contribuinte. Assim, se é o contribuinte que sustenta o Município, sinta-se no direito e no dever de manifestar sua opinião sobre o destino que o Prefeito dá ao dinheiro público.

Nas reivindicações das 12 regiões ocorrem pedidos comuns?
Sim, os pedidos concentram-se principalmente nas obras de drenagem e pavimentação (Tapete Preto).

Em 2011, quais foram as reivindicações mais expressivas atendidas?
65% das reivindicações tratam-se obras de infraestrutura e melhorias nas vias públicas.

E para 2012, já se dispõe de reivindicações? Daria para citar algumas?
O que percebemos é que já, mesmo antes de começarem as reuniões do OP 2012, há uma intensa movimentação de moradores de ruas sem drenagem e/ou pavimentação se organizando para participar das reuniões de bairro e garantir sua obra pelo OP.

Algo que você apostou e não deu certo?
Idas e vindas faz parte da trajetória de qualquer atividade profissional, acredito que tudo o que me propus a fazer, eu fiz! Não mudaria nada do que fiz até hoje pois acredito no que faço e sempre busco a orientação de Deus para as minhas decisões.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Meus pais são meus maiores educadores, pois formaram meu caráter e a partir disso meu dia a dia se tornou uma caminhada de conquistas, pois sempre tive a sorte de estar rodeada de pessoas maravilhosas, amigos familiares, companheiros de trabalho, enfim sou feliz.

Que acontecimentos marcaram sua vida?
Primeiro foi ser mãe e em segundo, foi a escolha para participar como representante do SINDTÊXTIL – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Rodeio/SC, da última etapa do Projeto “Questão de gênero”, realizado em Cuba em 1998, através da FETIESC – Federação dos Trabalhadores da Indústria de Santa Catarina

Como desenvolvia suas atividades no SINDTÊXTIL?
Dentro desse Sindicato desenvolvia um trabalho voltado às mulheres – Departamento da Mulher – ressaltando que ali consegui o respaldo em alegria, respeito e realização no sentido de continuar batalhando pelo que acredito.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Como já disse, tudo o que fiz me trouxe aprendizado. Alegrias e decepções fazem parte da vida, tiro isso como quero ressaltar que acredito e aplico a consciência social como mola propulsora de uma nova humanidade, mais justa, fraterna e igualitária nas oportunidades.
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Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 10 de abril de 2012.

 

  Caroline Butzke


Caroline Butzke.
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A entrevistada da semana é a psicóloga Caroline Butzke, nascida em Rio do Sul aos 14/05/1986 - mas com menos de um ano foi morar em Joinville, onde permaneceu até março de 2012 - quando veio para Brusque, por ter sido chamada no concurso; filha de Adolar Butzke e Lucia Butzke; tem dois filhos: Luísa Butzke Campos (5 anos) e Leonardo Butzke Campos (1 ano)
Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Minha família é bastante unida, fazíamos viagens todos os anos nas férias então conheço bastante lugares e desenvolvi essa paixão por viajar. Quando criança era um pouco mais tímida, de poucos amigos, mas lembro de vários deles e das brincadeiras que gostava.

Você tem amigos da infância ainda?
Tenho algumas, porém devido a mudanças de cidade acabo tendo pouco contato com elas.

O que sente falta da infância?
Sinto falta dos momentos que eu passava mais próxima aos meus pais e familiares, do tempo que tinha livre para brincar e não se preocupar com as responsabilidades que tenho hoje.

Sonho de criança? Em que você sonhava ser quando era pequena?
Queria ser médica pediatra. Sonhava em casar, ter filhos, estudar, trabalhar.

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Divertida. Gostava de ir para praia e sair com os amigos. Durante a adolescência passei por alguns conflitos "normais" com meus pais, fiz muitas amizades, somente estudava e me dedicava para o vestibular.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Os eventos que mais marcaram foram a Copa de 94 e a Morte do Ayrton Senna.

Como surgiu Brusque em sua trajetória?
Passei no Concurso Público realizado pela Prefeitura Municipal de Brusque em 2009. Já conhecia a cidade e me entusiasmei com a possibilidade de vir morar para cá já no dia em que realizei a prova do concurso.

Pessoas que influenciaram ? Meus pais, Clarice Lispector, Angelina Jolie, Bob Marley, Carl Jung, Salvador Minuchin, entre outros psicólogos.

Como era a escola quando você era criança?
Comecei ir a escola com 3 anos, na mesma rua em que morava. Era uma escola pequena, fazíamos várias apresentações de dança e teatro, eu era uma criança quietinha e organizada. Aos 6 anos iniciei a 1ª serie e troquei de escola, onde estudei até a 8ª serie no Colégio dos Santos Anjos, escola de freiras, bastante religiosa e com valores familiares, onde fiz amizades que mantenho até hoje.

Quais eram suas melhores e piores matérias?
A matéria que eu mais gostava era matemática e a que menos gostava era geografia, no Ensino médio passei a detestar física, as demais eu gostava.

De que atividades escolares e esportes você participava?
Participava de grupo religioso, pois estudava em escola da Divina Providencia até a 8a série, fiz dança dos 7 aos 14 anos e gostava bastante de esportes também (basquete, vôlei e handebol).

Formação escolar ?
Educação Infantil foi na Escola Machado de Assis, o Ensino Fundamental no Colégio dos Santos Anjos e o Ensino Médio no Curso e Colégio Energia; todos em Joinville. A Faculdade de Psicologia fiz na Univali em Itajaí de 2004 à 2008. Além disso, realizei cursos na área de Pericia Psicológica nas Varas da Família, Ludoterapia, Psicopatologia da Infância e Adolescência. Procurando sempre estar atualizada, em busca de novas capacitações, participação em seminários, congressos e eventos relacionados a área.

Primeira professora?
Considero a primeira professora mesmo a da primeira série – Karen - ela não era muito afetiva, mas tinha facilidade em ensinar.

Grandes professores?
São muitos, lembro bem da minha professora do 2a série – Andréa - e depois alguns professores "especiais" como a professora de inglês – Heloísa - até a 8a série, o professor de biologia do ensino médio – Romero.

Como surgiu a Psicologia em sua trajetória?
Surgiu durante o preparo para o vestibular, quando tive oportunidade de conhecer melhor os cursos e profissões do mercado de trabalho. Sempre tive o desejo de trabalhar com pessoas, no cuidado das pessoas e podendo lhe oferecer "algo". Pensava em fazer medicina, mas diante da dificuldade que enfrentei com aulas de anatomia, vídeos que envolviam sangue, cirurgia...acabei desistindo e fui estudar psicologia.

Qual sua área de atuação na Prefeitura de Brusque?
Eu atuo mais especificamente no Serviço de Proteção Social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC), junto ao CREAS.

É uma equipe? Como é formada ?
Sim. A equipe do Serviço é composta por 01 pedagogo, 01 psicologa e 01 assistente social.

O que é o O Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS ?
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS constitui-se numa unidade pública estatal, de prestação de serviços especializados e continuados a indivíduos e famílias com seus direitos violados, promovendo a integração de esforços, recursos e meios para enfrentar a dispersão dos serviços e potencializar a ação para os seus usuários, envolvendo um conjunto de profissionais e processos de trabalhos que devem ofertar apoio e acompanhamento individualizado especializado.

Quais são os serviços oferecidos pelo CREAS de Brusque?
Serviços oferecidos no CREAS de Brusque: 1. Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias Indivíduos (PAEFI); 2. Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC); 3 - Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias; 4. Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua.

O que objetiva o Serviço de Medidas Socioeducativas?
O Serviço de Medidas Socioeducativas tem por objetivo, contribuir com as relações sociais estabelecidas no contexto familiar e comunitário, através da ressignificação das suas condições e modo de vida, potencializando e estimulando o exercício da cidadania aos sujeitos em execução de medidas socioeducativas e grupo familiar. Visando contribuir para: -Vínculos familiares e comunitários fortalecidos; -Redução da reincidência da prática do ato infracional; -Redução do ciclo da violência e da prática do ato infracional.

Ressignificação?
Sim, ressignificação é o método utilizado em neurolinguística para fazer com que pessoas possam atribuir novo significado a acontecimentos através da mudança de sua visão de mundo.

A falta de estrutura física adequada e de funcionários qualificados para lidar com jovens infratores são comuns em praticamente todos os municípios brasileiros. Como está a situação em Brusque?
Desde 2005, a gestão das medidas socioeducativas em meio aberto está sendo municipalizada em cidades brasileiras de médio e grande porte. A partir da constatação da ineficácia das medidas em meio fechado - ou seja, das medidas que restringem liberdades e que representam maior custo administrativo para o Estado - o SINASE (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo) priorizou a aplicação de medidas em meio aberto, com a recomendação de que privação somente deve ocorrer em caráter excepcional e durante curto período de tempo, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente. Buscava-se com isso superar uma forte cultura de internação que ainda hoje existe em nosso país. Assim, adolescentes que cometem atos infracionais agora têm mais chances de serem atendidos por programas municipais de Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade. Em Brusque, o serviço de Medidas Socioeducativas em meio aberto é responsabilidade do CREAS (unidade do município) desde 2009. Atualmente não contamos com a estrutura física necessária, pois precisamos de salas reservadas, material para oficinas, entre outros; mas sabemos que a nova instalação do CREAS está em construção onde teremos esta estrutura. Quanto a capacitação da equipe, os profissionais envolvidos têm participado de seminários e capacitações para desenvolver o trabalho com os usuários, o que têm qualificado a equipe para tal trabalho.

Como você vê a programação da televisão na formação de nossa juventude?
A sociedade brasileira, a mais de uma década, vem discutindo o papel da televisão e da mídia em geral e a qualidade da programação que é oferecida ao público, em particular aos jovens. É importante que os jovens e seus pais desenvolvam uma visão crítica em relação ao que estão assistindo, avaliando e refletindo juntos o que estão assistindo o que na maioria das vezes não acontece pois muitos pais nem sabem o que os filhos assistem, pois estão fora de casa. Existem alguns estudos que afirmam que muito tempo na televisão aumenta a probabilidade de desenvolver comportamentos violentos, alguns programas podem ter influência nos casos de gravidez na adolescência, entre outros. A televisão hoje é capaz de apresentar programas que se aproximam cada vez mais da "realidade", utilizando recursos de cenários e ambientes externos que propiciam, principalmente aos adolescentes, o sentimento de vivenciar o que é sugerido e é aí que muitas vezes acaba sendo inadequado o conteúdo transmitido.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida? Como surgiu Brusque em sua trajetória?
Morei com meus pais em Joinville desde aproximadamente um ano de vida até os 17 anos. Com 17 anos iniciei a faculdade de Psicologia na Univali em Itajaí e passei a residir em Piçarras. No mesmo ano, voltei a morar em Joinville com meus pais e ir e voltar para a faculdade todos os dias em Itajaí. Em 2006, com 20 anos, me casei, com quem fiquei casada por 6 anos. Em 2007 nasceu minha primeira filha e em 2011 o segundo. Formei-me em dezembro de 2008, na Univali - Itajaí. Trabalhei 1 ano no CAPS infantil em Joinville com crianças e adolescentes com transtorno mental grave e depois trabalhei 2 anos e meio em empresas de Recursos Humanos, com Recrutamento e Seleção/Treinamento e Desenvolvimento/Avaliação Psicológica. Como tinha interesse em trabalhar mais diretamente com crianças e adolescentes e com o trabalho psicossocial, fiz alguns concursos, inclusive o de Brusque em 2009. Em março de 2012 fui chamada pelo concurso para exercer a função de Psicologa e decidi assumir o cargo.

Qual foi o maior desafio até agora?
Posso citar 2, um foi dar continuidade a faculdade em Itajaí grávida e depois com a minha filha pequena e outro mudar para Brusque com meus dois filhos.

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez ?
Em alguns momentos me arrependi, mas são as coisas que a gente se arrepende que muitas vezes valem a pena.

Você tem algum ressentimento?
Procuro não guardar ressentimentos.

Você tem algum medo?
Medo que aconteça algo com meus filhos.

Algo que você apostou e não deu certo?
Procuro pensar por quanto tempo deu certo, ou que se não deu certo é porque não chegou ao final.

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Ainda considero inicio da carreira, estou formada ha quase 4 anos, gostaria de fazer mais cursos/especializações mas não faltou coragem e sim condições pra isso....

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Procuro ouvir as pessoas sem julgá-las, entender as situações sem prevalecer uma opinião, respeitar a diversidade.....

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
As maiores alegrias foram com certeza o nascimento dos meus filhos. Decepções não tive muitas, procuro não criar muitas expectativas.

Finalizando, você foi bem recebida em Brusque?
Fui bem recebida sim, meus filhos se adaptaram facilmente na escola e eu conquistei meu espaço dentro do trabalho.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 16.10.12. 

  Gilmar Vilamoski

O entrevistado da Semana é o Engenheiro Civil e Secretário de Obras e Serviços Públicos do Município de Brusque, Gilmar Vilamoski, filho de Nereu Vilamoski e Vitória Zavodini Vilamoski; nascido em Ribeirão Bonito, no interior do município de Nova Trento, aos 11.06.65; casado com Wiliane Greice Willrich Vilamoski, com a qual tem um filho: Giordan Alberto ( com 11 anos). Torce para o Brusque e pelo tricolor das laranjeiras (Fluminense)

Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Do trabalho desde cedo, das brincadeiras com os amigos, do futebol, pescaria, quilica, cabana, carriola, pé na lata e demais brincadeiras de criança

Sonho de criança?

Gilmar com a esposa Wiliane Greice e o filho: Giordan Alberto.
Ser jogador de futebol
Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Aos treze anos fui treinar no infantil do Clube Atlético Carlos Renaux, vinha de bicicleta da Santa Terezinha até o centro para treinar.. Na minha infância e juventude meu principal lazer foi em torno do futebol, no infantil, juvenil e profissional do Carlos Renaux. Aos dezessete anos, quando comecei a frequentar as tardes dançantes frequentava o antigo salão Itaipava em Itajaí. Bailes no Beneficente e Santos Dumont ao som do Quarta Redenção, Banda SA

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Um evento mundial, que acabou acontecendo no Brasil, foi o primeiro Rock`n Rio, em 1984. Sonhava em assistir aos shows, era e sou apaixonado por música, mas não tive condições, e assistia os shows pela televisão. Por isso não devemos perder a oportunidade de fazer o que gostamos, dentro das nossas possibilidades, pois ano passado, quando aconteceu novamente o show no Brasil, teria condições de ir, mas não tinha mas a mesma empolgação.

Pessoas que influenciaram ?
Meu pai, foi a pessoa que mais me influenciou, nasceu e cresceu em Nova Trento como lavrador, veio morar em Brusque e trabalhar como carpinteiro e depois, por conta da falência da empresa na qual trabalhava, se tornou empreiteiro de mão de obra. Como ele prestava serviço, um de seus clientes era o falecido empresário Orlando Luiz Zanon, que frequentava a nossa casa para tratar de negócios, era uma pessoa,muito inteligente, culta, educada e um visionário, nunca tive a oportunidade de falar isso a ele,mas com certeza me influenciou, pois o admirava como pessoa e empresário. Outras duas pessoas que me influenciaram profissionalmente foram a falecida engenheira Juscélia Coelho Ludvig e o arquiteto Rubens Aviz, que me deram a oportunidade de estagiar, prestar serviços a eles e posteriormente acabei me tornando sócio deles. Sou eternamente grato a oportunidade.

Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
Estudei na antiga Escola Básica Santa Terezinha, no bairro Santa Terezinha, onde hoje são as instalações da Polícia Militar, depois fiz o antigo segundo grau no Colégio Consul Carlos Renaux, trabalhava de sapateiro na antiga Industria de Calçados Lemus na Santa Terezinha, das 5:00 as 13:30 hs, para poder pagar o colégio que era particular, e na época não existia segundo grau público. Sempre fui bom em Matemática, Português e Ciencias em geral.Atividades esportivas, só tinha olhos para o futebol, apesar de brincar de volei e praticar alguma coisa de atletismo

Primeira professor ?
Dona Erna Rau

Grandes professores?
Sr. Raul Amorim, foi diretor, mas sempre um professor para mim Dona Dirce Verena Rau, excelente professora de português primeiro grau Santa Terezinha, Dona Sueli Pantaleão, magistral professora de português primeiro grau Santa Terezinha, Sr. Leni Gomes professor de português segundo grau no Cônsul, Dona Classi, professora de matemática no segundo grau no Cônsul, exigente porém ótima professora

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Aos sete anos comecei a encher lançadeira, para confecção em tear manual de tapetes, e tive como primeiro patrão o Sr. Valério Gallassini e sua esposa dona Alice. Aos 14 anos quando comecei a fazer o segundo grau no Colégio Cônsul, passei a trabalhar das 5:00 as 13:30 hs, como sapateiro, para poder pagar o Colégio que era particular. Quando prestei o vestibular e passei para engenharia na FURB em Blumenau, com 17anos,jogava futebol e fazia parte da equipe profissional do Carlos Renaux, ganhava uma ajuda de custo para manutenção. Com a enchente de 1984 e destruição do Estádio Augusto Bauer e praticamente toda cidade, percebi que deveria me dedicar exclusivamente a faculdade de engenharia civil. Como o curso era particular e caríssimo para nossas condições, passar a dar aula como professor contratado como ACT, no primeiro ano de implantação do Colégio Santa Terezinha. Lecionei no Colégio Feliciano Pires também como ACT, e alguns cursinhos pré vestibular, sempre na disciplina Matemática, apesar de amar Física. Também para poder pagar a faculdade, prestava serviço de desenhista para profissionais engenheiros, vendia livros, fazia trabalho para terceiros para complementar a renda.

A participação na Câmara Júnior de Brusque, nos idos de 1988 foi proveitosa?
Muito proveitosa, lembro até hoje, do dia em que teria que falar em público, o tema plano diretor, tinha 20 minutos. Resumi em temas, começo meio e fim, como manda a técnica. Fiquei tão nervoso que em cinco minutos conclui. Mas foi uma experiência maravilhosa

Como recebeu o convite para ser Secretário de Obras na Administração Paulo Roberto Eccel/Farinha?
Havia recebido o convite para fazer parte do governo anteriormente, como estava gerenciando o projeto de expansão da rede de lojas HAVAN, declinei do convite. Final de dezembro com meu desligamento da HAVAN e problemas de saude do colega Tonho Maluche, o vice prefeito Farinha, em nome do PP, Partido Progressistav me convidou, depois de muita reflexão resolvi aceitar, este que imaginava e está se confirmando, como o maior desafio profissional da minha vida.

Quais as obras de destaque que o Município tem planejado para executar?
O Planejamento da Secretária de Obras para esse ano, é de 229 obras, além da limpeza e manutenções diárias que são de nossa responsabilidade. Dessas 229, temos quase 50 obras concluídas e estamos com mais de 40 obras em andamento. Dividimos nossos serviços por áreas que seguem:
1-TAPETE PRETO NOS CORREDORES - Pavimentação asfáltica em ruas de grande movimentação de veículos e ônibus.
2-OP - (Orçamento Participativo) - Obras definidas pelo orçamento participativo
3-PAI - (Programa de Ações e Investimentos) - Compromissos assumidos pelo governo
4-PAVIMENTAÇÃO POR ADESÃO- Pavimentação com a participação financeirados moradores
5-PAC - Obras de microdrenagem por onde passam as obra do PAC, que somente executama macro drenagem.
6-MANUTENÇÃO - Manutenção geral e limpeza da cidade, desobstrução de valas, roçação,capinação entre outras atividades
7-OBRAS PARA OUTRAS SECRETARIAS- Apoio para as demais secretarias em mudanças,reformas, eventos, transportes entre outras atividades
8-BRITADOR- Gerenciamento do britador municipal
9-USINA DE ASFALTO- Gerenciamento da Usina
10-HORTO FLORESTAL- Gerenciamento do Horto
As obras em destaque são a continuidade da Beira Rio no trecho do Maluche e Santa Terezinha, e o programa Tapete Preto, que é a pavimentação asfáltica das diversas ruas de Brusque

Quais os pontos que trazem mais reclamações para a Secretaria de Obras?
As maiores reclamações são por conta de problemas de drenagem da cidade. Brusque cresceu muito rapidamente e de uma forma desordenada, e nossa infra estrutura nesse sentido é precária.
Algo que você apostou e não deu certo?
Sou e sempre fui um sonhador. Comecei meu primeiro negócio, incorporando em Balneário Camboriú em 1989, em sociedade com o arquiteto Rubens Aviz, depois tive sociedade com o contador Fábio Schaadt, também incorporando, construi em Brusque, Balneário Camboriú, Itapema, Jaraguá do Sul. Aqui em Brusque construí em parceria, Choperia, Clube de Boliche, Posto de Gasolina, Marcenaria. Em todos os negócios fiz com prazer, e em determinados momentos não tiveram continuidade. Não me arrependo de ter feito nenhum e da mesma forma não me arrependo de tê-los vendido, alugado ou repassado. Pois no momento em que fiz ou vendi, aluguei achava que era o melhor, acho que todos deram certo
O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
talvez o único resquício de frustação na minha vida, tenha sido quanto ao futebol. Com 16 anos estreei como titular na equipe profissional do Carlos Renaux, em um jogo contra o Figueirense no Orlando Scarpelli, na abertura do campeonato de 1982. Em 1983 fui convidado pelo então treinador do Avaí, Emilson Peçanha, que foi auxiliar técnico do Tele Santana na Copa do Mundo de 1986, a jogar no time de Florianópolis. Era maio daquele ano, como estava no primeiro semestre da faculdade, meu pai me aconselhou a esperar acabar o primeiro semestre para depois ir. Nesse interim, quando em julho pretendia ir, Emílson Peçanha foi demitido e perdi a oportunidade. Fica aquele sentimento amargo de se arrepender daquilo que deixou de fazer.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Respeito as pessoas, tratamento igual a todos, independente da condição.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
O que mais recordo são as alegrias, e guardo-as vivas até hoje na memória. Entrega diploma do primeiro grau pelo professor Isaías Valle na Santa Terezinha, Formatura e baile do segundo grau no Cônsul e pegando carona na volta do baile com o João Luiz Coelho,colega de formatura. Minha vizinha me levando de ônibus de linha para fazer a matrícula da faculdade em Blumenau, pois minha mãe e eu não sabíamos ir sozinho. As noites "perdidas" estudando Pontes, Concreto, Resistência dos Materiais, com o Evaldo Schwartz, Luiz Carlos Hoschprung, Valter Besser, Rogério Santos, Dunha Otávio Strazer, Pedro Micheluzzi, Homero Khuel. As viagens e jogos no juvenil do Carlos Renaux, com o time, as vitórias, os choros das derrotas, os vários gol vários gols perdidos, os inúmeros gols marcados. Os jogos no time do Comercial de São João Batista, no Cedrense no Guarani, no Santos Dumont, na Bilu. Do seu Mário Vinotti e do seu Estel Vinotti, do Nilo Debrassi, do Manoel do Carmo Inocente, do seu Egon Borchadt … gente que convivi no futebol. Dos árbitros que xinguei dos zagueiros que apanhei.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 31 de julho de 2012.

 

 

  Eudez Pavesi


Nossa entrevista Eudez Pavesi.
A entrevistada da semana é a Superintendente da FUNDEMA – Fundação Municipal do Meio Ambiente - Eudez Pavesi, nascida em Botuverá aos 29 dias de agosto de 1964. Cônjuge: Francisco Robert Ribeiro Santiago.
Em que sonhava ser quando criança?
Bailarina

Conserva amigos da infância?
Sim, da Infância e juventude.

Pessoas que influenciaram?
Meus pais e amigos da juventude.

Formação escolar?
Estudei na Escola B. Dom João Becker, do primário até ginásio, depois 2º grau curso de técnico em contabilidade Colégio Cônsul Carlos Renaux, Colégio Honório Miranda, Unifebe, Univali, curso de educação popular na USP – São Paulo.

Primeiro/a professor/a?
Sra. Áurea Dadam

Grandes professores?
Sueli Pantaleão, professora de português, Leila Severo (curso de ciência política)

Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
O Dom João Becker era a melhor escola estadual que tínhamos na época, segundo os comentários das pessoas que estavam no meu meio de convívio, e ótimos professores. Sempre me achei uma aluna dedicada, sempre tive boas notas em matemática, biologia, português..... a pior acho que era educação artística, não tenho dom para desenho. Até meus 14 anos jogava vôlei no Sesi. Um ponto polêmico na elaboração do Código Florestal foi quanto a decomposição vegetal de APPs (áreas de proteção permanentes) na beira dos rios.

Nossos políticos abandonaram o bom senso?
Penso que alguns políticos, mas não todos, são financiados por grandes produtores rurais e pela grande indústria agropecuária. A pressão é grande, infelizmente penso que muitas pessoas e não só políticos, não conseguem enxergar o que acontece sempre nas épocas de enchente. Mas temos uma questão geográfica que para o Brasil é de grande relevância, o tamanho de nosso território e as diversas complexidades regionais ambientais. Para isto deveríamos ter no código Florestal uma forma de enfrentarmos esta situação com possibilidades legais de observarmos as questões regionais e climáticas. Mas na proposta final o recuo permaneceu de 30 metros, o que alterou foi a questão da recuperação em APP que mudou para 15 metros, porém isto ainda está para análise da Presidenta Dilma , que poderá vetar ou não.

Eudez Pavesi.

Quais as atuações que exigiram mais esforços concentrados como Presidente da Fundema?
Na Fundema as situações diárias, são todas de grandes desafios, porque trabalhamos também com fiscalização, e na verdade ninguém gosta de ser fiscalizado, mas digo que o principal é fazer as pessoas entenderem que questões ambientais não são modismos ou uma bela propaganda com muito verde, e sim todos nós entendermos que não jogar lixo no chão, por exemplo, é preservar o meio ambiente. Algo que exige apenas de nós cidadãos uma atitude simples, mas que ainda achamos que é problema de outros e não meu. Que o terreno do outro deve ser preservado, mas quando se trata de mexer no meu terreno......aí a legislação ambiental não presta. Todos nós adoramos: sol, praia, chácaras, lugares onde o meio ambiente é fundamental, mas não teremos belas paisagens se não observarmos as leis ambientais, seja, pessoa física ou jurídica. E outro grande desafio, é entendermos que futuro queremos para o desenvolvimento das pessoas, como podemos ser melhores pessoas em nossa cidade, se o meio ambiente estiver degradado? Está relação é fundamental - homem e meio ambiente, isto é óbvio, porém muitas pessoas ainda não têm essa compreensão.
Na Beira Rio foi autorizado o corte das árvores que prejudicavam a calçada de um hotel. No lugar seriam plantadas árvores nativas. Ocorre que só plantaram um pezinho de sombreiro. Não deveríamos cobrar o plantio de tantos árvore es quanto as que foram cortadas? Na frente deste Hotel o proprietário plantou sim, duas espécies nativas, aquela que sobreviveu não é sombreiro, é o que chamamos popularmente de “ pau formiga” espécie nativa, com uma bela floração, e ainda doou 50 mudas, e auxiliou no transplante das árvores na praça Sesquicentenário. O atual proprietário, hoje é outra pessoa, e o anterior cumpriu o combinado.

O brusquense respeita o meio ambiente?
Eu digo, que no imaginário das pessoas, todos nós se achamos grandes ambientalistas, porém no dia a dia, sempre é melhor apontar o dedo para os outros. Portanto, depois que o atual Prefeito Paulo Eccel, cumpriu o que comprometeu-se em 2008, que era dotar a Fundema para cuidar do meio ambiente de nossa cidade, muitos comportamentos mudaram para melhor. Sempre digo que a questão ambiental é uma mudança de atitude, seja, da pessoa, da empresa ou dos órgãos governamentais. Vejo que nossa cidade está mais consciente, mas com certeza temos muito o que fazer, porque nosso histórico ambiental já foi muito triste e de muita degradação no passado.

Como você avalia sua passagem pela FUNDEMA?
Como uma grande oportunidade de aprendizado, e aproveito o momento para agradecer nosso prefeito Paulo Eccel, por esta responsabilidade a mim conferida, e de poder colaborar como agente político. Muitos desafios técnicos e humanos, que me fizeram muito mais consciente de nossa tarefa como pessoas na sociedade.

Quais os pontos positivos da Administração Paulo Roberto Eccel/Evandro de Faria?
O mais importante, além de gerir com muita responsabilidade o dinheiro público, foi a participação da comunidade, da sociedade civil organizada em sua administração. Nada em uma administração pública é mais importante do que planejar as ações com a participação popular. Com certeza, este modelo de administração que o Paulo e Farinha implantaram é a forma que mais possibilita acertos do que erros. Por isso tivemos nestes quase 4 anos de administração municipal, obras que de fato melhoram a vida das pessoas.

Está filiada a algum partido político?
Ao PT desde 1986

Fale de trajetória profissional e pessoal?
Desde os anos 90 participo do movimento comunitário, atuando na associação de moradores do bairro Jardim Maluche e Souza Cruz, onde hoje sou membro da atual diretoria, no qual para mim é o espaço, onde mais se exerce a cidadania. Fui Coordenadora da UBAM – União Brusquense das Associações de Moradores. Participei de movimentos na Igreja Católica, grupo de jovens , catequista, sou filiada ao Partido dos Trabalhadores desde 1986, no qual participei da eleição municipal de 1988, como candidata a vice-prefeita com Valmir Ludvig. Nas eleições de 2000 e 2008 candidatei-me ao cargo de vereadora. Fui assessora parlamentar Por 4 anos no mandato do atual prefeito Municipal, Paulo Eccel, quando deputado estadual em 2003 a 2006. Atualmente sou Superintendente da FUNDEMA – Fundação Municipal do Meio Ambiente desde 01 de janeiro de 2009, órgão que fiscaliza o meio ambiente, licencia terraplanagens, corte de vegetação e desenvolvimento de projetos de educação ambiental.

Quais medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer?
Poucos medos, mas nada que tire meu sono. O que me assusta são os acidentes de trânsito, isso, me deixa preocupada, porque são muitas vítimas inocentes, sendo ceifadas, por conta da imprudência humana. Com certeza de entristecer, embora não seja do meu perfil abater-me facilmente. Graças a educação familiar e cristã, me considero uma pessoa de bem com a vida e muito grata a Deus por tudo que tenho.

Qual foi o maior desafio até agora?
Penso que assumir uma postura política partidária é um grande desafio perante uma sociedade que mais se omite do que participa da vida política. Todos sabem tudo e tem respostas pra tudo, porém assumir compromissos e realizar, são para poucos. Minha atuação também é para que tenhamos sempre mais líderes comunitários e comprometidos.

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez ?
Penso que não, mas fiz tudo que de fato me deu prazer, ou vontade de realizar. Mas, posso já ter falado algo que, tenha ofendido alguém, temos erros...

Você tem algum ressentimento?
Não. Sempre que acontece algo que me deixa triste, em função de alguém ter-me ofendido, procuro resolver a emoção deste momento e tocar a vida que é bela e muito emocionante.

Como vê a programação da televisão na formação de nossa infância e juventude?
No geral a pior avaliação possível, mas o que passa na TV é fruto de valores que a sociedade produz. Se os pais estivessem mais presentes na vida dos filhos a TV seria apenas algo a mais. O preocupante é que os programas de TV são mais importantes de que o convívio familiar. Temos coisas boas na TV, porém os maus exemplos de programas ainda são a maioria.

Finalizando, a mulher travou árduas lutas para conseguir a independência, atualmente deparamos com a predominância da vulgaridade. Você considera a vulgaridade como uma forma de modernismo?
Penso que não é modernismo. Infelizmente é mais uma questão de gênero. A nossa sociedade foi e é construída por pensamentos machistas e vulgares. Na maioria dos espaços da sociedade quem manda são os homens. E somos frutos de uma educação machista. Claro que são as mulheres que sempre cuidam de todos, mas sempre eram os homens que mandavam nas famílias. Porque a expressão chefe de família? Claro que as mulheres podem dizer sim ou não, já avançamos muito com certeza, mas ainda precisamos ter pensamentos livres de vícios que denigrem a imagem seja do homem ou da mulher. Tudo que não respeita a origem das pessoas, ou que menospreza o jeito de ser do outro, é uma forma de desconstrução da cidadania e da formação como seres humanos.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 13 de novembro de 2012.

  Márcia Teresinha Benvenutti Zen -


Nossa entrevistada Márcia Teresinha com as filhas Cláudia Roberta e Heloísa Raquel.
A entrevistada da semana é Márcia Teresinha Benvenutti Zen, nascida em Brusque/SC aos 16 de junho de 1963, filha de Lauro João Benvenutti (in memorian) e Cecília Torresani Benvenutti; casada com Tarcísio José Zen; filhos: Cláudia Roberta Benvenutti Zen (25 anos) e Heloisa Raquel Benvenutti Zen (21 anos).Professora de Educação Física. Atualmente Superintendente da Fundação Ecológica e Zoobotânica de Brusque
Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Brincadeiras com os amigos; batida, pular elástico, jogar taco, pescar inguia, subir em árvores, comer arrebenta cavalo, casamento atrás da porta, tomar banho de rio, banho de chuva, pular dentro das poças...

Você tem amigos da infância ainda?
Sim.

O que sente falta da infância?
Da liberdade, da inocência, do prazer de viver sem preocupações e cobranças.

Quando você era criança queria ser adulto?
Sim. Acho que todos nós quando crianças, queremos crescer logo por pensarmos que adulto tem liberdade. Só que junto com a liberdade vem as obrigações e preocupações. Daí quando somos adultos nos lembramos saudosos dos tempos de criança.

Sonho de criança?Em que você sonhava ser quando era pequena? Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Inesquecível. Aos 11 anos comecei a jogar handball pela CME de Brusque. Jogava como goleira. Participamos de várias competições, o treinador era o Delmar Tondolo e nossos treinos eram na Fideb. O mais legal de tudo era a união da equipe. Viajávamos de Kombi para todos os lugares, as jogadoras, as bolas e todas as bagagens( até hoje não sei como cabia tudo rsrsrs). Participei dos bailes de carnavais do Paysandu, mas era tricolor de coração e sempre ia aos jogos do Renaux. As festas eram geralmente com a turma da escola e para arranjar dinheiro para formatura fazíamos tardes dançantes. E numa destas no Santos Dumont apareceu o tal do “mão de onça” que só bebia cerveja antártica e a antártica tinha acabado. Não tive dúvidas, troquei o rótulo da brahma pela antártica e ele nem percebeu. E depois fazíamos a festa com todos os professores: Hilton, Ivo, Bernadete, Silvana, seu Valentim, Marli, Pe Orlando, seu Nilson, entre outros.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Copa do mundo de 1970. Tinha 7 anos e lembro que foi emocionante ver o Brasil ganhar de 4 x 1 da Itália no dia 21 de junho e se tornar tri-campeão(fico toda arrepiada ao lembrar da música ”noventa milhes em a;’ao, pra frente Brasil, salve a Sele;ao). Quando Elvis Presley morreu e eu tinha 14 anos. Quando o ursinho Misha(mascote dos jogos olímpicos de Moscou em 1980) chorou no encerramento das olimpíadas.

Pessoas que influenciaram ?
Minha Família: minha mãe Cecília, meu irmão Edegar e minha irmã Marisa. Pessoas queridas que me deram condições e me ensinaram a viver.

Como era a escola quando você era criança?
A escola era extensão da nossa casa. Tudo que acontecia nossos pais eram comunicados, nós respeitávamos os professores Me lembro muito bem, na 6ª série jogávamos “batida” e quebramos uma janela da escola. Seu Raul Amorim (diretor) chamou nossos pais, levamos aquele sermão e tivemos que pagar a vidraça.

Quais eram suas melhores e piores matérias?
Gostava muito de matemática no 1º grau e no 2º grau era apaixonada por química. Não tinha nenhuma matéria que achasse ruim.

De que atividades escolares e esportes você participava?
Participava de todas as atividades possíveis: teatro, dança, música e nos esportes voleibol, handbol, atletismo, futebol.

Formação escolar?
1º ao 4º ano Escola Básica Osvaldo Reis, 5ª série Colégio São Luíz, 6ª à 8ª série Escola Básica Santa Terezinha, 1ª à 3ª Colégio São Luíz, Faculdade de Educação Física 1 ano na FURB em Blumenau e 2 anos na UFRN no Rio Grande do Norte, Faculdade de Pedagogia em Séries Iniciais pela UDESC e Pós Graduada em Educação Física pela FACISA.

Primeira professora?
Dona Mirian no 1º ano na Escola Básica Osvaldo Reis

Grandes professores?
Dona Mirian ( 1º ano), seu Isaias Vale (ciências) e Rute Simas (técnicas comercias) no 1º grau na escola Santa Terezinha comandada pelo querido diretor seu Raul Amorim; Bernadete Fischer e Silvana (biologia), Ivo e Marli Maluche (português), Hilton e Sandra (química), Maria (matemática), seu Valentin (geografia), seu Nilson (inglês), seu Moresco (física), Pe Orlando (o.s.p.b) no 2º grau no Colégio São Luíz.

Como surgiu a Fundação em sua trajetória profissional?
Atuava como professora de Educação Física na Escola Dr. Carlos Moritz e por problemas de saúde fui transferida para o Zoobotânico no dia 26 de fevereiro de 2010. Comecei a trabalhar na secretaria. No começo fiquei muito triste pois gostava da escola e me senti meio que perdida no Zoo. Mas logo nos primeiros dias comecei a conviver com as pessoas que ali trabalhavam, pessoas simples que me cativaram. Depois conheci o “caco” um macaquinho bugio que foi trazido ao zoo pela polícia ambiental (seus pais foram mortos por caçadores). Convivi com o caco durante 1 ano e 3 meses, que infelizmente morreu por complicações generalizadas. Hoje o zoo é minha segunda casa.

Nossa entrevistada Márcia e o macaco bugio Caco..

Como é dirigir uma fundação Zoobotânica ?
Uma experiência fascinante e ao mesmo tempo assustadora. Eu trabalhava na parte administrativa junto com o Moresco (Vilson Moresco) e o Rodrigo tinha conhecimento de algumas coisas, mas ao assumir surgem algumas dificuldades, por exemplo, um dia um funcionário me pediu parafuso sextavado e eu nem tinha idéia do que era. Daí falei para ele trazer uma amostra e eu fui comprar. O nosso parque é muito grande, todos os dias surgem problemas diferentes, algo que quebrou, que acabou,um animal que ficou doente. Mas ao mesmo tempo que surgem os problemas cada vez mais tenho vontade de resolvê-los pois descobri que amo os animais e amo o zoobotânico. E quero que todos os brusquenses tenham orgulho em ter em nossa cidade um dos locais mais belos de Santa Catarina, pois o zoobotânico encontra-se em fase de reestruturação, já foi instalado um novo parquinho e até dezembro o teleférico será inaugurado.

Quais os objetivos da Fundação?
São objetivos da Fundação: Promover educação ambiental de qualidade; Incentivar o turismo e a prática de esportes na natureza; Atuar na preservação das espécimes, tanto da flora, quanto da fauna presentes na área da fundação; Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias ligadas às áreas das ciências biológicas; também atua no recebimento e destinação adequada de animais oriundos de apreensão por parte da FUNDEMA(Fundação Municipal do Meio Ambiente) e IBAMA (instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

O que constitui a Fundação?
A Fundação Ecológica e Zoobotânica de Brusque (com denominação fictícia de Parque Ecológico e Zoobotânico Padre Raulino Reitz em homenagem ao grande naturalista catarinense), é um complexo de 120.000 m² onde em meio a mata estão inseridos recintos de exposição de fauna, expondo desde répteis, aves e mamíferos naturais desta região, bem como espécies exóticas, totalizando aproximadamente 200 animais de 71 espécies.O parque dispõe de lanchonete, relógio de sol, auditório com capacidade para 45 pessoas, laboratório e um deck em madeira para atividades educacionais, trilhas ecológicas, Bromeliário em forma de pirâmide, parque infantil, muro de escalada para prática de atividades de aventura, um tronco milenar de imbuia e um Terrário reservado a exposição de invertebrados, répteis e anfíbios. Atrativos estes que fazem do espaço, um dos pontos turísticos mais importantes da cidade.

Como é formado o quadro de pessoal na Fundação? Cargos de carreira e quadro de servidores comissionados?
Atualmente contamos com 28 funcionários: 1 superintendente e 2 coordenadores (cargos comissionados), 2 veterinários, 1 bióloga, 1 agente de serviços administrativos, 1 motorista, 13 agentes de serviços gerais (efetivos) , 6 agentes de serviços gerais e 1 faxineira (contratatos).

De onde vem a alimentação para os animais do Zoo?
O Zoobotânico adquiri alimentos de empreendimentos habilitados através de processo licitatório. Atualmente são três empresas que prestam serviços ao parque, fornecendo hortifrutigranjeiros adequados a dieta específica de cada espécie.

O que compete a Superintendente ?
Cabe ao superintendente administrar a fundação e fazer a ponte entre zoológico, municipalidade e população, neste sentido suas funções vão desde o comando e supervisão das atividades realizadas na instituição, assim como, de atuar como porta voz dos interesses do parque.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida.
Comecei a trabalhar com 13 anos como secretária de uma tecelagem “Paulino Marcelino Coelho”. Estudava de manhã e trabalhava à tarde. Depois comecei a faculdade que tbém era de manhã e duas vezes por semana à noite. Chegava de Blumenau, pegava o ônibus até minha casa, comia muito rápido e ia de bicicleta trabalhar. Os dias que tinha aula à noite, deixava a bicicleta no serviço e ia de ônibus. Voltava tarde e dormia na minha irmã que mora no centro. No outro dia 6 horas tinha que estar no ponto para ir pra faculdade. Fazíamos os trabalhos nos finais de semana ou de madrugada na casa da Simone Sestari. Foi uma época difícil, de muitos sacrifícios mas boas recordações. Depois fui morar em Natal com meu marido, onde terminei a faculdade de educação física. Tive minha filha Cláudia em Natal, depois moramos em Cuiabá, depois Brusque onde nasceu a minha segunda filha Heloisa, daí voltamos para Natal, Fortaleza e finalmente Brusque. Aqui trabalhei como professora ACT na EEF Augusta Knorring, no CEI Tia Trude, CEI Max Rudolf Stefen, CEI Nova Brasília. Depois trabalhei na Secretaria de Educação como coordenadora de Educação Física. Em 2009 me efetivei e trabalhei na EEF Dr. Carlos Moritz e em 2010 entrei no Zoobotânico.

Quais medos você tem ou teve?
Da Caléssia, que ainda está em exposição na Casa de Brusque. Era muito fúnebre e eu achava que ela vinha me buscar.

Maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer. ?
Sem dúvida de entristecer, pois a tristeza nos envelhece muito mais.

O que você acha da programação da televisão de hoje?
Acho que a televisão como meio de mídia presente praticamente em todos os lares deste país, deveria se preocupar mais com conteúdo educativo, pois a maioria dos programas são muito apelativos.

Qual foi o maior desafio até agora?
Aceitar o cargo de superintendente do Zoobotânico e dar entrevistas.

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez ?
Sou muito sincera, sempre falo o que sinto.

Você tem algum ressentimento?

 Não

Algo que você apostou e não deu certo?
Ainda não ganhei na loteria

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Gostaria de ter morado no exterior. Todo jovem deveria de ter essa oportunidade.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Tratamento igual a todos independentemente do poder aquisitivo. Honestidade, sinceridade e respeito.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepção de não ter conhecido meu pai (faleceu 41 dias antes de eu nascer). Alegrias muitas. Ter conseguido fazer uma faculdade apesar de todas as dificuldades. De trabalhar com crianças. Morar em Natal com meu marido. O nascimento de minhas filhas. Passar 1 mês com minhas filhas e minha irmã, só nos quatro, momentos maravilhosos e inesquecíveis. Trabalhar no Zoo.

Finalizando, o que e gostaria de registrar e que não foi perguntada?
Gostaria de agradecer ao Prefeito Paulo Eccel e ao Moresco pela oportunidade e pela confiança em mim depositada e também a todos os funcionários do Zoobotânico pelo carinho: Serpa, Álvaro, Rodrigo, Mario, Milene, Ana, Coelho, Poço, Nene, Irineu, Rose, Vanoli, Zé, Zé Olegário, Sebastião, Frena, Vinicius, Yeski, Teresa, Carlos, Benedito, Arcili, Juliano, Vilson, Adenir, Alemão, Elmo e Paulo.
Gostaria de citar uma frase de Fernando Pessoa para reflexão....¨O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 27 de novembro de 2012.

 

 

  Rogério Adilson Lana


Rogério Adilson Lana.
ROGÉRIO ADILSON LANA - ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO : O entrevistado da semana é Rogério Adilson Lana, filho de Arnoldo e Idiaty Z. Lana; cônjuge: Keiti Wisbeck, filho Elton Adilson.Possui Graduação em Administração pela Fundação Educacional de Brusque 2004 - Unifebe. MBA (Master of Business Administration - que traduzindo também significa mestrado em administração de empresas) em Gestão Estratégica de Organizações pelo Centro Ensino Superior Blumenau 2005 - Cesblu. Especialista em Gestão Publica, pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci. Mestre em Administração pela Fundação Universitária Regional de Blumenau 2006 (Furb). Doutor em Administração pela Facultad de Ciencias Economicas - Universidad Nacional de Misiones -Unam- na Argentina. Torce para o Brusque e para o Palmeiras
Histórico escolar? educandários que frequentou?
Cursei o Primário e o Ginasial no Feliciano Pires, o segundo grau (contabilidade) no Cônsul Carlos Renaux, também o segundo grau (Administração) no Honório Miranda, graduação em Administração na Unifebe, a Pós em Administração – Administração Estratégica - no Cesblu, e Pós em Administração Pública na Uniasselvi, o mestrado em Administração na Furb, doutorado em Universidad Nacional de Missões (Argentina) e Pós em Administração Pública na Uniasselvi

Primeiro/a Professor/a?
Edme Novaes Vidotto

Grandes Professores?
Todos tiveram influência no conhecimento, mas um respeito pela minha diretora de Tese, a sra. Hilda Tanski

Como foi a educação recebida de seus pais?
Educação com base no comportalismo.

Pessoas que influenciaram?
Os professores de modo geral.

Espelha-se em alguém – ou admira - de sua área de atuação?
Peter Drucker e Michael Porter

Fale sobre a Escola de Administração Pública -Esap
Ela tem a incumbência de dar aperfeiçoamento ao servidor e treiná-lo para as operações dentro da área de atuação, sempre visando a melhor eficácia nas atribuições do servidor.

Educação corporativa trata de articular coerentemente as competências individuais e organizacionais no contexto mais amplo da empresa?
A educação corporativa retrata de forma aguda os princípios de um processo eficaz no que tange as orientações no trato da função e no resultado por elas alcançadas.

Na prática, o planejamento estratégico é uma forma eficaz de realizar a gestão corporativa?
Planejamento estratégico dá as diretrizes para que a gestão corporativa possa atuar na organização de forma que todos os atores do processo possam estar capacitados dentro da busca dos objetivos traçados.

Quais os aspectos e benefícios de um plano estratégico podem fazer com que a educação corporativa ganhe valor e visibilidade no planejamento geral da organização?
Quando toda organização participa de forma eficaz nas realizações das estratégias, sendo assim os atores tenham consciência do que a organização está pensando para o futuro e os mesmos de forma unificada ou integrada possam contribuir na busca de uma vantagem para a organização.

Existe alguma relação entre planejamento estratégico e longevidade dos negócios?
Os dois se complementarão porque um dá o norte e outro dependendo do resultado pode contribuir de forma a constituir novos cenários para a organização, lembrando que a longevidade deve estar pautada em resultados positivos para a organização.
Existe uma metodologia comum em planejamento estratégico que possa ser aplicável para qualquer cenário?
O modelo é sempre o mesmo, mas as variáveis mudam então dessa forma, o formato se utiliza de forma genérica, mas como o cenário muda, talvez muitas ferramentas devem ser inseridas e outras não . Aqui temos que fazer um corte porque muitas vezes o cenário é viável, mas a empresa esta longe de ser competitiva no âmbito mercadológico, desta forma o processo do planejamento deve primeiro verificar esta situação para depois potencializar sua vantagem.
Como avalia a experiência na Câmara Junior nos idos 87/88?
Foi um aprendizado muito importante na minha vida, tanto na estrutura individual como na parte cognitiva
Fale sobre o livro de sua autoria:”Gestão de Vendas – estratégia, planejamento, administração e desenvolvimento da força de vendas”
Um sonho que conquistei depois de muito estudo e experiência na área de vendas, buscando com a obra poder passar os rumos desse setor que tem a incumbência de buscar receita e resultado todos os dias para as organizações
E sobre a outra obra: “Estratégias de marketing adotadas nas pequenas e médias empresas do setor têxtil, segmento de malharia, da Microrregião de Brusque, do estado de Santa Catarina”?
Esta obra mostra um pouco a realidade de nossos empresários na prática da administração estratégica no dia a dia das empresas e suas vertentes na condução dos negócios, sendo ressaltada a gestão na forma empírica

Quais os melhores livros que já leu?
“O Mundo é plano” e , “Quente, plano e lotado.”

Quais medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer. ?
Maior medo de entristecer, ou seja não ter mais perspectivas de realizações.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Minha trajetória se pautou em assumir sempre situações, onde não se tinha nada pronto e sempre tive comigo que as realizações devem ser buscadas, uma a uma, com empenho, dedicação e muito respeito às pessoas . Assumi sempre desafios, tanto na vida profissional e também na vida pessoal. Tive várias realizações profissionais e também no que tange a busca de conhecimento. Nunca parei de estudar.

Qual foi o maior desafio até agora?
Maior desafio foi estar sempre ao lado da razão e buscar com ela me permitir a estabelecer sempre um parâmetro nas conduções de minhas ações, tanto na vida pessoal ou social

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez ?
Não me arrependo de nada, mas já fiz coisa sim que se pudesse o faria diferente.

Algo que você apostou e não deu certo?
As apostas são sempre assim, um dia você ganha, outro você perde, mas não seriam apostas e sim atitudes.

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Estudar em outro País.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Proatividade, comprometimento e respeito.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Não poderia numerar decepções e nem alegrias, porque elas fazem parte de nosso cotidiano. O homem é cercado o dia a dia de emoções e tristezas, mas minha maior alegria é conquistar novos amigos e ter o respeito deles. Se fosse falar de uma tristeza, com certeza, foi a morte de meu pai de forma muito rápida, mas também a falta de carinho de minha mãe após o falecimento dela.

Finalizando, o que faz Rogério Adilson Lana, hoje?
Hoje sou Professor e Coordenador da Uniasselvi - Curso de Administração - e agora desempenho o cargo de Diretor na ESAP.

Referências

  • Jornal Em Foco. Publicado em 08.03.2013. 

  Sebastião Neri Hermes


Nosso entrevistado Sebastião Neri Hermes, com os filhos.
SEBASTIÃO NERI HERMES O entrevistado da semana, Sebastião Neri Hermes, filho dos saudosos Pedro Firmino Hermes e Julieta Zanchett; natural de Abdom Batista,Campos Novos, aos 20/01/55. Cônjuge Nelci Raittz (in memoriam); três filhos: Gabriel, Rafael, Michelangelo Samuel. Chefe Operacional junto à Fundação Municipal de Esportes. Torce para: Grêmio Portalegrense

Quais são as lembranças que você tem da sua infância ?
Os brinquedos inventados por nós mesmos, jogar bola … estudar e rezar com luz de vela e de lampião à querosene, buscar o boi de canga no potreiro; no forte frio de inverno caminhando á pé no chão sobre a geada e no orvalho, muitas vezes o boi estava deitado no meio do mato, quado levantava nós esquentávamos os pés no esterco, pois estavam congelados... não tínhamos calçado; quando lavrava a terra para plantar o trigo, a terra era quentinha, ir trabalhar para os vizinhos, montado no cavalo, que puxava a carpideira na lipa das plantas (maquina da época...) trabalhava de graça....e ressalte-se, a partir dos 7 anos.

Você tem amigos da infância ainda?
Muitos, a maioria primos do sitio.

O que sente falta da infância?
A Liberdade,”inocência era um mundo sem maldade,uma vida simples do interior ….

Quando você era criança queria ser adulto?
Sim, queria ser igual ao meu Pai

Em que sonhava ser quando era pequeno?
Tenho pouca lembranças pois não existia televisão, sem influencias, lembro que uma manhã quando acordei fui na cozinha papai e mamãe tomando chimarrão ao redor do fogão, me abraçou perguntando se eu queria ser padre, respondi que sim, ele retrucou: “tá bom...”, eu sai feliz da vida, fui no terreiro trepei na mecheira rezava e cantava... isso passou...

Neri no último desfile da Fenarreco (2012).

Como foi sua Juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Muito simples, poucas opções: Jogar bola, dançar, baile e matines, festas de igreja...

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a infância e juventude?
A copa do mundo de 70, acompanhava só pelo radio a bateria, ainda ecoa em meus ouvidos a narração da radio Gaucha ...Jairzinho, passa para Pelé … eu tinha 15 anos, estava num torneio de futebol na capela de N. Sª do Rosário, em Anita Garibaldi SC; eu jogava no time de adulto – no ”canarinho dos Hermes”, uma radio enorme ao lado do campo com todo volume, uma emoção total...eu jogava de zagueiro batia com as duas....

Pessoas que influenciaram?
Recebi influências de meus Padrinhos e o do Padre Ary Long e no tempo de Padre, o Pe. Vilson Groh.

Quais escolas frequentou?
Frequentei a Escola Isolada São José em Abdon Batista, só até a quarta série do Primário. Não tive oportunidade de continuar os estudos, como tiveram os demais meus irmãos; desde cedo tive que ir trabalhar na roça; só conseguir retornar aos bancos escolares depois dos 22 anos; nos idos de 1975, fiz um curso de torneiro mecânico no Senai, em Lages. Depois estudei a quinta série no Colégio São Judas Tadeu, também em Lages, todavia, não me sentindo bem no meio das crianças e para não desistir me aconselharam a fazer o supletivo.

Seguiu o conselho?
Sim, então procurei o Colégio Diocesano, fiz o primeiro e o segundo grau, tendo concluído em junho de 1981. Nessa oportunidade, recebi convite para ir no Seminário para me preparar junto aos seminaristas para o vestibular já com a intenção de ser Padre; o Bispo Dom Honorato Piazera me fez esse convite

Aceitou o convite?
Deixei a mecânica para trabalhar de Sacristão com o Padre Ary; fiz o vestibular na área de estudos sociais, na Febe, em Brusque; iniciando em fevereiro de 1982, no Seminário Sefisc, na Nova Brasília.

Algum fato marcante nessa época?
Com o estudo do supletivo cheguei na faculdade com muitas dificuldades, no segundo ano, numa prova final de lógica, o Padre Professor Canísio mandou me retirar, pois na minha carteia ele viu um rascunho, semelhante a uma “cola”, constituindo numa grande injustiça.

Por quê?
Tinha passado a noite estudando para a prova, não havia razão para ir com “cola” submeter-me a prova; vim para casa com uma decisão queria ser Padre, mas não iria voltar para essa faculdade; peguei na biblioteca, o livro das confissões de Santo Augustinho e por dois dias trancando no quarto li e meditei, sai a mil e fui falar com o Reitor Professor Orlando Maria Murphy da minha ideia de ir estudar teologia em Florianópolis, ele gostou da minha intenção e disse que iria falar com o Bispo. Convocou todos os Bispos do Regional e debateram sobre as vocações adultas que podiam fazer licenciatura – isso é em dois anos em vez de três, aprovaram e oficializaram; têm muitos colegas que foram beneficiados diante disso, só que eu até hoje não oficializei a minha faculdade, minha intenção primeira em voltar a Brusque em 2008, também para isso, ideia que ainda permanece viva.

Como era a escola quando cursou o Primário?
Muito simples, minha prima era professora – Terezinha Hermes – e as aulas eram lecionadas na casa do pai da professora. No frio do inverno, estudávamos ao redor do fogo de chão; gostava de no caminho da escola ir à pé, no chão, quebrando gelos das poças d'água que congelavam com a geada que pareciam vidro; no recreio jogava bola de borracha, que ficava as marcas nos pés, tenho até hoje, o dedinho destroncado, que incomoda até no calçado - que para não apanhar não contei para os meus pais que machuquei

Quais eram suas piores e melhores matérias?
Tinha facilidade na matemática e encontrava dificuldade no Português.

Neri.

Atividades de que mais gostava?
Futebol, correr, pular, jogar bolinha de gude, caçar passarinho com estilingue (popular funda), e pescar.

Como surgiu a religiosidade em sua história de vida?
Já comentei, mas o ambiente familiar, pai muito religioso...

Quanto tempo permaneceu como Padre?
Durante 13 anos. Sendo os dois primeiros anos em Lages, na popular Igreja Nossa Senhora das Graças e depois, onze anos em Campo Belo do Sul

Qual a parábola que você mais gostou de ilustrar nas homílias?
Todas na verdade são fantásticas, mas a que mais me identifico é a do semeador, por ser filho de agricultor por 20 anos nessa lida - o mistério muito grande e profundo... sempre me inquieto: Jesus, faz você ser terra, semente, semeador...

Um homília, para ser cativante deve ser preparada?
Com certeza, muitas vezes ficava tempo meditando, preparando – sermão – me empolgava... não fui mal... virava moralismo. Não tinha espaço para o “Espírito Santo”, fazia, por escrito, na prática saia outra coisa, ouvia comentários... puxa o Padre hoje estava inspirado, eu gostava muito, ver gestos, sinais, pequenos detalhes... fazia ligações... questionava …

Algum aprimoramento bíblico, enquanto sacerdote?
Fiz o curso do CEBI – releitura da Bíblia nos 4 anos de férias - 40 dias, janeiro/fevereiro, e 20 dias em julho, isso me ajudou muito, já era Padre por dois anos, estuda o texto, o contexto e atualizava... assim foi a releitura de toda Bíblia e fazendo relatório....

Já motivou alguma campanha?
Certa feita, motivei uma campanha de alimentos para a próxima missa; um “menino de rua”, apareceu na casa paroquial, antes de eu ir para a Igreja celebrar: 100 gramas de farinha de milho para a campanha; fiz dele um coroinha, pelo milagre do seu engajamento, sacudiu o povo com seu gesto – que pecado dois anos depois faleceu atropelado! contudo, comoveu-nos!

Qual o maior desafio que enfrentou?
Em assumir quando o convite era sumir. Minha decisão foi deixar o trabalho para Igreja instituição, o juramento que fiz e seguir a missão, quando fui ordenado Padre, ou seja, de defender a vida, que é a causa de Jesus Cristo, pois o celibato não é maior do que o sacramento, o celibato é uma lei da Igreja e isso se perde, também, outro desafio foi de colocar em prática a missão que eu escolhi ao ser ordenado Padre: de fazer o bem diante de uma sociedade injusta, sem ética; antes, durante e depois de ser Padre, sacramento permanece para sempre, meu desejo ainda é ser Padre...

Algum motivo especial para abandonar a batina?
Romance amoroso por seis anos, a mulher trabalhava na casa paroquial, nossa convivência era mais do que irmãos, isso virou amor definitivo...

Aconteceu antes de largar a batina? Como enfrentou a situação?
Sim aconteceu antes quando ainda era Sacerdote. Enfrentei a situação de frente e com isso o pessoal que ficou, inicialmente, contra, depois, aprovou eu ter assumido a paternidade e oficializar a união com Nelci. Esse ato resultou no nascimento dos gêmeos: Gabriel e Rafael.

Houve alguma injustiça?
Tive algumas injustiças mas foi quando era vereador.

Vereador?
Sim, na legislatura 2004/08, em Campo Belo do Sul.

Fato marcante da passagem pela Câmara de Vereadores?
Fato marcante e crucial: na região foi implantada muitas barragens, um movimento muito grande de reassentados no Município; o impacto das culturas foi inevitável... Minha própria família foi atingida um motivo maior para me envolver, os embates na Câmara de vereadores não tinham como ser evitados, era eu contra oito. Campo Belo do Sul, município com grande latifúndio, terras improdutivas, caíram nas mãos do Incra... com meu trabalho de Padre, por 11 anos ali (e tive por dois anos em Lages), conhecia de canto a canto, virei informante para o Incra, muito tranquilo fornecia as informações solicitadas.... só que sobrou pra mim... Numa decisão da Reforma Agraria, as terras do sogro do ex Prefeito, foram destinadas aos Sem Terra, em 13. 01.2008, os sem terra chegaram na região, tudo recaiu pra mim como “mandante” que era decisão minha, e não da sonegação.

E na sequência?
Eu dizia: “de quem é a culpa?” aonde sou culpado?, mas não teve como evitar...resultando em ameaças de morte para mim e para meu filhos, apedrejaram minha casa...não podia mais andar na rua tranquilo, olha foi um ano para jamais esquecer; ai me “mudei de novo, mas não mudo”.

Teve alguém que levantou a mão por você?
Um certo dia o empresario, Sr. Emílio, meu amigo – inclusive, o Emílio me financiou duas viagens para Congressos em Brasília - numa das visitas que fez em minha casa observou meu sofrimento, e disse-me:” Neri por que você não volta ser Padre?...na Politica, os políticos não tem ética”. Refleti e aceitei o conselho desse grande amigo; pensei em Brusque – isso foi em 02.12.08 - Voltei no Sefisc, deixei, meu currículo para o Paulo Roberto Eccel, que já estava eleito, conheci-o quando era Deputado, muitos de seus projetos levei .... Voltei de mudança dia 29.12.08, participei de todo inicio do mandato, me inscrevi no teste seletivo, e no dia 03.03.09, fui chamado e,destinado para atuar na área do esporte, creio que sou um dos mais gratos, ao companheiro Paulo, Prefeito, por tudo. Hoje olho para trás, me alegro por estar aqui, aonde sou valorizado, tenho liberdade de ser eu, sei que mais aprendi do que ensinei, assim vou levando a vida, criando educando meus filhos sempre com ajuda de muitos; por onde vivi e estive, sempre inquieto pela causa da Fé e Vida.... (Prometi; que Não ia mais me envolver com Religião – Pelítica – e Terra...).Hoje já estou super envolvido com o tripé novamente...o “chamado” e a “Missão” não me abandonam... Creio que como o Profeta Jonas, quando penso em estar tranquilo, e querer me acomodar, algo de conflito aparece. É assim que levo a VIDA.

A aplicação do Projeto da “missão de Padre na Política” em Campo Belo do Sul em comparação com Brusque?
Meu desejo como vereador era continuar a “missão de Padre na política”, lá em Campo Belo do Sul não foi possível, estava só, e aqui com o Prefeito Paulo e Farinha o projeto participativo do reino de Deus, defendendo a vida com justiça, combatendo as injustiças e a corrupção levando o cidadão a ser político e não analfabeto político, tenho campo para a semeadura. A política é arte de fazer... fazer e o político deve fazer e comandar sempre atento e prudente , pois o Judas sempre está presente.

Daria para separar o Neri jovem... Neri Padre...Neri Político?
Não da para separar... Neri jovem, Neri padre, Neri politico. Contudo sou um cara 100% desportista.

Já que falou em esportes, como foi sua participação esportiva?
Sempre liderei, um time, no tempo de estudo...era responsável, pelo time tempo mais forte e marcante foi em Floripa; no trabalho de Pastoral, no Morro do Horácio e penitenciaria meu trabalho de Fé e Vida foi através de um time de futebol, que conquistei, todas as famílias, no inicio fui proibido por umas mulheres da capela São João da Agronômica (Neri não vá no Moro do arrisca vida). Eu disse;mas é la que devo ir,conquistei junto com eles o campo do abrigo na beira mar (neste campo fui Ordenado Diácono no dia três de maio de 03.05.87

Como foi a subida ao morro?
Este ato foi pra evitar troca - perda desta área de lazer que era dita como nobre...é só olhar atualmente, o que é ao lado os prédios, que existe,no espaço oferecido em troca... dizia se aceitar sair daqui, vamos ficar sem nada... nestes morros, fizemos um trabalho de legalização do titulo da terra para 900 famílias ...na época do Governo Amim...(foi reservado um chão para Igreja e para o “Padre Neri” assim erá chamado), depois eu e mais três seminaristas de Joinville, no período de férias, construímos uma meia-água (mas no fim o meu Bispo não me liberou morar lá.... Logo depois, deixei com eles este espaço,e houvi um clamor na beira mar ...quando meditava caminhando sobre deixar o serviço no Morro, ouvi uma discussão,me aproximei, foi ali que o apelo de Deus, vai eu te envio... Iniciei um trabalho ali era 16 famílias, com muita briga...um hidrômetro de água para todos (imagine...) não tinha rua, nem iluminação... Enfim iniciei a pastoral ali, formamos associação, Capela... por fim já eram 32 famílias...Hoje existe a Vila Santa Rosa, é mais uma história... é só certificar junto os que hoje lá estão ainda.... Quem saiu dali foi para um lugar adquirido e oficial …

Procurou em algum momento rever sua fé?
Muitas vezes meditei, revendo minha caminhada Fé x Vida, que tudo isto era politica e da boa, como um apaixonado da Teologia da Libertação, companheiro do Padre Vilson Groh, meu Padrinho de Ordenação, que muitas vezes ter ouvido e participado de seminários com Leonado Boff e Clodoviu Boff, Carlos Drea, Frei Beto, Dom Hélder Câmara e tantos outros teólogos,Quando estudei uma carta de Papa Paulo VI que disse; “a forma mais direta de fazer “caridade” é na política”, dizia que na religião há uma boa intenção, mas é “fé” sem obras... Por isso, este meu jeito de ser e viver: defender a vida, estar aonde a vida for ameaçada, nesta linha foi meu trabalho de Padre, com o poder de padre imagine como eram minhas homilias..., atualizava,preparava sim as homilias mas: com Espírito da Bíblia, e os pés na realidade... Lembro de um dia, fui convidado pra celebrar Missa da posse. Eu disse:”só pode participar se for convidado quem não comprou voto e quem não vendeu”, Ele me disse: você tá loco, é disse; não é um crime? Tudo Bem...Só eu sei... o Final desta Celebração...atualizei as leitura...Meu Deus! Até eu me assustei da reação, isso que peguei leve: Reli as leituras e o Evangelho, para não dizerem que eram minhas palavras, mas não deu para evitar... esse mesmo Prefeito, em marco de 2000, me convidou para ser Diretor de esporte, por ser um “Padre atleta”. Organizei um time de futebol jogava, nos idos de 97 participamos da Liga Serrana no amador; em 98 fomos campeões resultando que foi a primeira vez que um time do interior- nos 50 anos de Liga - chega uma conquista inédita.

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou fez?
Não e sim...

Você tem algum ressentimento?
Às vezes, me veem em mente que ao tentar ajudar minha irmã depressiva ter feito alguma coisa que ela não aceitou; ela e eu sofremos muito pois ela tem um mundo de sentimentos e eu outro

Quais os medos que você teve?
De perder os pais e da guerra mundial, pois eram fatos muitos recentes e que os pais rezavam para Deus livrar.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepção foi perder a minha esposa após três anos (08.02.2003) de convivência; alegrias, foi o nascimento de meus três filhos: Gabriel, Rafael e Michelangelo Samuel.

Grande nomes no esporte, na política, na educação e na saúde?
No esporte, antigamente Rivelino e hoje, Marcelo Cavichiolo; na política, antes Lula, hoje, Paulo Roberto Eccel; na Educação, Paulo Freire; na saúde, minha mãe com seus remédios caseiros.

Quais os pontos positivos da Administração Paulo Roberto Eccel e Evandro de Farias?

Administração popular com total transparência, voltada para os mais necessitados que é a forma do PT governar.

Finalizando, se você fosse recomeçar, faria tudo novamente?
Creio que sim...

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 29/03 a 04/04 de 2013.

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