Osmar Seubert
OSMAR SEUBERT: Filho de Guilherme e Madalena, natural de Aymore, hoje pertencente à Guabiruba, nascido aos 09.06.25. Cônjuge: Nilse, nascida aos 23.07.28; quatro filhos: Guilherme Félix, Gerson, Osni e Maria Lisete; doze netos: Rogério, Adriana, Andréa, Alitusa, Marilse, Jefferson, Gilmar, Evilise, Daniela, Nilse Thaíse, Thomas Evandro e Inácio Júnior.
Como ocorreu a criação do Município de Guabiruba?
Em 28 de abril de 1962, a sessão da Câmara de Vereadores de Brusque, registrou um dos momentos mais marcantes de sua história; convocada para deliberar sobre o projeto do vereador Carlos Boos, que determinava a criação de dois novos municípios, a saber, Guabiruba e Botuverá. Presidida pelo saudoso João Batista Martins, deu o voto de minerva para a criação, já que houve, um empate de 5 a 5 na votação ( Na época a Câmara de Vereadores de Brusque era composta por 11 edis).
Quem integrou a primeira legislatura? E a quem coube a Presidência?
A primeira legislatura era composta por sete vereadores: Érico Truppel, Ervino Dirschnabel, Paulo Kohler, Osmar Seubert, Ovídio Habitzreuter, Licínio Wippel e Guilherme Gartner. A presidência coube a mim.
Quem foi o primeiro Prefeito?
O primeiro Prefeito, nomeado, foi Henrique Dirschnabel (no período de 10.06.62 a 31.01,63) e o Primeiro Prefeito eleito, foi Carlos Boos (de 31.01.63 a 31.01.69).
Quando ocorreu, efetivamente, a instalação do Município de Guabiruba?
A solenidade de instalação do Município, ocorreu em 10.06.62, sob a presidência de Ivo Sell.
Que Partido integrava?
PSD
Nenhum filho/a quis seguir seus passos políticos?
Não, nenhum quis saber de seguir a carreira política.
Qual o maior evento que é realizado no município?
A festa dos motoristas.
Além do Sr., quem presidiu o Legislativo Grabirubense?
O primeiro fui eu, depois da segunda a décima legislatura que é a atual: Érico Truppel, Ivo Fischer, Aniberto Kohler, Silvério Reis, Egon Schweigert, Jorge Luiz Kohler, Osmar Vicentini, Valério Gums e atualmente Márcio Gums.
O que faz Osmar Seubert, hoje?
Aposentado e como recreação cultivo algumas aves e animias.
Referências
- Jornal Em Foco. Matéria publicada em 27 de julho de 2002.
Entrevista Ivo Fischer
IVO FISCHER: Filho de José e Ana Wippel Fishcer, natural de Guabiruba, na época Brusque, nascido aos 25.06.28. São em oito irmãos: Bruno, Odílio, Alfredo, Ivo, Erno, Leonida, Natália e Valéria.] Cônjuge: Tereza Schumacker Fischer, nascida aos 20.03.34, casados aos 10.10.53. Cinco filhos: José Ademar, Roberto, Maria Lindaura, Leonardo e Ilton; treze netos: Chateaubrian, Charles, Joanathan, Jéssica, Jean Carlos, Jenifer, Ivo Fischer Neto, Michel, Maicon, Douglas, Sâmia, Henrique e Maria Lúcia. Vereador na terceira legislatura. Presidiu o Legislativo por dois anos e, Prefeito na gestão 01.01.73 a 31.01.77.Uma palhinha da descendência
José Ademar era casado com Mara da Graça Feller, filhos: Chateaubrian e Charles; Roberto casou com Stela Maris Macarini, filhos: Jonathan, Jéssica, Jean Carlos e Jenifer; Maria Lindaura, com José Paulo Alves, filhos, Ivo neto, Michel e Maicon (Lindaura viuvou e vivia com Márcio Antônio Scheid) ; Leonardo com Sandra Maria da Silva, filhos: Douglas e Sâmia; Ilton Oscar casou com Leonides Lúcia Melani, filhos: Henrique e Maria Lúcia. E o neto Charles casou recentemente com Kênia Martins.
Vida profissional?
Como meus pais era agricultores, trabalhei na lavoura até os 12 anos – eles tinham engenho de farina e tafona – moer milho, depois, trabalhei como alfaiate até obter o benefício previdenciário, idos de 77/78.
Como ingressou na política?
Participava – como ainda gosto – de festas de Igrejas , era alfaiate, tinha um Opel Catete, 39, levava e trazia pessoal à farmácia e médicos, enfim, sempre em atividades. Resultado, fui convidado pelos políticos antigos - da extinta ARENA – e acabei aceitando o convite para concorrer a uma cadeira no Legislativo, tendo obtido 300 votos. Registre-se, que o vereador não recebia nada do Erário.
Trezentos votos redondos?
Sim, trezentos votos redondos.
Algum antecedente político?
Alguns: o tio Henrique Dirschnabel, foi o primeiro Prefeito – nomeado ; o primo-irmão, Arsênio Wippel, foi candidato à Prefeito, tendo disputado com o Carlos Boos e com Aniberto Kohler; o sobrinho Ademir Fischer foi vereador na nona legislatura, e por parte da Tereza, Geroldo Schumacker – primo dela – foi duas vezes vereador.
Como foi a eleição para Prefeito?
Após um sorteio pelo partido disputei com Paulo Kohler e obtive 1504 votos, enquanto o Paulo recebeu – se não falha a memória – em torno de 900 votos.
Seu vice foi quem?
João Baron.
Participou de algum Seminário, Congresso de Prefeitos?
Sim, tenho aqui dois diplomas: Seminário para Prefeito, realizado pelo IBAM, de 06 a 08 de dezembro de 1972 e o Primeiro Congresso de Prefeitos de Santa Catarina, de 05 a 08 de março de 1974.
Principais obras realizadas na sua gestão?
O calçamento desde o Hospital até a divisa com Brusque; abertura da rua de Lajeado Baixo ao Rio Branco e de Guabiruba Sul ao Aimoré. Energia elétrica de Guabiruba Sul até a Planície Alta e de Lajeado Baixo até Lajeado Alto. O terreno da Praça central, da Prefeitura e da Telesc. A rua José Fischer – é a rua que dá acesso a rua São Pedro, que leva o nome de seu pai, José Fischer – e abri as curvaturas e abaixei.
Como é ser Prefeito num município do porte de Guabiruba?
É difícil devido os recursos financeiros. Inclusive, o início foi mais duro, porquanto, ao assumir pegamos uma enchente que, além de deixar grandes estragos, derrubou todas as pontes.
Como era constituído o Legislativo? Presidentes? Relacionamento? Quem governava o Estado? Prefeito de Brusque e Botuverá?
A Câmara era integrada por : Érico Vicentini, Anselmo Boos, Paulo Kohler, Silvério Régis, João Baron, Edelberto Erthal e eu. A presidência da Câmara foi ocupada nos dois primeiros anos por mim e no último ano, pelo Edelberto Erthan. Mantive bom relacionamento com a Câmara. O governador era Colombo Machado Sales. O prefeito de Brusque, era César Moritz e de Botuverá, Sérgio J. Colombi.
Fatos marcantes?
Na enchente que mencionei acima, teve um fato que marcou muito: O General Vieira Lima - na época com 81 anos, veio de Blumenau até aqui e não viu uma ponte, haja vista, as águas terem carregado tudo. Guabiruba não tinha veículos de comunicação e sem recursos para reconstruir-se. O General conversou – juntamente comigo, com os moradores das redondezas, quanto as pontes levadas pelas águas, conseguindo com eles, que refizessem as pontes, e marcasse os gastos – sem explorar – que depois ele mandaria o dinheiro em parcelas (O General mandou o dinheiro? Mandou em parcelas e pagamos todos os agricultores que reconstruíram as pontes.); O bom relacionamento que tive com os Prefeitos: César Moritz, Sérgio J. Colomni e Júlio Vill e com o governador Colombo Machado Sales. O fato de o Calim Renaux se oferecer para intermediar minha administração com o Governo Estadual; O casamento com Tereza e o nascimento de meus filhos e netos; O falecimento do Márcio, companheiro da filha, Lindarua, também marcou muito
Fez seu sucessor?
Sim, apoiei o João Baron e foi eleito, tendo me sucedido na Prefeitur.
Não pensa em retornar à política?
Não, apesar de ser convidado, diversas vezes, não aceito mais. Também estou com 75 anos!
Nenhum filho seguiu seus passos políticos?
O Roberto concorreu na última eleição. Não conseguiu eleger-se.
Uma mensagem aos políticos?
Eu diria para que os políticos procurassem fazer uma administração com respeito e honestidade.
O Brasil tem acerto?
Eu acredito que sim, a esperança é a última que morre.
Referências
- Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 12 de dezembro de 2003.
Entrevista João Baron
JOÃO BARON: Filho dos saudosos Luiz Baron e Thereza Kohler Baron, natural de Brusque, hoje Guabiruba, nascido aos 21.09.40. São em nove irmãos: José Vicente, Francisco, Matilde, João, Alois (in memoriam), Bernardo (in memoriam), Adelina Maria (in memoriam), Nelson (in memoriam –faleceu com um ano e meio de idade) e Antônio (in memoriam – faleceu com, aproximadamente, três anos de idade). Cônjuge: Ilona Schweigert Baron, nascida aos 08.09.43 e casados em 05.09.72. Três filhas: Miriam Terezinha, Marina (casada com Márcio Hulber, o casal tem uma filha: Mariane Thais). Foi Vereador; Presidiu o Legislativo Guabirubense, Vice-Prefeito e Prefeito.Como surgiu João Baron, Político?
Na época trabalhava na Cia Schlosser e era com freqüência convidado a sair como candidato, até que resolvi participar.
Uma palhinha da vida profissional?
Até aos catorze anos trabalhei na lavoura com meus pais, quando então ingressei na Iresa, permanecendo por – aproximadamente – 5 anos; em seguida, fui para a Cia Schlosser, permanecendo por 4 anos, depois para a São José – com Wadislau Schmidt – também , ao redor de 4 anos e, ao mesmo tempo, era vereador. Com a eleição para Vice-Prefeito, fiquei só no cargo político; na sequência fui eleito Prefeito e, em 89/92, fui novamente vereador.
Lembra de quantos votos recebeu em cada eleição?
Sim, para vereador em 77/83, recebi 258 votos, na de Vice-Prefeito, foram 1504 votos e para Prefeito, recebi 1093 votos e 364, na eleição de vereador de 89//92.
De quem recebeu e a quem entregou as chaves da Prefeitura?
Recebi do Ivo Fischer, do qual fui vice, e entreguei ao Guido Antônio Kormann/Valério Luiz Maffezzolli.
Como foi sua eleição para Prefeito?
Disputei com Ladislau Schmidt e com Ednaldo Elias de Souza (MDB)
Que obras ressaltaria da Administração João Baron/Guido Antônio Kormann?
Bom, lembro de algumas: a construção do Hospital, da Prefeitura, a aquisição de dois caminhões, uma máquina e uma ambulância, abertura e retificação de ruas, terminamos a ligação com Brusque – rua Brusque – com paralelepípedos, a construção da Escola Carlos Maffezzolli (Professor Carlos Maffezzolli é citado no livro ‘ Clube Atlético Carlos Renaux –ex Sport Club Brusquense, edição comemorativa, 1960, p.18, escrito pelo Eloy D. Koch e Antônio Heil) e a reforma de outras escolas.
Quem governou o Estado, quando chefiou o Poder Executivo Guabirubense?
Dois anos o Konder Reis e quatro anos o Jorge Bornhausen.
Qual foi o relacionamento com o Poder Legislativo Guabirubense?
Tanto com o Governo estadual, como com o Legislativo Guabirubense tive um relacionamento muito bom. A maioria da Câmara era da Arena, partido do qual estava filiado.
Considerando Guabiruba, um município de pequeno porte, como conseguia os recursos para administrar?
Nunca tive problemas. Sempre tive auxílio estadual e federal. Fui seis vezes à Brasília. O Nelson Morro sempre deu toda atenção a minha administração. Inclusive, quando recebi verbas do Ministro Jair Soares para o Hospital.
Fez seu sucessor?
Sim, meu vice, o Guido Antônio Kormann foi eleito Prefeito.
Fatos marcantes?
Tive alguns fatos que considero importante: Quando Prefeito tive muita contribuição da comunidade guabirubense; o nascimento de minhas três filhas e da netinha; ter encontrado a Ilona, minha esposa e uma grande companheira; a inauguração do hospital , construído naquela gestão. Naquele dia o Governador Henrique Córdova, em seu discurso, emocionou todos os presentes; a inauguração da Prefeitura, também construída na gestão 77/83, oportunidade em que se fizeram presentes: Ivo Silveira , o saudoso Alexandre Merico, Nelson Morro e tantos outros grandes homens públicos e ter presidido o Legislativo Guabirubense.
Algum antecedente político?
Não. Apenas, posteriormente (legislatura 93/96 e 97/00), meu irmão José Vicente ocupou duas vezes a cadeira do Legislativo Guabirubense.
Qual a diferença entre o vereador de 70/73 e o de 89/92, além de na segunda legislatura ter presídio a Câmara?
Na legislatura 70/73, não recebemos nada pelo exercício do mandato; na de 89/92, recebíamos e também, presidi o Legislativo Guabirubense.
O Brasil tem acerto?
Acho que tão cedo não. Já perdi a fé e a esperança. Veja o Lula, tinha tudo para dar certo: foi pobre, operário, durante duas décadas condenou o que se vinha fazendo e está na mesma trilha, tanto que recebeu apoio da maioria dos brasileiros e veja! Acredito que pelo andar da carruagem daqui a uns três a quatro anos a coisa irá ficar tão ruim... mas tão ruim!
Pensa em retornar politicamente?
Não mais.
O que faz João Baron, hoje?
Estou aposentado há uns 12 anos, cultivo algumas verduras, cuido de uns animais e gosto de passear.
Referências
- Matéria publicada em 23 de janeiro de 2004.
Guido Antônio Kormann
GUIDO ANTÔNIO KORMANN: Filho dos saudosos Waldemar e Maria Kohler Kormann, natural de Brusque, hoje Guabiruba, nascido aos 31.07.42. São em sete irmãos: Eolina, Esmalda, Alcides, Guido Antônio, Mariana, Dário (in memoriam) e Juvelina. Cônjuge: Bernadete Maria Boos Kormann casados em 19.11.66. Dois filhos: Marciana (Vanderlei Fagundes) e Agnaldo Luiz (Ana Moresco); quatro netos: Carolina (Marciana), Luiz Antônio e Carlos Alexandre (gêmeos), André Felipe (Agnaldo Luiz). Torce para o C.A. Carlos Renaux, hoje Sport Club Brusquense e Vasco da Gama.Como foi sua infância e juventude?
Trabalhava na lavoura com meus pais, cursava o primário na Escola João Boos, depois fui para o Colégio Santo Antônio - registre-se, ia diariamente, de bicicleta daqui do centro de Guabiruba - em seguida fui para o Seminário em Rio Negrinho e, finalmente no Seminário em Corupá. Na juventude, após sair do Seminário ia dançar, namorar
Primeira professora?
Ida Silva Debatin
Partido?
Sempre na mesma linha: UDN/OSD/PP, mesmo partido, que mudava a sigla.
Atualmente o eleitor vai mais pelo partido ou pela pessoa?
Acho que é mais pela pessoa.
Como é ser Prefeito de uma cidade com o porte de Guabiruba?
Realmente para ser Chefe do Executivo de um município com o porte de Guabiruba não é fácil; os recursos são poucos... mas controlando bem dá para fazer uma boa administração, registre-se que mesmo com dificuldades, todos os ex Prefeitos fizeram boa administração.
Foi Chefe do Executivo em duas oportunidades, a segunda com a experiência foi melhor?
Sim, fui Prefeito nas gestões 1983/88 e 2001/04; na primeira gestão tivemos a enchente de 83, mais precisamente em 17.12.83, que varreu o município, foram 16 pontes, as estradas ficaram na pior, prejuízos incalculáveis, a Cometa, Fiação Triunfo, Kohler e Cia, na própria Prefeitura. Já na segunda gestão foi mais tranqüila, já dispondo da informática, facilitou o controle da frota municipal, com controle de quilometragem dos veículos e de horas máquina do maquinário, também, com o aumento populacional, hoje Guabiruba conta com 15 mil habitantes, desfruta de uma fatia melhor no FPM –Fundo de Participação dos Municípios. Na área educativa construímos várias Escolas, Postos de Saúde, pavimentamos inúmeras ruas, saliente-se que hoje está tendo continuidade na Administração Origes/Martins.
Como foi o relacionamento com a Câmara, nas duas oportunidades?
O relacionamento nas das oportunidades foram muito proveitosas, com aprovação dos Projetos encaminhados à Casa Legislativa, todos visando o bem estar da população.
Concurso Público e Licitação, ajudam ou atrapalham o administrador público?
Concurso tem o lado bom e o ruim. Partindo-se do ponto que trabalha-se com o dinheiro do povo, alguns funcionários ao se tornarem estáveis deixam a desejar – tem os bons evidentemente – e diferentemente de uma empresa privada, o município fica pagando um servidor que é improdutivo. Deveria ser idêntico a uma empresa privada. Considero a Prefeitura mais que uma empresa, haja vista o dinheiro ser publico. Quanto a licitação, também, às vezes é positiva, outras não, inclusive, vale lembrar, que há jogo entre os próprios fornecedores.
Por que não concorreu no último pleito?
Foi mais em virtude de tratamento de saúde.
Tem parentesco com Orides Kormann?
Temos parentesco pelos dois lados, meu e da Bernadete. A mãe de Orides –Renate - e minha mãe eram primas-irmãs e meu pai e o pai do Orides – Harry – também, eram primos- irmãos.
Nunca pensou em integrar o Legislativo?
Não, mas minha esposa, a Bernadete foi vereadora na Legislatura 1997/2000
Uma palhinha da vida profissional?
Iniciei na tenra idade na lavoura com meus pais; fui para o Seminário; trabalhei dois como ferreiro, com Valdeci Pozzi, aí fui para a empresa de Força e Luz, que mais tarde foi incorporada pela Celesc até 1994, quando obtive o benefício previdenciário. Na primeira gestão não recebi pagamento da Prefeitura e sim da Celesc, já que era funcionário dela. Depois da aposentadoria trabalhei com meu genro Vanderlei Fagundes, no ramo de Malharia- Fine Colection – até assumir como Prefeito 2001/04.
O que faz hoje, Guido Antônio Kormann?
Estou tratando de minha saúde, curtindo praia e meus netinhos.
Grandes nomes?
Entre outros, destacaria os empresários Pedro Schmidt, Paulo Kohler (in memoriam), Armando Maffezzolli, Juliano Schulemburg, Leopoldo Rieg e os empresários do Carol e da Archer, o médico Luiz Moser, e na área educativa, a irmã Jareti e Osnir Schlindwein.
A Administração Municipal?
Acho que está indo bem, está sendo realizado um bom trabalho.
O Brasil tem acerto?
Tem, apenas o povo deve escolher bem seus representantes que administram nosso país. Outra coisa, as emendas individuais e coletivas dos parlamentares alimentam a corrupção, os repasses de tais verbas deveriam ser ao próprio município.
Ciro Marcial Roza?
Ciro é corajoso, divulgou muito bem o Município de Brusque com obras notáveis, principalmente no Centro de Brusque, o que falta é apenas dar um pouco mais de atenção para o interior do Município.
Quem tem condições de concorrer ao Executivo Guabirubense nas próximas eleições?
Preferia não citar nomes, mas Guabiruba dispõe de muitos nomes capacitados para administrar o Município.
Pensa em retornar a vida política?
Não penso efetivamente em retornar, evidentemente que o Partido e o Diretório pressionam o candidato que sabem que tem chance de vitória, mas nem concorri no último pleito para tratar de minha saúde... em princípio não penso em retornar , todavia, não digo que jamais retornarei.
Referências
- Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 30 de junho de 2006.
Valério Luiz Maffezzolli
VALÉRIO LUIZ MAFFEZZOLLI: Filho de Damião Maffezzolli e Leonida Kormann Maffezzolli; natural de Brusque, hoje Guabiruba, nascido aos 01.11.48. São em sete irmãos: Valério Luiz, Nívea Maria, Valmor Carlos, Vilson Leo, Nirma Clara, Ismar e Rosana. Cônjuge: Deonilda Germann; dois filhos: Luiz Fernando e Janaína; um neto: Marcos Fernando (Luiz Fernando e Cirlene Farias Kormann). Torce para o S.C. Brusquense, Palmeiras e Vasco da Gama.
Como foi sua infância e Juventude?
Minha infância e juventude foi como o da maioria das crianças e jovens de minha idade, com muito trabalho, muita dificuldade; tinha como lazer: caçar com gaiola, e estilingue, pescar, jogar futebol e ir à escola, sendo que o Primário cursei na Escola João Boos, o pré, no Santo Antônio e o ginasial no Colégio São Luiz.
Posição que atuava quando jogava futebol?
Sempre na zaga.
Como conheceu a Deonilda?
Conheci a Deonilda numa das festas do Colono, em Itajaí.
Como ingressou na política?
Meu pai, Damião, e o Ovídio Habitzreuter eram filiados ao PSD – depois Arena, acabei ingressando, também, no partido; dizem que “o fruto sempre fica perto do pé”.
Uma lembrança da Posse?
Foi que meus pais, Damião e Leonida e, meus avós, os saudosos Léo e Clara participaram de minha posse como Prefeito.
Hoje o voto é pelo Partido ou na pessoa?
Atualmente está sendo mais pela pessoa.
Foi vereador, Vice-Prefeito e Prefeito?
Sim, fui vereador por seis anos na gestão do Prefeito João Baron, tendo ocupado a Presidência da Casa Legislativa por dois anos; Vice-Prefeito na administração do Guido Antônio Kormann e Prefeito de 89 a 92, tendo como vice, o Egon Schweigert.
Quem antecedeu e quem sucedeu sua administração?
Meu antecessor foi o Guido Antônio Kormann e fui sucedido pelo Orides Korman.
Destaques de sua assessoria?
Entre outros, lembro bem de Jorge Luiz Kohler (financeiro), Carlos Dirschnabel (assessoria e saúde), Airton Diegoli (obras), Osvaldo Kormann (fiscal de obras), Vanete Comper (educação), Roberto Fischer (contabilidade), evidentemente, que tive outros assessores que tiveram importância na Administração Valério Luiz Maffezzolli/Egon Schweigert, mas que no momento, não lembro os nomes, todavia estendo o reconhecimento a eles também.
Concurso Público e Licitação auxiliam ou atrapalham o administrador?
Quanto a Concurso Público, claro que pensando em qualidade é importante, contudo, dificulta em escolher pessoas que tenham o perfil político do administrador, já quanto às licitações, acho necessárias para reduzir as fraudes.
Administração Ciro/Dagomar, Moacir/Táia?
Ciro/ Dagomar contribuem muito para o progresso de Brusque, quanto ao Moacir/Táia, admiro o trabalho impregnado pelo Moacir, muito esforçado, considerando os recursos financeiros atinentes a um município com o porte de Botuverá.
O Brasil tem acerto?
Tem acerto, desde que se coloquem governantes sérios e que os congressistas elaborem leis sérias e que sejam cumpridas.
O que faz Valério Luiz Maffezzolli, hoje?
Hoje, administro a empresa CTG Malhas Ltda.
Lazer?
Tenho um sítio, onde me dedico muito, gosto de assistir futebol e também, acompanhar a família à praia.
Finalizando, pensa em retornar à vida política?
Não, definitivamente não.
Referências
- Entrevista publicada em A VOZ DE BRUSQUE, no semana de 29/08 a 10 de setembro de 2006
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Entrevista Orides Kormann
Como foi sua infância e juventude?
Minha infância foi muito boa, tivemos uma educação severa por parte dos pais, graças a Deus, saliente-se que é o que falta hoje para nossa juventude. Na juventude, pratiquei esportes, trabalhei na roça, tendo aos 14 anos ingressado na Iresa –Têxtil Renaux, onde permaneci até aos 18 anos, quando fui para Alemanha.
Como conheceu a Angelika?
Conheci a Angelika na Alemanha, na época que estive lá.
Como ingressou na política? Teve algum antecedente ?
Não tive antecedentes políticos, foi a concretização de um desejo que nutri desde minha infância, sempre querendo o melhor para minha cidade. Bem me lembro, que aos 12 anos, já alimentava curiosidades sobre as dificuldades enfrentadas por um Prefeito.
Quais as maiores dificuldades em administrar um município do porte de Guabiruba?
A maior dificuldade, na atualidade, é que tem muita imigração e com o município crescendo rapidamente, surgi, forçosamente, problemas de infra-estrutura e tem-se que enfrentá-los com os parcos recursos financeiros disponíveis.
A rodovia Brusque/Guabiruba deve sair do papel?
Sai! Com toda certeza, inclusive, hoje 07 de fevereiro, estou indo ao Governador para acertar detalhes.
Grandes nomes em Guabiruba? Algum reconhecimento em especial?
Entre outras, citaria: os ex-Prefeitos, que muito contribuíram para o desenvolvimento de Guabiruba, o Padre Pedro, apesar de ter sido transferido recentemente, reconheço a importância dos empresários em geral, que contribuem para o crescimento do município, e aos meus pais e, igualmente os amigos em geral.
O Sr administra o município novamente, Dr Luiz Moser ao entrevistá-lo disse que no segundo mandato, um Administrador pode ser mais eficaz ainda, como resultado da experiência adquirida, confere?
Confere na integra, a experiência é bem maior, facilitando a administração do município de uma forma em geral.
O que um Prefeito espera de um Secretário Municipal?
O Secretário Municipal tem que ser de confiança, trabalhar em sintonia com a estrutura administrativa e, sempre procurando o melhor para o município, norteado pela qualidade no atendimento e no serviço prestado.
Se dispusesse de verbas suficientes, o que faria para Guabiruba?
Pavimentaria todo sistema viário do município, ressalte-se , um desejo meu e uma necessidade para os munícipes, contudo, mesmo com recursos financeiros limitados, pretendo pavimentar as ruas principais.
A Lei de Licitações? Exigência de Concursos Públicos? São instrumentos eficazes ou entravam à Administração ?
A Lei de Licitações é necessária para o controle da administração, todavia, contribuem em prejuízo da qualidade; veja bem, na maioria dos casos, o menor preço não está diretamente ligado a maior qualidade da prestação de serviço, da obra; quanto ao certame público – concurso – é bom, necessário, entretanto, em muitos casos, quando o concursado, torna-se servidor efetivo, acomoda-se, não produzindo o necessário para bom funcionamento da máquina administrativa, registre-se, em prejuízo na qualidade de atendimento ao cidadão... à população.
Acha correto a coleta de lixo ser cobrada pelo preço de praia?
Não, acho injusto, porque nos interiores o poder aquisitivo do cidadão é muito inferior aos praticados nas praias e até produzem, muito menos lixo.
Guabiruba era o reduto de grandes equipes amadoras, tais como: Aymoré, Guabirubense e 10 de Junho, o que aconteceu não há mais a alegria das manhãs e das tardes de domingo?
Temos ainda diversas equipes: Cruzeiro, que era o antigo Aymoré, o 10 de junho, Olaria, São Pedro.... só quem acabou mesmo com o futebol foi a equipe do Guabirubense.
Botuverá lançou seu jornal municipal, é por aí?
Acho que é interessante para o município divulgar seus atos e, por outro lado, a publicidade é um dos requisitos dos atos administrativos e, mais, acho que todo meio de comunicação é importante, notadamente os jornais.
Prefeito, no corredor que dá acesso ao seu gabinete estão expostos diversas pinturas de Cláudia Rieg Baron é a valorização da profissional guabirubense?
Sim, uma artista da qual os guabirubenses se orgulham, com pinturas admiráveis, que merecem ser divulgadas e apreciadas.
Finalizando, uma palhinha da vida profissional
Quando retornei da Alemanha, com praticamente 26 anos, fui trabalhar na Eletro-Aço, em Blumenau, como metalúrgico; após 4 anos vim trabalhar na manutenção mecânica, como auxiliar de encarregado, na Cia Schlosser; aos 36 anos coloquei uma fábrica de tabuleiro para tecido, tendo em 88, disputado o pleito municipal em Guabiruba, oportunidade em que saiu vitorioso o Valério Luiz Maffezzolli. Continuei com a empresa e trabalhava no Restaurante de meu pai. Em 92, concorri e venci as eleições municipais, tendo sido prefeito na gestão 93/96; na vida privada, continuei tocando o Restaurante em Brusque e o Açougue Carnes & Cia, em Guabiruba. Em 2004, novamente submeti ao sufrágio popular e fui eleito Prefeito Novamente. Além de Prefeito, ajudo na Direção do Restaurante, no qual minha esposa Angelika administra com muita eficiência.
O Brasil tem acerto?
Tem! Falta administrador sério, um presidente voltado para as necessidades da população, que cumpra as promessas de campanha e corte a corrupção.
Lazer?
Além de trabalhar, sou sócio em alguns clubes: Guabirubense, no Olaria e no 10 de Junho.
Referências
- Matéria publicada em 11 de março de 2006.
Entrevista Luiz Moser
Filho de José e Waldemira Moser, natural de Ascurra, nascido aos 16 de junho de 1965; são em 10 irmãos: Antônio Waldemar, Pedro, Jaci Terezinha ( in memoriam), Maria, Iracema ( in memoriam), Divanir, Iraci, Terezinha, Enetina e Luiz. Cônjuge: Lenita Depin Moser; dois filhos: Luiz Gustavo com 17 anos e Luiz Henrique com 15 anos.Como foi sua formação acadêmica?
Formei-me na UFSC em Florianópolis no ano de 1983.
Resumo da vida profissional
Iniciei minha vida profissional em Dom Joaquim, no Hospital, onde o Dr Antônio, na época , era o Diretor Clínico do Hospital. Agradeço muito a ele pelas conquistas alcançadas. No dia 16.96.84 comecei a trabalhar em Guabiruba, onde continuo até hoje.
Clínica Geral ou especialidade?
O Brasil precisa de médico generalista, de médico da família.
Os avanços tecnológicos e a Medicina?
A Medicina é uma área onde os avanços tecnológicos se fazem necessários, a cada dia que passa. E nessa área estão acontecendo de uma forma extraordinária.
A globalização e a medicina?
Avanço tecnológico, globalização e informação – tripé que fazem parte da nossa era, século XXI.
Fumar faz mal?
Fumar faz mal profundamente, inclusive para quem está próximo do fumante.
Se não fosse médico?
Se não fosse médico, sendo filho de agricultores, talvez seria agrônomo.
Como foi a administração no Executivo de Guabirubense? A relação com o Legislativo? E as ações de governo?
Foi um aprendizado importante. A relação com o Legislativo foi boa, um pouco conturbada no início. Meu trabalho como Prefeito se baseou muito em prevenção, mormente na área de saúde.
Pensa em sair novamente candidato? Acredita nos políticos?
No momento não tenho mais intenção de ser candidato e não acredito nos políticos de Brasília, nas quatro vezes que estive na Capital Federal, como Prefeito fiquei muito decepcionado com nossos políticos. Ressalte-se que o governo federal municipaliza só os problemas e o dinheiro que é bom fica centralizado em Brasília, por isso acontece tanta falência.[
Já tinha lido a COLUNA DEZ?
Já tinha lido, inclusive, parabenizo você e sua equipe.
A administração de Guabiruba está no caminho certo?
Acredito na administração de Guabiruba, pois o Orides já tem sido Prefeito, é uma pessoa que tem experiência de administração pública, já sabe, pelo menos, o que não fazer, e isso é muito importante.
Como vê a administração Ciro/Dagomar?
O melhor termômetro para se avaliar uma administração está com o povo. E pelo resultado da última eleição podemos constatar que o povo está contente com a atual administração, e eu, pessoalmente, acredito na administração Ciro/Dagomar.
O Brasil tem acerto?
Se o governo e os políticos não atravancarem aí sim.
O que faz Dra Luiz Moser, hoje? Profissionalmente e como lazer.
Profissionalmente trabalho em Guabiruba e Brusque e estando com pouco tempo para o lazer.
Referências
- Jornal A VOZ DE BRUSQUE. Edição de 02 A 09 de setembro de 2005.
Cesário Martins
CESÁRIO MARTINS: Nosso entrevistado da semana é o Vice-Prefeito de Guabiruba Cesário Martins, um empresário vencedor – empresário bem sucedido, nascido em Brusque, hoje Guabiruba em 1959. Filho de Evaldo Martins e Angela Régis Martins; casado com Maria Helena Martins ( minha companheira, minha base familiar). Três filhos: Poliana, Paulo César e Matheus (Meus tesouros, em que ensino e repasso todos os dias de minha vida os valores e forças para vencer os desafios), torço para o Palmeiras e para o Botafogo.Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Lembro com muito carinho de meu pai e minha mãe.
Sonho de criança?
Gostaria de ser jogador de futebol, pela paixão que sempre tive pelo esporte. Mas a vida foi me mostrando outros caminhos onde também me realizo. A história da minha vida é de uma vitória atrás da outra, graças a Deus e as pessoas que me ensinaram, minha família, meu fundamento, meus pais. Minha esposa Maria Helena. Minha paixão. Meu Amor. Minha companheira. Ela me orienta. Tenho muita confiança nela. Mãe dos meu filhos, meus maiores patrimônios.
Como foi sua juventude?
O que você mais gostava de fazer para se divertir? O que mais gostava de fazer era pescar nos ribeirões e jogar futebol. No domingo, gostava, como ainda gosto, de ir à Missa .
Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Quando o Brasil conquistou o tricampeonato mundial em 1970. Foi um fato marcante porque assistimos a grande final na casa de meu pai onde havia a única televisão do bairro Lageado Baixo. Foi um momento inesquecível porque comemorávamos muito e isso nos trouxe muita alegria. A Festa era única na nossa casa porque era a única TV onde aqueles que assistiram não esquecem mais. Outro fato marcante foi a fundação da Tecelagem Martins, nossa empresa, em l971. Comemoramos 40 anos de muito sucesso sendo uma empresa conhecida nacionalmente, destacando Guabiruba pelos mais variados lugares do Brasil. A essa história dedicamos ao nosso pai que foi o grande fundador. Pessoa simples, mas seu idealismo era grande. Com ele muito tudo começou lá, e hoje desfrutamos de uma felicidade familiar de muito trabalho com todos os meus irmãos. Antes meu pai era lavrador. Nos finais de semana sera o barbeiro do bairro. Tudo para obter recursos para sustentar nossa família.
Pessoas que influenciaram ?
As pessoas que mais me influenciaram foram os meus pais que me ensinaram os fundamentos do caráter e da vida. Me ensinaram os valores da vida. Isso aprendi e não abro mão. Por isso, além de muitas vitórias que já conquistei em minha vida, essa é a maior, de ter um pai e uma mãe como eu tive. Tudo na minha vida, passa pelos seus ensinamentos , por isso sou um vencedor.Minha Esposa Maria Helena - ATRÁS DE UM GRANDE HOMEM, SEMPRE TEM UMA GRANDE MULHER Minha esposa, como citei o início da entrevista. A ela dedico minha vida. Ela me inspira a lutar e a cuidar da minha família. Quem cuida da sua família ergue o maior patrimônio da sua vida. Quando ela pode, me acompanha nos eventos. Com a Maria Helena, continuo a construir aquilo que recebi de meus pais. Valores. O ditado sempre diz. "Atrás de um grande homem, sempre tem uma Grande Mulher".
Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
Tinha muita dificuldade, principalmente no acesso do meu bairro, ao centro as estradas eram péssimas. Fato que hoje nem se compara. Ninguém e nunca se imaginava que teríamos o tapete preto nesta estrada. Aliás, eu e o meu companheiro Orides quando assumimos já tínhamos em nosso plano de governo e esta obra está concretizada há mais de quatro anos. Nos anos seguintes , passava AINDA mais dificuldade, pois tinha que ir até o Colégio Honório Miranda. Tinha que andar 3km até chegar ao ponto de ônibus. Mesmo assim não desanimei. Minha vida era um obstáculo vencido atrás do outro.
Formação escolar desde o início dos bancos escolares?
Primeira professora: Lembro com muita saudade de minha primeira professora, saudosa Jerônima Zancanaro e outros grandes professores Edinalte Elias de Souza, Irmã Josette e Rogéria Fischer, esposa do nosso atual controlador interno da Prefeitura Vilimar Fischer.
Como surgiu a veia política?
Um Convite do saudoso ex-prefeito João Baron.
Ocupou a vereança?
97 a 2000 quando fui presidente da Câmara em 2000 e lá fizemos um governo onde buscamos várias parcerias.
Quais os pontos positivos da atual administração de Guabiruba?
Além de milhares pontos positivos que temos, esta parceria com o atual prefeito de Guabiruba Orides Kormann onde fui e ainda sou vice-prefeito por dois mandatos consecutivos.
A Câmara vem dando o respaldo necessário p/ Administração?
Sim. Todos os projetos que enviamos à Câmara de Vereadores de Guabiruba foram aprovados. Isto porque os projetos foram todos de caráter social e comunitário. Por que o trabalho da Câmara é fundamental para o nosso governo. Nos dá embasamento que estamos fazendo a coisa certa. Todos os projetos foram aprovados.
Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Algo que você apostou e não deu certo? Tudo na vida que apostei, deu certo. Me considero um vencedor que com muito esforço, dedicação e sendo guiado pelos valores de meus pais, passei por muitos desafios.
O que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de fazer?
Fiz tudo e vou fazer ainda mais. Se a história me permitisse, gostaria de ser ainda jogador de futebol. Quando eu trabalha na Fábrica de Tecidos Carlos Renaux de 78 a 89, lá eu jogava no do Vovô do Futebol Catarinense, Clube Atlético Cônsul Carlos Renaux, disputando campeonatos amadores.
O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Formação de valores e profissional que eu aplico no meu dia-a-dia. Eles me ensinaram muito através de seus ensinamentos.
Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
As maiores decepções foram as perdas irreparáveis de meus pais e meu irmão Lourenço. Mas, eles lá estão mais perto de Deus, nos dão coragem para continuar vencendo desafios para nossa vida. As alegrias que tive, tenho a ainda. É a minha família. Minha história. Nossa empresa. Hoje vivo com uma família muito feliz.
Sai como candidato no pleito de 2012?
Pelo trabalho que desenvolvemos durante os quase oito anos de governo, pude perceber que podemos fazer ainda mais pelo nosso município. Sinto um apelo popular. Por isso vou responder a esta inspiração. Uma larga experiência de como administrar, aplicar os conhecimentos da gestão. Administrar, principalmente o bem que maior temos, que são as pessoas. Destacar suas qualidades porque sozinho ninguém administra. Motivar todos a trabalharem pelo município. Tenho visão estratégica da máquina pública, privada e das pessoas. Isso significa que tudo que fizermos terá que dar resultados. Caso contrário, vamos investir ainda mais em tudo para desfrutarmos os resultados. Sou um líder. O líder não impõem, não manda, ele conquista as pessoas. Por isso sou candidato a candidato porque ser um guabirubense é um grande orgulho, e principalmente corresponder a estes desafios serão para mim inspirações para vencer. Você percebeu leitor que minha história é um desafio vencido atrás do outro? Nunca esquemos que o mais importante são os valores familiares que recebemos. Isso nos dá a base para tudo.
Reforçando a resposta: Sou candidato a Candidato com o apoio de muitos e de Deus.
Referências
- Jornal Em Foco. Edição de 21 de fevereiro de 2012.
Entrevista Maria Gorete Debatin
MARIA GORETE DEBATIN: Filha de Osvaldo Schweigert e Frida Kormann Schweigert. Natural de Brusque, nascida aos 02.06.60. São em seis irmãos: Bernardino, Anselmo, Ilma, Antônio, Niberto e Maria Gorete. Cônjuge: Carlos Roberto Debatin, nascido aos 26.04.55 e casados aos 06.01.79. Um casal de filhos: Juciele e Evandro. Vereadora em Guabiruba e ativa atuante de iniciativas de cunho religioso.Algum antecedente político?
Sim, o primo-irmão, Egon Schweigert, foi vereador na legislatura 83/88, tendo presidido o legislativo e, também foi Vice-Prefeito, na Administração do Valério Luiz Maffezzolli, 89/92.
Como ingressou na política?
Desempenhava um papel de liderança, como Coordenadora da Liturgia – Ministros e Vice-Coordenadora da Catequese, participante de visitas aos idosos doentes, levando a hóstia, e, num determinado dia - 27 de junho – estava preparando trabalhos – corações - na minha casa para levar para a Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, para as sete comunidades: Lajeado Alto, Lajeado Baixo, Guabiruba Sul, Aimoré, Rua São Pedro, Planície Alta e Centro, quando vieram convidar para ser candidata.
Como foi a campanha?
Convidada, então, pelo partido PPB, hoje PP, a concorreu a uma cadeira no legislativo Guabirubense. Depois de conversar com a família e amigos, resolvi aceitar o convite. Durante a campanha visitei várias casas nas diversas comunidades do Município, principalmente no Centro, Aimoré, Pomerânia e Imigrantes; enfim quase todo o Município, ouvindo as necessidades e reivindicações do povo em geral. Com a ajuda da família e amigos consegui alcançar o objetivo de me eleger para vereadora. Estou trabalhando intensamente no legislativo para ajudar as pessoas e principalmente a comunidade guabirubense.
Com quantos votos obteve a eleição?
Obtive a expressiva votação de 535 guabirubenses.
O que representa para Maria Gorete ser vereadora?
Obtive, além da experiência na vida pública, muitos conhecimentos na área política. Por outro lado, em virtude do papel do edil estar limitado ao ato de legislar, fica-se impossibilitado no atendimento aos pedidos advindos da comunidade – quando em campanha a gente acha que vai poder ajudar mais as pessoas. É uma experiência nova, edificante e inesquecível.
Quantos e quais os vereadores na atual legislatura?
São 11: José Leopoldo Rieg, Maria Gorete Debatin, Sérgio Kohler – irmão do Mathias, Márcio Gums, Osmar Kormann, Osmar Vicentine, José Carlos Baron, Ademir Bretzke, J. Romero Fiúza de Carvalho e Nilton Rogério Kohler.
E a Presidência da Câmara na atual legislatura?
Foram na ordem: José Leopoldo Rieg, Márcio Gums e Sérgio Kohler, ressaltando-se, que na última seria eu, todavia troquei com o Sérgio Kohler. Deverei ser a próxima.
Pensa em reeleição?
Não, o tempo ocupado para exercer a vereança é muito expressivo, dificultando o convívio com os familiares. Pretendo a partir do término do mandato uma dedicação maior aos familiares.
Grandes nomes em Guabiruba?
Carlos Boos (in memoriam), Henrique Dirschnabel, Vadislau Schmidt, Ivo Fischer, João Baron, Valério Luiz Maffezzolli, Guido Antônio Kormann, Luiz Moser, Ivan Luiz Tridapalli, Vavá, Octívio Gums (in memoriam), Wilson Gums (in memoriam), Genésio Gums – Mão de Onça,( in memoriam), Anselmo Boos, Orides Kormann, Érico Vicentini, Geroldo Schumacher, Paulo Kohler, Érico Truppel, Ovídio Habitzreuter, Jorge Luiz Kohler, Aniberto Kohler, Valdir Riffel e Valério Gums e, os Padres: João Heidemann, Ivo Ritter, Mathias e Pedro Paloschi. Ainda, Vanete Comper – educação e Patrícia H. Gums –Saúde.
Fale de sua participação nos carismáticos?
Em maio de 2001, convidada pela Verônica e turma de Lageado Baixo –São Vendelino- comecei a participar dos carismáticos. Ainda naquele mês fui convidada para uma missa com o Padre João Backmann, em Itoupava –Blumenau. Depois, comecei a programar excursões todas as terças feiras - missa de repouso do espírito. Registre-se com um ônibus, hoje, com um pouco mais de tempo, já poderia levar dois ônibus de fiéis.
Fatos marcantes?
Um fato marcante e muito positivo, que lembro foi no ano de 2000, acompanhei – como ministra – o Padre Pedro Paloschi, abençoar casas na comunidade do Centro e Pomerânia. Outro fato marcante, foi quando a imagem de N.S. de Fátima veio de São Paulo em meu lar – entre as casas sorteadas – três residências – para receber a imagem, a minha foi uma delas, a casa ficou repleta de pessoas.
Em lido A VOZ DE BRUSQUE?
Sim temos recebido alguns números na Câmara, quando, então tenho lido.
O que faz Maria Gorete, hoje?
Além de mãe e esposa, sou vereadora, participo do Grupo de Orações, aproximadamente 30 famílias – através de minha amiga Anadir – sua filha, que trouxe a oratória – estamos conseguindo que as pessoas voltem a rezar mais o terço (inclusive, fica aqui o convite: a família que pretender participar, pode solicitar).
A oratória
Em outubro, rezamos diariamente na Gruta Nossa Senhora de Lourdes e todas as segundas feiras rezamos no cemitério.Inclusive, convidamos as pessoas – que sentirem chamadas – a participarem do nosso grupo de orações a participarem todas as segundas feiras, às 16 horas, na subida do Cemitério – Centro . A oração faz com que as pessoas alcancem seus objetivos de vida e possam enfrentar o dia a dia mais preparados espiritualmente. Ainda, faço a minha caminhada e uma vez por mês participo do café na APAE.
Referências
- Matéria publicada em 28 de novembro de 2003.
Harry Kormann
HARRY KORMANN: Filho de Theodoro Kormann e Maria Josefina Kirschner Kormann; natural de Guabiruba, antes Brusque, nascido aos 19.06.2..., ; cônjuge: Renata Schumacher Kormann, casados aos 24.04.52; são em seis irmãos: Valéria (in memoriam), Valtrudes, Bruno, Alício, Elfrida (in memoriam) e Harry. Cinco filhos: Orides, Heinz, Valdir, Haroldo e Ademar. Doze netos. Torce para o Paysandu, São Paulo e Flamengo.
Uma palhinha da descendência
Orides casou-se com Angelika, filhos: Eloise, Elisiane e Elisa; Heinz, com Vera Lamin, filhos: Harly, Helf e Halidon; Valdir com Marli Maffezzolli, filhos: Harry Luiz e Henrique; Haroldo com Metika Yamada (Mônica), filhos; Richard, Lizbet e Crist; Ademar com Cléia Debatin, filho: Thiago André.
Como foi sua infância e juventude?
Minha infância foi muito bonita, auxiliava os pais na roça, acompanhava-os nos fretes do carro de mola, no transporte de féculas e porcos por carroça até Blumenau; na juventude, transportava os noivos com o carro de mola para o casamento e nos idos de 1941, ingressei na Têxtil Renaux –Iresa, também jogava futebol e bocha no Guabirubense.
Como conheceu a Renata?
Morávamos há uns dois quilômetros de distância encontrava-nos nas domingueiras, acabamos namorando ... e depois casamos.
Como eram os enlaces matrimoniais, naqueles tempos?
Naquele tempo, primeiro se casava na Igreja, para depois casar no civil; o cartório do Germano Schaefer ficava aberto até ao meio dia de sábados; o escrivão era o Guilherme Kormann.
Vida profissional?
Trabalhei na roça, em fretes, como tecelão e posteriormente no Restaurante, sendo que na Iresa, foi no período de 1941 a 1973, trabalhando como tecelão em teares Jacquard.
Grandes nomes?
Entre outros, destacaria: Carlos Boos, Ladislau Schmidt, Mário Olinger, Pilolo, Dr Carlos Moritz, Ciro Marcial Roza, Carlos Cid Renaux, Ingo Arlindo Renaux, João Batista Martins, Toni Handchen, Padre Pedro, Padre Chico, Arthur Wippel (Professor no centro), Professor Carlos Maffezzolli – Professor na rua São Pedro, Professora Otília Mayer Schlindwein (Professora em Guabiruba Sul)
Carlos Boos?
Carlos Boos, filho do primeiro professor em Guabiruba, João Boos; Carlos foi um grande nome para Guabiruba, vereador em Brusque, candidato a Prefeito em Brusque, trabalhou para a criação do Município de Guabiruba e foi o primeiro Prefeito eleito de Guabiruba.
João Batista Martins?
É ele deu o voto minerava, para que Guabiruba se transformasse em Município!
Vida política?
Iniciei na política com Carlos Boos, transportava eleitores com carro de mola; acompanhei todos os pleitos eleitorais no município, tendo Henrique Dirschnabel sido o Prefeito provisório, Carlos Boos, o primeiro Prefeito eleito; Ladislau Schmidt, Ivo Fischer, Guido Antônio Kormann, tendo como vice, João Baron; João Baron e o vice, Valério Luiz Maffezzolli, em seguida, Valério Luiz Maffezzolli com o vice, Egon Schweigert, aí entrou me filho Orides Kormann, com o vice, Dr Luiz Moser, seguido pelo Dr Luiz Moser e o vice, Ivan Tridapalli, popular Vavá e, depois, o Guido Antônio Kormann com o vice, Valério Gums e, novamente, meu filho Orides com o vice, Cesário Martins.
Uma campanha inesquecível?
Foi a eleição de Ladislau Schmidt, feita no pedal de bicicleta. Veículos não existiam, naquela memorável campanha.
Uma campanha que surpreendeu?
Foi sem dúvida a eleição do Ivo Fischer, que sendo um alfaiate, venceu o empresário Paulo Kohler. Acredito que foi devido a popularidade maior de Ivo Fischer.
Teve uma campanha que não presenciou?
Foi a que o Valério Luiz Maffezzolli venceu o Orides, eu estava no Mato Grosso. Aniberto Kohler que deveria ter saído como candidato desistiu e o Orides concorreu no sacrifício para o partido, eu não queria que ele fosse, mas valeu como experiência.
O Sr é Kormann e o Restaurante é Schumacher – Como foi e como funciona?
O Restaurante iniciou, nos idos de 58/59 – nos primeiros JASCs já existia o Restaurante – com Osvaldo Schumacher, que atendia somente sob encomenda. Em maio de 1973, adquiri o Restaurante e mantive o nome, introduzimos o marreco e hoje, com exceção de Haroldo, que chefia a Casan, todos trabalham juntos, inclusive os netos.
Algum segredo para o Restaurante persistir por tantos anos?
Acredito que é o bom tratamento aos fregueses.
Como era a vida em Guabiruba antigamente?
Bom, os meios de transporte eram a carroça e o carro de mola. O Padre Germando Brandt para celebrar as missas vinha de Brusque montado em um burro. O casamento de ouro, poucos chegam lá, não era como hoje, que o casal vai à Igreja para a celebração da data, naquela época, era levado o Padre na casa do casal, e lá dava a benção. O cara tinha apendicite, diziam cólica, falecia ... estourava o pâncreas, falecia... tifo, uma espécie de febre, levávamos por meio de carro de mola ao Dr Romata, com quem Dr Carlos Moritz muito aprendeu. Registre-se, foi-se muita gente, com essas doenças, só dos Schumacher foram 4 a 5 pessoas.
O Brasil tem acerto?
Tem, é só colocar políticos mais honestos e acabar com essa maledita corrupção, que o melhor país do mundo irá deslanchar.
Referências
- Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 01 de abril de 2006.
Entrevista Ligia Maria de Oliveira
A entrevistada da semana é Ligia Maria de Oliveira, nascida em Guabiruba, no dia 20 de janeiro de 1968. Filha de Natalia Fischer e Serafim de Oliveira.Quais são as lembranças da infância?
Sobre minhas lembranças de infância, eu não poderia descrever somente uma delas, pois são inúmeras. Posso resumi-las dizendo que a vida é cheia de histórias, umas verdadeiras, outras imaginadas. Mas, o mais fascinante na minha opinião, é o que eu pude aprender com elas.
Ainda conserva amigos da infância?
Ainda tenho amigos da minha infância e da adolescência também, e se puder, quero ter este contato para sempre.
O que sente falta da época de sua infância?
O que sinto falta da minha infância, posso dizer que primeiramente, a presença dos meus pais e de alguns familiares que também já nos deixaram, sinto saudades das brincadeiras sadias, das peraltisses, sinto saudades de não ter que sentir preocupações como sentem os adultos.
Sonho de criança?
Meu sonho de criança era estudar medicina, mas como nossas condições financeiras eram poucas e depois meu pai adoeceu, tive que ajudar nas despesas em casa.
Quando você era criança queria ser adulto? Quando descobriu o gosto pelas letras?
Nunca pensei em ser adulta bem lá no fundo, tanto que a criança que eu fui um dia, continua aqui...a essência permanece. Sempre fui muito reservada...na adolescência descobri o gosto pelas letras...era como se eu tivesse a alma de Deus na ponta de meus dedos...era mágico aquilo.
O lançamento do livro “PROPÓSITO” está relacionado com o sonho?
Sim, hoje posso dizer, que de alguma forma me tornei médica de almas...acabei de lançar o livro "PROPÓSITO" que traz mensagens de auto- estima, relacionadas com minha superação em relação a minha doença e há 25 anos sou diretora e fundadora do Jornal Folha de Guabiruba.
Coincidência de datas históricas no lançamento do livro "Propósito"
Sim, a obra foi editada em 2012, ano que Guabiruba completa 50 anos de emancipação político-administrativa, terra onde o jornal , que leva o nome de "Folha de Guabiruba", completa 25 anos de fundação.
Você disse doença?
Acabei de citar sobre as mensagens de auto-estima do livro "PROPÓSITO", a doença que citei é que desde 2006 luto contra um câncer e estou no segundo tratamento até então.
Muita força interior em sua vida?
Eu perdi recentemente, a minha mãe...pensem então de como ficou minha vida...perdi a minha base, minha sustentação, uma das principais razões de estar lutando tanto para continuar viva... Um tempo antes da minha mãe nos deixar, conheci a terapia Reiki, com minhas amigas Joane Schaefer Riffel e Vera Lúcia Rothermel, hoje posso dizer que a terapia e o apoio delas foi fundamental para que eu continuasse a luta. É claro que tenho mais pessoas ao meu redor e outras também não tão próximas fisicamente, mas que se preocupam comigo...
Terapia Reiki?
Reiki é uma terapia baseada na canalização da energia universal (rei), através da imposição de mãos com o objetivo de restabelecer o equilíbrio energético vital de quem a recebe e, assim, restaurar o estado de equilíbrio natural (seja ele emocional, físico, mental ou espiritual); podendo eliminar doenças e promover saúde. Os cinco princípios do Reiki são: Somente por hoje não sentirei raiva. Somente por hoje não irei me preocupar. Somente por hoje eu darei graças por todas as minhas bênçãos. Somente por hoje farei meu trabalho honestamente. Somente por hoje serei mais gentil com os que me cercam e todos os seres vivos.
Então PROPÓSITOS em nossa vida?
Acho que todos nós temos vários PROPÓSITOS em nossas vidas...depois que descobri o câncer em minha vida, não poderia deixar de dividir com as pessoas o meu aprendizado. Não quero ser vista como um exemplo a ser seguida, afinal, sou um ser humano e também sou cheia de falhas e cometo muitos erros. Mas se eu aprendi a lutar contra essa doença, outros podem também e quem sabe ainda com mais força...
Como surgiu o livro “PROPÓSITOS”
Hoje eu traço metas e as sigo...decidi que iria escrever um livro e no momento certo, conversei com o meu amigo Saulo Adami a respeito, busquei ajuda com amigos e empresários, que não deixaram de apoiar o meu projeto e logo dia 27 de julho passado, surgiu o livro "PROPÓSITO".
Importância dos professores e dos pais sua formação?
Meus professores foram importantes demais para minha formação e eu seria injusta em falar apenas de um, por isso prefiro deixar como um todo. Mas falando em primeiros professores, posso dizer que foram meus pais...a família é a primeira e melhor escola de amor.
Algum medo?
Eu já senti muito medo...medos de várias coisas, motivos, sei lá...Mas depois que sua vida passa por um fio, você consegue enxergar a vida com outros olhos...isso aconteceu comigo. Hoje agradeço muito mais a Deus do que peço.
Desafios
Um de meus maiores desafios na vida, foi aprender a me admirar. Quando descobri o câncer na minha vida, meu maior desafio foi descobrir que minha única chance de prorrogar a vida, era ser forte...por enquanto acho que estou conseguindo...vamos ver...
Alegrias e tristezas ?
Acredito que por pior que seja a situação em que vivemos, a vida nunca é só desgraça ou só alegrias. Cabe a você escolher com que lado quer ficar, qual parte que você vai aproveitar. Pode escolher a dor, mas também pode escolher o amor, o amor por você!
E a Folha de Guabiruba?
A Folha de Guabiruba eu lancei em 10 de julho de 1987. Meu amigo e colunista social Wilson Silva(in memoriam), foi meu grande incentivador e depois também tive a ajuda do amigo Saulo Adami, que foi o primeiro jornalista responsável da Folha de Guabiruba.
Qual a periodicidade ? quantos números já saíram? E você tem todos os números em arquivo?
A periodicidade da Folha de Guabiruba é mensal, saindo sempre bem no início de cada mês e está na edição de número 326 e tenho em arquivo todas as edições , inclusive a primeira edição, já com 25 anos completados em junho deste ano.
Além da Direção da Folha de Guabiruba o que faz?
Além da Folha de Guabiruba, como falamos acima lancei recentemente o livro “PROPÓSITO”, e sempre uma e outra coisa jogamos no meio para ganhar um dinheirinho extra. Hoje meus gastos são muitos, principalmente com fraldas e absorventes geriátricos, que tenho que usar diariamente e trocá-los com muita frequência, devido a fístula que ficou devido ao câncer ter voltado pela segunda vez, que me levou para cirurgia e retirada de órgãos. Mas não me lamento, agradeço sempre a Deus por mais um dia e mais outro e mais outro...
Finalizando, alguma mensagem?
Finalizo dizendo que problemas acontecerão na vida da gente até o último suspiro. Somos feitos de luz e sombra, ou seja, todos nós temos defeitos e qualidades. Até mesmo as rosas tem espinhos, por mais lindas que sejam. Assim também acontece com você e comigo. Se puder conviver com os espinhos das pessoas que ama, conseguirá ser recompensado pelos méritos que só elas tem.
Referências
- Jornal Em Foco. Edição de 28.08.12.
Entrevista Padre Pedro Paloschi
PADRE PEDRO PALOSCHI: Filho de César Paloschi e Ana Bósio Paloschi, natural de Brusque (hoje seria Botuverá), nascido aos 13.11.43. São em onze irmãos: Elza (Costa), Otília (Vanelli), Olívia (Betinelli), Oga (Vaneli), Célia (Bianchesi), Maria (Pavesi), Alzira (Fachini), Terezinha (Schmitz), Padre Pedro, Luiz e Padre Dario. Ordenado Padre em 02.12.70.Onde fez seus estudos?
Em 1956, admissão ao ginásio, em Rio Negrinho/SC, 1957 a 64, ensino médio, em Corupá/SC; 1964, Noviciado, em Jaraguá do Sul/SC; 1965 a 66, Filosofia, em Brusque/SC, 1967 a 1970, Teologia, em Taubaté/SP.
Como surgiu a religiosidade e o caminho da Igreja?
Surgiu de uma somatória: família religiosa – testemunho dos pais- atenção aos coroinhas – Pároco da época, incentivo da Professora primária.
Cidades em que trabalhou?
Trabalhei de 71 a 77, em Cianorte, no Paraná; de 77 a 83, em Brusque/SC; de 83 a 84, em Joinville/SC; de 85 a 93, Vila Maria/SP; de 93 a 94, em Jaraguá do Sul/SC, de 95 a 99, em Terra Boa/PR e de 96 até hoje, em Guabiruba/SC
Alguma cidade o cativou mais?
A cidade que mais gostei foi Cianorte, no Paraná. Meu primeiro lugar de trabalho.
Como vê a fé do cidadão?
Existe muita procura de Deus do religioso. Se vive uma fé intimista e descompromissada. Interpretação fundamentalista da Bíblia. Religião interesseira. Teologia da Prosperidade. Daí o sucesso dos carismáticos.
Padre deveria casar?
Sou a favor do Padre celibatário por opção. Admito a ordenação de homens casados. Portanto, sou a favor de dois tipos de padres.
A mulher, tão liberada, não é uma tentação ? Ela não está confundindo liberdade responsável com liberalidade?
O comportamento liberal da mulher não é uma tentação só para o Padre. Ela é para todo homem. A mulher não pode expor tanto em nome do liberalismo e do machismo. Não confundir liberdade com liberalidade. Liberdade com responsabilidade deve ser o parâmetro de comportamento da mulher. Ela deve ser valorizar como pessoa feita à imagem e semelhança de Deus e evitar que seja tratada como objeto.
Padre Léo é fora de série?
É um Padre muito capacitado. Tem um carisma especial para falar as massas. Tem carisma para trabalhar na obra social como Toxicômanos e dependentes químicos. Faz um excelente apostolado.
O carismático e o sucesso do Padre Backmann?
Admiro o seu trabalho. Tem um carisma para atrair as pessoas. Tenho minhas reservas quanto a algumas práticas religiosas. Muitas curas. Apresenta um Jesus que cura todos os males e doenças (milagreiro). Um Jesus bonzinho que não exige compromisso. Incentiva o fanatismo das pessoas.
O Brasil tem acerto?
O Brasil é um país rico, um país enorme. Poderia ser um dos maiores países do mundo. O mal do Brasil são os políticos corruptos e mau administradores. Apesar de tudo há muita esperança.
Referências
- Jornal Em Foco. Matéria publicada em 28 de janeiro de 2006.
Entrevista Murilo Veiga
O nosso entrevistado da semana é o Dr Murilo Veiga - Médico da Prefeitura Municipal de Guabiruba, Posto de Saúde do Aymoré, Médico do Trabalho e da Vigilância Epidemiológica;. filho de Helládio Olsen Veiga e Yolanda Vieira Veiga, nascido em Rio Negrinho, Santa Catarina, em 10 de fevereiro de 1962; casado com Norma Debrassi; torce em Florianópolis para o Figueirense Futebol Clube e em Brusque, por razões da esposa para o Carlos Renaux, o seu Pai era o Nilo Debrassi e a Mãe Maria Dalbosco Debrassi (ele nascido em Brusque e ela na Guabiruba, no Lageado Alto).Quais as memórias de criança?
Dos banhos de Chafariz no pátio do Hospital de Rio Negrinho, de meu ídolo, meu Pai junto aos filhos, das brincadeiras de criança, sem internet, sem computador; dos jogos de futebol como os amigos do ginásio e do prédio que morava em Florianópolis;
Sonho de criança?
Ser MÉDICO, e poder ajudar as pessoas, com alegria e bom relacionamento;
Como foi sua juventude?
Os amigos do ginásio sempre eram importantes e verdadeiros, amigos da Universidade, em muitos me apoiavam; tive que trabalhar no início da universidade, pois necessitava pagar os estudos, e por necessidade me afastei de muitos amigos.
Histórico escolar?
Toda a formação escolar foi em Florianópolis, ensino primário no Curso Elementar Menino Jesus, das Irmãs Franciscanas de São José 1969 à 1972;Ensino Ginasial e Científico de 1973 à 1979 no Colégio Catarinense, da Companhia de Jesus, Jesuítas,Universidade Federal de Santa Catarina em 1980 até 1988; Pós Graduação em Medicina do Trabalho na mesma Universidade em 1992 e Pós Graduação na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1988 em Geriatria.
Primeira professora?
A ex-Irmã Maria Helena
Grandes professores?
Dona Walda Baixo no 4 º ano primário; Werner Leonardo Dann de Matemática; Padre José Francisco da Silveira Montenegro de Religião, Padre Aluísio de Literatura; Edson Osni Ramos de Física; Padre Eulógio de Química no Colégio Catarinense; na Universidade os Drs. Ernesto Damerau Cirurgia Geral; Ney Mund Cirurgia Geral; Otmar Bauer de Pneumologia; Leo Mauro Xavier de Urologia e Sidnei Jorge Sandin, um grande amigo, cirurgião que me ensinou o relacionamento médico paciente e que faleceu precocemente em 1993 em um acidente, meu melhor amigo como Médico na época;
Que matérias gostava?
Literatura, ler é sempre uma alegria, um mundo novo a descobrir em cada livro, Química, pois nos mostrava os mundos novos dos produtos químicos, a Cirurgia um sonho que ficou distante, mas que mexia com o imaginável de qualquer estudante de Medicina; ética Médica que nos mostrava a responsabilidade social e profissional, no relacionamento entre médicos e na época iniciamos a discussão do Hoje chamado Ato Médico;
Que matérias detestava?
Patologia, Parasitologia; Bioquímica pura teoria
Como conheceu a Norma?
Estava trabalhando no Hospital Regional de São José, em São José, na emergência geral, quando fomos procurados por um funcionário do Posto de atendimento do Besc, nos solicitando que dessemos um atendimento a uma funcionária, pois o pai estava com problemas cardíacos e estava internando em estado grave. ( Nilo Debrassi). Atendemos a solicitação e após alguns dias, começamos a conversar no refeitório do Hospital. No hospital, por uma questão de espaço, nossa sala ficou ao lado do posto do BESC e nossos laços foram se estreitando e com o passar do tempos, nos conhecendo e hoje estamos juntos a mais de 19 anos.
Pessoas em que se espelhava?
Meu Pai, minha Mãe, alguns tios e meus irmãos maiores
Pessoas que influenciaram?
Minha irmã Jane, enfermeira aposentada que dedicou toda a sua vida a ajudar a cuidar e educar os seus Irmãos e me mostrou muitos caminhos na Medicina e me deu o Primeiro Livro na Universidade de Anatomia Humana; Meus amigos Sidnei Jorge Sandin, falecido; e minha esposa Norma;
Como surgiu Guabiruba em sua trajetória?
Em 2008, quando estava em Florianópolis, iniciei uma conversa com minha esposa, de procurar um local que tivesse mais qualidade de vida, aonde se respirasse um ar mais puro, uma vida mais sossegada, uma vida de interior. Como ambos nascemos no interior, Guabiruba e Brusque foi nosso caminho. Surgiu então a possibilidade de deixar minhas obrigações em Florianópolis, e em conversa com a Secretária de Saúde da Guabiruba, Valquiria Kohler, hoje minha amiga de coração, vir trabalhar e desenvolver um novo desafio em minha vida. Aceitei e hoje tenho a Guabiruba em alta estima, pois aqui moro e vivo, tendo sido muito bem recebido pela população que atendo, e pelos dirigentes deste município. A Guabiruba faz parte de minha história e com certeza novos desafios virão.
Como surgiu a medicina em sua vida?
Tragicamente em Pomerode em 1968, quando meu Pai começava a carreira de Juiz de Direito e teve um Infarto Agudo do Miocárdio, falecendo e não havia recursos ou médicos a disposição para ajudar, ele faleceu junto a sua esposa e seus filhos.
Quais os casos mais comuns que surgem diariamente em seu consultório?
Quando se faz a escolha por atender a todos, com presteza, carinho, respeito, nós atendemos quase todos os tipos de doença. Nesta época do ano, no verão, estão desidratação, gastroenterites por contaminação por alimentos e água contaminados. Temos muitos casos de doenças degenerativas do cérebro, dos ossos, articulações. Quadros de dislipidemias (excesso de colesterol), hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus entre outras. Também atendemos quadros de doenças cerebrais, com doença de parkinson, alsheimer, e demências em geral. Na clínica geral, a pessoa é mais importante que a sua doença, ou seja, as doenças existem, mas como tratar e atender as pessoas é a melhor forma de enfrentar uma doença que pode ser muito grave, ou ser crônica. Devemos sempre buscar atender com mais respeito, humanidade, encontrar as soluções o mais breve, se possível traçar uma linha tênue entre a vida e a doença.
Qual foi o maior obstáculo que o Doutor teve que superar em sua vida?
a ausência de meu Pai e a falta de recursos financeiros para me aprofundar nos estudos; a perda de um Irmão e de um sobrinho precocemente, que considerava meu irmão mais novo, hora como um filho que amo muito e que sempre me recordo com alegria e com boas recordações; Como foi sua trajetória profissional? Por mais de 20 anos trabalhei no Banco de Estado de Santa Catarina, iniciei como escriturário e após Médico do trabalho, em consultório particular na Clinica dos funcionários do Besc, trabalhei no Hospital Regional de São José em São José na emergência Geral, em clínicas, no Hospital e Maternidade Dom Joaquim, aonde fui Diretor Clínico e Técnico e na Prefeitura Municipal da Guabiruba, local aonde escolhi para morar e viver;
Qual foi sua maior alegria na vida?
Várias: ver o sorriso de minha mãe e meus irmãos quando me formei em Medicina, quando assisti o primeiro parto, que foi de minha sobrinha Mariana, hoje advogada, quando conheci minha esposa Norma, quando me apaixonei pelos meus cachorros e triste quando morreram, fazer novos amigos em Brusque e Guabiruba; amigos verdadeiros; hoje minha alegria é tentar ajudar as pessoas longe da Medicina, podendo interceder nas suas necessidades, e viajar para conhecer novos lugares e museus como tive oportunidade de conhecer na Europa, velho continente e com culturas de milênios, acompanhado de minha companheira, minha eterna parceira e esposa.
Um conselho preventivo para manter-se saudável.
Exercícios físicos, alimentação saudável, sorrir diariamente, pois quando se sorri é um momento de felicidade, ter amigos verdadeiros ao seu lado, sempre acreditar que há um ser maior e criador de tudo, e que há um sentido em cada vida
Cite uma grande decepção.
A comercialização vil da Medicina e a destruição do Sistema de saúde de nosso país, com pagamentos tão distantes da realidade irrisórios e desumanos.
Tem participado de cursos extracurriculares, congressos e outros?
Cursos de atualização em Epidemiológia e recentemente Curso técnico de Cervejeiro, aonde pude aprender alguns segredos de uma bebida maravilhosa, que se consumida com cuidado e responsabilidade pode fazer bem a vida.
Referências
- Jornal Em Foco. Edição de 7 de fevereiro de 2012.
Entrevista Iracema Catarina Conceição Becker
A entrevistada da semana é a Secretária Municipal de Educação de Guabiruba, Iracema Catarina Conceição Becker; natural de Guabiruba, nascida aos 23/06/65; filha de Arlindo Leonides Conceição e Cecíclia Huber Conceição; casada com Elói Becker; filhos: Filhos: 1 natimorto (25 anos), Franklin Alietar Becker (23 anos), Willian Gustavo Becker (21 anos). Professora há 25 anos..Graduada em Pedagogia e Pós-Graduada em Ensino Fundamental e em Educação Infantil.Como surgiu o nome Iracema?
O nome Iracema o pai tirou do livro de José de Alencar
Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Minha infância foi muito limitada se em comparação com as dos dias atuais, mas muito rica em brincadeiras, invenções, amigos...Era muito divertido e, como aproveitávamos tudo. Hoje muitas crianças não sabem tudo o que te, nem valorizam. Eu e minha irmã, hoje falecida, brincávamos muito juntas. E um dia desses ganhamos nossa 1ª boneca e ela tinha cabelo, mas não porque meu pai comprou, já ganhamos ela usada, pois éramos uma família numerosa (10 filhos). Minha irmã tentou me convencer de cortarmos o cabelo dela, brincar de cabeleireira, sabe? Olha, cortamos, o cabelo não cresceu mais e ainda levamos uma baita surra de meu pai. Tenho saudades dos meus tempos de infância, mas como tudo tem seu tempo, não gostaria de voltar atrás. Tive muitos amigos, mas também já trabalhávamos com 8 ou 9 anos. Tínhamos 14 teares manuais de tapetes e as 4h da manhã tudo já começava até o anoitecer. Quando eu era criança, já brincava de aulinha, pois via meu pai que era professor e pensava que poderia chegar lá. Na época ele já era um grande político. Quando eu tinha três anos, ele era vereador e depois foi vice-prefeito de Guabiruba. Até a vida política dele me influenciou, pois ele levava a gente por onde ia.
Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Sobre a minha juventude, sai de casa com colegas quando fiz parte do grupo de jovens da igreja da comunidade, depois namorei e aos 21 anos casei. O que me marcava muito eram os trabalhos sociais, como a vida religiosa. Eu e uma grande amiga aos 13 anos fomos ao convento de Florianópolis com minha mãe, pois tínhamos escolhido essa vocação. Mas não deu certo, tínhamos que esperar para ter 14 anos e voltamos.
Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Eventos mundiais? Nem sabia o que era isso na infância, nem na juventude. Fomos a 2ª ou 3ª família a ter televisão naquela época em nosso bairro, mas não podíamos assistir como hoje, que ligamos a qualquer hora. Tinham muitos gastos com energia e, quando havia algum tempo, era direcionado ao trabalho escolar, tarefas de casa, catequese.
Pessoas que influenciaram ?
Meus pais, a gente não convivia com muitas outras pessoas.
Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
Na escola eu gostava de tudo. E tinha que gostar e me comportar, pois meu pai era professor e diretor. Adorava História e os momentos cívicos, poesia, música e os piqueniques que meu pai fazia com as crianças. Nossa! Levávamos uma panela grande e a merendeira fazia aquela sopa...Corríamos e brincávamos por tudo. As professoras escondiam pirulitos e balas pra nós encontrarmos. Também gostava de Educação Físic, mas uma colega sempre mexia comigo. Sabe, usávamos saias de prega azul marinho e era um tal de levantar a saia das meninas e um dia ela se excedeu e eu a empurrei. Ela foi dar queixa para o diretor (meu pai), fiquei de castigo e, em casa, apanhei.
Primeira professora ? grandes professores?
Mana Martins, Maria Lucia Pereira, Marlene Piva, Alda Pereira, Valdemiro Erthal foram professores que me marcaram no primário. Uma que teve destaque foi d. Edmê Novaes Vidotto. Foi na época do Magistério no Colégio Consul. Grande educadora e amiga. Trabalhava Didática e Prática de Ensino.
Formação escolar?
Cursei a Graduação em Pedagogia e Pós-Graduação em Ensino Fundamental e em Educação Infantil.
Arrependimentos?
Não me arrependo de nada.
Quais medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer?
Medos, sempre existem, mas já enfrentei tantos e todos os dias peço a Deus coragem, discernimento e muita fé para enfrentar os que surgirem. Envelhecer é a lógica da natureza e ninguém quer envelhecer. Mas já convivi por muito tempo e momentos com pessoas da Terceira Idade e sempre penso que cada fase da vida deve ser vivida e aceita quando nos surgir.
O que você acha da programação da televisão de hoje?
TV: Hoje tem grandes programações, conexão com todo o mundo, notícias a toda hora. Mas tudo deve ser balanceado, o que é bom e o que não é permitido para cada faixa etária.
Qual foi o maior desafio até agora?
Um grande desafio foi ser mãe. Uma perda do 1° filho com gestação completa de nove meses e 4 dias. Foi horrível. Também já perdi uma irmã (bruscamente), meu pai, meu irmão, meu sogro, sogra, sofri um terrível acidente de carro, um acidente envolvendo meu filho. Essas foram grandes perdas que deixaram cicatrizes.
Desafios na Secretaria de Educação
Pensava ser tão difícil, complicado e cheguei a pensar que não conseguiria superar os desafios diários, mas nessa trajetória pude contar com pessoas muito competentes e também amigos. Os desafios foram sendo superados e grandes construções aconteceram nestes oito anos. Foram várias homenagens de congratulações, premiações, certificações e uma última delas aconteceu na Assembleia Legislativa dia 10 de dezembro numa cerimônia com Destaques da Educação em 2012 e na pasta da educação pelos relevantes serviços prestados. Isso é maravilhoso. Desafios e conquistas. Dever cumprido, saindo de uma administração de cabeça erguida e com muitas vitórias no caminho. Caminho difícil, mas não impossível, que exige muito compromisso, seriedade e acima de tudo humildade, para ensinar e também aprender. Como sempre dizia Santa Paulina “Nunca desanimeis, embora venham ventos contrários”.
O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Faria tudo de novo e ainda melhor. Ninguém é insubstituível, mas cada um constrói uma parte da história. Se a educação quer respostas, muitas já foram respondidas em Guabiruba. Tudo foi válido, houve barreiras, mas num trabalho conjunto com todos os profissionais da Educação, pudemos enfrentá-los.
Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
O que as vezes me deixa triste (mas não me decepciona) é quando os profissionais da educação dizem frente a algum desafio: Ah! Não estou preparado, não aceito, não consigo. Nem sempre estamos preparados. Aliás, quase nunca. O preparo vem com a prática e a vivência e você vai aprendendo e aplicando, você vai conquistando ou dando tropeços, mas nesses tropeços, não tenha medo das críticas, pois elas vão te fortalecer. Vão te fazer perceber o aprendizado e você será um vencedor. A vitória é seguida de desafios, caso contrário não tem graça. Muitas vezes deixei a família de lado, pois me comprometo muito com o que assumo, dedico-me em todos os sentidos e o resultado foi muito valioso. Tive grandes alegrias e conquistas, que foram maiores que as perdas pelo caminho.
Por que o Professor perdeu o status que tinha antigamente?
Realmente professor já teve status. Hoje se você escolhe ser professor por status, está enganado. Antigamente quem tinha a maior influencia na comunidade eram prefeito, padre e os professores. Hoje muitos disputam as influencias, respeito, dignidade, mas poucos enfrentam os desafios e o professor é o que mais sofre. Sobre a escola recai toda a função de pai, mãe, educador, psicólogo, padre, professor...A escola esta sobrecarregada, pois existe o descarregar nela o compromisso. Educação começa em casa, tem suas raízes nela, continua na escola e se solidifica na sociedade.
Melhor livro que leu?
O amor me trouxe de volta – Melhores dias virão – O Código Da Vinci
Adota algum lema em especial?
“Continue caminhando, mesmo encontrando pedras no caminho. E, confie sempre naquele que tem o Poder Maior” e, “Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender. A humildade muitas vezes é o preço do sucesso”
Grandes nomes em Guabiruba ?
Todos que já marcaram cada página destes 50 anos de município. “Ninguém é tão bom quanto todos nós juntos”.
Quais os pontos positivos da administração Orides/Martins?
Prefeito Orides e Cesário, grandes parceiros na administração e grandes administradores. Deixam grandes obras e mudanças. Caminhos traçados com suor e sucesso. Boas festas a todos e que venha 2013!
Finalizando?
Agradeço muito a escolha, confiança em meu trabalho que tiveram o prefeito Orides e o vice Cesário. Fomos o carro chefe da administração, pois os resultados foram enobrecedores. Valeu!
Referências
- Jornal Em Foco. 08.01.13.
Olavo
Schlosser Kormann
Escritor
O
entrevistado desta semana é Olavo Schlosser Kormann, filho
de Rodrigo Kormann e Simone Schlosser, nascido em Brusque em 27 de
junho de 2001. Torce para C.R.Flamengo
O
entrevistado Olávo Schlosser Kormann
'''Vida
escolar?'''
Estou
frequentando o Sesi Escola, curso o sétimo ano.
'''Que
matérias você mais gosta e quais as que mais detesta no currículo
escolar?'''
Na
verdade, depende não só da matéria, mas do assunto estudado dentro
dela e dos professores. Mas acho que as que eu mais gosto são
Ciências e História. Não há nenhuma que eu deteste, mas as que eu
menos gosto são Educação Física e Português (não gosto muito de
gramática...).
'''Quais
atividades você mais participa nas aula?'''
Trabalhos
de pesquisa.
'''Como
surgiu o gosto por escrever?'''
Naturalmente.
Desde pequeno gosto de inventar histórias.
'''E
como aconteceu a ideia do livro?'''
Um
dia quando ia para a escola, tive a ideia de escrever um livro
inspirado numa brincadeira que fiz com os amigos na escola.
'''O
nome do livro veio por algum motivo especial?'''
Não,
apenas está associado à história.
'''Quais
foram as maiores dificuldades para publicar o livro?'''
Foi
a demora em juntar todos os recursos e elementos necessários para a
publicação de um livro de qualidade sem altos custos.
'''Como
conseguiu custear a obra?'''
Através
do patrocínio e apoio das empresas: Wicetex Malhas, NCA Malhas, CTG
Malhas, Fore, Colégio Unificado, Rafa fotografia e colaboração de
Alex Gonçalves para a criação da capa.
Não.
'''Algum
capítulo do livro que se fosse hoje você hesitaria em colocá-lo?'''
Sim,
existem alguns capítulos do livro que, provavelmente, seriam
diferentes se eu tivesse escrito o livro neste ano, como por exemplo
o capítulo 13, em que um personagem domestica lobos com um apito
(risos).
'''Algum
assunto que você pensou que deveria ter acrescentado ao livro?'''
No geral,
não.
'''Sobre
o que você está escrevendo no momento?'''
Estou
escrevendo um livro, A Fronteira, que será a continuação de O
Acampamento. Também já tenho mais umas ideias de livros para
escrever, mas ainda não as coloquei no papel.
'''As
pessoas mudaram em relação a você depois do lançamento do
livro?'''
Bem
pouco.
'''Sentiu-se
orgulhoso em lançar o livro?'''
Claro!
Quem não ficaria?
'''Já
leu algum autor da região? O que achou do trabalho dele?'''
Sim,
já li o livro de minha mãe. Achei bom, mas não faz meu estilo de
literatura.
'''Quais
os melhores livros que já leu?'''
Os
livros da série Percy Jackson e Os Olimpianos de Rick Riordam; O
Nome do Vento e O Temor do Sábio de Patrick Rothfuss e os livros da
série Rangers: A Ordem dos Arqueiros de John Flanagan.
'''O
que está lendo agora?'''
Acabei
de ler Assassin’s Creed: Revelações de Oliver Bowden e vou
começar a ler O Labirinto de Ossos de Rick Riordan.
'''Hobby
predileto?'''
Ler
e escrever.
'''Qual
a sua maior aspiração?'''
Publicar
mais livros e criar jogos de computador.
'''Uma
mensagem aos jovens de sua idade?'''
Aconselho
a todos a lerem bastante, mas, principalmente, aquilo que gostam.
FOTO
B
Olavo
apresentando a sua obra, o livro “O Acampamento”
'''Tem
lido jornais? '''
Raramente,
prefiro ler livros de ficção.
'''Para
finalizar, alguma mensagem?'''
Gostaria
que divulgasse minha página no facebook: O Acampamento – livro
Obrigado!
Um abraço!
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3 de 4
Matéria publicada no EM FOCO aos 11 de outubro de 2013
Valmir Zirke -Vice Prefeito de Guabiruba
O
entrevistado desta semana é o Vice-Prefeito e atual Secretário de Obras de Guabiruba,
Valmir Zirke,
nascido em Guabiruba aos 03 de fevereiro de 1969; filho de Onildo
Zirke (in memoriam) e de Maria Gertrudes Zirke. Companheira Wiliane
Greis Debatin Zirke; filho: Valmir Gustavo. Torce pelo Botafogo.
Sempre filiado somente ao PT.
Nosso
entrevistado Valmir Zirke,
com a companheira Wiliane e o filho Valmir Gustavo
Como
foi o seu nascimento?
Nasci em casa, em
Guabiruba, juntamente com meu irmão gêmeo Leomir Zirke no dia 3 de
fevereiro de 1969. Sou o filho caçula de uma família de sete
irmãos. Como não tínhamos acesso ao hospital, nasci pelas mãos de
uma parteira e amiga da família.
O
que sonhava ser quando era criança?
Médico.
Escolas
que frequentou?
Frequentei
a Escola de Educação Básica Professor João Boos, em Guabiruba,
Ensino Médio e Ensino Fundamental. Cursos técnicos no SENAI, em
Brusque e em Campinas na USP frequentei cursos na área de
atendimento e tanatopraxia, ou seja, no meu ramo de atuação, que é
a funerária.
Primeiro/a
professor/a?
Foi Vanete
Comper
Grandes
Professores?
Tive
muitos que me inspiraram. Posso citar a própria Vanete Comper, a
Mercedes Erthal, a Iria Fischer Habitzreuter, Vania Gevaerd,
Margarida Shumacher Dalsejo e Edinalte Alves de Souza.
Pessoas
que influenciaram?
Minha
família, como a minha mãe e minha esposa. Na vida política, o
prefeito de Brusque, Paulo Eccel, e o próprio vereador dr. Felipe
Eliert dos Santos.
Zirke
com a mãe Maria
Gertrudes Zirke, 77 anos, passou 29 anos da sua vida servindo
cafezinho para os prefeitos de Guabiruba. Serviu Carlos Boos,
Vadislau Schmitt, Ivo Fischer, João Baron, Guido Kormann, Valerio
Maffezzolli e Orides Kormann, no seu primeiro mandato. Aposentou-se
depois de servir quase todos os prefeitos da cidade e sem imaginar
que um dia seria seu filho que tomaria as decisões do Executivo
guabirubense. Na
manhã de terça-feira, 11 de junho de 2013, ela e a família
prestaram uma homenagem a Valmir Zirke. Ao chegar para trabalhar no
seu primeiro dia como prefeito em exercício, Zirke foi surpreendido
quando o café chegou à sua sala pelas mãos da mãe.
Como
surgiu a política em sua trajetória?
Sempre
gostei de política. Coincidência ou não, a primeira prefeitura de
Guabiruba foi instalada na casa do meu avô. Tive um primo que foi
prefeito e vice, o Valerio Maffezzolli, e o dr. Felipe, o vereador,
foi quem de fato me levou à vida política. Ele veio até a minha
casa em 2002 e me convidou para me filiar ao PT. Até então eu tinha
uma simpatia pelo PT, mas não tinha pensado em filiação. Minha
família era ligada ao PP. Meu primo, Valerio Maffezzolli foi
prefeito e vice pelo PP. Mas como tinha essa simpatia pelo PT aceitei
o convite do dr. Felipe.
Já
foi candidato em outras oportunidades?
Sim.
Em 2004 fui candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores,
quando o PT pela primeira vez teve um candidato em Guabiruba. O
vereador Felipe foi meu vice. Naquela ocasião fizemos 1.331 votos e
ficamos em terceiro lugar. Foi um bom começo. O começo de tudo. Em
2008 me lancei a vereador e fui o segundo mais votado. Perdi apenas
para o Matias. Mas por questão de legenda, não me elegi. A terceira
experiência veio agora, com a coligação com o PP e a vitória
histórica em Guabiruba.
Valmir
Zirke e a esposa com a Presidente Dilma
Ao
assumir a Secretaria de Obras do município, você já se inteirou
das demandas da pasta e das principais necessidades no setor?
Antes
mesmo de assumir a Secretaria de Obras eu já acompanhava de perto o
andamento dos trabalhos. É uma das secretarias que a população
mais quer ver atuar. Então, já sabia o que vinha pela frente.
Sempre deixo claro que sou secretário temporariamente, pois sempre
disse que seria um vice atuante. E como foi uma necessidade assumir a
Secretaria de Obras, eu assumi. Mas logo quero voltar a trabalhar no
atendimento à população enquanto vice-prefeito.
Quanto
às necessidades da secretaria, a maior delas é a falta de mão de
obra. Temos poucos funcionários que não dão conta de atender a
demanda de toda Guabiruba. Em breve teremos concurso público e para
melhorar essa situação também iremos terceirizar alguns dos
serviços. Com isso, pretendemos dar o retorno mais rápido para a
população.
Como
vê o desafio, já que existe uma grande cobrança por parte da
comunidade?
Eu
encarei o desafio sabendo das dificuldades. Venho de família
humilde, que não faz corpo mole para trabalhar. Não tenho problemas
com cobrança, pois nesse pouco período que estou à frente da
secretaria percebo que se fez bastante com pouco e quando aumentarmos
a mão-de-obra se fará muito mais. Ficarei na secretaria até
encontrarmos um bom nome para conduzir as obras no município.
Matias
Kohler está sendo e agindo conforme sua expectativa?
As
ações do atual governo são do Matias e do Zirke. As decisões são
tomadas em conjunto, em grupo, guiadas sempre pelo nosso plano de
governo, que foi aprovado pela comunidade.
Pensa
em se candidatar a Prefeito?
Já
fui candidato uma vez e com certeza serei novamente. Hoje o PT tem
uma estrutura forte no município e acredito que o partido possa ter
candidato próprio e meu nome estará sempre à disposição do PT.
Isso não significa uma ruptura da dupla Matias e Zirke para as
próximas eleições.
É
a primeira vez que o PT chega ao Executivo e ao Legislativo em
Guabiruba?
É
a primeira vez, tanto no Executivo quanto no Legislativo. Hoje o PT
na Câmara de Vereadores é representado pelo vereador Felipe Eilert
dos Santos.
Como
está o seu partido em Guabiruba e nos municípios vizinhos?
Hoje
nós temos uma boa estrutura. Temos referência do prefeito de
Brusque, Paulo Eccel, reeleito. Em Guabiruba temos o apoio dos
deputados petistas e do próprio Governo Federal. A força do PT no
Brasil e em Santa Catarina reflete também na força do partido na
nossa região.
O
que você mudaria – se pudesse – na profissão que exerce?
O
que eu mudaria e estou mudando é a figura passiva do vice-prefeito.
Aquela imagem de que o vice só vai à prefeitura na ausência do
prefeito. Eu estava diariamente na prefeitura, conheço a realidade
do nosso município. Como secretário de Obras saí do atendimento no
gabinete, mas estou em contato com as pessoas na rua. A Secretaria de
Obras tem me exigido acordar todos os dias antes das 6 horas e não
ter horário para chegar em casa, mas esse contato com a população
está ainda mais próximo. Então, uma coisa que eu estou mudando, é
a figura do vice-prefeito. Está deixando de ser passiva para ser
mais atuante.
Quais
os melhores livros que lá leu?
O
Monge e o Executivo, O que sei de Lula, entre outros.
O
que está lendo atualmente?
Minhas
leituras frequentes são de jornais e revistas. Às 5h30 da manhã,
todo dia, leio meu jornal. Não saio de casa sem ter lido. Também
acompanho revistas nacionais e os veículos de comunicação locais
para me manter informado e atualizado.
Um
resumo de sua trajetória pessoal e profissional
Eu
resumiria minha trajetória profissional em três palavras. Operário,
empresário e vice-prefeito. Tive uma infância de muito trabalho.
Comecei a trabalhar com 10 anos capinando e batendo tapetes para
ajudar nas despesas de casa. Depois trabalhei em uma metalúrgica,
mais tarde na indústria têxtil (Iresa),e trabalhava voluntariamente
em uma funerária de Guabiruba até chegar a comprá-la. Hoje sou
proprietário da Funerária Guabiruba, a única da cidade e a mais
antiga. A Funerária tem 20 anos e eu estou à frente dela há 16.
Com 18 anos conheci a Wiliane, minha atual esposa. Ela tinha 14 anos
na época. Conheci ela numa festa de igreja. Namoramos durante quase
seis anos e depois de nós termos conquistado o sonho da casa
própria, nos casamos. Isso foi em 11 de setembro de 1993. Do nosso
amor e casamente, nasceu o Valmir Gustavo, que tem 16 anos. Uma das
minhas experiências que carrego com orgulho é ter sido presidente
da APAE entre 2002 e 2007. Atuei também como a equipe da Associação
e o apoio dos empresários na elaboração e conclusão dos projetos
Bosque da APAE, Vila Germânica, Piscina de Hidroginástica, ônibus,
e agora vamos construir um ginásio com o apoio de recursos federais.
Também fui presidentes do Rotary Club (resultando na construção da
1ª capela mortuária de Guabiruba) e sou membro da Comissão
Organizadora da Stadtplatzfest.
O
que faria se estivesse no início da carreira e que não teve coragem
de fazer?
Sempre
apostei naquilo que tive vontade de fazer. Nunca deixei de fazer algo
por falta de coragem. Não posso dizer que nunca tive medo, mas
sempre tive uma postura firme e acreditei aquilo que tinha vontade de
fazer. Tudo que conquistei é resultado de muito trabalho. Me sinto
realizado por tudo que tenho e chegar aonde cheguei por ser de
família humilde.
Algo
que apostou e não deu certo?
Só
a campanha em 2004 para prefeito e em 2008 para vereador...(risos).
Algo
cômico que aconteceu em sua vida?
Ser
proprietário de uma funerária. Tinha medo da morte e hoje ela é
meu negócio.
O
que você aplica dos grandes educadores, das experiências que teve,
no dia a dia?
A
importância da honestidade, da simplicidade e da humildade.
O
que o incomoda?
O
que me incomoda é querer fazer muito mais e às vezes não ter a
estrutura necessária para fazer.
Quais
são as suas aspirações?
Ser
prefeito.
Qual
o maior desafio que enfrentou até agora?
O
maior desafio é fazer de Guabiruba uma cidade ainda melhor para se
viver. Um desafio que estamos vencendo dia após dia.
Grandes
alegrias? Tristezas?
Alegria
é de chegar aonde eu cheguei. Tristeza do meu pai não ter me visto
vice-prefeito. Até porque em 2004 quando eu perdi a eleição, a dor
dele foi muito grande. Sei que a alegria de eu ter vencido em 2012
por uma diferença de 3.069 deixaria ele muito feliz e orgulhoso.
Finalizado,
alguma mensagem?
A
mensagem não pode ser outra. É de gratidão. A todos aqueles que me
deram a oportunidade de ser vice-prefeito de Guabiruba. Da mesma
forma que vocês confiaram em mim em 2012, depositando em mim o voto,
peço que continuem confiando. Da minha parte, farei tudo que eu
puder por essa cidade que tanto me orgulha.
Publicado no Jornal EM FOCO aos 21 de fevereiro de 2014
Osnir
Schlindwein
Chefe de Gabinete em Guabiruba - Bodas de Coral
O
entrevistado da semana é o Chefe de Gabinete do Município de Guabiruba, Osnir
Schlindwein, nascido
em Brusque aos 07 de novembro de 1951; filho dos saudosos
João Schlindwein e Othília Keller
Schlindwein; companheira:
Vanilde Heil Schlindwein; filho: Estêvão
Schlindwein. Cursou três faculdades: Pedagogia, Estudos Sociais e Direito. Torce para o Santos
Futebol Clube e o Clube Atlético Carlos Renaux.
Nosso
entrevistado Osnir Schlindwein
com a companheira Vanilde – comemorando Bodas de Coral
- e o padre Alvino Milani.
Como
foi a sua infância e juventude? Foi
de muito trabalho. Estudava em um turno e trabalhava o outro na roça,
ajudando no plantio e também no cuidado dos animais. Trabalhávamos
desde criança e isto não fez mal a nenhum de nós.
Pessoas
que influenciaram? Dona Benta
Montibeler, professora da hoje denominada Escola Municipal João
Hassmann e padre Orlando Maria Murphy, diretor do Colégio São Luiz.
A dona Benta foi minha professora no 4ª ano do curso primário no
Colégio João Hassmann. Em 1962 e em 1970 fui contratado para
substituir a dona Benta no Colégio João Boos. Ela afastou-se por
problemas de saúde. E o padre Orlando foi um espelho para o trabalho
que eu realizei no Colégio João Boos pela sua seriedade e
competência. A dona Benta ainda reside no bairro Guarani, em
Brusque, e o padre Orlando já é falecido.
Como
conheceu a Vanilde?
Na
condição de diretor da Escola João Boos, eu havia sido convidado
para o casamento da professora de Língua Portuguesa, este que
ocorreu em outubro de 1976. Fiz o convite para a Vanilde me
acompanhar. Ela aceitou e depois começamos a namorar. No próximo
dia 5 de maio estaremos comemorando bodas de Coral, ou seja 35 anos
de casados.
Histórico
escolar?
De
1959 a 1962: Curso Primário Elementar na Escola Municipal João
Hassmann, bairro Guarani; de 1963 – 1966: Curso Ginasial no Colégio
São Luiz; em 1967 – março e abril: Colégio Cônsul Carlos
Renaux.; Maio de 1967 a 1969: Curso Normal no Colégio São Luiz; de
1970 a 1973: Curso de Pedagogia na atual Univali, em Itajaí.; de
1974 a 1975: Curso de Estudos Sociais na Univali; de1977 a 1980:
Curso de Direito na Univali..
Alguma
curiosidade em relação a efetivação profissional a um dos ramos em que se formou?
Sou o segundo
advogado de Guabiruba e o primeiro residente na cidade. O primeiro
advogado de Guabiruba é o Dr. David Kohler, que reside no bairro do
Morumbi, em São Paulo.
Muitas
dificuldades a serem ultrapassadas na época?
Naquele
tempo, as coisas eram muito mais difíceis. Eu ia de bicicleta da
minha casa, no Imigrante, até Brusque, não importava as condições
climáticas. De Brusque a Itajaí, o trajeto era feito de ônibus,
muitas vezes retornávamos de Itajaí por volta da meia-noite. A
rodovia, atual Antônio Heil, não tinha pavimentação.
O
que o motivava a estudar?
O
pai queria que todos estudassem. Eu sempre gostei de estudar, por
isso não foi difícil cursar três cursos superiores.
E a Chefia de Gabinete?
Ocupei a pasta entre 2001 e 2004 com o prefeito Guido Antônio Kormann e ocupo novamente, desde janeiro de 2013 com o prefeito Matias Kohler.
Grandes
professores?
Destacaria:
Evaldo Moresco, Dr. Arno Ristow, Dr.
Edison Vilela, além da dona Benta e do padre Orlando M. Murphy.
Se
tivesse que resumir o senhor em poucas palavras, quais seriam?
Organização,
pontualidade, honestidade e seriedade.
Como
surgiu a educação em sua trajetória?
O
Curso Normal já foi direcionado para o magistério, por isso troquei
o curso científico em 1967 no Colégio Cônsul para o Colégio São
Luiz. O objetivo era poder transmitir algum conhecimento às crianças
e aos jovens.
Como
foi sua trajetória na atual escola de Educação Básica Professor
João Boos?
Fui
contratado como professor substituto em março de 1970 em decorrência
do estado de saúde da dona Benta. Em 1973 prestei Concurso Público
para atuar na escola da Planície Alta no período matutino,
continuando no João Boos à tarde.
De 1974 a novembro de 1975
atuei na escola Padre Germano Brandt, no Aymoré, na parte da manhã.
À tarde continuava no João Boos. No dia 7 de novembro, dia do meu
aniversário, fui nomeado diretor do João Boos, com 24 anos.
Trabalhei no João Boos a vida toda. Foram mais de 30 anos. Comecei
em 1970 e fui aposentado por tempo de serviço em 14 de dezembro de
2000.
Quais os principais desafios durante os 23 anos de direção da escola João Boos?
Manter
a disciplina, exigindo respeito entre alunos, professores e
funcionários. Foram aspectos fundamentais do sucesso dentro do João
Boos.
Fatos
marcantes durante sua gestão como diretor?
A
criação do Ensino de 2º grau no Colégio João Boos,
possibilitando ensino gratuito e médio para toda a comunidade. As
melhorias na infraestrutura através da parceria da Associação de
Pais e Professores – APP, como na construção da Biblioteca e do
campo de futebol suíço, dentre outros investimentos realizados em
favor do estudante.
A
educação ontem e hoje?
Ontem
o aluno tinha mais respeito com os professores. Hoje infelizmente
verificamos casos de agressão de alunos para com seus mestres. Ontem
a família apoiava a escola, e hoje em muitos casos deixa a desejar.
A família fica contra o professor, contra a escola.
Algo
que lhe surpreendeu durante a vida?
Com
certeza a surpresa montada pelo filho Estêvão nas bodas de prata de
2004. Um mês antes do fato, mais ou menos, ele me perguntou quem eu
convidaria para uma eventual festa de bodas. Eu disse que não iria
fazer festa, mas se fizesse convidaria minha mãe, meus irmãos e os
da minha esposa, nossos afilhados, o patrão dele, Alcides Seubert e
o prefeito Guido Antônio Kormann, pois eu ocupava o cargo de Chefe
de Gabinete. Não fizemos festa, mas no dia 5 de maio de 2004 nos
hospedamos na Fazenda Park Hotel de Gaspar e para nossa surpresa,
todas as pessoas que seriam convidadas para a festa estavam
presentes, inclusive o padre Alvino Milani, que celebrou o nosso
casamento. Por sinal, padre Milani celebrou a missa naquela noite na
capelinha do Hotel Fazenda.
Livros que já
leu? O que está lendo atualmente?
Tireóide
e Paratireóide – Estudo de Casos; O Monge e o Executivo; O
Lavrador Operário de Guabiruba; Guabiruba de Todos os Tempos; Casais
Inteligentes Enriquecem Juntos; As cinco pessoas que você encontra
no céu. Estou lendo o Homem que Calculava, de Malba Tahan.
Qual
o maior desafio que enfrentou?
O
câncer de Tireóide, identificado em julho de 1999. Passei por três
cirurgias. No dia 8 de agosto de 2000 em Azambuja, 5 de outubro de
2000 no Hospital de Caridade, em Florianópolis e em 26 de janeiro de
2001 também no Hospital de Caridade. Depois minha mulher e meu filho
tiveram câncer de Tireóide. Conseguimos vencer a doença. Inclusive
meu caso consta no livro Tireóide e Paratireóide – Estudo de
Casos, lançado em 2002 pelo Dr. Lenine Garcia Brandão, em São
Paulo.
Nunca
pensou em candidatar-se?
Fui
candidato a vereador pela extinta Aliança Renovadora Nacional –
ARENA nas eleições de 1976, não tendo êxito. Depois disso, nunca
mais tentei e não pretendo ser candidato a vereador. Eu costumo
dizer que minha política no Aymoré chama-se esportes.
Como
iniciou as atividades na área esportiva?
Em
1968 e 1969, no Clube Esportivo Guarani, tínhamos uma equipe de
futebol chamada “Metropol” em homenagem ao grande Esporte Clube
Metropol de Criciúma, o qual eu era técnico. Em Guabiruba, comecei
a atividade esportiva em 1971 com o 1º campeonato municipal de
futebol, no qual era coordenador. A primeira final do campeonato
guabirubense ocorreu na tarde de 17 de outubro de 1971 no antigo
estádio Luiz Imohf entre as equipes do Continental x São Pedro. O
Continental venceu por 1 x 0, com gol do atleta Ingo Schaefer.
Coordenei vários campeonatos de futebol e bocha até 2002. Convém
destacar que em 1997, foi criada a AGEA – Associação Guabirubense
de Esporte Amador, entidade da qual fui fundador e presidente até
março de 2002. Em novembro de 2002, assumi a coordenação de
esportes do bairro Aymoré, onde permaneço até hoje.
E
como o senhor idealizou os Jogos Comunitários de Guabiruba, que está
em sua 17ª edição?
Após
a criação dos Jogos Abertos Comunitários de Brusque, resolvemos
criar uma competição semelhante, onde várias modalidades
esportivas fossem disputadas numa mesma edição. O trabalho teve
início na AGEA, contando com o apoio do diretor de esportes da
Prefeitura Municipal, Valério Schweigert. Os Jogos Comunitários
começaram no dia 8 de junho de 1998. Durante seis dias foram
disputadas nove modalidades, principalmente no Clube Esportivo 10 de
Junho. Hoje os Jogos Comunitários possuem 36 modalidades, entre
competições masculinas e femininas.
Como
foi a coordenação das gravações do hino de Guabiruba com a
Orquestra Sinfônica e Coral Cristo Rei?
No
começo dos anos 80, o autor do hino de Guabiruba José Nilo Valle
estudava em Curitiba. Na época ele havia conseguido uma banda e nós
levaríamos o Coral Cristo Rei para a capital paranaense com o
objetivo da gravação do hino. O projeto não deu certo por falta de
apoio financeiro. Várias tentativas foram feitas com a administração
municipal de diversos partidos políticos e durante a administração
do prefeito Guido Antônio Kormann, José Nilo Valle na condição de
maestro da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, voltou a nos
procurar para esta gravação. Em 2004, o projeto foi concretizado.
Na ocasião, eu ocupava a chefia de gabinete do prefeito Guido. A
Associação Cultural e Coral Cristo Rei dirigiu-se ao estúdio em
Biguaçu em duas ocasiões. Na manhã do dia 15 de agosto e na noite
do dia 28 de outubro. O hino de Guabiruba foi oficialmente lançado
em sessão solene na Câmara Municipal realizada no dia 9 de dezembro
de 2004, sessão essa presidida pelo saudoso José Leopoldo Rieg e
que contou com a presença do maestro José Nilo Valle e de todos os
integrantes da Associação Cultural e Coral Cristo Rei.No CD que
recebi naquela noite do presidente da Câmara de Vereadores, o
maestro colocou a seguinte dedicatória: “Dr. Osnir, Deus há de
lhe recompensar por ter realizado nosso sonho, nosso Hino gravado.
Eternamente grato. Maestro José Nilo Valle. Guabiruba, 09/12/2004”.
Osnir e esposa Vanilde, maestro José Nilo Valle e o
regente do Coral Cristo Rei, Eusébio Nicolau Kohler.
Finalizando,
uma mensagem?
Sucesso,
paz e felicidade a todos!
Osnir
usando o microfone durante sua atividade profissional
Matias Kohler
52º
ANOS DE GUABIRUBA
O
entrevistado desta Semana é o Prefeito Muncipal de Guabiruba, Matias
Kohler,
nascido em Guabiruba, aos 04 de novembro de 1959; filhos: Marcelo
Luiz, Fernando, Rodrigo e Alexandre Matias (estes do primeiro
casamento). E Clara Mariana, da segunda união.
O
prefeito, Matias
Kohler,
e sua mulher, Patricia Heiderscheidt
Com
quem seus filhos casaram?
O
Marcelo Luiz é casado com Fabiana Ferrari. O Fernando com Cristiane
Ferrari.
Matias
Kohler e os filhos Alexandre Matias (da esquerda para a direita)
Marcelo Luiz, Rodrigo, Fernando e Clara Mariana
Por
que seus pais colocaram o nome de Matias?
Em
homenagem ao Padre Matias, que era Pároco em Guabiruba.
Sonho
de criança?
Ser
motorista de caminhão.
O
que lembra com carinho do tempo da infância?
Das
brincadeiras de criança, correr pelos pastos, jogar bola, tomar
banho nos rios, enfim, do contato com a natureza...
Histórico
Escolar?
Comecei
os estudos na Escola Isolada da Pomerânia, hoje Escola Municipal
Paulo Schmidt, onde cursei os três primeiros anos; depois fiz a
quarta e quinta séries no colégio João Boos. Aos 11 anos de idade
ingressei no Seminário Sagrado Coração de Jesus, de Corupá (SC),
onde terminei o Ensino Fundamental, seguindo para Curitiba para
cursar o primeiro e segundo ano do Ensino Médio, no Instituto
Dehoniano. Conclui o Ensino Médio no Colégio São Luiz, em
Brusque, em 1978.
Primeiro/a
professor/a?
Sercusio
Vicente Suavi
Grandes
Professores?
O
próprio Sercusio Vicente Suavi, a irmã Josete, Osnir Schlindwein,
Edenalti de Souza, além de todos os padres formadores no período em
que estudei no seminário.
O
senhor usa a internet?
Diariamente
para as necessidades que se apresentam.
Pessoas
que influenciaram?
Meus
pais Erico e Olivia Kohler, pela forma que me educaram.
.
Como
foi sua trajetória política e social?
Fui
vereador entre 1993 e 1996 e de
2009 a 2013, sendo o legislador mais votado nas eleições de 2009.
Fui presidente da Câmara Municipal de Vereadores em 2009 e 2010,
além de diretor geral da Câmara de 1997 a 1999. De 1994 a 2002
presidi o Partido Progressista (PP) de Guabiruba. De 2001 a 2004 fui
Secretário de Administração e Finanças, durante o mandato do
Prefeito Guido Kormann. Fui membro e presidente do Coral Cristo Rei e
presidente e tesoureiro da Associação de Pais e Professores – APP
da Escola Municipal Paulo Schmidt, no bairro Pomerânia, o que somou
completando dez anos de participação. Atuei como presidente entre
2001 e 2009 na Associação Hospitalar de Guabiruba e sou Sócio
Fundador da Associação Catarinense de Intercâmbio e Cultura (ACIC)
e Associação para o Desenvolvimento Rural de Guabiruba. Também sou
sócio da Sociedade Recreativa Guabirubense e do Clube Esportivo São
Pedro.
Como
surgiu a política em sua trajetória?
Em
1992 fui convidado para me filiar no Partido Progressista (PP) e me
candidatei a vereador, representando a comunidade da Pomerânia.
Qual
foi o resultado da eleição? Foi a primeira tentativa?
Foi
a primeira tentativa e fui eleito vereador com 229 votos.
Que
projetos de lei você apresentou na Casa Legislativa que teve
relevância para a Comunidade? Todos
os projetos encaminhados à Câmara Municipal tem relevância dentro
do seu contexto, mas podemos destacar o Plano de Cargos e Salários
dos Servidores e o novo Estatuto do Servidor como de grande
importância e que constavam no nosso Plano de Governo.
Como
foi a experiência como presidente da Casa Legislativa?
Foi
uma experiência muito boa, uma vez que na condução dos trabalhos
da Câmara conseguimos atender as demandas que se apresentavam, além
de reestruturar o prédio da Câmara Municipal de Vereadores, o qual
atendeu as necessidades em infraestrutura do Poder Legislativo e
criou um belo cartão postal para a cidade. Sem contar que a
experiência como legislador contribui para ser um prefeito que
entende as necessidades da
Câmara
e trabalha em parceria com o Poder Legislativo.
Matias
Kohler durante a diplomação na Câmara de Vereadores de
Guabiruba
Pela
experiência que você já tem, o cidadão sabe exatamente qual o
papel de um vereador?
O
cidadão ainda procura o vereador para solucionar problemas pontuais,
quando muitas vezes a principal função do vereador é legislar e
fiscalizar as ações do Executivo, propondo constantes melhorias.
O
Governo de Guabiruba está preparado para apresentar projetos em
Brasília no sentido de capitalizar verbas para o Município?
Não
só estamos preparados como estamos colhendo os resultados desse
trabalho. Criamos uma diretoria na prefeitura para o acompanhamento
de projetos e os resultados desses projetos estão se transformando
em creche, posto de saúde, construção de novas unidades escolares,
construção de quadras de esporte e coberturas de quadras.
Como
avalia a qualidade do transporte coletivo na cidade?
Hoje
dependemos do transporte que as empresas de Brusque nos oferecem, mas
já estamos em fase de estudos para a implantação do serviço do
transporte coletivo em Guabiruba.
Como
está Guabiruba em termos de esgoto sanitário?
Infelizmente
não houve preocupação na implantação de coleta e tratamento de
esgoto sanitário no município até então, mas estamos mudando essa
realidade. Em 2013 construímos o Plano Municipal de Saneamento
Básico e estamos buscando captação de recursos para implantação
do mesmo.
O
que destacaria das programações com vistas aos 52 anos do
Município?
As
inaugurações de pavimentações de ruas e revitalização e
ampliação de escolas, eventos esportivos, da Terceira Idade, de
Meio Ambiente e campanhas de saúde, além da 2ª Festa da
Integração, que ocorre de 6 a 8 de junho no Pavilhão São
Cristóvão, no bairro Aymoré. O evento contará com exposição de
animais, de equipamentos, feira, encontro de gaiteiros, desfile
alegórico, concurso de rainha e princesas, show musicais com as
Garotinhas de Ouro, Os Filhos do Rio Grande, Cledson e Cleber e Barra
da Saia, entre outras atrações. Também temos o tradicional desfile
cívico escolar no dia 10 de junho.
Daria
para o Sr fazer um balanço da sua gestão?
Dentro
do nosso planejamento, construímos um governo onde nos preocupamos
em estruturar legalmente e tecnicamente as ações e a partir de 2014
efetivamente realizamos obras para atender as demandas do município.
A
atuação da Câmara – a maioria acompanha o Executivo?
Sim.
Temos a maioria, mas não vemos com dificuldade a relação com os
vereadores de oposição, uma vez que todos têm um sério
compromisso com o município.
O
PMDB tenta inviabilizar a participação do PP com vistas a reeleição
do governador. É pura teimosia do Luiz Henrique?
Vejo
com naturalidade o comportamento do PMDB e do próprio senador Luiz
Henrique, aja vista a rivalidade histórica entre os dois partidos.
Como
o sr vê a atuação do Nene Colombi e do Paulo Roberto Eccel?
Acredito
na seriedade dos governantes das duas cidades.
Como
você vê governar Guabiruba juntamente com Brusque e Gaspar que
fizeram o chefe do executivo na mesma linha de atuação – PT?
As
cidades são independentes na sua forma de governar.
Um
resumo da trajetória profissional
Sempre
atuei na Kohler e CIA LTDA, empresa fundada por meu pai e dois tios.
De onde estou afastado temporariamente para exercer a função de
prefeito da cidade.
Mensagem
final
Agradeço
o espaço do Jornal em Foco e me dirijo especialmente a todos os
guabiruebenses para cumprimenta-los na passagem dos 52 anos da nossa
cidade. Reforço o convite para participarem das comemorações de
aniversário que foram preparadas com muita dedicação e agradeço a
forma carinhosa com que cada um participa na construção da história
de Guabiruba.
Publicado no Jornal EM FOCO aos 06 de junho de 2014
Suelen Cerbaro
Jornalista
A entrevistada desta semana é Suelen Cerbaro, 28 anos, é jornalista e atualmente ocupa o cargo de assessora de imprensa da Prefeitura de Guabiruba. Natural de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, chamada São Jorge, a jornalista reflete a história de muitos profissionais dessa área que são abraçados por Brusque no início da carreira. Uma experiência que era para ser temporária, acabou se prolongando por cinco anos. É filha de Leonel Cerbaro, uma homenagem do avô brizolista ao político, e de Anazir Lourdes Ancilago Cerbaro.
Nossa entrevistada, a jornalista Suelen Cerbaro, trabalhando na festa da Integração
Que
circunstâncias lhe trouxe para Brusque?
De
Brusque eu só conhecia os shoppings, até a Loja Havan. Em outubro
de 2008 uma prima que morava aqui me avisou que o jornal Município
Dia a Dia procurava jornalistas. Na época, eu havia acabado de me
formar em Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo na
Faculdade Estácio de Sá e cursava Letras e Literaturas Francesa na
Universidade Federal de Santa Catarina. Planejava estudar pra
concurso público. Quando recebi o e-mail da vaga, pesquisei sobre o
jornal e resolvi me inscrever para saber como era o mercado de
trabalho. Em uma semana conheci Brusque durante a entrevista de
emprego, na outra me mudei pra cá motivada por trabalhar em uma
redação de jornal diário.
E
como foi essa experiência no Jornal Município?
Eu
cheguei ao município em outubro de 2008, dias antes da enchente
daquele ano. De saída, aquela loucura toda com deslizamentos, água,
famílias em abrigo. Calamidade Pública. Só tinha visto coisa
parecida na televisão. Mas a experiência no jornal foi maravilhosa.
Éramos uma grande família, um time muito bom. Letícia Schlindwein,
Carina Machado, Thayse Helena Machado, Maurício Haas, Ana Paula
Braga Salamon e Aline Wernke. Depois veio o Elton Souza, Carioca,
Aline Camargo e a equipe ia se reestruturando a medida em que os mais
antigos saiam. Iniciei na editoria de Geral e Regional, fazia
reportagens das cidades de Guabiruba e Botuverá. Na maior parte do
meu tempo no jornal cobri os assuntos referentes à Segurança
Pública.
O
que lembra com carinho de ter acontecido quando estava no Jornal
Município?
É
difícil de citar um acontecimento. Cada história contada, cada
denúncia investigada, cada reconhecimento por parte do leitor, cada
errata feita na edição do dia seguinte, tudo deixa sua marca. Tem
um livro com o título “Minhas histórias dos outros”, que
retrata bem a vida de repórter. Ele vive cada história que escreve.
Ele sofre, se alegra, se indigna. Essa sensibilidade, esse olhar de
inconformismo é o que cria um bom repórter. Ouço muitas pessoas
falarem que os jornais deveriam mostrar mais coisas positivas. Temos
muito sensacionalismo, mas a essência do jornalismo é a denúncia,
é mostrar o que está errado para que se busque a solução, o
equilíbrio da sociedade.
Com a equipe do Jornal " O Município", na Fenarreco
A
experiência na Unifebe?
Foi
o local que eu conheci o que era uma assessoria de comunicação.
Outra área do jornalismo. Já havia tido uma experiência em
assessoria de imprensa no Setor de Comunicação Social na Polícia
Rodoviária Federal, em Florianópolis, com os inspetores Graziano e
Fiamoncini. Foi uma experiência bacana, se atendia a imprensa do
estado todo. Mas trabalhávamos apenas com a imprensa. Não fazíamos
publicidade, eventos. Esse outro leque da comunicação integrada,
que abrange não só escrever textos sobre a empresa na qual se
assessora, vim a aprofundar na Unifebe. Tive a oportunidade de
trabalhar com a Luana Fernandes Alves, sabe tudo sobre eventos, com o
Rafael Zen, publicitário que tenho como referência e com a Thayse,
que já havia trabalhado comigo no Jornal. Além de uma excelente
jornalista, uma grande amiga. É muito bom respirar o ar da
universidade. Sem contar que levo amigos de lá para a vida. O
professor Günther e todos os colegas, pessoas com que o carinho não
se extingue quando se deixa de conviver o dia a dia com elas. Neste
período também trabalhei como assessora de Comunicação na
Maternidade e Hospital Evangélico de Brusque. A experiência da
comunicação em saúde foi muito importante para minha experiência
profissional.
Fale
da premiação que foste agraciada na Unifebe.
Eu
sempre gostei muito de poesia. De ler, não de escrever. A não ser
nos diários da adolescência. Mas como havia o concurso aberto na
Unifebe e os meus amigos incentivaram minha inscrição, resolvi
arriscar. E a comissão julgadora considerou a poesia boa. Mas foi
minha única experiência com os versos.
Encontro com jornalistas e Mário Mota - na Unifebe
Como
surgiu a Prefeitura de Guabiruba em sua trajetória?
Quando
eu fazia matérias de Guabiruba para o jornal Município, cobria
sessão da Câmara de Vereadores, ações da prefeitura, algumas
pessoas brincavam que iriam me levar pra trabalhar lá. Eu respondia
que o convite seria aceito quando fosse oficializado, pois sempre
gostei de Guabiruba. Enfim, em junho de 2012, estava na Unifebe e o
prefeito de Guabiruba na época, Orides Kormann, me fez o convite,
pois estava sem assessor de imprensa. Eu aceitei, embora fosse fim de
mandato, véspera de eleição praticamente, onde as chances de eu
trabalhar apenas seis meses eram grandes, uma vez que o cargo é
comissionado. Minha experiência na área política era teórica, uma
pós-graduação em Gestão da Comunicação Pública e Empresarial,
pela Universidade Tuiuti do Paraná. Os desafios me motivaram a
aceitar o convite.
Cargo
que ocupa?
Continuo
como assessora de imprensa da Prefeitura. Um dos critérios
utilizados pelo prefeito Matias Kohler na escolha da sua equipe foi à
parte técnica. O que contou a favor da minha permanência. Outro
ponto foi que ele conhecia meu trabalho, principalmente enquanto
presidente da Câmara de Vereadores em 2009. É muito raro um gestor
público permanecer com um cargo comissionado de um adversário
político, até porque o partido pressiona para a mudança. No
entanto, vejo nesse posicionamento uma atitude honrada do prefeito
Matias.
Atribuições
de seu cargo?
Embora
as atribuições do cargo sejam somente assessoria de imprensa,
atender as demandas dos veículos de comunicação e escrever
releases, as funções são de assessoria de comunicação. Atuamos
na área do jornalismo, publicidade e relações públicas. Trabalha
no setor eu e a funcionária Elisandra Fischer, que pretende cursar
Publicidade e Propaganda. Ela auxilia a assessoria de imprensa e a
assessoria de gabinete. Apesar de poucas pessoas, o setor teve
grandes conquistas. Lançamos um site totalmente dinâmico e bem mais
acessível, ingressamos no Facebook, outra mídia que é alimentada
constantemente com informações públicas, licitamos uma agência de
publicidade, que é uma exigência legal para podermos anunciar nos
veículos de comunicação e temos mais novidades vindo por aí.
Teve
dificuldades da área pública?
A
burocracia, a legislação, tudo isso era novo e gerou certa
dificuldade. Uma surpresa foi conhecer outro lado de alguns veículos
de comunicação que pressionam os órgãos públicos na busca por
recursos maiores daqueles praticados, sob consequência de denegrirem
a imagem da administração e até a minha caso não fossem
atendidos. São poucos, normalmente os que não têm profissionais
jornalistas no seu quadro. Esse é um dos motivos que defendo a
exigência do diploma para jornalista. Acredito que com mais
profissionalização na área ficará mais difícil ver a linha
editorial sendo comercializada.
Costuma
ler jornais?
Sim,
diariamente. Até porque faz parte do meu trabalho.
Quais
as melhores obras que já leu?
“A
vida que ninguém vê” e o “O Olho da Rua”, da jornalista
Eliane Brum. “O Tempo e o Vento”, Erico Veríssimo, os livros de
Jorge Duarte e Wilson da Costa Bueno na área de Comunicação
Pública e Empresarial. Tenho fases para livros, na adolescência li
quase todos de Sidney Sheldon, por exemplo. Durante o curso de Letras
gostava de poesia, de Fernando Pessoa, Mario Quintana, Gregório de
Matos Guerra.
O
que está lendo atualmente?
Atualmente
minhas leituras estão mais voltadas para os livros de Logosofia.
Comecei a me estudar. Sistema mental, instintivo, sensível, enfim, a
Logosofia, significa ciência da sabedoria e tem uma bibliografia
própria, do autor Carlos Bernardo González Pecotche. Os títulos
são o Senhor de Sandara, Diálogos, Bases para sua Conduta, O
Mecanismo da Vida Consciente, entre outros. Em Brusque existe a
Fundação Logosófica, em outras cidades, como Florianópolis,
existem colégios logosóficos. Bem interessante a didática da
escola e o estudo para quem gosta de refletir sobre a vida.
Primeiro/a
Professor/a?
Darcísio
Segalin e professora Jaqueline, não lembro o sobrenome.
Do que
sente orgulho?
Da
minha família. Tenho o maior orgulho da família que tenho. Dos meus
pais, principalmente. Pela humildade, honestidade, seriedade, luta
diária. Sempre fizerem de tudo para dar condições para eu e minha
irmã estudarmos e andarmos com as nossas próprias pernas, embora
sofram com a distância. Minha irmã mora em Pelotas (RS). Mas a
gente se vê com frequência. Vou dar aos meus filhos o amor e a
educação que meus pais me deram.
Quatro gerações: Sulena Cerbaro (irmã), Suelen Cerbaro,
Anazir Lourdes Ancilago Cerbaro (mãe), Valentina Ancilago (avó),
Adelaide Fochesatto (bisavó)
Sonho
de criança?
Ser
professora.
Do que
não esquece do tempo de criança?
Minha
infância foi rodeada de primos. Meu pai tem 14 irmãos, minha mãe
oito. Minha infância foi bem no interior do Rio Grande do Sul, em
uma comunidade chamada Nossa Senhora da Saúde. Morava ao lado dos
meus avós e a casa vivia cheia de tios, primos. Não esqueço das
brincadeiras com eles e da alegria ao ver eles chegavam. Meu avô
paterno era músico de instrumentos de sopro e o materno de acordeon,
então a música sempre esteve bem presente na minha infância.
Apesar dos meus avós serem falecidos, tenho meus tios músicos e
todo encontro da família é uma festa, literalmente.
O que
faria hoje, que não teve coragem de fazer?
Tem uma
frase que diz mais ou menos o seguinte. A coragem não é a ausência
do medo, mas a sua atitude diante dele e eu nunca deixei de fazer
algo por falta de coragem. Nos momentos de indecisão, sigo o caminho
que a sensibilidade me indica. A razão explica depois.
Finalizando, para vencer no jornalismo existe uma fórmula ou tem que ter dom?
Como em qualquer outra profissão, para vencer no jornalismo é necessário gostar do que se faz. É um pouco de inspiração e muita transpiração. É importante não se acomodar. Fazer cursos, atualizar-se, recordar do que te motivou a seguir a carreira de jornalista. Ser constante no empenho em se superar enquanto profissional. É preciso ter um bom olhar e um grande coração.
Matéria publicada no jornal EM FOCO aos 20 de junho de 2014
Assessoria Jurídica
O que sente falta da infância?
Histórico escolar?
Em que período foi assessor Jurídico da Câmara de Vereadores ? Quem presidiu o Legislativo nesse período ? O que daria para destacar desse período ?
Formatura de Roque na UFSC (Florianópolis), ao lado dos padrinhos: Prefeito João Baron e Vereador Afonso Carminatti
Inauguração do busto de Henrique Dirschnabel, na Praça
Posse do avô de Roque, Henrique Dirschnabel- terceiro da esquerda para a direita - 10.06.1962
Patrícia Heiderscheidt
Primeira Dama e Secretária de Saúde de Guabiruba
Patrícia com o Matias e com as filhas em passeio de Maria Fumaça em Gramado (RS).
Finalizando, para vencer no jornalismo existe uma fórmula ou tem que ter dom?
Como em qualquer outra profissão, para vencer no jornalismo é necessário gostar do que se faz. É um pouco de inspiração e muita transpiração. É importante não se acomodar. Fazer cursos, atualizar-se, recordar do que te motivou a seguir a carreira de jornalista. Ser constante no empenho em se superar enquanto profissional. É preciso ter um bom olhar e um grande coração.
Matéria publicada no jornal EM FOCO aos 20 de junho de 2014
Roque
Luis Dirschnabel
Assessoria Jurídica
O
entrevistado desta semana é Roque Luis Dirschnabel,
nascido aos 21 dias do mês de agosto de 1956. Tem 57 anos, é filho
de Envino Dirschnabel e Lony Gartner Dirschnabel. Com a esposa Miriam
tenho três filhas, Ingrid, graduada em Farmácia pela Universidade
Federal de Santa Catarina - UFSC e com aperfeiçoamento na Uni
Tübingen, Alemanha, Karoline, cursando Arquitetura e Urbanismo pela
FURB e Brigitte, que estuda no Colégio Cônsul Carlos Renaux.
Roque, com as filhas Brigitte, Ingrid, Karoline e com a esposa Miriam -Tüpingen- Alemanha
Para
quem você torce?
Eu
torço para o Brasil, apostando nas áreas da educação e saúde,
investindo mais no campo da pesquisa e tecnologia, tornando o país
mais competitivo a nível internacional, sem esquecer que sua
grandeza está na humildade, hospitalidade e alegria de seu povo.
Sonho
de criança?
Naquele
tempo, ouvia as histórias contadas pelas pessoas mais antigas, como
do meu avô, por exemplo, sobre as ficções de Julie Verne: que o
homem iria à lua através de naves espaciais, e assim por diante.
Também, lembro-me, que no início da década de 60, meu tio Tarcísio
Dirschnabel instalou a primeira televisão na pacata Guabiruba. Tais
fatos e acontecimentos despertavam minha curiosidade sobre novas
descobertas e invenções, além de me interessar cada vez mais pela
história de Guabiruba e região. Motivado pelas leituras de
experiências científicas, meu sonho era de realizar novas
descobertas. Ainda me entusiasma a pesquisa, mas neste momento, ela é
voltada para a história.
O que sente falta da infância?
A
cada época se vive os seus momentos. Tenho muitas boas lembranças
da minha infância, como subir os morros para apanhar tangerinas,
goiabas e outras frutas longe de casa. Mas como disse, cada momento
precisa ser vivido ao seu tempo. Não tem como hoje eu sentir falta
ou querer reviver aquele tempo, apesar de ter sido muito bom.
Como
foi sua infância e juventude?
Até
os 14 anos, acompanhávamos nossos pais onde quer que fossem. Aos
finais de semana, à tarde, meus pais visitavam o opa e a oma.
Algumas vezes eram recebidos por famílias do interior e clientes do
nosso comércio de secos e molhados e de loja de tecidos. Fora isso,
podíamos brincar com os amigos, depois de fazer os deveres de casa.
Normalmente jogávamos bola num campo perto de casa, ou a gente ia
tomar banho de rio, senão brincávamos de clica (bola de gude),
mila, além de caçar passarinhos e pescar.
Pessoas
que influenciaram?
Naturalmente
meus familiares, que me deixaram suas experiências ao longo dos anos
em que fui crescendo, pois exerceram um papel importante na vida
política, econômica e social de nossa comunidade.
Histórico escolar?
Iniciei
meus estudos aos sete anos no Grupo Escolar Professor João Boos.
Cursei o Ginásio Ministro Raul Schaefer e o "Científico"
no Colégio São Luiz, em Brusque. Sou graduado em Direito pela UFSC,
com habilitação específica em Direito do Trabalho e especializado
em Direito Administrativo.
Matérias
que mais gostava? As que detestava.
De
modo geral não tive dificuldades nos estudos. Sempre me interessei
pelas matérias mais práticas e que pudessem ser úteis no futuro.
Preferia mais a área prática à teórica.
Primeira
professora?
Minha
primeira professora foi a dona Erna Ristow- uma senhora muito boa, de fisionomia serena e respeitosa.
Também, é bom lembrar que na época a diretora da escola era a Irmã
Josette, conhecida por uma educação e disciplina exemplar.
Grandes
Professores?
Acredito
que tais referências são muito pessoais, mas posso destacar o Pe.
Orlando Maria Murpfy (Diretor do Colégio São Luiz), pessoa de
caráter e de um vasto conhecimento; Desembargador Francisco May
Filho, que me impressionou pelo seu conhecimento jurídico;
Desembargador Ivo Sell, Prof. de Direito Processual Civil, Juiz de
Direito em Brusque, que empossou meu avô Henrique Dirschnabel no
cargo de Prefeito de Guabiruba em 10 de junho de 1962; Professores
Ungaretti, Umberto Grillo, Bainha, Lauro Linhares, Bayer Neto entre
outros renomados professores.
Como
resumiria sua experiência no Sind. dos Emp. no Comércio de Brusque?
Como
advogado militante na área do Direito do Trabalho, atuar no
Sindicato foi uma realização profissional. Retribuo a confiança
depositada em mim, com muita dedicação nesses 25 anos de trabalho.
Fale
sobre sua atuação junto à Câmara de Vereadores de Guabiruba?
Iniciei
minha vida profissional sendo funcionário da Câmara Municipal de
Vereadores, e ao mesmo tempo assessor jurídico da Prefeitura de
Guabiruba. Isso a partir de janeiro de 1983. O mais curioso é que eu
era o único funcionário da Câmara e exercia ao mesmo tempo a
função de assessor jurídico da Prefeitura Municipal. Tinha a
função de conciliar o conflito de interesses entre os dois poderes.
Nem sempre foi fácil elaborar os projetos de lei pela Prefeitura e
justificar os seus termos perante os Vereadores ou vice versa. Mas,
na verdade sempre prevaleceu o profissionalismo na mediação do
conflito de interesses entre o Poder Executivo e Legislativo
Municipal. Atualmente, acumular funções públicas é vedado por
lei.
Em que período foi assessor Jurídico da Câmara de Vereadores ? Quem presidiu o Legislativo nesse período ? O que daria para destacar desse período ?
É
bom lembrar que nos meus tempos de acadêmico de direito, possuindo
um bom relacionamento com o Prefeito Municipal, João Baron
(1979/1982), normalmente ou frequentemente pegava carona com ele
para ir e voltar de Florianópolis, além de o
acompanhar nos pleitos do Município junto às Secretarias de
Governo do Estado. Em confiança, o Prefeito Guido Antônio
Kormann (1983/1988), através do Prefeito João
Baron, contratou-me para os cargos de Secretário Executivo
da Câmara Municipal e Assessor Jurídico da Prefeitura Municipal.
Como na época a Câmara Municipal ocupava uma das dependências da
Prefeitura Municipal, exercia simultaneamente as duas funções entre o
Executivo e Legislativo Municipal. Naquela época ocupou a
Presidência da Câmara Municipal o Senhor Henrique Ebel pelo mesmo
partido do Prefeito.
Grandes
nomes em Guabiruba ?
É
muito delicado falar em nomes. Sabemos que todos nós contribuímos
de uma forma ou outra com a construção de nossa comunidade. Se
tivesse que apontar nomes, diria reservadamente alguns, como os
primeiros professores, Frederico Nützel, Francisco Weitgenant, João
Boos, Carlos Scharf, Arthur Wippel, etc; Entre as lideranças
políticas destacamos Carlos Boos, sem tirar o mérito dos que lhe
sucederam. Na Igreja, inegável a influência do Padre Matias Engel,
que por 22 serviu à comunidade católica do município. Um grande
nome também é do Irmão Luiz (Gottfried Gartner de Nascimento),
recentemente homenageado no Seminário de Corupá/SC pelos relevantes
serviços prestados ao Seminário. Temos ainda outros nomes
importantes de Guabiruba na vida religiosa, como nas famílias
Kohler, Boos, Nuss, Huber e outros. Na indústria e comércio tivemos
grandes empreendedores como Arthur Wippel, Henrique Dirschnabel e
Friedl Schlindwein. Hoje não teríamos espaço o suficiente para
enumerar grandes empresários que sustentam a nossa economia.
Atuou
na área social de alguma forma?
Desde
muito jovem participei de diversas entidades sociais, inclusive como
sócio fundador e presidente. Atualmente sou sócio fundador e
secretário integrante da Diretoria da ACIC (Associação
Catarinense de Intercâmbio e Cultura), sócio fundador e
Presidente do Clube Esportivo 10 de Junho (período 2002/2004) e
sócio permanente da Heimatverein de
Karlsdorf-Neuthard/Alemanha, além de Conselheiro da Casa de Brusque.
Fale
um pouco de sua trajetória profissional e de sua história de vida?
Comecei
minha vida como qualquer outro cidadão. Como filho de comerciante e
político, ingressei na vida pública como advogado, fazendo parte da
vida social que o bom relacionamento com o povo me permitiu. Além de
assessor jurídico da Prefeitura Municipal de Guabiruba por várias
gestões, continuo prestando os serviços de Assessor
Legislativo na Câmara Municipal, mas já trabalhei como advogado com
o Doutor Euclides Visconti, com escritório na Av. Cônsul Carlos
Renaux, 91, centro, em Brusque, além de lecionar a disciplina de
Legislação e Direito por sete anos, a nível de segundo grau, no
Colégio Professor João Boos. Há mais de 25 anos atuo como assessor
jurídico do Sindicato dos Empregados do Comércio de Brusque - SEC e
há 31 anos na Câmara Municipal de Guabiruba. Administramos, eu e
minha esposa, os negócios da família, que é uma Farmácia, a Farma
– Plus e a Loja Dürr-Quelle, multimarcas.
A
OAB ao não respeitar a cobrança de no mínimo R$ 500.00 de anuidade
não está afrontando o princípio da legalidade, a qual está adstrita?
Penso
que deveria existir o valor de uma anuidade mais acessível para os
novos advogados que iniciam a carreira, e outra para os que já estão
estabelecidos há mais anos. Desta feita, estaríamos amenizando as
dificuldades que sentem os advogados mais novos ou recém-formados
para entrarem no mercado de trabalho. É claro que sabemos que o
campo do direito possui espectro muito grande no mercado de trabalho,
bem como, depende da capacidade de cada um e da qualificação
profissional. Mas apesar disso, é louvável que se dê melhores
condições de acesso aos jovens advogados diante da concorrência
profissional nesta área.
Algo
que você apostou e não deu certo?
Costumo
dizer para minha esposa, que em tudo que investi deu certo. Aquilo
que deixou de dar certo era pra não acontecer. Sempre tive bons
augúrios em matéria de negócios.
O
que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de
fazer?
Nunca
me faltou coragem, mas na medida certa, sempre avaliando os riscos,
evidentemente com segurança ou com os pés no chão, como se diz
popularmente.
O
que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve,
no seu dia a dia?
Olha,
sempre tirei boas lições dos ensinamentos que tive, mas nada melhor
do que uma boa reflexão sobre tudo o que nos envolve antes e
depois, para encontrarmos o caminho certo. Aliás, tenho um provérbio
emoldurado nas dependências da casa e do sítio, que diz: "Quem
não conhece o seu objetivo não pode determinar o seu caminho" e
revelo que sempre peço ao Divino Espírito Santo para iluminar
os meus caminhos e esclarecer as minhas ideias para que eu alcance o
meu ideal.
Quais
as maiores decepções e alegrias que teve?
Não
tive grandes decepções que valham a pena lembrar, mas, por
outro lado, muitas alegrias, principalmente como o nascimento das
minhas três filhas, meninas saudáveis e inteligentes.
Qual
foi o maior desafio até agora?
Acredito
que foi a de prestar aos meus filhos uma educação de
qualidade, exemplar, respeitando os princípios éticos e familiares
cultivados pelas gerações que me antecederam, como a língua de
origem, as tradições e a cultura da nossa gente.
Você
se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez?
Provavelmente
sim, mas nada que mereça ser mencionado, até porque não tenho o
menor constrangimento de me arrepender quando estou errado. Perdoar é
uma virtude que nos deve fortalecer e não uma fraqueza propriamente
dita.
Sendo
neto de Henrique Dirschnabel - primeiro prefeito de Guabiruba - não
pensou em publicar matéria referente às realizações do avô?
Costumo
lembrar muito do meu avô, dos desafios que enfrentou na vida, do seu
caráter, destacando sobretudo sua honestidade na vida pública e
privada, como um empreendedor de visão, iniciando sua carreira como
marceneiro em oficina própria, profissão herdada de seu pai.
Depois, instalou a primeira oficina de xales de Guabiruba, seguido da
primeira fecularia e indústria têxtil, além de ser comerciante. Na
vida pública, foi escolhido pelas lideranças da comunidade para
exercer o cargo de prefeito do novo Município até as primeiras
eleições em 1962. Nossa família tem uma trajetória marcante na
vida pública e privada, além do meu avô, por exemplo, meu pai foi
o Vereador mais votado na primeira legislatura e até hoje,
proporcionalmente ao número de habitantes e eleitores, não foi
igualado ou ultrapassado.Na primeira eleição pelo PSD obteve 207
votos, tendo o Município apenas 1660 eleitores. Também a família
teve destaque na educação, entre professores e diretores de escolas
municipais.
Dos
artigos que escreveu, qual teve mais repercussão?
Contribuí
em alguns artigos com o escritor Saulo Adami, também escrevi alguns
históricos sobre o Município. Creio que o artigo de maior
repercussão foi sobre os 50 anos de Emancipação de Guabiruba, que
escrevi para a Revista Notícias de Vicente Só, a convite da
Sociedade Amigos de Brusque, conhecida por CASA de BRUSQUE.
Como
membro da Sociedade Amigos da Casa de Brusque, o que diria sob a
presidência do Dr. João José Leal ? Está no caminho certo ? O que
poderia ser feito ?
Participo
modestamente da SAB como Conselheiro da Revista Editorial.
Particularmente vejo que o Dr. Leal imprimiu uma nova dinâmica as
atividades da Casa de Brusque. Dentre as novidades, temos o Plano
Museológico, a revitalização do espaço físico da casa de
enxaimel para a promoção de exposições de artes visuais, a
digitalização do acervo fotográfico com o objetivo de
disponibilizar o acesso por meio da mídia eletrônica e o mesmo com
relação ao acervo de jornais antigos e demais documentos. O Dr.
João José Leal está envidando todos os seus esforços no sentido
de reestruturar a Casa de Brusque com novas perspectivas de atuação
no campo sócio-cultural e museológico, com a participação cada
vez maior da sociedade civil e entes de direito público. Os novos
projetos que estão sendo executados representam um grande avanço
para a preservação da memória e história de Brusque e região.
Qual
a mensagem final que você gostaria de deixar?
Não
estamos neste mundo por acaso. Temos que ter a consciência que o
futuro está em nossas mãos. É preciso apreender com o passado,
olhando para frente, sempre em busca de novos ideais. Não esmoreça
diante dos obstáculos; que sirvam de lição, para alcançar os seus
objetivos. O mundo está cheio de oportunidades, tudo pode ser
conquistado. Em qualquer situação, para ser alguém na vida é
preciso ter respeito e dignidade com o próximo. Se você perder a
honra, tudo está perdido.O importante é cada um viver a sua realidade, aprender a confiar em si mesmo para ser feliz.
Formatura de Roque na UFSC (Florianópolis), ao lado dos padrinhos: Prefeito João Baron e Vereador Afonso Carminatti
Inauguração do busto de Henrique Dirschnabel, na Praça
Posse do avô de Roque, Henrique Dirschnabel- terceiro da esquerda para a direita - 10.06.1962
Roque, a esposa e a equipe de trabalho da Farmácia, um dos negócios da família
Publicado no Jornal EM FOCO aos 01 de setembro de 2014
Publicado no Jornal EM FOCO aos 01 de setembro de 2014
Patrícia Heiderscheidt
Primeira Dama e Secretária de Saúde de Guabiruba
A entrevistada da semana
é a Secretária de Saúde de Guabiruba,
Patrícia Heiderscheidt, nascida em Brusque aos 15 de
julho de 1975 – tendo morado em Major Gercino até aos 7 anos de
idade, quando então veio para Guabiruba; filha de Tarcisio
Francisco Heiderscheidt e Maria N. Otto; casada com Matias
Kohler – Prefeito de Guabiruba; filhos: Maria Eduarda H.
Gums e Clara Mariana H. Kohler.
Sonho
de criança?
Sonhava
ser professora.
Histórico
escolar:
Ensino
Fundamental no Colégio Professor João Boos e Ensino Médio
no Colégio Cenecista Honório Miranda.
Como
era a escola na sua infância?
Tinham
regras bem rígidas e respeitávamos muito os professores. Usávamos
uniformes, comemoravam-se os dias cívicos, como Dia da Bandeira, Dia
da Pátria e o Hino Nacional era cantado semanalmente.
De que
atividades gostava de participar?
Atividades
de Educação Física.
Quais
as matérias que mais gostava e as que detestava?
Gostava
das disciplinas de Ciências e Matemática e não simpatizava com
Física.
Primeiro/a
professor/a?
Inês
Jasper.
Grandes
professores?
Mayda
Dalségio e Edinalte de Souza.
Pessoas
que influenciaram?
Meus pais
sempre foram um grande exemplo para mim. A forma como encararam a
vida, lutaram para dar o melhor aos filhos, suas condutas, conselhos
e honestidade me influenciaram e me inspiram diariamente.
O
Valcir Jordão Heiderscheit da Secretaria de Obras do Município de
Brusque é parente seu?
Talvez
tenhamos algum grau de parentesco, mas não tenho conhecimento.
Como
se sente sendo a primeira dama e Secretária de Saúde?
Com
dupla responsabilidade. As funções de primeira dama acabam sendo
mais sociais, acompanhar o prefeito em eventos, auxiliar na
organização de desfiles que envolvem o município, entre outras
questões sociais. E na Secretaria de Saúde os desafios são
diários. No dia 20 de agosto assumi a secretaria com o desafio de
dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos, atender as demandas da
população e otimizar os recursos. A responsabilidade de cuidar da
saúde das pessoas é enorme. Ainda sou mãe e tenho uma família
para zelar. Eu diria que hoje tenho aproveitado muito melhor o tempo
para dar conta dessas três grandes responsabilidades.
Quantos
Postos de Saúde têm Guabiruba/ quais as localizações?
Guabiruba possui seis Unidades Básicas de Saúde (UBS): Guabiruba
Sul, Lageado Baixo, Aymoré, São Pedro, Imigrante e Centro, onde
fica a Policlínica. A Secretaria também faz o repasse de recursos
financeiros para a manutenção da Associação Hospitalar do
município.
Como
são indicadas as chefias dos Postos?
Normalmente é a enfermeira ou enfermeiro que faz parte da Estratégia
da Saúde da Família quem é o responsável pela Unidade Básica de
Saúde, procurando valorizar os servidores efetivos.
Há
previsão para mais unidades de Saúde?
Está
prevista a inauguração para o primeiro semestre deste ano de uma
unidade totalmente nova no bairro Imigrante. A obra está sendo
concluída. Ainda neste semestre os usuários do Sistema Único de
Saúde do bairro terão mais qualidade de infraestrutura ao serem
atendidos. Também reformamos os postos de saúde dos bairros Lageado
Baixo e São Pedro.
Quais
os melhores livros que leu?
O Menino
de Pijama Listrado (John Boyne), O Monge e o Executivo (James
C. Hunter), entre outros.
O que
está lendo agora?
O
Administrador de Sonhos (Matthew Kelly).
Costuma
ler jornais?
Sim,
principalmente as reportagens e textos que falam sobre saúde.
Algo
que você apostou e não deu certo?
Não
diria que apostei em algo e não deu certo. Tudo são experiências
de vida, aprendizado. Eu tinha uma loja e vendia roupas em Guabiruba.
Quando engravidei da Clara Mariana ficou inviável viajar para São
Paulo fazer as compras e acabei fechando a loja. Não encaro isso
como um negócio que não deu certo, mas como uma experiência
profissional que em determinado momento não se tornou viável.
O que
faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de
fazer?
Quando
olhamos para o passado com os olhos de hoje, ou seja, com a
experiência acumulada no decorrer dos anos, com certeza faríamos
alguns ajustes, mas fazendo essa análise vejo que por falta de
coragem não deixei de fazer as coisas. Sempre tive ao meu lado
pessoas que me apoiavam nas minhas decisões.
Quais
as suas aspirações?
Acredito
que meu trabalho no período de 2 de janeiro de 2001 a 31 de dezembro
de 2004, durante o mandato do prefeito Guido Antônio Kormann, foi
essencial para minha nomeação como Secretária de Saúde e pretendo
corresponder às expectativas do Matias e do Zirke ao desempenhar as
funções diante de uma das secretarias mais importantes do
município, que é a saúde. Essa é uma área que existem muitos e
muitos desafios, que precisam ser resolvidos com recursos cada vez
mais escassos. Minhas aspirações são nesse sentido. De conseguir
atender as demandas da população com os recursos que temos
disponíveis.
Patrícia com o Matias e com as filhas em passeio de Maria Fumaça em Gramado (RS).
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