Ariane Luise Bolognini
Psicóloga
A entrevistada desta semana é a psicóloga no Poder Judiciário – Fórum de Brusque – e ex- presidente do Conselho Municipal sobre Drogas, Ariane Luise Bolognini, nascida em Brusque - mas sempre morou em Guabiruba - aos 24 de outubro de 1979. Filha de Nelson José Bolognini e Licir Wippel Bolognini, dois irmãos: Rodrigo André e Ana. É noiva de André G. Maurici.
Foto
Nossa entrevista
com a família
Quais são as lembranças que você tem
da sua infância?
São muitas... as festas em família na casa de meus avós,
de quem eu sinto muitas saudades... as brincadeiras criativas com meus irmãos e
primos nas datas festivas, e o dia a dia, também de muita brincadeira com os
amigos, vizinhos e irmãos...tínhamos um “clubinho”, podíamos circular com
tranquilidade na vizinhança, brincar na rua e isso tudo era muito bom.
Você
tem amigos da infância ainda?
Muitos...tenho um grupo de amigas que
se encontra semanalmente e muitas delas conheço desde a infância. Tenho três grandes
amigas da época do colégio, pessoas muito especiais para mim, que estão morando
em outros países, mas a amizade verdadeira nos mantêm sempre próximas... e
quando elas retornam e nos encontramos,
é como se o tempo não tivesse passado. Considero que tenho muitos e verdadeiros
amigos, de longa data...a amizade para mim é fundamental para a felicidade!
O que sente falta da
infância?
Acho que de tudo... dos avós que partiram...das brincadeiras...do tempo
passar mais devagar!
Quando você era
criança queria ser adulto?
Não me lembro de querer ser adulta, talvez me imaginava
adulta...mas acho que gostei muito de cada fase, da infância...da
adolescência...
Sonho
de criança? Em que você sonhava ser quando era pequena?
Lembro que, certamente, inspirada na minha
mãe, pensei em ser professora...mas nunca tive um sonho relacionado à profissão
muito definida, acho que a possibilidade de trabalhar com crianças me conduziu
a escolha pela Psicologia.
Histórico
escolar?
Cursou o Ensino Fundamental e Médio no Colégio São Luiz e
formou-se em Psicologia pela FURB – Blumenau. Realizou Pós-graduação em Gestão
Estratégica em Recursos Humanos e em Psicologia e Saúde Mental Coletiva, pela
ASSEVIM, e está cursando Pós Graduação em Gestão Interdisciplinar de Conflitos
no Judiciário Contemporâneo, pela Academia Judicial do Poder Judiciário de
Santa Catarina
Pessoas
que influenciaram?
Meus pais, por toda a dedicação e pelos
valores que transmitiram a mim e meus irmãos (Rodrigo e Ana Carolina). O
incentivo ao estudo e ao trabalho, bem como a escolha pela Psicologia acredito
que teve influência da minha mãe, pelo exemplo de dedicação e comprometimento
que ela sempre teve em relação ao seu trabalho com a Educação. Sinto-me feliz e
realizada com pequenas coisas do meu dia a dia, tanto na minha profissão quanto
na vida pessoal, e alegria e espontaneidade que conduzem minhas escolhas são
valores transmitidos pelo meu pai, pela maneira que ele “vê a vida”, com
simplicidade e generosidade.
Quais as atribuições
de seu cargo?
Como Psicóloga no Poder Judiciário, atuando no Fórum de
Brusque, as atribuições do meu cargo
são: a realização de avaliação psicológica, a preparação dos pretendentes à
adoção, a instrução na mediação familiar, entre outras funções relacionadas à
Psicologia.
Você
presidiu o COMAD até início de dezembro, como funciona o Conselho Municipal sobre drogas -COMAD?
O Conselho Municipal sobre Drogas – COMAD,
assim como os demais Conselhos, é um espaço de participação comunitária e
controle social que objetiva garantir o envolvimento de representantes da
comunidade, de instituições e órgãos governamentais e não governamentais no debate,
proposição, fiscalização e gestão das políticas públicas de atenção às drogas.
O COMAD de Brusque reúne-se na primeira terça-feira de cada mês, nas
dependências da Prefeitura Municipal de Brusque.
Qual o comando legal
que rege o Comad?
O COMAD de Brusque foi criado em 1999, pela Lei nº 2340/99 e é regido
pela Lei 2.941/2006.
Um breve histórico das Dirtorias do COMAD?
Diretorias
do Conselho Municipal Antidrogas: Em 2002: Presidente: Paulo
Vendelino Kons e Vice-presidente:
Valberto Dell’Antônia (Comandante da 1ª. Companhia do 10º Batalhão). Em 2003:
Presidente: Paulo Vendelino Kons e Vice-presidente: Valberto
Dell’Antônia. Em 2004: Presidente: Paulo Vendelino Kons e Vice-presidente: Maria
Valzete Ludvig Walendowsky (ACIBr) e Secretária: Maria da Glória Almeida (Igreja
Católica). Em 2005: Presidente: Paulo Vendelino Kons, Vice-presidente: Cláudio
Roberto Koglin (Comandante da 1ª. Companhia do 10º Batalhão) e Secretária: Osmarilda
dos Santos Valle (SENAI) e após 2006 presidiram
o COMAD: Maria da Glória Almeida (Igreja Católica); Maria Valzete Ludvig
Walendowsky (ACIBr); Luiz Elias Valle (Unifebe - NPJ); Psicóloga Ariane
Luise Bolognini (Fórum da Justiça estadual da Comarca de Brusque)
Obs:
Quanto ao histórico das diretorias tivemos contribuição do historiador Paulo
Vendelino Kons
Quais os atuais conselheiros?
Ariane Luise Bolognini, Tatiana
Qual a sua maior
aspiração?
Nesse momento, meu maior desejo é sempre ter oportunidade, disposição e
saúde (fundamental) para seguir em frente com os estudos, o trabalho e as
realizações da vida pessoal.
O que a
incomoda ?
A injustiça, o sofrimento humano causado pelo
que entendemos como “injustiça” me
incomoda muito.
Qual foi o maior desafio até agora?
Acho que os
desafios, até hoje, foram os relacionados aos estudos, a dedicação para passar
no vestibular e nos concursos
públicos...Mas o dia a dia sempre traz desafios, temos que nos comprometer e
conhecer mais sobre o que fazemos.
Você se arrependeu
de alguma coisa que disse ou que fez?
Tenho a característica de expor meu
posicionamento, aquilo que penso... e corro atrás do que acredito ser correto,
por isso acredito que já devo ter dito ou feito coisas que não agradaram e
talvez, tenham magoado alguém. Mas sempre tentei consertar o que talvez tenha feito ou dito de maneira
inapropriada...
Algo cômico que
aconteceu na sua vida?
Já aconteceu muita coisa engraçada na minha vida, não daria para relatar
uma só história...têm coisas muito cômicas da época de escola, com os amigos...depois
situações na faculdade, como perder a sandália e arrebentar alça da bolsa na
“luta” para conseguir garantir um lugar para voltar mais cedo da FURB (quem
estudou lá há uns 10 anos, vai lembrar do “empurra-empurra”, antes de pensarmos
em organizar uma fila para o ônibus)...até no trabalho, sempre me recordo de
uma intervenção junto com a assistente social em que atolamos o carro...enfim,
têm muitas lembranças que me fazem rir!!!
Algo que você apostou
e não deu certo?
Acredito que todos os meus esforços trouxeram
resultados que eu esperava , não me recordo de ter apostado em algo que posso
considerar que não deu certo. Principalmente no trabalho, existiram projetos ou
idéias que não foram levadas a diante, mas não considero como “não dar certo”,
mas sim como momentos de aprendizagem.
O que farias se
estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Eu considero que ainda estou no início da
minha carreira... tenho muito para aprender e certamente com os anos de
experiência e maior conhecimento vou olhar para trás e achar que deveria ter
feito muita coisa diferente, não por falta de coragem, talvez por falta de
maturidade profissional...mas isso faz parte da construção de uma carreira.
O que
você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a
dia?
Pensando, primeiramente, nos meus pais e
depois grandes professores que tive desde o colégio até nos curso de
pós-graduação, acredito que, além dos conhecimentos técnicos, o que mais busco
aplicar no dia a dia é a ética e o comprometimento com o que faço.
Quais
as maiores decepções e alegrias que teve?
Se tive decepções não foram tão grandes a
ponto de serem significativas...as alegrias com certeza ocupam a maior parte da
minha vida...me considero realizada no trabalho, no namoro, com minha família,
meus amigos. Uma das últimas alegrias é ter sido tia de um sobrinho lindo...ter
visto amigas se tornarem mães maravilhosas...enfim, são muitas.
O que você mudaria se
pudesse na profissão que exerce?
Penso que a gente sempre pode e deve pensar em mudar quando se trata de
melhorar, então, na minha atuação profissional, hoje, penso em ampliar as
práticas educativas. Acredito que, assim, a Psicologia poderá alcançar um maior
número de pessoas.
O que está
lendo no momento?
No momento, as leituras estão voltadas para o trabalho e
para as atividades relacionadas ao curso de formação que estou participando.
Fale de sua
pós
Estou realizando uma Pós-graduação em Gestão
Interdisciplinar de Conflitos no Judiciário Contemporâneo, promovida pelo Poder
Judiciário aos técnicos da Psicologia e Serviço Social, e tem sido uma
oportunidade muito rica para ampliar meus conhecimentos sobre a atuação da
psicologia na interface com a justiça.
Como
foi sua trajetória profissional?
Iniciei minha trajetória profissional como
agente administrativo, na Prefeitura Municipal de Guabiruba, e meu primeiro
trabalho foi na Biblioteca Municipal, que funcionava nas dependências da Escola
João Boos. Na ocasião já estava na universidade e a possibilidade de trabalhar
em uma escola, com jovens e crianças, reforçou minha escolha pela Psicologia.
Como agente administrativa, também atuei na Prefeitura Municipal com diversas
funções. Em 2007, iniciei os trabalhos como Psicóloga da Secretaria de Saúde de
Guabiruba, onde vivenciei momentos de
muito aprendizado e realizações profissionais, além de ter construído muitas
amizades. Há cerca de cinco anos, integro o quadro de Psicólogos do Poder
Judiciário Catarinense, que também tem sido uma experiência de aprendizado e
dedicação.
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