domingo, 15 de dezembro de 2013

Botuverá: conversando com Prefeitos e Vices

  Ademir Luiz Maestri


ADEMIR LUIZ MAESTRI: Filho de Pedro e Ana Colombi Maestri. Natural de Botuverá, antes Brusque, nascido aos 28.08.53; cônjuge: Ivete Zabel, filho Cristiano Luiz. Vereador na legislatura 77/83; Presidente da Câmara 77/78; Sexto Prefeito de Botuverá, o quinto eleito.

 Foi vereador? Lembra osIntegrantes daquela legislatura?
Sim. Integraram a legislatura 77/83 comigo: Geracir Bambinetti, Dito Luiz Bosco, Alécio Pavesi, Arlindo Schaadt, Willy F. Maestri, hoje falecido e, Luiz Graf.

Quem foi o Presidente da Casa Legislativa naquela legislatura?
Eu em 77/78, o Arlindo Schaadt e Willy F. Maestri, já que permanecemos por seis anos como vereadores.

Dá para afirmar-se politicamente como vereador?
Não. Não podemos afirmar. Veja o meu caso, além da vereança, respondia pela fiscalização da Prefeitura e era mão direita do Prefeito Zenor Francisco Sgrott

Foi Prefeito em que período? De quem recebeu e a quem passou as chaves da Prefeitura?
Fui Prefeito no mesmo período do Saudoso José Celso Bonatelli, em Brusque, ou seja, de 83/88. Recebemos as chaves de Zenor Francisco Sgrott/Alexandre Dalcégio e entregamos ao Nilo Barni/Moacir Merízio.

Das obras realizadas, quais considerou mais importantes para a comunidade botuveraense?
O Ginásio de Esportes; a Delegacia de Polícia; a construção das Escolas de Lageado Alto, Lageado Baixo, Sessenta e Vargem Pequena e reforma de outras escolas, a construção de pontes e abertura de estradas.

Aconteceu algum fato curioso em sua gestão?
Um fato que poderíamos mencionar foi um cidadão- Augusto Kua – hoje falecido, que não sabia nem ler e nem escrever e toda semana estava atrás de mim, para ser nomeado Delegado.

Qual foi o papel do vice? Assumiu em alguma oportunidade?
Eu era um Prefeito de campo, estava junto às obras e atividades e o Dino, permanecia mais junto ao Paço Municipal, como um Secretário-Geral. Lembro ter passado o cargo para o mesmo, por um período de 30 dias.

Como é administrar um Município com o porte de Botuverá?
Pelo fato de os munícipes dependerem, quase que essencialmente, da agricultura, os pedidos junto ao Prefeito são inúmeros e constantes.

Como era integrada a Casa Legislativa em 83/88, quando o sr chefiou o Poder Executivo?
José Moliari Filho, José Pozzi, Ismar J. Lussolli, Pedro Araldi, José Angelo Tachini, Osnir Buschirolli e Miguel João Lira.

Lembra quem ocupou as principais Secretarias?
Pela Tesouraria respondia Rita Maestri; Obras, inicialmente, Zenor F. Sgrott e depois, Zerto Lamin; a Contabilidade estava confiada ao Érico Habitzreuter e o Engenheiro, era o Ivan Walendowsky.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 06.03.2002. 

  Alexandre Dalcégio


ALEXANDRE DALCÉGIO: Filho de Francisco Dalcégio e Rosa Merízio Dalcégio, natural de Águas Negras, hoje Botuverá, nascido aos 08.09.27. Cônjuge: Rosa Tomio Dalcégio, casados em 16.07.53. Dez irmãos: Ludovico, Isidoro, Josefina, Ana, Guilherme, Alexandre, Pedro, Elsa, Santo e Antônio. Oito filhos: Dino José, Odete Luzia, Ambrósio, Maria Aparecida, Nelson, Salete, Vilson e Joaquim (in memoriam). Treze netos: Arthur Alexandre, Maiara, Martina, Fernanda Cristina, Eduardo, Gustavo, Jonathan, Renato, Susane, Murilo, Ricardo, Jenifer e Renan. Foi Vereador na legislatura 66/69. Vice-Prefeito de Botuverá na gestão 77/83.

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Uma palhinha da descendência

Margarida, esposa do Dino Jose: filha de Arthur e Leonor Schaefer Schumacher; Valdir, marido de Odete Luzia , filho de Beno e Olindia Pinheiro Schlindwein; Elizabete, casada com Ambrósio, filha de Anísio e Nadir Ceccato; Bernadete, viúva de Joaquim, irmão de Valdir Schlindwein; Roberto, casado com Maria Aparecida, filho de José e Irma Weber Crespi; Jovane, casada com Nelson, filha de Zenor F. Sgrott e Bernadina Tomazia Sgrott; Karin, casada com Vilson, filha de Anívio e Maria Renate de Oliveira Graf e Alessandro, casado com Salete, filho de Leonardo e Odete Aurili.

 Foi vereador? Presidiu o legislastivo botuveraense?
Sim, na legislatura 66/69, juntamente com Jaimer Werner, Willy F.Maestri, Germano Barni, José Bonus Leite Carroso, Dionísio P. Colzani e Isidoro Dalcégio. Presidi o Legislativo Botuveraenes.

O que era Alexandre Dalcégio, quando foi eleito Vice-Prefeito?
Eu administrava a Madeireira Dalcégio, de minha propriedade.

Que autoridade comandou o ato da posse?
Foi o Dr Elói Dadam, ( Juiz da Comarca no período de 17.02.72 a 26.03.82).

Como Vice-Prefeito, qual foi o seu papel junto à Prefeitura?
Como o Prefeito Zenor disse na matéria publicada em 21.02,02, apesar de sempre demonstrar interesse que eu assumisse o cargo de Prefeito em alguns períodos, não quis, devido o compromisso profissional com a Serraria, todavia, acompanhava sempre as viagens à Capital, na tentativa de obter e firmar convênios e auferir recursos financeiros ou, resolver problemas do Município.

Como era o comportamento da população em relação a Administração Municipal?
Ah, o mesmo que hoje, as pessoas querem auxílios e esperam tudo do Administrador Público, talvez, pelo fato de o Município não poder oferecer empregos necessários à população economicamente ativa, vez que o Município não dispõe de alternativas de geração de empregos suficientes

Principais benefícios à população da Administração Zenor/Dalcégio?
Acrescentamos diversos benefícios à população botuveraense: Unidade Sanitária, Escola Básica Padre João Stolfe, implantação de telefone e eletrificação rural, abertura de estradas, construção de pontes, abertura da Agência do BESC, BNC, BB e a implantação da ACARESC, hoje EPAGRI.

Lembra de algum fato interessante?
Acho que um fato que merece registro é que transmiti o cargo de Vice Prefeito, para meu filho Dino José.

O que faz Alexandre Dalcégio, hoje?
Tenho a Madeireira e 40% das ações da Fiação Águas Negras

Qual a geração de empregos diretos das duas empresas?
A madeireira ocupa 12 empregados e a fiação, 60.
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 Em Veneza, Itália

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Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 07 de setembro de 2002. 

  Aguiar Assini


AGUIAR ASSINI: Filho de Valdívio e Anair Merízio Assini; natural de Águas Negras, nascido aos 21.04.64. São em quatro irmãos: Gilson, Adailton, Éderson e Aguiar. Cônjuge: Marilene Merízio Assini, nascida aos 23.09.64 e casados aos 23.01.88; dois filhos: Jéssica Daiana e Benhur. Vice-Prefeito de Botuverá na administração 97/2000. Torce para o C R Flamengo.
Coomo foi sua vida profissional até aqui?

Quando estudante trabalhei um período pequeno na Lemus (Brusque), depois fui trabalhar na madeireira de meu pai; hoje administro a madeireira e a fiação ADM.
 A esposa integra o quadro do magistério municipal?

Sim, minha esposa, a paysanduana Marilene, integrCa o quadro do magistério municipal, atuando na Escola Municipal de Águas Negras.
Como ingressou na Política, direto como candidato à Vice-Prefeito?

Sim, entrei direto como candidato à Vice. O Moacir Merízio veio convidar para uma reunião do PMDB, no sentido de escolher o Vice do Nilo Barni, como desempenhava algumas atividades de liderança na localidade e o Vice deveria sair de Águas Negras, haja vista, ser o bairro mais populoso, quando cheguei na reunião já estava decidido pelo diretório, mesmo assim fizeram a votação. Ressalte-se, que a dobradinha Nilo/Aguiar refletiu tão positivamente, que não tivemos opositores, nem concorrentes nos demais partidos.
Algum antecedente político?

Sim, o avô, o saudoso Pedro Merízio e o tio Moacir Merízio.
Como é fazer campanha política em Botuverá?

Como é um município de pequeno porte, a campanha é no corpo a corpo, vai-se nas residências e pede-se diretamente o voto, diferindo de centros maiores, onde prevalece o palanque.
De quem recebeu o cargo de Vice-prefeito e a quem entregou?
Recebi o cargo do empresário Geracir Bambinetti e entreguei ao Professor Moacir Merízio.

Que obras ressaltaria da Administração Nilo Barni/Aguiar Assini?
Destacaria a pavimentação asfáltica para Ribeirão de Porto Franco e para Gabiróba – aproximadamente seis quilômetros; a aquisição de caminhões, trator de esteira e um ônibus, melhorias nas proximidades da Caverna e a construção de galerias nos córregos e ribeirões.

Fale da composição do Legislativo, relacionamento com o Poder legislante, se tinham a maioria? Quem presidiu o Legislativo naquela legislatura?
Dos nove integrantes da Casa Legislativa, sete eram da situação e dois eram do PSDB. Os Projetos de Leis tramitavam normalmente. A Câmara era formada pelos seguintes edis: Valdírio Compiani, Edilson José Maestri, Marcos Roberto Leite, Érico Brogni, Jaime José Rescarolli, Celso Bresciani, Angelo Luiz Venzon, José Hermínio Colzani e Zelita Zete Cestari. Presidiram o Legislativo Edilson José Maestri, Érico Brogni, Angelo Luiz Venzon e Zelita Zete Maestri.

Qual foi o papel do Vice?
O meu papel como Vice-Prefeito foi substituir o Nilo Barni, em suas licenças e férias, inclusive nos meses de novembro e dezembro.

Como é administrar um Município do porte de Botuverá?
Você sabe que um município de pequeno porte não são destinadas verbas representativas. As iniciativas tem que serem atacadas com recursos próprios, ressaltando-se que o pessoal mais carente vai direto no Prefeito e Vice, buscar auxílio para suas necessidades básicas.

Não pensa em retornar como candidato?
Não tenho mais pretensões políticas, a não ser que aconteça o mesmo que ocorreu quando fui escolhido para ser o Vice... mas, no momento, não tenho intenção de retornar à política.

Fatos marcantes em sua vida?
O nascimento dos dois filhos: Jéssica Daiana e Benhur; ter sido eleito Vice-Prefeito de Botuverá; a vitória do Nilo e Moacir, como um reconhecimento pela administração 97/2000, permanecendo na Prefeitura com o PMDB; te contribuído com a eleição do vereador Gilson Hilbert.

Grandes nomes em Botuverá?
Entre outros, cito: José Bonomini, Sérgio José Colombi, Ismar Pedrini, Valdir Domingos Paloschi, Silvino Schmidt, Maria Merízio - um exemplo de vida, Arlindo Tachini, Nilo Barni e Moacir Merízio.

O que faz Aguiar Assini, hoje?
Hoje administro a Madeireira Assini e a Fiação ADM, tendo como hobby: andar à cavalo e participar de torneio trinca ferro.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 24 de outubro de 2003.

  Dino José Dalcégio 


Dino José Dalcégio.
DINO JOSÉ DALCÉGIO: Filho de Alexandre e Rosa Tomio Dalcégio, natural de Botuverá, nascido aos 17.05.56; cônjuge: Margarida Schumacher Dalcégio, casados aos 08.05. 82; três filhos: Arthur Alexandre, cursando Engenharia Mecânica na UFSC – tirou o segundo lugar na classificação do vestibular para a cadeira de engenharia- Maiara – Cursando Medicina na UFSC – obteve a sexta classificação geral no vestibular e Martina, cursando o segundo grau no Honorário Miranda; foi Vice- Prefeito, na Administração Ademir Luiz Maestri. Torce pelo C. A. Carlos Renaux e Botafogo

 Fale de sua formação e carreira.
Em 67, fui para Rio Negrinho –Seminário, depois o primeiro grau em Corupá, o segundo grau em Curitiba, o noviciado em Rio do Cerro e em Brusque, Estudos Sociais – filosofia, em seguida pós-graduação em Administração de empresas. Vice-Prefeito 83/88 e, ao mesmo tempo colei grau em bacharel em Direito, em 88, na Univali. Em 88, Diretor da Fiação Botuverá e em 92, com duas frentes: Diretor da Tecelagem Atlântica e a Fábrica de meias Griffo’s e, finalmente a Daltex e a Administração dos Postos de Combustível da família.

Como era administrar um município do porte de Botuverá?
Antes da Constituição de 88, dos 199 municípios catarinenses, éramos o 196 município em arrecadação. Hoje, com 213 municípios, devemos ocupar a 140 a150 posição. A CF/88, ressalte-se, a partir de 01.01.89, trouxe mais retorno aos municípios brasileiros. Então, antes, na época em que administrávamos Botuverá a arrecadação só permitia a manutenção dos equipamentos e cobrir a folha do quadro de pessoal.

Como foi a Administração 83/88?
A Prefeitura foi administrada de uma forma um tanto equivocada, apesar de sugerirmos que fosse alterada a forma de administrá-la, jamais foi acatada.

Como foi o relacionamento com o Poder Legislativo?
Tivemos um relacionamento normal, inclusive, tínhamos a maioria na Casa Legislativa. Os Projetos de Leis tramitavam normalmente.

Quais as principais obras realizadas?
A quadra de esportes – com recursos de Brasília, a Escola do Sessenta e do Lajeado, a reforma das Escolas de Vargem Pequena e Vargem Grande, a ampliação da Escola de Águas Negras e a quadra de esportes, a construção da Delegacia de Polícia, recebemos como doação para o Estado, pela Votorantim das terras da Caverna e implantamos a Celesc, até então com energia fornecida pela Cooperativa de eletrificação rural – que adquiria a energia da Celesc e revendia - resultando , com a medida adotada, numa melhor qualidade e na redução do custo da energia aos agricultores.

Qual foi o seu verdadeiro papel na dobradinha Ademir Luiz Maestri/Dino José Dalcégio, na Administração de Botuverá, na gestão 83/88?
A administração burocrática da Prefeitura e a busca de verbas e convênios junto ao Governo estadual e federal. Registre-se, algumas vezes fui acompanhado pelo Ademir Luiz Maestri, Prefeito.

Nunca pensou em candidatar-se à Prefeito?
Até fui convidado, entretanto como fui morar em Brusque e, com a necessidade sempre crescente de dedicação – quase que exclusiva na administração da empresa e Postos, não aceitei. Ressalte-se, que sempre estive e estou ligado à política, mas não penso em sair como candidato à Prefeito.

Quais as perspectivas par ao PP em Botuverá?
O PP tem muitos votos em Botuverá, todavia o Partido não dispõe de um candidato com qualificação para enfrentar os opositores, historicamente já testados política e administrativamente.

O que faz Dino José Dalcégio, hoje?
Administro a empresa Griffo’s; administro a Daltex e os Postos, gosto de andar à cavalo, leio jornais diariamente, leio Veja, Super-Interessante e a Exame.

Referências
  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 07 de maio de 2004.

 Geracir Bambinetti


GERACIR BAMBINETTI: Filho de Jose e Maria Luiz, natural de Ribeirão do Ouro, hoje Botuverá, nascido aos 30.06.42. São em 7 irmãos: Geracir, Naltair, José, Jerônima, Dilma, Ademirde e Miriana. Cônjuge: Elita Eccel Bambinetti, casados aos 03.10.84; dois filhos: Jean e Angélica; dois netos: Jeana e Jeórgia. Torce pelo Vasco da Gama. Foi vereador e Vice-Prefeito de Botuverá, hoje é empresário na Mineração Rio do Ouro.  

Uma palhinha da descendência

Jean casou com Joelma Buschirolli, tem duas filhas: Jeana e Jeórgia. Angélica ainda é menor.  

Vida profissional?
Trabalhei na lavoura, fui motorista, hoje sou empresário na Mineração Rio do Ouro.

Como político?
Integrei o Poder Legislativo na legislatura 77/82 e fui Vice-Prefeito em 93/96.

Como era formada a legislatura 77/82?
Fizeram parte daquela legislatura: Geracir Bambinetti, Ademir Luiz Maestri, Dito Luiz Bosco, Alécio Pavesi, Arlindo Schaadt, Willi F. Maestri e Luiz Graf.

E a presidência da Casa?
Ocuparam a presidência da Casa: Ademir Luiz Maestri, Willi F. Maestri e Arlindo Schaadt.

E como Vice-Prefeito?
Fui Vice Prefeito na gestão 93/96, em que chefiou o Poder Executivo Moacir Merízio.

Lembra dos integrantes da Casa Legislativa no período em que foi Vice-Prefeito?
A Câmara era formada na administraçãol 93/96 por 9 edis: Valdírio Compiani, Edilson José Maestri, Valmir José Betinelli, Marcos Roberto Leite, João Batista Brogni, Vilson Paulo Bonomini, Jaime Bressiani, Isair Fugazze e Pedrinho Conaco.

E a presidência da Casa?
A presidência foi ocupada por Valdírio Compiani, João Batista Brogni e Edilson José Maestri.

Nunca pensou em sair candidato à Prefeito?
Não, não pensei em sair candidato à Prefeito.

Como surgiu o Geracir Bambinetti, político?
Foi numa reunião em que participei... até era para sair candidato o Valdir Domingos Paloschi e acabei saindo candidato.

Como é ser político num município do porte de Botuverá?
Muitos pedidos e poucos recursos.

Grandes políticos de seu tempo?
José Bonus Leite Carroso, Nilo Barni, Moacir Merízio, Ademir Luiz Maestri, Zenor F. Sgrott, Arlindo Schaadt e os saudosos Onório Comandolli e Willi F. Maestri.

O que faz hoje?
Empresário na Mineração Rio do Ouro, gosto de praia, uma bocha e ler jornais.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 11 de abril de 2003. 

José Bonus Leite Carroso 

 

JOSÉ BONUS LEITE CARROSO: Nascido em Curitibanos aos 15.11.1924, vindo para Botuverá no início de 1951, quando, ainda, era distrito de Brusque. Casado com Diomira Pedrini, os quais tiveram os seguintes filhos: Elídia Vitória, Maria Marise (in memoriam), Suzete Maria, Carlos Roberto, Margarete Terezinha e Vera Maria. Foi ativo integrante do Rotary.

 Como foi o início? O que observou e o marcou ao chegar?

Ao chegar, no então, distrito de Botuverá, no início de 1951, estabeleci-me com uma pequena farmácia e um gabinete dentário. Ao observar, que não havia nenhuma escola pública, apenas uma escola que funcionava numa pequena casa de madeira velha, escorada com vigotes de madeira para não cair, inconformado com aquela triste realidade, contatei com alguns políticos de Brusque, Prefeito e Vereadores, para tentar resolver a situação, com a possível construção de um prédio escolar, porém não consegui nenhum apoio.

 Como investiu-se, politicamente, e como surgiu o Município de Botuverá?
Ingressei na política no PTB de Getúlio, sendo cabo eleitoral do deputado estadual Brás Alves, que foi eleito com expressiva votação na localidade de Botuverá. Como Botuverá era um distrito de Brusque, não era possível fundar um partido. Procurei a Câmara de Vereadores de Brusque, para votar uma lei, desmembrando Botuverá de Brusque. Também conversei com o Carlos Boos, para que também fizesse o mesmo com Guabiruba, todavia, foi mito difícil conseguir votação necessária para o desmembramento. Somente, após dois anos, consegui-se um empate de votos na Câmara de Vereadores. Sendo que João Batista Martins, presidente da Câmara, votou pelo desempate, ou seja, a favor do desmembramento. Registre-se que, a Assembléia Legislativa do Estado, não aprovou, então através do Dr Raul Schaefer – recorremos ao STF, na época no Rio de Janeiro, culminando após 30 dias o voto em favor do desmembramento. Assim, iniciou-se nova vida política do Município de Botuverá. Foi instalado, definitivamente, o Município de Botuverá.

O que resultou desse contato com o Raul Schaefer?
Fundaram-se assim os primeiros partidos políticos, assumindo em compromisso com o Raul Schaefer e Francisco Roberto Dal’ Igna, surge o diretório do PTB, sob a minha presidência e do PSD, do Dr Raul Schaefer, sendo presidido pelo sogro, Dionísio Pedrini.

No início quem comandou administrativamente o Município?
O primeiro Prefeito nomeado foi o Zeno Belli, de Brusque, por ter vínculo familiar com Botuverá. Com a eleição, foi eleito Sebastião Tomio, do PSD, que venceu Dionísio Pedrini do PTB. Na ocasião concorri pelo PTB e fui eleito o vereador mais votado, assumindo a Presidência da Casa Legislativa. Começou assim o trabalho, porém, no início muito difícil, pois o Município não possuía nenhuma carroça, muito menos caminhão. N a educação, empreendeu-se mais esforços, consegui com a Igreja Matriz, um terreno para a construção do Grupo Escolar. Com o Governador Irineu Bornhausen, foi feito o lançamento da pedra fundamental e, em seguida, partiu-se para a construção do prédio, denominado de Grupo Escolar Padre João Stolte, a saber o primeiro prédio público escolar na história de Botuverá. Antes, denominado de Francisco de Assis.

A revolução de 64, implicou em alterações de percurso? Como foi sua eleição à Prefeito e o que ressaltaria de sua administração?
Após a revolução foram extintos os partidos políticos. Fundo-seu o MDB, pelo qual saí como candidato e me elegi com expressiva maioria de votos. Com ajuda do Padre Orlando Maria Murphy, implantei o ginásio, hoje oitava série. Construí o prédio da Biblioteca Pública, com a compra de livros para servir aos alunos que não tinham condições para adquiri-los. Firmei convênio com o Instituto Estadual do Livro, recebendo mil volumes por ano. Construí escolas municipais em todas as localidades. Equipei as escolas com fogão à gás, para a merenda escolar. Como Prefeito, ainda, instalei a primeira unidade sanitária do Município, mais tarde o Posto de Saúde, tudo com recursos da Prefeitura. Projetei a construção do Hospital e, enquanto, não havia recurso, firmei convênio com o Hospital Dom Joaquim, uma vez que o agricultor não tinha direito a nada. Todas as mulheres parturientes era atendidas por conta da Prefeitura. Município com poucos recursos, fiz convênio com o DNRU, para erradicar a verminose em todo o Município. Foram 700 latrinas – patentes, conseguimos com a medida erradicar 80% da verminose no Município.

No último pleito o Sr teve participação ativa?
Por motivos de saúde, não fiz campanha para Prefeito e Vereadores, ficando neutro, até por estar ausente do Município.

Como é ser Vereador e Prefeito de um Município do porte de Botuverá?
Era uma ousadia, pois haviam vereadores que não sabiam nem ler, portanto, não sabiam a finalidade das leis e era difícil convencê-los. Ser Prefeito, na época, do golpe militar, com a minoria dos vereadores, e a maioria semi-analfabeta, que não aprovavam os projetos de leis, mesmo que fossem benéficos. Por ser contra a revolução, fui preso político, e era obrigado a me apresentar na capital do Estado, toda semana. O município não tinha arrecadação, nem recursos para o mínimo necessário.

A administração estadual e federal na época?
A administração estadual, na época, estava a cargo do Governador Ivo Silveira. Foi um bom governo. Sucedeu-lhe no Governo, o Colombo Salles. A nível federal, foi um governo revolucionário, que pouco fazia pela nação.

Como o Sr vê a introdução da urna eletrônica no processo eleitoral?
A modernização faz-se necessária, até mesmo, na política. Com o advento da urna eletrônica agilizou - se a votação e deu-se menos chance à fraude. Ficou ótimo para apuração dos votos.

Participou em congressos e eventos?
Participei de vários congressos de Prefeitos e Vereadores, buscando experiências, parcerias e soluções, para os vários problemas. Fiz o Curso de Administração Política.

Faria hoje o mesmo percurso na vida?
Se fosse necessário faria, pois não sei viver fora da democracia.

Como foi a atuação junto ao Rotary?
Fui o fundador do Rotary em Botuverá e também presidi esse importante Clube de Serviço

Alguma consideração final?
Só realçar que, além do PTB, o qual presidi por 2 anos e hoje sou delegado de partido, fundei 3 (três) partidos políticos, a saber: PTB, MDB e PMDB. Eleito vereador nos 3 partidos, sendo que no PMDB, por duas legislaturas e, quando no PTB, ocupei a Presidência do Legislativo. Na administração de Paulo Afonso – rompi relações, pelo fato do mesmo discordar do asfaltamento entre Botuverá e Brusque. E por último, fundei, ainda, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Botuverá e, fui preso político por ter fundado uma cooperativa elétrica, em que confundiram com o comunismo.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em duas edições: em 30 de setembro e em 20 de outubro de 2001. 

  Moacir Merízio


MOACIR MERÍZIO: Filho de Pedro (05.09.16 a 21.09.85) e Maria (08.09.20), Natural de Águas Negras, Botuverá, nascido aos 16.09.50. São em 12 irmãos: Altair – faleceu com 3,5 anos, vitima de um raio, Anair, Altair Bernardino (in memoriam),, Moacir, Ademir, Odair, Osnir, Alcir, Valdir (in memóriam), Elenir (in memoriam), e Dalmir (in memoriam). Cônjuge: Inês Gianesini Merízio, casados em 24.02.79; dois filhos: Adriana (19.08.79) e Moacir Júnior (09.07.83). Torce para o C R Flamengo, Santos e pela equipe que represente Brusque. Professor e Vice-Prefeito de Botuverá. Eterno Peemedebista.

Fale de sua formação e de sua carreira profissional

Criei-me na agricultura com meus pais, permanecendo até aos 12 anos, ai fui para o Seminário , inicialmente em Rio Negrinho, idos de 63/64, depois Corupá,65, em seguida, retornei, ingressando no Honório Miranda, passando para o São Luiz, onde obtive a formação em 67, mais tarde fiz o normal no C. C . Renaux. Iniciei, então, no magistério. Em 77, fui para a iniciativa privada – madeireira Merízio, até 88. De 89 a 92, fui coordenador local de educação, de 93 a 96, fui Prefeito; de 97 a 98, Diretor Administrativo da Federação Catarinense de Esportes e de 99 para cá, Professor na Escola João Stolfe. Também fui Vice-Prefeito nas administrações 89/92 e, na atual administração.

Filho de político?

Sim , meu pai foi vereador na primeira legislatura -63/66 e Vice Prefeito na gestão 69/73, quando José Bonus Leite Carroso administrou o município.

 Como ingressou na política?

Entrei na política por imposição partidária. Decidiram que o vice sairia de Águas Negras e lá fui escolhido. Saliente-se que o mesmo aconteceu com a escolha para candidato à Prefeito em 92.

 Como é administrar um município do porte de Botuverá?

Como administrador a gente se torna solução para todos os problemas da comunidade, por ser um município pequeno tudo vem ao Prefeito, ressaltando-se, que fazem questão de resolver com o Prefeito. É justificável por ter condições de fazer com que as pessoas se sintam bem, e com seus problemas resolvidos.  
Em termos de Esporte - no município – como anda?
Hoje, temos em andamento um campeonato municipal de futebol, com a participação de 13 equipes e, também um campeonato com futebol de salão.

Fatos marcantes?
Inúmeros fatos marcaram minha vida: ser filho do pai e mãe que tive; o nascimento de Adriana e do Júnior; ter sido eleito Prefeito.

Grandes nomes em Botuverá, na vida política, empresarial, educativa e religiosa?
Entre outros, cito: Políticos: José Bonus Leite Carrroso, Zeno Belli, Pedro Merízio (in memoriam), Sérgio José Colombi, Pedro Luiz Colombi, Nilo Barni, Geracir Bambinetti, Valdir Domingos Paloschi, Onório Camandolli (in memoriam), Sebastião Tomio (in memoriam), Alexandre Dalcégio, Zenor Francisco Sgrott, Ademir Luiz Maestrri, Dino Dalcégio, Aguiar Assini. Empresários: Naltair Bambinetti, José Augusto Werner, Valdívio Assini, Ismar Pedrini, Antônio Oliári, Odair Comandolli. Educação: Silvino Schmidt, Francisco Colombi, Eliana Bosco e Nícia Sestari. Religiosos: Padre Floriano Martins, Padre Laudelino Rechert e Padre João Miguel.

Pensa em sair candidato no próximo pleito?
Esta cedo ainda, todavia com aproximação da convenção se for indicação do diretório do partido estarei a disposição.

Referências

  • Jornal Em Foco. Matéria publicada em 10 de outubro de 2003. 

  Nilo Barni 

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NILO BARNI: Filho de Germano e Luduvina Brogni Barni, natural de Ribeirão do Ouro, Botuverá, nascido aos 15.09.51. São em 11 irmãos: sendo oito com minha mãe Luduvina: Odir, Ivo, Nilo, Jair, Vitória, Elói,Nadir, Terezinha e três com a madastra Valdira: Sandra, Denise e Éder. Cônjuge: Maria de Fátima Assini Barni, casados em 21.08.78; três filhos: Daniela, Eduardo, Nilo Barni Júnior; Prefeito em três gestões em Botuverá: 89/92, 97/00 e 2001/04. Torce pelo Ourífico (Ribeirão do Ouro), em Botuverá e Corinthinas Paulista.

 Sempre no PMDB?
Sim, minha filiação partidária foi no MDB, partido hoje, sucedido pelo PMDB.

Qual o segredo do PMDB estar há aproximadamente uma década e meia se revezando na chefia do Executivo Botuveraense?
Não diria que a manutenção do Poder pelo PMDB constituiria um segredo. Acredito que resultou de um trabalho sério e realizado em equipe, sempre voltado – tanto na prestação de serviços, como na realização de obras – ao atendimento com qualidade, voltado às necessidades e aspirações das comunidades que integram o Município, independente da sigla ou da vontade política.

Vice na gestão 89/92, foi o Moacir Merízio, o vice na gestão 97/00, foi o Aguiar Assini e o vice em 2001/04, foi novamente o Moacir Merízio. Algum critério no processo de escolha do vice?
O processo de escolha do Vice-Prefeito sempre resultou na valorização do Diretório Municipal, que conscientemente escolheram e indicaram os candidatos ideais para o processo eleitoral.

Como é administrar um município do porte de Botuverá?
Falo por Botuverá, sempre tive a consciência de que uma vez eleito não poderia contar com muitos recursos. Foi necessário arregaçar as mangas e trabalhar muito e agir sempre com muita cautela na aplicação dos poucos recursos que ingressam no município. Outra alternativa foi a incansável busca de convênios, tanto a nível estadual, como federal, sempre com a consideração das lideranças políticas e representações regionais; Eu meu vice, os vereadores e até pessoas ligadas à Botuverá formamos um elo no sentido que a vinda de recursos se efetivasse.

Dá para traçar um rápido perfil das três administrações?
Na primeira gestão todos os esforços foram concentrados, inicialmente, na moralização das finanças do Município. O Município voltou a ter crédito junto aos fornecedores e as diversas instituições. Também, há que ressaltar-se o empenho quanto a regularização do funcionalismo, no que diz respeito ao recolhimento do INSS e do FGTS, complementamos a implementação de energia elétrica para todos os lares do Município. Sequencialmente, imprimimos acessos no sistema viário a todas as comunidades, iniciativas na área educacional, para que os filhos de nossa gente freqüentasse os bancos escolares. Implantamos o atendimento familiar –PSF, na área da saúde, pavimentações no sentido de contribuir com o desenvolvimento turístico, tanto a nível local, como no contexto geral. Apoiamos e incentivamos a instalação de indústrias. Destaque-se, outrossim, o apoio na área esportiva nas comunidades,entretendo nossa juventude. Enfim, procuramos imprimir um trabalho consciente, dentro daquilo que podemos fazer melhor no exercício de nossos mandatos, outorgados pela população Botuveraense. Criamos a Festa Bergamasca, nos idos de 92, com o intuito primordial de preservar e cultivar o resgate da cultura em nossas crianças, destacar a importância s de nossos ancestrais, permitir o retorno das famílias que se deslocaram daqui, pelo menos, uma vez ao ano ao Município. Mantivemos sempre uma parceria com os Prefeitos dos Municípios vizinhos, na defesa conjunta dos interesses da região do vale, e em especial com Brusque. Nas três gestões as portas estiveram sempre abertas no sentido de lutar, conjuntamente, por Botuverá e Região.

Como foram enfrentadas as dificuldades quanto aos atendimentos de média e alta complexidade na área da saúde?
No primeiro mandato, construímos e concluímos as instalações do Hospital, todavia o atendimento ficou prejudicado, devido a evolução da Medicina nos últimos doze anos, saliente-se importantes para a população. Municípios com o porte do Município, como Botuverá, não têm condições de bancar atendimento de média e alta complexidade. Assim, implantamos o atendimento familiar –PSF: consultas, exames laboratoriais, com plantão pro 24 horas e atendimento médico – se for chamado em casa, enfermeira, dois dentistas. Transporte do doente para onde for preciso: Brusque, Blumenau, Joinville, Florianópolis, Curitiba. Enfim, tudo dentro das condições do Município com nosso porte.

Como foi o relacionamento com o Legislativo nas três administrações Nilo Barni?
Com certeza tivemos um relacionamento ótimo com a casa legislativa, uma, por contarmos com a maioria no Legislativo e, também, pela compreensão de todos os vereadores, que contribuíram, apreciando e aprovando todos os Projetos de Leis, encaminhados pelo Executivo. De outro lado, registre-se, que sempre mantive as portas abertas e um diálago franco, independentemente de qualquer sigla partidária.

Próximo passo: Deputado estadual?
Não. Não estou pensando em disputar eleição, com vistas a uma cadeira no Legislativo estadual. Sempre quis ser útil ao Município; se fosse para voltar um dia como candidato seria a nível de Município de Botuverá.

Uma palhinha da vida profissional?
Perdi minha mãe cedo, ela tinha apenas 37 anos. Ainda, tinha meu avô e um tio deficientes. Fiquei sempre em casa com meus irmãos e com os familiares. Trabalhei na plantação de fumo. Não consegui, nem freqüentar os bancos escolares, além da quarta série, mas sempre lutando pelo melhor. Desde cedo estive ligado a prática esportiva e a Igreja. Ressalte-se, que aprendi com meus avós. Trabalhei em Padaria e no Comércio de meu pai. Depois, juntamente com meu pai abrimos o forno de cal, que resultou na atual Mineração Rio do Ouro, na época, inclusive, meu pai cuidava do forno e eu dirigia o caminhão. Em 77, com a dia de meu pai para Blumenau, então formamos uma sociedade: O Geracir e o Naltair Bambinetti e eu, que hoje, constitui a Mineração Rio do Ouro.- Calcário Botuverá. Disputei uma eleição municipal – antes de 84, quando o Gentil B. Archer foi Deputado, tendo como meu candidato a vice, o saudoso Onório Comandolli, num pleito contra o Sérgio J. Colombi e, ainda contra Ademir Luiz Maestri, sendo vencido no pleito pelo Ademir L. Maestri.

O que fazia o pai, Germano?
Meu pai trabalhou com madeira, Sapateiro, Celeiro, Barbeiro, Comércio, e finalmente a Fábrica de cal.

Ivo Barni, um grande nome em finanças públicas, algum parentesco? Com Germano Barni, vereador 6/70? E como Germano Q. Barni?
O Ivo é meu irmão. O Germano Barni é o meu pai e o Germano Quirino Barni é meu primo; meu pai e o pai do Germano Quirino são irmãos.]

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 27 de agosto de 2004. 

  Sebastião Tomio


SEBASTIÃO TOMIO – in memoriam [1]

Natural de Lageado, Botuverá. Era casado com Olívia Gianesini, filha de Antônio e Madalena (Olívia também já é falecida). Deixou dois filhos: Edite e Silvinho.

Silvinho permanece solteiro e Edite, casou-se com Mário Zabel e tiveram três filhos: Cláudio, Juliano e Diogo. Cláudio casou-se , tendo dois filhos: Jonata Alejandro e Alan Richard; Juliano também casou-se, tendo um filho: João Vítor. Diogo está com 14 anos.


 Sérgio José Colombi

O entrevistado da semana é o ex Prefeito de Botuverá Sérgio José Colombi, nascido em Botuverá, 06/07/1943, filho de Santino Colombi e Albertina Colombi; casado com Clotilde Maria Colombi, com a qual teve três filhos: Salvio José, Adriana Maria e Leandro. Torce para que equipes: Botafogo, São Paulo e Figueirense

Nosso entrevistado Sérgio José Colombi.

Quais as lembranças que você tem da sua infância?
As histórias narradas pelo meu avô José Maestri, nas noites escuras, pois nos anos de 1953 não havia luz elétrica.

Sonho de criança:
Ser marceneiro

Como foi sua juventude?
Preparando-me para o sacerdote do Sagrado Coração de Jesus.

O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Jogar Futebol.

Quais os eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
As escolhas dos Papas em Roma.

Pessoas que influenciaram?
Juscelino Kubitchek.

Espelha-se em alguém?
Nos meus pais.

Como era a escola quando você era criança?
Um local para decorar tabuadas e nomes de estados brasileiros.

Quais as suas melhores e piores matérias?
As melhores: geografia e matemática. As piores: língua portuguesa.

De que atividades escolares e esportes você participava?
Aprendizagem do catecismo religioso e futebol com uma bolina de borracha.

Formação escolar?
Primeiro grau na Escola PE João Stolte; Segundo Grau:no Seminário de Corupá e a formação profissional na Escola Técnica São Luiz em Brusque.

Primeira professora?
Dª Irene Krieger.

Grandes Professores:?
Padre Cláudio no seminário e Evaldo Moresco no São Luiz.

O que torna a cidade de Botuverá especial para você?
É que a cidade constitui minha terra natal e abriga meus amigos.

Quais os locais que na sua opinião valorizam a cidade?
Destacaria a Igreja Matriz e as montanhas verdes que circundam a cidade.

Em quais aspectos Botuverá surpreende o turista?
O verde das montanhas e vales e a receptividade do seu povo.

Concorda que homenagear personalidades, é para que os nomes delas não se apaguem da história?
Concordo plenamente.

É pensamento homenagear a cidade, seus desbravadores do município e personalidades que fizeram parte da historia política e de construção da cidade seus personagens pela passagem dos cinquenta anos de emancipação política e administrativa o que marcará uma fase importante da historia, seu crescimento e desenvolvimento econômico?
Prefeitos anteriores já fizeram algo nesse sentido: A edição de livro sobre a historia de Botuverá, não deixa de ser uma homenagem. E agora no mês de junho os festejos em homenagem ao cinquentenário.

O senhor tem uma história marcante de vida que se mistura com a história de Botuverá?
Dentro das minhas limitações participei ativamente da história, mormente como vereador na legislatura de l969 a 1972. Prefeito Municipal na gestão 1973 a 1977.

Como era a cidade quando você foi prefeito?
Nos idos de 73/77, Botuverá era uma cidade com muitas deficiências. Fui o terceiro prefeito da cidade. Na saúde, o Dr Bonatelli vinha a Botuverá sem cobrar nada para atender a população. Os vereadores não recebiam salário. Não existiam pontes sobre os rios e riachos, atravessava-se dentro da água.

Sérgio José Colombi, quando Prefeito.

Como definiria em termos re realizações os Prefeitos que antecederam e sucederam o Senhor?
Todos deram seu trabalho em prol da Cidade, alguns mais outros menos.

Se o Senhor fosse prefeito hoje - cinquentenário da cidade – quais as realizações que pretenderia realizar?
Estender o asfalto para todas as ruas, incentivar o turismo e melhorar o atendimento da saúde da população.

Quais os grandes nomes em Botuverá em termos de educação, saúde, cultura, política nesses 50 anos?
Para não ser injusto com alguém que poderia esquecer no momento não citaria nomes, mas destacaria todos aqueles que de um forma ou outra participaram para melhorar estas áreas.

As lideranças políticas da cidade foram diminuindo ao longo do tempo ?
Não. As lideranças antigas foram substituídas naturalmente por novas que hoje participam da historia.

Como vê Botuverá em relação a infraestrutura, saúde, educação e cultura?
Em todas as áreas tem-se muito a realizar.

Fale um pouco da sua trajetória profissional e da sua historia de vida.
Fui secretario da Prefeitura e vereador de l969 a 1972. Prefeito de 1973 a 1977 e empresário da contabilidade de 1978 até hoje.

Algo que você apostou e não deu certo?
Sempre fui bem sucedido em tudo, porque fiz tudo com os pés no chão, sem fazer qualquer aventura.

O que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de fazer?
Faria tudo o que fiz, pois fui um vencedor, graças a minha formação que recebi nos bancos da escola e no Seminário dos padres e a educação familiar que recebi dos meus pais.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
O exemplo e os ensinamentos.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepções: Cimenvale.
Alegrias: A confiança do povo em me eleger Prefeito.

O que o senhor deixaria como mensagem aos botuveraenses em relação ao cinquentenário?
A historia da cidade mostra que com o trabalho a situação econômica e social e melhorou. Portanto parabenizo a todos que participaram da historia, seja, do mais simples cidadão ao mais ilustre munícipe. Continuemos com a fé deixada pelos nossos antepassados e a coragem que tiveram em fundar a localidade de Porto Franco, no meio da mata virgem. Sejamos corajosos como os imigrantes italianos que colonizaram a nossa cidade. Abraços a todos os botuveraenses.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 5 de junho de 2012. 

  Sérgio José Colombi -  I


Filho de Santino Colombi e Albertina Maestri Colombi; natural de Lageado Alto, Botuverá, distrito de Botuverá, Brusque, nascido aos 06.07.1943. Cônjuge: Clotilde Maria Colombi; três filhos: Sálvio José, Adriana e Leandro; dois netos: Felipe Leoni e Vinícius. Vereador de 68/72; Prefeito de 73/78. Presidente do Núcleo Multisetorial de Botuverá (Associação Comercial e Industrial de Brusque), Responde pela Escrivania de Paz de Botuverá, que compreende o Ofício de Registro Civil e o Tabelionato.
Foi Vereador? Em que período? Presidiu a Casa Legislativa?

Sim, no período de 68 a 72. Sim, presidi o Legislativo no exercício de 1972.
Lembra quem integrou a Câmara com você?
Sim: Jaimer Werner, Isaia Buschirolli, Rocus Laçola, João Laçola, Hercílio Comandolli e Zenor Francisco Sgrott

Como é ser Vereador num município como Botuverá? O papel do Vereador é confundido com um assistente social?

Ser vereador no Município de Botuverá, na época em fomos, foi simplesmente um ato de amor à comunidade, ao Município. Não havia remuneração para os vereadores. Todos vestiam a camisa em prol da comunidade. O papel do vereador, jamais foi confundido com um assistencialista, porque só se pensava no bem maior: o bem estar da comunidade.
Foi Prefeito em que período? De quem recebeu e a quem entregou o cargo?
De 31.01.73 a 31.01.78. Recebemos o cargo do Prefeito José Bonus Leite Carroso e entregamos a Zenor Francisco Sgrott.

Das obras realizadas, quais considerou mais importantes para a comunidade botuveraense?
A construção de um poço artesiano de 120 metros de profundidade e vasão de 36 mil litros de água por hora, que ainda, hoje, abastece a cidade. A pavimentação, à paralelepípedos da primeira via de Botuverá, a saber: Rua João Morelli. Construção da ponte de concreto armado com vigas pré-moldadas sobre o rio Itajaí-Mirim, ligando as localidades de Lageado Alto e Lageado Baixo. A aquisição de dois caminhões novos e um trator de esteiras. Extensão da rede de energia elétrica para as localidades de Lageado Alto e Lageado Baixo

Teve algum fato curioso em sua gestão?
Houve. Numa reunião no antigo Grupo Escolar Padre João Stolte, um Major, do 23º Batalhão de Infantaria de Blumenau, ao ver - na sala de reuniões – um quadro com a foto do ex Presidente General Vargas, com o cano da arma que portava, quebrou o vidro do quadro com muita raiva, diante do olhar estarrecido dos participantes da reunião.

Quem foi o Vice? Ele assumiu em alguma oportunidade?
O Vice trabalhava normalmente como Secretário de Obras. Na falta de um motorista ele dirigia o caminhão ou o automóvel com doentes para levá-los ao hospital. O nosso Vice-Prefeito foi o Senhor Valdir Domingos Paloschi, ele não chegou a assumir nenhuma vez.

Como é dirigir Botuverá?
Foi muito gratificante pelo pouco que pudemos dar durante os quatro anos de nosso mandato. O ordenado do Prefeito era de cinco salários mínimos. A Prefeitura contava com dezoito funcionários ao todo. Todos os munícipes tinham muito respeito pela pessoa do Prefeito Municipal. As realizações em prol da comunidade superavam, em muito, as resquias políticas que sempre acontecem num embate eleitoral.

Qual o grau de parentesco com o primeiro Prefeito Zeno Belli?
Zeno Belli é casado com Ana Maestri Belli, irmã da minha mãe, sendo assim meu tio.

O que faz Sérgio José Colombi, hoje?
Em primeiro lugar possuo uma família e como chefe da família encabeço as decisões da mesma, juntamente com a esposa Clotilde, que sempre esteve ao meu lado nas horas difíceis e naquelas horas agradáveis. Profissionalmente dirijo o Escritório de Contabilidade Colombi, fundado em 1970. Presido o Núcleo Multisetorial de Botuverá da Associação Comercial e Industrial de Brusque. Respondo, temporariamente, pela Escrivania de Paz de Botuverá , que compreende o Ofício de Registro Civil e o Tabelionato.

Referências

  • Entrevista publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 02 de março de 2002. 


  Valdir Domingos Paloschi


VALDIR DOMINGOS PALOSCHI: Filho de Santo Antônio Paloschi e Genoveva Dominga Paloschi; nascido aos 27.02.37; casado com Leonora Maria Pedrini Paloschi, em 02.05.59; sete filhos: Mercedes, Vilmar, Vilson, Marlete, Valdecir, Miriam e Roberto; nove netos. Vice-Prefeito 73/88; vereador na legislatura 83/88.

Partido em que esteve filiado?




Estive filiado a Arena e, depois que sai de Vice-Prefeito, ingressei no MDB/PMDB.
O Sr foi o segundo Vice-Prefeito de Botuverá. Quem o antecedeu e quem o sucedeu?

O Vice-Prefeito que me antecedeu foi Pedro Merízio – o primeiro Vice-Prefeito de Botuverá – ele foi Vice do José Bonus Leite Carroso, quem me sucedeu foi Alexandre Dalcégio, Vice de Zenor Francisco Sgrot.
Como estava constituída a Câmara de Vereadores no período 73/77?

Ivo Barni, Dito Luiz Bosco, André Vilson Colzani, Érico Maestri, Manoel Molinari, Luiz Graf e Onório Comandolli.
Quem presidiu a Câmara na legislatura 73/77?
André Vilson Colzani e Érico Maestri.

O Sr foi também vereador?
Fui suplente de vereador na legislatura 83/88, tendo assumido por um período curto.

Em termos de realizações, o que o Sr destacaria da Administração Sérgio J. Colombi/Valdir Domingos Paloschi?
A construção da ponte sobre o rio Itajaí-Mirim, na localidade de Lageado; as Escolas de Alto de Pedras Grandes e a de Salto de Águas Negras; abertura, alargamento e pavimentação de diversas ruas; extensão da energia elétrica e outras obras que no momento não lembro, mas que foram realizadas, vê que a Administração de Sérgio José Colombi foi muito dinâmica.

No que diz respeito as três últimas administrações: Nilo/Moacir, Moacir/Assini e novamente Nilo/Moacir?
Administrações boas. Atuação a contento.

Nunca pensou em ser candidato à Prefeito?
Sim. Cheguei a pensar em sair como candidato, todavia pelo andar da carruagem preferi permanecer em silêncio.

No que diz respeito a história da instalação do Município, quem o Sr destacaria?
José Bonus Leite Carroso.

O que faz Valdir Domingos Paloschi, hoje?
Estamos levando em família as duas lojas de móveis e materiais de construção: uma em Dom Joaquim e a outra em Botuverá e a fábrica de móveis para banheiros, na localidade de Brasília, ou seja, a 1,5 km acima do centro de Botuverá, antes um pouco da localidade de que está a produção de mel, secagem de cereais e a Fiação Gabiroba.

Referências matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 11 de janeiro de 2002. 

  Zeno Belli


ZENO BELLI: Filho de Leão Belli e Luiza Schaefer Belli, nascido aos 01.12.1912; casado há 62 anos com Ana Maestri Belli; filhos: Odir José, Adalberto, Albina, Luiza, Zeno Gregório, Luis Leão, Ivan Carlos e Leoberto Paulo. Torce pelo C. A. Carlos Renaux. Era do PSD. Primeiro Prefeito de Botuverá.
Quem mais trabalhou para criar o Município de Botuverá?

João Batista Martins, Genésio Bolsoni, Carlos Boos, Raul Schaefer, Ivo Szpoganicz e eu. A nível estadual cito Leoberto Leal – ex PSD e também lembro que Braz Alves –PTB – contribuiu naquela luta no sentido de criar o Município de Botuverá.


O Sr José Bonus Leite Carroso não integrava o grupo?

Não. Na primeira etapa não lembro de sua participação. Depois sim. Em seguida lembro que estava engajado.
Por quanto tempo o Sr foi Prefeito e quem nomeou?
Fui nomeado pelo Governador Celso Ramos e permaneci, como Chefe do Poder Executivo, por 7 meses, ou seja, de 09 de junho de 1962 a 31 de janeiro de 1963, quando transmiti o cargo para o Tomio.

O que levou a ter afinidade com o Governador Celso Ramos, que resultou na sua indicação?
Acredito que foi na época em que Celso Ramos foi candidato. Veio ver os stands localizados nos terrenos da Comunidade Evangélica – comemoração do Centenário de Brusque. Ao chegar, nas imediações da Loja Strecker, eu estava aguardando, recepcionei-o e já dei algumas coordenadas , depois é que foi chegando o Raul Schaefer, o Otto Schaefer e outros... ali começou tudo e, também, por ter ligação com o então distrito de Botuverá, já que tinha esposa e irmã do Augusto A. Maestri, hoje, já falecida, inclusive ele – o Augusto – foi eleito vereador na primeira legislatura: 63/66.

A nível de Executivo o Sr fez o sucessor? Apoiou o Sebastião Tomio, primeiro Prefeito eleito? A que partido ele estava filiado?
Sim. Ele estava também filiado ao ex PSD e trabalhei com afinco pela eleição do Sebastião Tomio – que faleceu, tragicamente, por volta de 1975, na Rodovia Brusque-Itajaí. Olha foi uma bela disputa eleitoral... de um lado o Tomio ... e de outro lado, Érico Maestri e ainda o Dionísio Pedrini.

Nenhum dos 7 filhos seguiu os passos – políticos – do pai?
Não. Cada um, foi se firmando profissionalmente ... nenhum quis saber de política ... a Albina foi para a Capital... o Beto está na praia... dá uma força ao neto Duda, ali na Lanchonete... o Odir tem a Oficina de Máquinas Pesadas – aqui junto a minha residência... o Zeno e o Luizinho têm a oficina de Bombas Injetoras e representam a Bosch, ali em Nova Brasília.

Na época da campanha para a Assembléia Legislativa, como se dividiram as lideranças políticas? Apoiou algum candidato?
Trabalhei pela candidatura de Nilo Bianchini, enquanto José Bonus Leite Carroso, trabalhou por Francisco Roberto Dal’ Igna.

Muita dificuldades na solução dos problemas da população?
Éramos extremamente políticos, íamos a Vidal Ramos resolver problemas e documentação para as pessoas – de jeep – saímos às 22 horas de Brusque e retornávamos às 7 horas da manhã.

Mas, como o Sr resolvia os problemas à noite?
O Presidente da Câmara atendia a gente a qualquer horário. Mandava a gente descansar um pouco e depois mãos às obras.

O que o Sr lembra com carinho de suas realizações, apesar de ser de apenas 7 meses?
Construí duas escolas : a Escola de Salto de Águas Negras e a de Ribeirão do Ouro e, fiz uma ponte de madeira na localidade de Gabiróba. Outra coisa que fiz juntamente com o vigário da Paróquia São José, o Padre Chiquinho, foi construir um conventozinho e buscar três irmãs.

Um fato curioso?
Um fato curioso ... saímos eu e o Carlos Boos com destino ao Palácio do Governo, com um peru e fomos Palácio a dentro, com o peru embaixo do braço, aqui era uma festa!

Um registro?
Uma coisa que nunca esqueço é que no dia de uma das eleições, minha esposa, a Ana, e meu cunhado Augusto discutiram, olha que minha mulher é política barbaridade! Naquele dia chegaram a chamar à Polícia.

O Sr confia na urna eletrônica?
Acredito. Isso foi uma grande realização do Dr Carlos Prudêncio. E esse Dr Prudêncio é uma grande pessoa.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 10 de novembro de 2001.

  Zenor Francisco Sgrott


ZENOR FRANCISCO SGROTT: Filho de Luiz e Julia Botamedi Sgrot, nascido em Nova Trento, aos 07.09.39, casado com Bernardina Tomazia Sgrot; dois filhos e três filhas : Edson e Edemir, Jeane, Jovane e Márcia; onze netos. Fundador do PFL de Botuverá. Verador no período de 69/73. Quinto Prefeito de Botuverá, seno o quarto eleito – gestão 77/83.


Foi vereador? Lembra dos integrantes daquela legislatura?


Sim, na terceira legislatura, ou seja, de 69/73, juntamente com Sérgio José Colombi, João Lassola, Roccus Lassola, Isaia Buschirolli, Jaimer Werner e Hercílio Comandolli.
Como era ser vereador na época? A experiência foi válida?

Não recebíamos nada, desempenhávamos o cargo gratuitamente. Mas eu tinha um ideal político e, o exercício da vereança é um caminho. Caminho que leva a ser conhecido, que gera a oportunidade de progredir na política partidária; que leva ao contato permanente com a comunidade. A experiência é válida sob todos os aspectos.
De quem recebeu o cargo de Prefeito e a quem entregou? Quem governava o Estado?
Recebi de Sérgio José Colombi/Valdir Domingos Paloschi e entreguei a Ademir Luiz Maestri/Dino Dalcégio. Governava o Estado, Antônio Carlos Konder Reis, depois Jorge Bornhausen e, com a saída do Bornhausen para o Senado, assumiu Henrique Córdova.

Como era dirigir um Município do porte de Botuverá?
Na época era mais difícil, uma vez que os recursos era escassos e as frentes de trabalhos eram muitas.

Da administração Zenor/Alexandre, o que lembra com carinho?
A Unidade Sanitária; Escola Básica Padre João Stolfe; implantação de telefone e eletrificação rural; abertura de estradas e construção de pontes; abertura da Agências do BESC, BCN e BB e, ainda a implantação da Acaresc, hoje Epagri.

O Prefeito Zenor recebia bem as críticas da comunidade?
A melhor coisa para o Administrador público é a crítica construtiva, inclusive é um elemento contributivo para o administrador que está mais no gabinete, não conseguindo acompanhar todos os pontos nevrálgicos do Município.

Como era integrada a Câmara no período 77/83? E quem presidia o Legislativo?
Luiz Graf, Arlindo Schaadt, Geracir Bambinetti, Alécio Pavesi, Ademir Luiz Maestri e Dito Luiz Bosco. O Legislativo foi presidido por Arlindo Schaadt e Ademir Luiz Maestri.

Teve o apoio necessário da Câmara de Veradores, quando Prefeito?
Sim, tive todo o apoio necessário e não tive dificuldades com os projetos populares.

O Vice Alexandre assumiu em alguma oportunidade a Chefia do Executivo?
O Alexandre, muito dinâmico, trabalhador inigualável, todavia, apesar de querer transmitir o cargo, em certos períodos, jamais aceitou.

Um ponto positivo da Administração Zenor?
Lembro bem que sempre que houvesse algum comentário eu já no foco, não deixava generalizar ... acredito que por isso, fiz meu sucessor, ou seja, Ademir Luiz Maestri.

Já que o Sr chegou em Botuverá em 1959, e a instalação do Município deu-se em 62, quem, realmente, contribuiu para tal acontecesse?
Inicialmente o Évido Bonomini deu a largada, com um abaixo-assinado, depois o José Bonus Leite Carroso.

Quem destacaria a nível estadual?
Destaco a nível estadual, Paulo Gouveia – hoje deputado federal - pelo apoio decisivo na implantação da pavimentação asfáltica da SC 486, Rodovia que liga Botuverá/Brusque.

Confia na urna eletrônica?
Confio, apenas teria que ser mudado a altura do Painel, vez que identifica-se, perfeitamente, o número digitado elo eleitor.

Um fato curioso?
Bem me lembro, quando candidato, chegou um senhor da localidade do Sessenta e pediu para ficar com a Escola daquela localidade. Indagado da necessidade do apoio da comunidade, retrucou dizendo que já tinha o apoio de toda a comunidade. Perguntado se tinha formação para lecionar, respondeu; “ em janeiro me formo no Mobral, vou receber o diploma e depois posso dar aulas”.

Para a sucessão de Zenor/Alexandre não deveria ter prevalecido a dobradinha Genésio de Brito/Luiz Dionísio Tomazia?
A questão foi oportunamente levantada: O Genésio - técnico agrícola – estava sendo preparado para sair a Prefeito e o Luizinho Tomazia à Vice. Acontece que a previsão não era já para a sucessão minha e de meu vice; era mais para a frente, vez que o Genésio estava há pouco tempo radicado no Município e o Ademir Luiz Maestri, já era vereador, Presidente da Câmara e tinha se colocado à disposição do partido para concorrer. Com a saída de Genésio do Município, a dupla Genésio/Tomazia não aconteceu.

O Sr tem lido “Botuverá em Revista”?
A que lembro de ter lido, foi a matéria com o Luiz Dionísio Tomazia e, falando nisso a Narcisa, irmã de seu avô Maximino, foi casada com o irmão de meu sogro, o Pedro Tomazia, sendo assim o Luiz Dionísio é primo irmão de minha esposa e, consequentemente, meu primo.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 21 de janeiro de 2002. 

JOSÉ LUIZ COLOMBI - popular Nene Colombi,


PREFEITO DE BOTUVERÁ

O entrevistado da semana é o Prefeito de Botuverá José Luiz Colombi; natural de Botuverá, nascido aos 19.03.1963. Filiação: Carlos e Amábile Colombi. Torce para o Fluminense.




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Nosso entrevistado, o Prefeito José Luiz Colombi


‘’’O que sonhava ser quando era criança?’’’
Sempre sonhei em poder ajudar os outros; sonhava em ser vereador.


‘’’Que escolas frequentou? ‘’’
Escola Básica Padre João Stolfe e Colegio Cenecista Honório Miranda


‘’’Primeiro/a professor/a? ‘’’
Nelson Sezerino


‘’’Grandes professores que teve?’’’
José Zancanaro


‘’’Em quem você se espelha?’’’
Em meu Pai, exemplo ímpar de persistência e trabalho.


‘’’Como surgiu a política em sua trajetória?’’’
Por uma ameaça feita ao meu irmão, que na época era Diretor Escolar.


‘’’Partidos políticos em que esteve filiado?’’’
Sempre no PMDB.


‘’’Já havia exercido ou tentando algum cargo político antes o pleito de 2012?’’’
Sim, fui por dois mandatos, Vereador, e, fui candidato à Prefeito em 2008, perdendo o pleito por 96 votos e agora eleito, em 2012, com a diferença de 580 votos na frente


‘’’Muito por fazer como Prefeito?’’’
Tenho muito a fazer por Botuverá.


‘’’Qual a atual população de Botuverá? E o número de eleitores?’’’
Botuverá tem 4567 habitantes e 3700 Eleitores


‘’’Como está formado o secretariado ?’’’
Edileuza Pavesi : Secretária da Saúde; Edilson Maestri : Chefe de Gabinete
Rogério Comandolli : Secretário da Educação; Jeferson Mariani : Diretor de Esportes, Turismo e Juventude; Angelo Luiz Venzon : Secretário de Obras e Serviços Urbanos; Vilson Gianesini : Secretário de Transportes; Monique Paulini : Coordenadora da Casa da Cidadania e Atendimento Geral; Cleber Jose Costa : Secretário de Administração e Finanças; Inês Merísio : Secretária de Assistência Social e Habitação; Rodrigo Lazarotti: Procurador do Município


‘’’Como está formada a Câmara: situação x oposição?’’’
A Casa Legislativa é por 6 (seis) vereadores da situação e 3 (três) da oposição, sendo os nove vereadores: Amauri Cestari (PSD), Angelo Luiz Venzon – licenciado (PMDB), Catarina Rosa Venzon Wietcowsky (DEM), Antônio Bonomini (PMDB), , Daniel Paloschi (PMDB), Edson Vanelli (PMDB), José Miguel Leoni (PSD), Lindanor Rescarolli (PMDB), Valdir Ave (PSDB) e Valmor Costa (PMDB) (No lugar do Angelo L. Venzon, assumiu a Catarina Venzon)


‘’’A Câmara é receptiva aos projetos encaminhados?’’’
Sim. Os projetos encaminhados à Câmara têm sido devidamente apreciados e encontrando respaldo legislativo.


‘’’Quais os pontos turísticos que Botuverá oferece aos turistas?’’’
Destacaria: As Cavernas, Recanto Feliz, Cachoeiras Venzon, Hospitalidade de nosso povo, a ser explorado, no Turismo rural.


‘’’Quais as principais festas programadas a nível municipal e regional?’’’
Com certeza a Festa Bergamasca e o Encontro de Trilheiros (Moto Clube).


‘’’Grandes nomes em Botuverá?’’’
O empresário Nilo Barni e o saudoso (farmacêutico) José Bonus Leite Carroso


‘’’Grandes nomes na política local, estadual e nacional?’’’
Na seara política citaria: Nilo Barni, Pedro Ivo Campos (in memoriam) e Lula


‘’’Em termos de indústrias e comércio como está o Município?’’’
O cenário industrial e comercial: Ramo têxtil e facções, tinturarias e beneficiamento de eucaliptos, cavacos, o comércio se estruturando e se organizando. Muitas melhorias devem ser feitas para os dois setores para poderem se desenvolverem.


‘’’Há alguma carência no setor?’’’
Sim, falta mão de obra qualificada para exercerem as funções.


‘’’Quais são os feriados municipais?’’’
19 de Março (São José); Sexta-feira Santa; Corpus Christi; 9 de junho (Instalação do Município)


‘’’Qual foi o maior desafio até agora?’’’
O maior desafio é conciliar trabalho com família


‘’’Algo que você apostou e não deu certo?’’’
Foi no pleito eleitoral de 2008, para concorri para Prefeito de Botuverá, tendo perdido por 96 (noventa e seis) votos.


‘’’O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?’’’
Tudo o que planejei sempre tive coragem de enfrentar e levar adiante.


‘’’O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?’’’
Nunca deixar de fazer hoje - deixando para amanhã - persistência, determinação e coragem.


‘’’Quais as maiores decepções e alegrias que teve?’’’
Decepção – falta de reconhecimento em casos isolados; alegrias – ter uma família compreensiva. Poder ajudar as pessoas.


‘’’Um resumo de sua trajetória pessoal e profissional?’’’
Nascido em Botuverá, filho de agricultores. Com 12 anos fui à Brusque estudar, tendo me formado em técnico em Contabilidade; fiz vários cursos e retornei à Botuverá, auxilar o pai na agricultura. Trabalhei 13 anos como leiturista da Celesc em Botuverá, Guabiruba, oportunidade em conheci o povo. Ingressei na política e fui vereador mais votado em 2000, assumi a Presidência da Casa Legislativa. Fui reeleito em 2004, tendo assumido Secretaria da Agricultura do Município. Em 2006, fundei a Cooperativa de Crédito para a Agricultura Familiar e fui o Presidente por três mandatos – Cresol Botuverá. Iniciamos com 25 sócios nos idos de 2006 e uma agência; hoje temos cinco agências com 4500 cooperados. Cooperados: Botuverá, Guabiruba, São João Batista, Vidal Ramos e Brusque – todos ligados à Botuverá. Presidi a única Associação de Moradores do Ribeirão Porto Franco por 12 anos. Dirigi - Diretor - a Cooperativa Central de Crédito de Francisco Beltrão do Sistema Cresol – Paraná e Santa Catarina; dirigi – Diretor - a Cresol Téc. Cooperativa de Tecnologia dos Sistema Cresol; Dirigi - Diretor - a Cooperativa de formação – Infocos do Sistema Cresol; presidi a Cooperativa de Serviços da base litoral de Santa Catarina – Cooperativas Cresol. Presidi – por três mandatos – a Cresol Botuverá; participei de vários Conselhos Municipais do Município e Caeep da Igreja Matriz de Botuverá; presidi a APP da Escola Básica; presidi o Projeto Micro Bacia; Presidi o Comitê da Agricultura da SDR de Brusque e do Vale do Rio Tijucas. Representei o PRONAF no Conselho da Secretaria de Agricultura do Estado de Santa Catarina. Sou Cooperativista e aprendi muito na área com muitos cursos e formação.

Publicado no Jornal EM FOCO na semana de 19 a 24 de abril de 2013






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