domingo, 15 de dezembro de 2013

Rádio, música, teatro,trovas e outros

 

Entrevista Ivo Araldi- da Dupla Araldi e Araldinho


IVO ARALDI, popular Araldinho (da dupla Araldo e Araldinho): Filho de Primo Araldi e Josefina Gianesini Araldi; natural de Pedras Grandes, hoje Botuverá, nascido aos 17.06.41; cônjuge: Letícia Salse Araldi, casados aos 05.03.62. Seis filhos: Maria Izabel (casada com Valentim Montibeller), Luiz, casado com Luiza Cardoso, Josefina, casada com Vilmar Kohler, Ana, casada com Pedro Coelho, Celina e Sônia; seis netos: Gustavo, Ivan e Leticélia (Maria Izabel Valentim), Suzana ( Josefina e Vilmar), Felipe (Ana e
Pedro) e Vítor (Luiz e Luzia).

Como foi o início de sua vida profissional?

Iniciamos as atividades na lavoura juntamente com o pai, depois com os sogros: Domingos e Izabel Salse, sendo que em 62, fui para Francisco Alves/PR, continuando na mesma atividade até 1970, quando retornei à Brusque. Salientando-se que sempre ligadinho na música.
Como surgiu a gravação em disco de vinil?

Luciano e Caiobá, num determinado show, ouviram cantarmos e informou a gravadora Tiarajá, de Porto Alegre, culminando na nossa procura para gravar um disco. Conseguimos a viagem de ida com o Badão e com o saudoso José Celso Bonatelli a vinda, e fomos gravar doze músicas, com um mil cópias. Depois, em Florianópolis mais um disco, também com doze músicas e também com mil cópias.
Como surgiu nas veias essa musicalidade?

Desde criança – lá pelos 10 anos de idade, escutávamos eu e o Araldo, duplas como Tonico e Tinoco, Raul Torres e Florenço, Luizinho e Limeira, Caim e Abel e cantávamos.
Como funciona a dupla: Araldo e Araldinho?

Araldo faz a segunda voz e toca violão e eu, a primeira voz e toco acordeão.
Vocês foram para Francisco Alves/PR, em 62, até aquela data participaram de algum Programa 
Radiofônico?

Sim, em 59, por insistência de um tal de Manéquinha, um que está sempre ali pelo Shopping Gracher, junto a nosso pai, fomos cantar na Rádio Araguaia, no Programa ”A voz do sertão”, cujo apresentador era Camargo Filho.
Como foi o começo?
Vendi o caminhão que tinha para cantar na rádio. Por três anos e pouco cantamos eu e o Araldo, com o Amauri no acordeão, no Programa “Rancho do Bépi”, às terças e quintas das 17 as 17,30 horas.

Quanto a música italiana?
Em 1982, recebemos do juiz Victório Ledra, um livro com músicas italianas, ai a coisa deslanchou, escutávamos as músicas e cantávamos, não demorando e lá estávamos no Programa “Rancho do Bépi”, permanecendo até os idos de 83.

E o CD?
Depois de uns três anos resolvemos gravar o CD com vinte músicas, todas em italiano, com música de os Mirins de Porto Alegre, a saber: O melhor de Araldo e Araldinho: Hai sai partiti/ El castel de Mirabel/ Zigo Zigo/ La Rizolina/ La Verdinela/La bandera de tricolore/ La Didjota/ Viva la nostra America/ Le fio lete dela citta/ Fuche Nero/ Marieta tu sei bela/ La milanesa/ Chia fato/ Ribomba de Cagnon/ A moda do Bepi/ La si vol maridare/ La Trivilina/Me compare Giaconeto/Um caso sério e Se losto el porta Bira.

Teve algum fato curioso em sua trajetória?
Olha lembro bem de dois fatos curiosos: Um belo dia, a família Costa, escutando rádio, ao ouvir o programa que estava sendo levado ao ar pelas ondas da Araguaia, desligaram o rádio e foram para fora de casa ver se passava o programa no ar... olha foi uma das coisas mais comentadas na época, tanto que hoje em dia ainda muitos lembram do episódio. O outro fato curioso: um certo dia , nossa família estava reunida escutando rádio, estávamos em doze ouvindo certo programa,, quando em determinado momento, o apresentador diz: “caro ouviente...” meu pai rebateu: “como se atreve dizer vinte se somos em doze?”, olha ninguém tinha coragem de rir do pai, MS foi um tal de se segurar...
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Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 15 de junho de 2002.

 

  Dorival Depiné 

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DORIVAL DEPINÉ: Filho de Euclides e Alice, natural de Rio do Oeste, nascido aos 22.11.64, foi casado com Inês Sapeline Depiné (in memoriam). Três filhos: Dalvana Alícia , Caléu Lauro e Dorival Alan. Torce para o Corinthians Paulista. Tem dois Programas na Rádio Araguaia: Noite Alegre e Rancho da Amizade. É, também Marceneiro.

Como foi o início de suas atividades profissionais?
Antes de atuar em programas radiofônicos, iniciei minhas atividade profissionais como metalúrgico aos 14 anos, permanecendo até aos 15 anos, depois fui chapeiro – lanches – por 4 anos.

Muitas receitas de lanches?
Faço 63 tipos de lanches.

Como foi o início na Rádio?
Há aproximadamente 16 anos, iniciei na Rádio Difusora de Rio do Sul, inicialmente, como operador, oportunidade em que, ouvindo um anúncio, fiz o teste e passei, depois de uns 4 anos atuando como operador, iniciei como locutor. Hoje estou com quase 8 anos na Rádio Araguaia.

Tem alguma passagem marcante na Rádio?
Eu tinha um caderno onde apontava o nome dos ouvintes, certo dia, li o nome de uma ouvinte que, depois fiquei sabendo já tinha falecido há um mês e eu continuava citando como ouvinte.

Mais alguma?
Um padeiro, gente boa – Celso, um alemão, lá em Rio do Sul, casado – sempre solicitava a música “Sônia”. Num belo dia arrumei um casamento para ele. Olha, quando C elso chegou em casa as malas já estavam na varanda e a esposa mandando ele embora. Celso foi desesperado lá em casa, por volta das 5,30 horas da manhã, implorando para que eu fosse explicar a brincadeira à esposa. Desnecessário dizer que foi difícil convencer a esposa e tudo voltar a normalidade.

Alguma de locutor?
Certa feita, faleceu o irmão do Prefeito em Rio do Sul, e tinha um locutor que tanto anunciar o falecimento, numa das oportunidades já dizia sem olhar os apontamentos. Um determinado momento, emendou a nota de falecimento com um nota de uma grande festa na cidade, que estava ao lado do microfone:” faleceu fulano de tal, o sepultamento dar-se-á a tal horas, com corpo presente e logo após haverá baile. Olha, aquilo foi uma situação constrangedora... tiramos a rádio do ar por uns 15 minutos para refazermos do baque.

Nenhuma daqui de Brusque?
Aqui em Brusque, um belo dia, estavam pintando as paredes, e foi retirado o relógio que fica bem em frente do apresentador, até que a tinta secasse. Um certo momento, o apresentador foi dizendo “Agora são exatamente ... que foi o filha da puta que tirou o relógio daí da parede?” Tudo no ar!
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Referências

  • Jornal Em Foco. Matéria publicada em 22 de junho de 2002.

  Valdomiro Pires, popular Miro Pires

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VALDOMIRO PIRES, popular Miro Pires[1] Filho de Apolinário Pires e Ilda Haack Pires; natural de Brusque, nascido aos 20.01.36; cônjuge: Marlene Bittelbrunn, casados em 16.12.61. Quatro filhos: Sílvia, Aurélio, Murilo e César. Cinco netos: Maitê, Manuela, Helena, Marinara e Luiz Henrique.

Como surgiu o Sete de Ouro?

A ideia foi de Edgar Mattiolli, quando estávamos num bar lá na rua São Pedro, de abrirmos uma garrapeira, que culminou em abrirmos este bar, hoje Sete de Ouro.

Quando ocorreu a ideia?

Em agosto de 97... começou com alguns pedidos para afixar fotos na parede do bar.

Houve alguma intenção em especial?
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Aqui o Saulo pediu a palavra e respondeu: A finalidade maior foi de dispor de um lugar tranqüilo, onde o pessoal poderia desfrutar de momentos de lazer.

Como surgiu o nome Sete de Ouro?
O nome foi dado por mim, devido aos 7 amigos, vindo a ideia do Sete de Ouro, o que foi aceito pelos companheiros, registre-se, sem qualquer contestação.

Quais foram os sete amigos que originou o Sete de Ouro?
Edgar Mattiolli, Gaspar Eli Severino, Dejair e Dorival Machado, Mário Montibeller, Saulo Tavares, Arno Pires e depois integrou o grupo também o Valdomiro Pires, o popular Miro Pires.

Qual o critério para afixa as fotos, reportagens...?
Aqui o Saulo respondeu: Esportes, cinema, fatos relevantes da história de Brusque... veja Carlos Galhardo, Roland Renaux, o saudoso Néco Heil com 19 anos, Isnel junto com Pelé.

Algum fato histórico marcante?
Autógrafo de Tião Carrero – o maior violeiro do Brasil - e Padrinho, Djalma Santos .... e uma série de fatos históricos que você pode verificar ai fixados.

O Sete de Ouro tem recebido colaborações?
Dos amigos que trazem fotos do passado.

Não pensaram em expandir o Sete de Ouro?
Já até ofereceram o terreno ao lado, Saulo complementou: Restaurante ampliado já não tem mais qualidade.

Fatos marcantes no Sete de Ouro?
Na noite em que o Zéca Zen faleceu , esteve aqui esperando o Saulo até as 23,30 horas, ai foi embora e deixou um vidro de cebolinha para o Saulo, dizendo que iria embora que estava cansado de esperá-lo. Inclusive, escreveu na base de um copo:” lembrança do amigo Zéca Zen”. Outro fato sugerido pelo Saulo: Um quadro de Nelson Gonçalves onde se lê: “todo mundo diz que sou um cantor cafona, mas e sou o cantor do quarto uísque. Estou cansado de ir à festa granfina” Mais um: Uma estrofe do Padre Chico – que cada vez que chega do Mato Grosso vem aqui e, daqui já liga para o Saulo , que já coloca alguma coisa em homenagem ao grande Padre Chico (no programa do Saulo na Rádio). Outro fato: As quatro doenças que matam os alemães: 1. Tia Réia, 2, Tia Péti, 3, Oma Róita e 4, Opa Tite.

Qual o maior craque do C A Carlos Renaux?
O Orival Bolognini, o popular Bolô
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Saulo Tavares, Dr Civinski, Miro Pires e Montibeller

E do Paysandu?
Heinz Appel.

Como foi sua passagem no futebol?
Atuei sempre pelo Guarani e certa feita fiz teste no Paysandu, na época em que o treinador era o Hélio Pimentel: cheguei para treinar, por indicação do Heinz Appel. No primeiro treino, o Hélio chegou e disse: “tire as chuteiras e amarre direito!”, retruquei: Mas, está amarrada corretamente, “tire as chuteiras e amarre direito!”, repetiu Hélio. Dei meia volta e fiz sinal de adeus ao Heinz Appel, que estava acompanhando o treino e fui embora. Uma outra passagem que lembro é que fui o único atleta na história da liga de futebol que marcou três gols em cobrança de falta, em uma única partida e, pior contra o Paysandu. Resultado daquela partida 5 x 5. O Saulo - que acompanhava a matéria - emendou: “O Miro foi o maior batedor de pênalti no futebol brusquense.”.

Algum fato marcante relacionado ao clássico da cidade?
Eu, um paysanduano da gema, meu pai um paysanduano doente, o mano Arno, também e como trabalhava com o tio Felipe Pires – num café que ficava ao lado do antigo Coliseu – e atleticano roxo, tive que torcer num clássico pelo Carlos Renaux.

Para encerrar, quem pretender desfrutar algumas horas no Sete de Ouro, alguma sugestão?
O Miro Pires esperou que o Saulo respondesse: Olha, todas as sextas feiras, nos encontramos, na base da amizade e com a presença de alguém que toda àquela musiquinha esperta.
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Guarani década de 50

Corréca, Miro Pires, Herbert Heil e Bragança

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Referências

  1. Algumas respostas foram complementadas por Saulo Tavares.
  • Entrevista publicada em A VOZ DE BRUSQUE em 13 de julho de 2002.

 

  Valdir da Silva Lima - Léo da Viola

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VALDIR DA SILVA LIMA, popular Léo da Viola: Filho de Vanderlei da Silva Lima e Sebastiana Vieira Lima; natural de Juiz de Fora/MG, nascido aos 15.03.55. Cônjuge: Benedita Aparecida Lima, uma filha: Eliani, que espera o nascimento de Gustavo para final de julho.

Quando e como surgiu a musicalidade?

Aos 9 anos via o mano Arquimedes - mais conhecido como Pretinho, compositor de músicas raízes – cantar e, aos 10 anos eu já cantava e apresentava meia hora de Programa diário -Hora Sertaneja – na Rádio PRB3 de Juiz de Fora.

O grande pulo?
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Aos 17 anos fomos para São Paulo, tendo me apresentado nos Programas: Carlos Aguiar, na TV Gazeta, Almoço com as Estrelas –Airton e Lolita, na TV Tupi, Hebe Camargo, na TV Bandeirantes, Viola, minha viola, Enezita Barroso, na TV Cultura. Em 1980, participamos da MPB, na TV Globo com a música “Que terreiro é esse?”, em que puxei o solo da música, juntamente com a Orquestra da Globo –participamos: Tony Lima e Marcelino –Léo Lima e, Pena Branca e Xavantino. Na época, surgiram: Osvaldo Montenegro, Diana Pequene e Renato Teixeira. Aqui, vale ressaltar, a amizade que firmei com Cadum Moliterno. Aí veio o primeiro contrato, com a duração de dois anos, com a TV Record, no Canta Viola de Geraldo Meirelles – veja foto- oportunidade em que, também, se apresentavam: Liu e Léo, Tonico e Tinoco, Irmãs Galvãs, Tião Carreiro e Pardinho e da geração atual: Chitãozinho e Xororó.

Como surgiu o ‘marcelito” e, agora o “Léo da Viola”?

Na primeira gravação era a Dupla Toninho e Marcelo, com o surgimento do trio: Mauro, Marcelo e Peganine, surge o apelido de Marcelito. Mais tarde, com a vinda para Brusque, João Miranda, em 94, na campanha do Ciro, designo-me como o Léo da Viola, assim acabei adotando os dois apelidos.

Primeiro trabalho musical?

Foi em disco de vinil: Canta Viola, dupla Tony Lima e Marcelito. O carro-chefe do trabalho foram as músicas: “Faixa Preta” e “Festa no Cemitério”. Ritmo encontrado nesse trabalho: Pagode, Cururu, Cateretê, Rasqueado e Moda da Viola. Na sequência, veio um disco misto: “ Fé Sertaneja” – gravadora Rodeio Warner; músicas destaques: “Romaria” e “Duas mães”. Seguindo, veio o segundo disco em vinil: “Eu e o Sabiá” – os pagodeiros do Brasil, cuja música carro-chefe foi “ Moço Pacato”. Posteriormente, foi gravado com Tonico e Tinoco – Orquestra da Viola, a qual eu puxava. Seguindo, veio outro disco só da orquestra, na qual, fui o solista principal e ainda, outro lançamento : homenagem ao compositor Fusco Neto, com o trabalho “Viva e Deixe Viver”, também, no ritmo de Pagode.

Nunca pensou em introduzir músicas românticas?
Sim, no trabalho com outro parceiro, João Carreiro – e Marcelito, ou seja, Léo da Viola, na mesma linha de ritmo, todavia com a introdução de três a quatro músicas românticas. Foi nesse trabalho que conheci “Nhô Chico”, autor de caboclo na cidade. O pai de Donizete – ganhou o Festival no México com a música Galopeira. Craveiro e Cravinho, César e Paulinho, Daniel e o saudoso João Paulo.

As apresentações são em dupla ou solo? Quem faz a primeira e a segunda voz?
As apresentações são tanto em dupla, como em solo. A primeira voz é do Tony Lima, a segunda é minha. Mas, faço também a primeira voz.

Como ocorreram as gravações? Teve apoio?
O primeiro disco foi contribuição de Pretinho. Ele arcou com todas as despesas da gravação. Todos os outros lançamentos resultaram de contratos com gravadoras.

Como surgiu o primeiro CD?
O primeiro e o segundo disco de vinil constitui o primeiro CD, em dupla com Tony Lima.

Já pensou em lançar o segundo CD? Que ritmos predominam nas músicas do segundinho?
Está com a matriz pronta, faltando apenas a prensagem, as músicas seguem o ritmo: valsa, rasqueado, pagode, rancheira, chula, vanerão, polca e xote. O título é Solos de Viola. As músicas são todas em homenagem a alguma cidade brasileira, tais como: Porto Alegre, São Paulo, Novo Horizonte/SP, Mato Grosso, Piracicaba, Guabiruba, Juiz de Fora – minha terra natal – esta música está pegando como menino dos olhos de Minas e, como não poderia faltar: Brusque.

O que lembra com carinho de sua vida artística?
Nos idos de 90, no Festival de Barreto, recebi o Prêmio Recital da Viola, como o terceiro violeiro do país – junto com Gedeon da Viola.

Shows?
Acompanhando Tonico e Tinoco, junto com o Chitãozinho e Xororó, Renato Teixeira, Enezita Barroso , Liu e Léo

Cinema?
Atuei em dois filmes: uma participação especial na trilha sonora do filme: “As Pipas”, e atuei como ator no filme: “Motorista do fuscão preto”, até contribui, decisivamente, na escolha do nome do filme.

Estúdios?
Mais de 100 gravações em disco de vinil – sempre na viola e no violão base.

Alguma revista de renome nacional ou jornal comentou sobre alguma de suas apresentações?
A Revista Moda e Viola, no artigo intitulado Canta Viola: Geraldo Meirelles apresentou uma grandiosa festa sertaneja, com Saracura, Liu e Léu, Duo Guarujá,Tony Lima e Marcelito, popular Léo da Viola, Os Gladiadores e outros grandes astros, todos delirantemente aplaudidos pelo público, que lotava, por completo, o ginásio

Referências

  • Matéria publicada em "A VOZ DE BRUSQUE" aos 04 de agosto de 2002.

  Saulo Tavares 

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O grande Saulo Tavares.
Filho de Fohy e Mavalda Tavares, natural de Brusque, nascido aos 24.04.47; torce pelo Vasco da Gama e pelo Carlos Renaux. Apresentador do Programa “Informativo Havan” e “Saudade de uma Saudade”.

Como foi o início na Rádio?
Quando garoto ouvia todos os grandes apresentadores de programas radiofônicos e muito a Rádio Nacional. Desde tenra idade alimentei o sonho de trabalhar em teatro e rádio e, como meu pai desfrutava da amizade de Wilson Santos, consegui que eu iniciasse a trabalhar na Rádio Araguaia, como sonoplasta em 1962. Bom, acho que sou o apresentador com mais tempo de trabalho numa mesma emissora.

1968 - Peça "Os Ossos do Barão", apresentada inclusive no Festival do Teatro Amador no Carlos Gomes, Arnaldo Tórmena, José Luiz Gonzaga (in memoriam), Saulo Tavares e Jocenir Zimmermann Moreli.

Que programas apresenta na Rádio Araguaia?
Apresento dois programas: “Informativo Havan”, de segunda a sábado – das nove ao meio dia- e “Saudade de uma Saudade”, aos domingos – das sete e meia às oito e quarenta e cinco. Este último, um programa com ênfase cultural, onde apresento dados sobre o compósito, a época da gravação, predominando os anos 30, 40 e 50.

Um paralelo entre o rádio , antigamente e hoje?
O rádio do passado era um rádio mais romântico, não havia a concorrência da TV e das rádios FM. Tinha mais qualidade, apesar dos ouvintes não serem tão críticos como hoje. Hoje, o rádio é mais globalizado, é mais fácil obter um disco, e hoje temos aí o CD. Com o avanço da tecnologia, talvez até ficou mais fácil de apresentar um programa, todavia, a presença das rádios FM e da TV, carrega, em determinado horário, uma parcela significativa da população, que constituía o universo dos ouvintes da Rádio AM.

Algum índice comparativo de audiência entre rádio e a TV?
Olha o IBOPE há dois anos, aproximadamente, fez uma pesquisa, resultando que das 5 horas da madrugada até 18 horas, o rádio tem 70% de audiência e após as 18 horas, perde audiência mais significativamente devido as telenovelas e os noticiários.

Grandes nomes do Rádio?
Respondo o questionamento da seguinte forma: a nível nacional: O locutor padrão do radio brasileiro, em voz e improviso é César Ladeira. Depois, não podemos esquecer o pessoal que hoje está na TV, mas originários do rádio, tais como: Silvio Santos, Flávio Cavalcanti (in memoram), J. Silvestre (in memoriam), Raul Gil, Blota Júnior , Cesar de Alencar. Na área esportiva: Inicialmente, não podemos omitir um trio que ficou famoso na Copa de 58: Pedro Luiz, Edson Leite e Mário Moraes (comentarista) e, citaria mais: Fiori Gilioti, Jorge Curi, Valdir Amaral, Osvaldo Cósi, Ruy Porto e o mais independente dos comentaristas esportivos: João Saldanha. Em termos de Brusque: Início com duas expressões : a Rádio Araguaia fundada em 1946 ,pela família Schaefer, teve como um dos pioneiros o Dr Raul Schaefer – um vozerão, Wilson Santos, foi o primeiro locutor profissional no rádio, e cito ainda, Celso Teixeira (in memoriam), Clemente Dominoni, Dario Silva, Jota Duarte, Joel do Vale,Mário Pessoa, Alfredo Alberto, Camargo Filho, Ivo Sutter, Nilton Haas (sonoplasta e discotecário), Erondino Fagundes de Moraes (técnico eterno do transmissor no início do Rádio em Brusque), Élio Gonçalves (operador do transmissor)), José Carmelino Scalvim (no início como sonoplasta e agora no jornalismo), Luiz Agusto Wippel (in memoriam), Rubens Kistsner (in memoriam), Nilson da Costa (in memoriam), Onildo José Pereira.

Como escalaria a seleção de futebol de Brusque, em todos os tempos que acompanhou o futebol?
Mosimann, Bianchini, Di, Orival Bolognini, Ivo Willrich, Isnel, Teixeirinha, Heinz Appel, Petruscky, Julinho Hildebrandt e Agenor.

Um grande dirigente?
Nilo Debrassi.

Um grande treinador?
Itamar Montresor.

Melhor jogador eu teve o Carlos Renaux?
Isnel

Melhor jogador que teve o Paysandu?
Heinz Appel.

Lazer preferido?
Respiro rádio, gosto de tomar uma cervejinha com os amigos, pássaros e de futebol.

Fatos curiosos?
Tem vários fatos que poderiam ser enquadrados como curiosos nos 40 anos de rádio, todavia, cito três casos que bem lembro: - No final da década de 50, tinha um comercial ao vivo na Rádio Araguaia indicando que para ir bem nos estudos e nos esportes deveria comer macarrão e talharim. Um locutor da Rádio Araguaia, num belo dia, trocou e disse: “Para ir bem nos esportes coma Macarim e talharão”. Em outra época, faleceu um diretor famoso do Carlos Renaux, no jogo seguinte foi dado um minuto de silêncio, como ainda é costume. Acontece que o locutor ao terminar o minuto de silêncio, disse: “ Acabaram de ouvir um minuto de silêncio” Antigamente, às terças feiras, no Cine Coliseu, passava a sessão das moças. A Rádio divulgava a propaganda, e certa feita o filme que passaria, denominava-se “Com a mão na massa”. O saudoso Celso Teixeira, em determinado momento ao divulgar aquele filme levou ao ar o seguinte. “Hoje, na sessão das moças, o filme: ‘Com a mão na moça’, olha, deu um bafafá e até o grande Bratting ligou envenenado da vida reclamando do ocorrido.

Cassiano Tavares que escreve em “Tribuna”, tem parentesco com você?
Sim. É meu filho.

Lê a Coluna Dez?
Leio Direto.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 14 de setembro de 2002.

Entrevista Valdeci Domingos Fumagalli-Diabo loiro

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VALDECI DOMINGOS FUMAGALLI, popular Diabo Loiro: Filho dos saudosos Domingos Maria Pedrini Fumagalli; natural de Brusque, nascido aos 30.12.54; cônjuge: Ereni Fátima Santana Fumagalli; três filhos: Marcos, Valdelânia e Deivid; um neto: Rodrigo. Torce pelo C.A Carlos Renaux, Santos e Botafogo.

Como surgiu a musicalidade?

Comecei a tocar aos cinco anos – pianola, um tipo de piano à ventilador – e aos onze já tocava em banda: teclado, acordeão, bateria e escaleta, ou seja os instrumentos de percursão. Hoje toco com desenvoltura: Acordeão, piano, órgão sintetizador, bateria e escaleta.

“Quem não gosta de música: bom sujeito não e, ou é ruim da cabeça ou doente do pé”?

Sem dúvida, acredito que ninguém é capaz de não apreciar um som musical esperto.

Tem participado de festivais?

Participei de vários festivais, tanto aqui, como fora do Estado.

Como andam as gravações?
No primeiro Festival de Música Sertaneja em Blumenau gravei, em vinil, duas músicas com arranjos meus, cantadas na época pela dupla: Tarcísio e Eroni. Com o Musical Scalvin, um CD cover, e mais duas músicas no CD Som da Terra: “Pau e Cama” e “Bem feito”.

O trabalho vem sendo reconhecido?
Tive algumas inesquecíveis premiações. Já fui premiado com três medalhas de ouro e duas de prata em festivais.

Executa vários gêneros musicais?
Sim, desde a música sertaneja até o rock.

Algumas boas músicas?
Do passado, entre tantas, citaria as dos Roling Stones, Beatles, Tom Jones, Casa das Máquinas, Tuti Fruti, Titãs e de hoje: Legião Urbana, LS Jackson, Barão Vermelho.

Como estamos de músicos no berço da fiação catarinense?
Temos muitos bons músicos, citaria três: Bruninho Moritz, Ingrid Moritz, Marcos (baterista, meu filho primogênito).

O que faz Valdeci, hoje?
Hoje integro o Conjunto Scalvin, tenho, juntamente, com o Ivo Bork e Paulo Boni – o bailão Rancho Alegre e ainda, tenho uma equipe de sonorização, para qualquer tipo de evento.
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Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 5 de outubro de 2002.

 

Entrevista Joel do Valle


JOEL DO VALLE: Filho dos saudosos João Francisco e Bernardina Piva Valle; natural de Nova Trento, nascido aos 10.08.35. São em 11 irmãos: Saul (in memoriam), Jairo, Joel, Bublius, Isaac, Rômulo, Esther, Ruth (in memoriam), Solanis (in memoriam), Judithe , Salete. Cônjuge: Hedwiges Stein Valle. Três filhos: Liliana, Silvana e Dimitri. Três netos: João Francisco, Álvaro e Maria Victória. Torce para o C A Carlos Renaux e Botafogo.

Uma palhinha da descendência

Liliana casou-se com Rogério Szpoganicz, filhos: João Francisco e Álvaro; Silvana com Gerson José Zimmermann, filho: Maria Vitória e o Dimittri casou com Elisa Rossato, não tem filho.

A vida profissional?

Jornalista e Professor.
Escreveu em que jornais?
Sim, em O Município, no Diário Brusquense, no extinto Correio Regional e na Tribuna.

Algum escrito teve mais repercussão?
A Coluna JOEL DO VALE teve uma grande fase.

E no rádio?
Fui comentarista esportivo e nas duas: na Araguaia e na Cidade.

Melhor partida que comentou?
Carlos Renaux 4 Paysandu 2, em 1967.
Não, derrota do Paysandu não.

Outra?
Sim.
Foi Avaí 1 Carlos Renaux 0, em 1992.

Por que parou?
Parei porque sabia que o Brusque até o fim de minha vida não seria novamente campeão.

Grandes atletas do Carlos Renaux?
Petruschy, Teixeira e Isnel.

E do Paysandu?
Julinho Hidelbrandt, Di Bork e Osvaldo Appel.

Um grande treinador?
Alípio Rodrigues.

Grandes dirigentes?
Pela Renaux: Lelo e João Bauer. Lelo dedicou-se e deu a vida pelo Carlos Renaux. Pelo verde e branco, Arthur –Polaco – Jachowicz e Gerhard Nelson Appel.

E a fusão e o retorno dos dois tradicionais clubes brusquenses?
Quanto a fusão fomos levados pelo Roberto Alves. Estive reticente na oportunidade, devido a preocupação com a continuidade. No que diz respeito ao derby brusquense, olha aquilo era uma festa inacreditável. Com a parada dos dois históricos clubes, acabou a auto-afirmação do brusquense em termos de futebol. Pertinente ao retorno, nem que fosse para terceira divisão, deveriam as duas equipes recomeçar pela prata da casa, como observávamos antigamente.

Um fato marcante?
Um fato marcante aconteceu no jogo entre Figueirense1 x Carlos Renaux 2, o presidente do Figueirense Luiz Carlos Bezzera fez a Polícia Federal me chamar à atenção à respeito das palavras que eu tinha proferido; “ quem não é galo para a rinha, nenhum mostra as garras”.

O que faz hoje?
Sou aposentado como professor, gosto de praia, assistir TV, leituras de jornais e revistas e me dedico à família.

Referências

  • Entrevista publicada em 04 de abril de 2003.

  Fernanda Luísa Regis 

 

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FERNANDA LUÍSA REGIS: Filha de Giulvane Evair Régis e Sandra Rosélis Rezini Régis; natural de Brusque, nascida aos 16.10.92. Tem uma irmã: Amanda Cristina Régis; cursou a sétima série na Escola de Educação Básica Francisco Araújo Brusque

Como surgiu a arte de interpretar em sua vida?

Iniciei aos dez anos, nas invernadas, participava em danças em Brusque, Gaspar, Blumenau, Itajaí e Rio Negrinho, sempre acompanhava o meu pai, que participava do CTG – oitava região, e aos onze ingressei recitando poesias.

Como define o Recitar poesias? E o que seria interpretá-las?

Poesia é brincar com palavras, então eu interpreto essa brincadeira, levando ao público a emoção das histórias de momentos da vida. Interpretá-las seria viver esta passagem de vida, manchado de fantasias, sonhos, alegrias e tristezas e a própria realidade.

Tem participado de eventos e já foi premiada?

Participei – inicialmente – na Escola Francisco Araújo Brusque, no Projeto Viva com Emoção, entre Escolas, obtendo o primeiro lugar, prosseguindo, participei no Centro Evangélico entre todas as Escolas, obtendo o terceiro lugar, novamente, no Araújo Brusque, obtive o primeiro lugar , posteriormente, no Municipal – Recital de Poesias – entre todas as Escolas, registre-se com 45 participantes, obtive a nona colocação e, por último, novamente no Municipal – Recital de Poesias – nas Asas da Imaginação – fui a primeira colocada.

Um trecho da poesia recitada e que mais marcou?
Que eu li foi de Chico Buarque: “Mas sob o peso dos séculos/ Amanheceu o espetáculo/ Como uma chuva de pétalas/ Como o céu vendo as penas/ Morresse de pena/ E chovesse o perdão” e, recitando, sem ler, foi: “ O sol e a lua”, de Silvana Duboc.

Aperfeiçoamento?
Fiz pela Prefeitura Municipal de Brusque – educação levado a sério – nas Asas da Imaginação, em 2002 e, em 2003; Gerência de Educação e Inovação – Viva a Emoção, em 2003 e, também, recebi certificado no CTG –Laço do Bom Vaqueiro, no XVIII Rodeio Crioulo Interestadual, em 2002.

Em Brusque, algum destaque especial?
Sim, em Brusque destacaria no meio moderno a Cici Daunn e, no tradicionalista, Verni Helmbrecat.

O que seria esse meio moderno e tradicionalista e como poder-se-ia defini-los?
Primeiramente, destaque-se que, o meio é o pensamento do modo de vida. O meio moderno é o meio em que vivemos, é um mar de correria, onde quem ganha não perde e quem perde não ganha, e no tradicionalista, o que vale é a honra, a vida e aquilo que se ama, no caso a tradição.

Em quem se espelha?
Na verdade tenho três espelhos: Fernanda Montenegro – ela consegue penetrar seus sentimentos e modos de vida que o personagem exige; Toni Ramos – sabe interpretar o personagem que está representando e Bruna Marquezine – apesar de pequenina é muito talentosa.

Já traçou alguma trajetória?
O meu sonho é – como o da maioria das declamadoras – ser atriz; uma “estrada brilhante”, atingindo o auge, tendo o reconhecimento do público.

Referências

  • Jornal Em Foco. Matéria publicada na semana de 08 a 13 de agosto de 2005.

 Entrevista Jaqueline Marcos dos Santos 

 

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JAQUELINE MARCOS DOS SANTOS: Filha de Valdecir José dos Santos e Terezinha Marcos dos Santos; natural de Blumenau, nascida aos 22.06.86. São em três irmãos:: Tatiana, Douglas e Jaqueline. Acadêmica de Educação Física - sexto período – na FURB.
A vinda para Brusque?

Vim, ainda bebê, com um aninho, acompanhada de meus pais.

Como foi sua infância?
Tranquila, brincava mais dentro de casa, com minhas coisas, pois, minha mãe não me deixava brincar na rua. Depois, já adolescente, comecei a aproveitar todas as coisas belas que se começa a descobrir nesta linda fase.

Como está sendo sua juventude?
Está sendo muito boa, graças a Deus. Estou buscando uma formação profissional, que devo concluir em dezembro de 2007, como profissional de Educação Física, profissão esta que sempre admirei, sendo que a decisão acadêmica surgiu devido ao encontro pela dança. Quando as coisas que desejo, sou persistente, e prefiro conquistá-las, com meu suor. Assim, acredito que a vida tem sido generosa comigo, por colocar em meu caminho, pessoas maravilhosas.

Como surgiu a dança em sua vida?
Suragiu aos 9 anos, quando estava na quarta série e a Professora Kelly, da educação física, convidou a mim e a outras meninas para ensaiar uma coreografia, para um festival entre escolas. Foi minha primeira apresentação, com a música Macarena, que era sucesso na época. Logo, em seguida, comecei a freqüentar as aulas de dança no Centro Comunitário Steffen, com a Professora Milena Zanon. Com ela iniciei o meu aprendizado no jazz, street dance, dança do ventre e dança havaiana. Em 2003, tive o meu primeiro contato com a dança de salão, através do Professor e bailarino Markinhos. Depois, em 2004, entrei para o grupo de Axé Conexão Brasil, de Blumenau. Minha permanência no grupo foi de um ano. Em 2005, ministrei aulas na Academia Somma e apreciei um pouco da dança contemporânea, transmitida pelo Professor Betinho, Ministrei aulas de dança, também no Steffen, durante um ano e seis meses, onde promovi o meu primeiro Show, o espetáculo de dança SOU BRASILEIRO, que aconteceu em dezembro de 2005.

 E o hoje?
Hoje, no pouco tempo livre que tenho ensaio na Academia Somma, para o show de fim de ano e, com o professor e bailarino Markinhos, para apresentação em eventos que contratem nosso trabalho.

O que significa a dança?
A dança para mim é uma tarde contempla que envolve música, teatro e ritmo. É a combinação de uma sequência de expressões corporais e faciais, que transmitem emoção de uma forma inusitada e ousada, que só na dança existe.

A expressão corporal reúne conhecimentos do balé clássico, dança moderna e contemporânea, cujos princípios são as técnicas de consciência e estruturação corporal?
Sem dúvida o balé clássico serve de base para todas as demais modalidades e não só na dança, como também, dentro das artes marciais, ele tem a função facilitadora na execução de alguns exercícios característicos da modalidade. Já a dança contemporânea, concentra as energias para ao intimo do
bailarino, tendo como características quedas e subidas bruscas. A dança moderna, transbordando energias, expressa sentimentos libertadores e ousados, sendo que todas modalidades possuem técnicas e nomenclaturas específicas.

Grandes nomes?
No ballet, Ana Botafogo, na dança de salão, Carlinhos de Jesus, na dança do ventre, Rose Mari de Castro, na dança contemporânea, Deborah Colker.

Grandes musicais?
Cats, A Bela e a fera, O fantasma da ópera, Chicago, Moulan Rouge.

A programação da TV está tornando a mulher vulgar?
  Realmente a TV expõe a mulher usando sua sexualidade, por achar ser um meio fácil de ganhar audiência. É uma pena, pois com isso as pessoas confundem sexualidade com sensualidade. A mulher é sensual por natureza e, jamais, deve perder sua qualidade, que é arte, beleza, comportamento e jeito de ser dentro de um limite.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada na semana de 30 de novembro a 6 de dezembro de 2006.

 

  Lauro Fischer


Lauro e Zilma com duas formações dos Robinsons.
LAURO FISCHER: Filho de Arnoldo (in memoriam) e Maria Eva Fischer, natural de Brusque, nascido aos 05.04.44. São em catorze irmãos: Mercedes, Ivone, João Daniel, Guido, Maria Lúcia, Ismar (in memoriam), Úrsula, Mário (in memoriam), Tarcísia, Maria Glória, Edésio, Cecília, Sergio e Lauro. Cônjuge: Maria Zilma Mafra Fischer, casados aos 30.10.71; dois filhos: Marcelo e Jean Carlo. Torce para o SC Brusquense, Corinthians Paulista e C.R. Flamengo.

Uma das formações da Banda Araújo.

Como foi sua infância e juventude?
Como toda criança: brincava, batia umas peladinhas e frequentava a Escola. Na juventude, enquanto morava na rua São Pedro, passávamos mais em encontros entre colegas, depois, na Rua Nova Trento, proximidades do complexo de Azambuja, jogávamos futebol lá encima no campo dos padres, algumas tardes dançantes e namorava. Aos 14 anos - idos de 1958 – ingressei na Renaux.

Como conheceu a Zilma?
Conheci a Zilma na própria Renaux, inicialmente troca de olhares e depois namoramos e subimos ao altar.

Como surgiu a música em sua vida? E as participações como vocalista?
Na faixa dos 18 anos, comecei a tocar acordeão, aí foram surgindo festinhas de aniversários, bailinhos, participávamos, imprimindo um som, com meus irmãos e com colegas, principalmente na Sociedade Getúlio Vargas. Depois de alguns anos, ingressei como vocalista nos Robinson, permanecendo de 70 a 76. Em seguida, fui para a Banda Araújo, também como vocalista, por um período de aproximadamente 23 anos e, por último integrei a Banda Monte Carlo, cujo empresário é o Félix Imhof.

E o Programa “Show de Bandas”, na Rádio?
Iniciei nos idos de 98, por iniciativa de Sérgio Ferreira – com o apoio de Paulo Portaletti e o Caron – o Programa “Show de Bandas”, na Rádio Cidade.

E as participações no Programa “Juventude ao vivo” de Dario Silva?
Aos domingos, comandado por Dario Silva, o Programa “Juventude ao vivo”, um programa ao vivo, nas dependências do Cine Real, na Sede do C.A. Carlos Renaux, cantava – uma das músicas era ‘Aline’, um sucesso de Agnaldo Timóteo – com outros participantes. Registre-se, com cobrança de ingressos, Participavam ainda o saudoso Ademar Pavesi, o popular Bafo, o Valdeci Fumagalli, popular Diabo Loiro e o Osnildo da Luz, popular Sapo.

Vida profissional?
Ingressei na Renaux, nos idos de 58, com catorze anos de idade e continuo firme lá.

Grandes nomes na Renaux?
Entre outros destacaria: Dr Erich Bueckmann (in memoriam), Carlos Cid Renaux, Armando E. Polli (in memoriam), Júlio Heim, Guilherme Diegoli, popular Willi e os atuais diretores Rolf e Wálter Bueckmann.

A administração Ciro Marcial Roza?
Gosto da administração do Ciro pelo estilo arrojado... o inigualável espírito empreendedor.

O Brasil tem acerto?
Sim , a partir do momento que surgirem outros tipos de políticos... outra classe de políticos.

Lazer?
O meu Programa na Rádio, que amo muito em fazer; estar com a família e gosto de assistir futebol e noticiário na TV.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 20 de abril de 2007.

 

Entrevista Nemézio Alexandre


NEMÉZIO ALEXANDRE, popular Nemézio Maçaneiro: Filho de Orácio e Olibia Flor Alexandre; natural do Limoeiro, Itajaí, nascido aos 11.09,22. São em sete irmãos –Arnoldo, Reinoldo, Genésio, Olindina, Nelson, Iolanda e Nemézio. Cônjuge Maria Coppi Alexandre –in memoriam, seis filhos Valmor, Cláudio,Dulce, Vilma, Elisete e Dulcemar. Dez netos e oito bisnetos. Torce pelo Paysandu

Como foi sua infância e juventude?

Como a maioria das crianças de minha idade: caçava, pescava, batia umas peladas; já na juventude, como casei cedo, convivi com minha esposa essa fase da vida.

Como conheceu a Maria Coppi?
Trabalhava no terceiro turno na Renaux, um dia, quando vinha do serviço encontrei Maria Coppi; ali próximo do Stoltenberg, existia um hotel, em que ela trabalhava. Eu já andava de olho nela e um dia, aproximei-me dela, conversamos e assim foi indo. Em 15 dias levei-a para a casa de meus pais, aí pensamos em casar no civil, mas primeiro precisei ficar no exército, por uns 7 meses, em Itajaí, até terminar a guerra.

Como surgiu a Banda TUPI?
Iniciei um conjunto com meus filhos e um irmão: eu no acordeão, Valmor, na bateria, Dulce,vocalista, e meu irmão, Reinoldo, popular Reno, no pandeiro.

Toca ainda muitos instrumentos?
Sim, toco 12 instrumentos: bateria, bandonho, acordeão, clarinete, pistão, violão, gaita de boca, pandeiro, saxafone, guitarra, cavaquinho e banjo.

Vendia lenha embalada?
Sim, teve uma época que eu e a esposa Maria cortávamos lenha, embalávamos e enchíamos a carroça e os filhos Valmor e Dulce saiam a vender.

Como foi o início da fabrica de brinquedos?
Comecei a fazer uns carinhos de mão e caminhõezinhos para crianças. Eu fazia e o filho Valmr desenhava e pintava e, assim, foi desenvolvendo o empreendimento. Mais tarde, passei a construir balanço de jardim. Era a manufatureira Alexandre.

Uma palhinha de sua trajetória profissional?
Ingressei na Renaux aos 14 anos, como fiandeiro, permanecendo por uns 8 anos, depois, na Iresa, como tecelão, por uma década; em seguida, na Buettner, também como tecelão, por mais uns 6 anos, na sequência, adquiri um caminhão – um Ford Inglês – pegava peixe em Itajaí, levava para Botuverá e retornava de Botuverá para Itajaí com laranjas; nesse período, abri o sala de danças, denominado ‘Tupi’, e embaixo do salão, a fábrica de brinquedos. Toquei salão de danças , por aproximadamente, 15 anos, terminando em 78, quando houve o incêndio. Depois, ainda abri novamente e coloquei a Manufatureira Alexandre, quando fazia balanços de jardim e tive, ainda, uma borracharia. Trabalhei ainda de latoeiro, mecânico, torneiro e soldador.

Pode dar certo homem e mulher trabalhando fora e os filhos sozinhos?
Não é fácil... a educação correta tem que iniciar pelos pais, antes pai trabalhava e a mãe criava e educava os filhos, hoje, a mulher precisa ajudar o marido e as crianças estão soltas... só vejo uma saída, proporcionar escola em tempo integral... não esquecendo de levar os filhos às missas.

Como o Sr vê, hoje, uma criança, de nove anos, se ameaçada de uns puxões de orelha, já contra ataca, dizendo que vai procurar o Conselho Tutelar?
Sou favorável a dar umas palmadinhas... palmadinhas de amor... colocando o filho no caminho correto... caso contrário, ninguém mais dará jeito.

E esse negócio de só trabalhar com 16 anos, não estamos criando uma ninhada de bandidos?
Sim, um homem e uma mulher só é formado com orientações pelos pais, iniciando a educação correta, reforçada pelos professores, pelos religiosos e, fazer trabalhar cedo. As crianças, enquanto não estiverem trabalhando deveriam permanecer na escola o dia inteiro... se não estaremos formando bandidos.

Como gosta de viver?
Hoje, estando aposentado, gosto de tocar, de andar de moto e assistir programas de caipiras.

A administração Ciro/Damomar?
Não tem melhor... sempre votei nele... e o dia que eu partir, retornarei para votar no Cir.

O Brasil tem acerto?
Infelizmente não tem na, é muita gente passando a mão.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 30 de abril de 2007.

 

  Tarcísio Luiz Feller -

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TARCÍSIO LUIZ FELLER: Filho dos saudosos Almir Pedro Feller e Hilda de Oliveira Feller; natural de Nova Trento, nascido aos 20.05.53; cônjuge: Jaqueline Teixeira; quatro filhos: Tarcísio Luiz Júnior, Fádia ; Nagalin, Virgínia e Lauro; dois netos: Arthur e o outro ainda não foi informado do nome. Torce para o C A Carlos Renaux, atual S.C. Brusquense e C R Flamengo.

Como surgiu as artes cênicas em sua trajetória?
Foi em Nova Trento, idos de 1957, nos finais de semana, na residência da família Marchi, que aos domingos à tarde, era armado o teatro: arrumavam o palco e até cobravam ingresso e, lá estava eu assistindo; mais tarde, lá pelo final da década de 60 e início da década de 70, na juventude evangélica, em Brusque, comecei a atuar como ator.

Há quanto tempo dedica, exclusivamente, a arte cênica?
Vivo, exclusivamente, o teatro há 13 anos, com o apoio de diversos colaboradores em Nova Trento, Brusque, Laguna, Criciúma, Tubarão e Garopaba. O interessante é o ator viver sua arte, seu sonho e sua realidade, 24 horas por dia, dedicar-se, exclusivamente, a vida de ator.

Quem ensinou a dar os primeiros passos como ator?
Foi o meu avô, Lauro Joaquim de Oliveira.

Como foi o início?
Na juventude, umas quatro a cinco peças em diversas cidades catarinenses. Em 1993, lecionava língua portuguesa e literatura, para o segundo grau no Colégio Cônsul Carlos Renaux, oportunidade em que conheci o grupo “Só nois três, porque!!!?”. Procurei o Eduardo Fão, para promover uma noite de poesia. Levei algumas produções e ficou decidido que a montagem da peça exclusiva com minha produção. As apresentações: “O banquete dos miseráveis “, eram realizadas no teatro de bolso, Edifício Rio Center, com 70 lugares, e praticamente todos os lugares eram ocupados. A partir daí participei do Festival Catarinense de Teatro, em Caçador, Festival Universitário de Teatro, em Blumenau. Em 94, Fuji a Fortaleza, com Eduardo e Tércia, oportunidade em que apresentavam a peça: “O homem diz sim”, acompanhei as apresentações por cinco vezes, na sétima passei a integrar o elenco e a partir de 95, passei a atuar sozinho, interpretando dois personagens.

Em quem se espelha?
Antony Hopkins.

O que é fazer teatro?
Fazer teatro exige dois requisitos essenciais: além de sua função lúdica, que é divertir, tem uma função imprescindível ao ser humano: a do questionamento político, sem os quais torna-se impossível a convivência entre os homens.

Que mensagens procura transmitir nas apresentações?
Tento desperta-las para o futuro e fazê-las mais eficazes.

Quando falamos em teatro, é comum o leigo lembrar-se somente da profissão de ator, mas não é só isto. Quais são as profissões envolvidas com o teatro?
Existe um grande número de profissionais que são necessários para se levantar uma produção: cabe ao produtor fornecer recursos financeiros e materiais. O Diretor é responsável pela estruturação cênica do espetáculo, ele é o comandante de um grupo de técnicos e artistas, cujo objetivo é produzir, criar e montar a peça teatral. Ele orienta o ator na composição da personagem, no estabelecimento das marcações cênicas, na escolha da trilha sonora, na criação, em conjunto com os técnicos, das áreas respectivas, da cenografia e dos figurinos. Já o Cenógrafo cria o espaço artificial, necessário para ilustrar, apoiar e emoldurar o ato cênico, através de uma linguagem própria, enquanto o Figurinista cria as vestimentas dos atores. Além destes, existem ainda, o iluminador, o técnico de som, o coreógrafo, o maquiador, a camareira, o bilheteiro, o administrador e a equipe que cuida da divulgação do evento. Ao todo são cerca de catorze diferentes funções.

O volume de profissionais que vive, exclusivamente, da atividade teatral tem crescido ou diminuído? Por quê?
Existe uma grande atração pelo teatro, principalmente em razão do glamour que a profissão de ator representa ou aparenta ter. A televisão, através das novelas, é um dos principais divulgadores dessa imagem de sucesso, de beleza e de riqueza, que nem sempre corresponde a verdade. São poucos os privilegiados que conseguem galgar os degraus da fama através das produções globais – a ilusão de todo aspirante à carreira de ator. No teatro, a situação é bem outra. São poucos os que conseguem viver somente da profissão. Fora dos grandes centros – especialmente Rio e São Paulo – a profissão, praticamente, inexiste. É o caso do Vale do Itajaí, onde atuam pouquíssimas companhias que têm em seu elenco atores profissionais, que vivem, exclusivamente do seu trabalho.

Quais as maiores dificuldades enfrentadas nas apresentações de peças?
Sem dúvida, a financeira para os pequenos grupos teatrais e a concorrência desleal com os grupos ligados à mídia.

Em que cidades já se apresentou?
Foram inúmeras: Nova Trento, Brusque, Caçador, Blumenau, Itajaí, Imbituba, Laguna, Criciúma, Tubarão, Garopaba, Florianópolis, João Pessoa (Paraíba), Iço (Ceará), Recife e Olinda (Pernambuco), Vitória (Espírito Santo), Aracaju (Sergipe), Salvador e Itaparica – apresentações encima da balsa), Porto Seguro e Arraial do Ajuda e Buenos Aires.

Reconhecimento?
Ao saudoso Padre Orlando M. Murphy e a Marga Helga Erbe Kamp.

Alguma apresentação em vista?
A partir de abril acontecerão apresentações em Brusque e região, com o apoio do SESC, com o projeto “Transando Saúde”.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE em 14 de julho de 2007.

Entrevista Maria Luiza Walendowsky


Maria Luiza Walendowsky.
Filha de Hilário Walendowsky e de Arlinda Zimermann Walendowsky; natural de Brusque, nascida aos 20.06.56; uma filha: Patrícia Luiza Como surgiu a trova em sua trajetória?
Surgiu no ano de 2006, através de uma amiga e trovadora, Gledis Tissot, de Balneário Camboriú. Na ocasião cursávamos o curso superior de Extensão Universitária da Vida, na Univali. Sabendo que aprecio e escrevo poesia, convidou-me para participar dos II Jogos Florais de Balneário de Camboriú. Nesse encontro tomei conhecimento desta modalidade literária; desde então iniciei meu aprendizado descortinando um mundo de enriquecimento, de troca de experiências, novas amizades, conhecimentos e criatividade.

Como definiria a trova?
A trova é uma modalidade literária de poesia, é a arte da sintese, pois trata-se de um poema completo. É uma forma fixa de verificação, composta de quatro versos (linhas), sete sílabas – redondilha maior, portanto os versos são metrificados com sete sílabas poéticas. Na trova, a rima é obrigatória, rim

A trova tem a sua história ligada a UBT – União Brasileira de Trovadores?
A trova tem a sua história ligada à UBT, entidade que congrega a quase totalidade dos trovadores ativistas. Foi fundada em 21 de agosto de 1966, no Rio de Janeiro e, insstalada em todo o território nacional, tendo sede histórica e foro na cidade do Rio de Janeiro. No entanto, o trabalho de divulgação dos trovadores brasileiros já vinha sendo realizado mesmo antes dessa época. O marco inicial do movimento, poderá ser situado na publicação do livro Descantes (Cantar ao som de instrumentos musicais), editado por cinco estudantes do Recife, dentre os quais, Ademar Tavares. Mas, só a partir de 1951, quando Luiz Otávio iniciou uma pesquisa entre os trovadores brasileiros, foi a trova ganhando terreno nos jornais, livros e revistas. Em 1956, Luiz Otávio, baeado em uma pesquisa publicou o livro Meus irmãos,os traovadores, que obteve grande sucesso. Hoje a UBT, através de suas seções e delegacias expandiu-se por todo o território nacional.

A UBT possui Hino? De quem é a letra e a música?Emblema? Patrono?
A UBT possui o seu hino – o Hino dos Trovadores, com letra e música de Luiz Otávio. A UBT possui um emblema que tem base uma rosa vermelha – símbolo do lirismo e, quatro linhas douradas, que representam os quatros versos da trova. O Patrono da UBT é o Santo Trovador, São Francisco de Assis, cuja oração é declamada durante os festejos.

A UBT cultua alguns expoentes da trova?
A UBT cultua a figura de três expoentes da trova: Ademar Tavares, rei dos trovadores, Luiz Otávio, principe dos trovadores e Lilinha Fernades, rainha dos trovadores.

A UBT é considerada de utilidade pública?
A UBT foi considerada de utilidade pública através da lei 1 783 de 3 de dezembro de 1968 – Estado da Guanabara

O que são Jogos Florais? Comente sobre o concurso de trovas?
Os Jogos Florais forammuito populares na idade média. Era um torneio cultural, promovido, anualmente,em Toulouse, França, inspirado em tradições originárias da Roma Antiga. Por se realizar na primavera, esse torneio, que envolvia várias modalidades literárias, oferecia prêmios – troféus – em forma de flores, dai o nome “Jogos Florais”.Os primeiros Jogos Florais de Nova Friburgo constaram de um grande concurso de trovas, com o tema “amor”. A festa de premiação, em maio de 1960, reuniu na bela cidade serrana fluminense, além dos vencedores do concurso, outros ilustres intelectuais, entre os quais Antônio Olinto, Eneida, Jorge Amado, Manuel Bandeira. Dali por diante,dezenas de outras cidades passaram a promover torneios semelhantes. Alguns com o nome de Jogos Florais , outros simplesmente como concursos de trovas. Na maioria dessas cidades, a festa hoje faz parte do calendário de eventos, constituindo importante atração turística. O concurso de trovas propõe um ou mais temas, a partir dos quais trovadores de todo o Brasil e também de Portugal produzem seus versos. Ao final do prazo estabelecido para remessa dos trabalhos, uma comissão julgadora seleciona as trovas premiadas – vencedoras, menções honrosas e menções especiais. Os autores das trovas contempladas são convidados a comparecer à cidade promotora do concurso para uma festa que dura de um a três dias. Nessa ocasião, além dos passeios, recitais e outros programas, faz-se uma reunião solene para entrega de prêmios -diplomas, troféus e medalhas. Não há prêmio em dinheiro. Quando há recursos disponíveis, os premiados ganham hospedagem e refeições, mas as despesas de transporte correm por conta de cada um. Por ser um movimento literário que se caracteriza pela fraternidade, tal costume é aceito tranquilamente. Nos dias 07, 08 e 09 de novembro acontecerá o III Jogos Florais de Balneário de Camboriú e Brusque, com sua delegada da UBT, que sou eu -Maria Luiza Walendowsky – possibilitará aos participantes uma tarde em nossa cidade dia 07 de novembro, onde os trovadores representantes de vários países e estados brasileiros conhecerão os pontos turísticos, nosso comércio e será oferecido um café colonial com atrações de etnias alemã e italiana, além da presença da rainha e princesa da Fenarreco. Pessoas que apreciam esta modalidade de poesia e para maiores infrmações sobre esse trabalho entrar em contato comigo, no endereço eletrônico “inhawalen@hotmail.com”, ou pelo telefone 3351-4973, à noite.

Como aconteceu sua nomeação, como Delegada da UBT?
Minha nomeação aconteceu por indicação da Sra. Gislaine Canales, Presidente da UBT, secão de Balneário de Camboriú, sendo posteriormente oficializada no dia 25.11.2007, através do Presidente Nacional da União Brasileira de Trovadores, Sr Eduardo A.O. Toledo.

Qual o objetivo de uma delegada?
Entende-se que o objetivo de uma delegada é de divulgar e promover a trova como instrumento de cultura.

Referências

  • Jornal A VOZ DE BRUSQUE. Edição de 24 a 30 de abril de 2008.

 

   Valter Maorizzi- Paca

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VALTER MAORIZZI, popular PACA: Filho de Hercílio Maorizzi (in memoriam) e Otília Hodecker; natural de Brusque, nascido aos 04.05.51. Cônjuge: Arlete Deichmann Maorizzi, casados aos 02.06.73; um casal de filhos: Válter Júnior e Marilú (casada com Odirlei Bózio); um casal de netos: Gabriel (Júnior), e Amanda Carolina (Marilú).
Por que o apelido Paca?

Quando nasci, pesei cinco quilos e duzentas gramas, a parteira foi a frau Fuchs, quando minha vó me viu disse: “não parece ser gente, parece ser uma paquinha”, isso porque eu era bem gordinho, aí foi, inicialmente, paquinha, depois paca e paca gaiteiro, até hoje.
Como foi a educação recebida dos pais?

Meu pai sempre cobrava trabalho e honestidade.
O que lembra com carinho da infância?
Da infância, bem me lembro, das peladas, quando atuava nos infantis do Paysandu e do Renaux. O Darcy Ramos era treinador do Paysandu e no Renaux, era o saudoso Mário Vinotti, e da sanfona que pegava escondida de meu pai.

Em que posição atuava?
Atuava como quarto zagueiro.

Algum título, em especial?
Foi um título de campeão sul-brasileiro no exército.

Lembranças positivas do exército?
Foi ter atuado com o Britinho, que tarde veio atuar no Brusque, e ter tido como companheiro de farda, o Dr Celso, Secretário Municipal de Saúde e, também, os ensaios que fazia na banda do exército.

O que lembra com saudades da juventude?
Ah... as serenatas! Tínhamos uma turma boa, inclusive o Ademar Tomazoni e outros amigos.

Como conheceu a Arlete?
Conheci num dia de festa no Aymoré, quando retornando da festa, vi ela em pé próximo do portão, eu vinha pilotando uma “vespa”, parei, e pedi um copo d’água. Depois fomos nos conhecendo melhor no Honório Miranda, onde fizemos o segundo grau, namoramos, por aproximadamente um ano e meio e, mais um ano de noivado e, subimos ao altar.

Quando surgiu a música em sua vida?
Iniciei na música aos 7 anos, meu saudoso pai, professor de música – por notas; eu ficava observando ele tocar e iniciei a tocar acordeão, que pegava às escondidas dele, no quarto.

A música é um dom?
Sim, para ser músico é preciso ter dom; e no meu caso específico, até pelo fato de o pai ser professor de música, o sangue está impregnado de musicalidade.

Em que grupos abriu a sanfona?
Em bandas e conjuntos iniciei aos 17 anos: vinte anos no Show 7, dez anos no Nivert e seu conjunto, quatro anos na Bier Kapelle e seis anos na banda musical, Araújo Brusque.

Por que Show Sete?
O nome show 7 é porque éramos em sete integrantes. O saudoso Luiz Carlos Vichini, popular Calito (guitarra), Odemar Cavichiolli, o popular Marinho (vocalista), Dilson João Lopes da Silva (baterista), e mais os quatros que ainda teimam em gosta de música: Lino Tomazoni, Valmor Alexandre, Pedro Sestrem, popular Didi e eu.

Grandes músicos?
Entre outros, citaria: Bruno Moritz (acordeão), Lico Vechi (teclado), Toni Soares (vocalista), Aliatar Taboni (vocalista, no ritmo boemia), o saudoso Pedrinho Knihs (pistão), Lauro Fischer (vocalista), e a dupla Ciro e Dejair (vocalista e violão).

Quais foram as melhores apresentações?
Ah!... as melhores apresentações foram durante a realização da Fenarreco. Ressalte-se, tive apresentação em todas as edições da Fenarreco.

Alguma preferência por gênero musical?
Toco todos os ritmos, mas o que mais me toca, é a música típica.

Quais era os salões mais populares?
0s mais populares eram os salões do Schulemburg, Bandeirante, Beneficiente, Guabirubense, Santos Dumont, Guarani, Aymoré, entre outros.

O que é uma sexta feira perfeita?
É aquela que pode-se dizer: uma semana que correu tudo bem, é na espera de um final de semana com um almoço em família... churrasquinho.

Espera alguma coisa de 2008?
Além de saúde, as minhas “ bodas de ouro” na música, em maio e, as bodas de coral (35 anos) com Arlete, em junho.

Para o lazer, alguma preferência?
Não tem jeito ... é a música.
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Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, na semana de 09 a 16 de maio de 2008.

Entrevista Aliatar da Silva


ALIATAR DA SILVA: Filho dos saudosos Otávio Tomaz da Silva e Bertha Phug da Silva; natural de Brusque, nascido em 14.08.38; Uma irmã: Marina; cônjuge: Tereza Gamba da Silva, casados aos 04.10.64; uma filha: Adriana. Torce para o C.E. Paysandu, Corinthias e Vasco da Guma

O que lembra da infância?

Minha infância – na rua das Carreiras – foi como da maioria das crianças da época; brincadeiras simples e sadias.

E da juventude?

O que bem me lembro da juventude, era que – aos 14 anos – trabalhava como ajudante de confeiteiro, na Confeitaria Koehler e sempre que sobrava cuca e empadinha – que quebravam – e que então não eram levadas aos clientes, eu as saboravas.

Como surgiu a música em sua vida?
O início, propriamente dito, foi nos idos de 69, quando ingressei no curso de química na Furb. Lá conheci o Dejair que também cursava química e aí começamos a tocar e, logo, em seguida, iniciamos a canta juntos, nas noites em Blumenau.

Além de vocalista, toca algum instrumento?
Toco um violãozinho.

De que conjuntos e bandas participou ou participa?
Integrei a Bier Kapelle e atualmente, a Brusband.

Para ser músico é necessário ter dom?
Ah, com certeza!

Gênero musical preferido?
Prefiro as sertanejas e as músicas antigas.

Grandes apresentações?
Toda apresentação é importante para o músico, mas para mim foi a apresentação no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, com o Maestro Werner Arnold, também a participação no Jornal do Almoço, com o Bruninho Moritz e, sempre lembro com carinho, das apresentações, aos sábados, na FIP.

Grandes músicos em Brusque?
O Bruninho Mortiz. O Bruninho é um fenômeno musical. Citaria, também, o vocalista Lauro Fischer. Quanto aos músicos em seus instrumentos musicais não podemos esquecer do acordeonista Paca, do tecladista, Vadinho, do violonista Eberhard Orthmann, do Mimi Reis – filho do Goianinho, no violão e o Alarico no pistão.

Uma palhinha da vida Profissional?
Aos 14 anos fui trabalhar na Confeitaria Koehler, aos 16, na antiga Iresa, inicialmente como ajudante de tecelão e, depois, como tecelão. Em 62, fui para o Samae, trabalhar na estação de tratamento de água –ETA, em 68, fui para o Samae de Blumenau e, em 72, ingressei na Cia Hering, tendo nesse período lecionado química, durante cinco anos, no Colégio Dom Pedro II. Em 89, obtive o benefício previdenciário e retornei à Brusque.

Amigão?
Tenho muitos amigos, mas destacaria o amigão Dejair Machado.

O que é uma sexta feira perfeita?
Uma sexta feira perfeita é encontrar e reencontrar os amigos da música no Sete de Ouro.

Lazer?
Ah, é a música... e também estar com a família.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, na semana de 25 a 30 de junho de 2008.

  João Francisco Joenck


Participando de concurso gastronomico na Fenaostra, em Florianópolis..
JOÃO FRANCISCO JOENCK: João Francisco Jöenck; natural de Brusque,nascido aos24 junho 1969, uma fria manha do dia de São João. Filho de Francisco Jöenck e Célia Coelho Jöenck; - cônjuge: Patrícia Demarch Jöenck; filhos: Maria Eduarda Jöenck, 5 anos, e tem mais um(a) a caminho. Torce para oVasco da Gama. Profissão/cargo: Design de móveis, projeto e execução de móveis sob medida, Chef de cozinha, projeto e assessoria para cozinha de restaurantes e afins e aulas particulares de culinária.

Como foi sua infância?

Estágio em um restaurante em São Paulo, o "Le Chef Rouge"..
Com uma família grande cheio de irmãos, muito feliz.

Sonho de criança?’’
Voar.

Como foi sua juventude?

Ao lado do Chef Paulo Soares no restaurante "Le Chef Rouge" de São Paulo..
Comecei a trabalhar cedo, muitos amigos, algumas namoradas, tive uma juventude bem tranqüila.

Pessoas que influenciaram?

Segurando a filha quando era bebezinha ao lado da professora de confeitaria Chef Ale Patiño..
Meus pais sempre me apoiaram e sempre estiveram ao meu lado, me influenciaram principalmente pelos bons exemplos e pela vida em família.

Formação escolar?
Bacharel em Gastronomia pela Univali.

Primeira professora?
Dona Áurea Dadan, uma professora disciplinadora, mas justa do tipo que não vimos mais hoje em dia, uma pena.

Melhor professora? Por quê?

Cozinhando para amigos..
A primeira, por que me ensinou a base para tudo o mais que viria no futuro.
O que você mudaria se pudesse na profissão que exerce?

Com a filha.
O design de móveis é muito influenciado pela moda e esta é cada dia mais efêmera, e eu gosto de fazer algo que dure que possa ainda ser visto quando eu aqui não estiver mais, só que hoje é tudo para durar um tempo e pronto tanto o design como o produto. Eu gostaria de fazer moveis para durar para sempre.

O que levou a optar pela formação em gastronomia?
Como já trabalhava com design de móveis há vários anos, resolvi estudar outra coisa que me desse novos conhecimentos, e que eu também gostasse muito. Assim como desenhar cozinhar é uma paixão para mim, porem cozinhar chegou mais tarde em minha vida, e como diz o ditado antes tarde do que nunca.

Se não fosse empresário no ramo de móveis (profissão)
Seria artista plástico, pois não me consigo ver fazendo algo que não precise de imaginação, gosto muito de desenhar e fazer trabalhos manuais.

Conte algo que você queria fazer e não deu certo?
Quando criança tentei construir uma asa delta resultado não voou e quase me quebrei todo, eu dava trabalho para meu anjo da guarda.

Algo cômico que aconteceu na sua vida?
Uma vez fazendo uma sobremesa flambada troquei o açúcar por sal sem querer, ficou muito ruim, mas assim que percebi o erro joguei tudo fora.

Algo que você apostou e não deu certo?
Acreditei no Collor, fazer o que a gente se engana.

O que farias se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Teria ido estudar design no exterior.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Disciplina, perseverança e honestidade.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Como não sou de criar grandes expectativas não me decepciono com freqüência. Uma das maiores alegrias da minha vida foi o nascimento da minha filha.

O que é uma sexta-feira perfeita?
Reunião com amigos e família ao redor de uma mesa cheia de coisas gostosas, com uma boa taça de vinho ou um choop gelado.

Referências

  • Matéria publicada no EM FOCO aos 14 de setembro de 2010. 

  Jacques Hercílio da Cunha


JACQUES HERCÍLIO DA CUNHA: Filho de Pedro Hercílio e Zilma Claudino da Cunha; natural de Itajaí, nascido aos 26 de outubro de 1970 (ano em que o Brasil tornou-se Tri-Campeão); casado com Fernanda Hecht da Cunha, com a qual têm três filhos: Jacques Hercílio Filho, Pedro Roberto e Beatriz; Vascaíno nato e torce também pelo Brusque Futebol Clube e pela seleção canarinho. Radialista há 29 anos.

Como foi a sua infância?

Foi muito tranqüila, recebi muito amor e carinho de meus pais, apesar que meu pai vivia muito tempo fora, pois era comandante da marinha mercante e viajava o mundo inteiro, ficando, às vezes, até um ano, longe de nós. Estudei sempre em colégios bons, brinquei, soltei pipa, joguei bola, enfim fiz tudo que uma criança deve fazer numa infância saída e calma.

Sonho de criança?
Ver sempre meus pais e minha irmã, bem. Poder estar sempre ao lado deles.

Como foi a sua juventude?
Iniciei cedo em rádio, com 12 anos já falava no microfone da super rádio Vitória, Vitória do Espírito Santo. Então meu mundo se passou dentro de emissoras de rádio, mesmo contra vontade de meu pai, que sonhava em ter um filho médico e, me dava possibilidade de estudar, inclusive fora do país – se eu aceitasse. Porém, não houve outro jeito, minha juventude foi em meio ao rádio e shows que apresentei no final dos anos 80 e durante os anos 90, depois do ano 2000, a coisa foi tomando outros rumos paralelos, mas sempre envolvendo música e comunicação.

Pessoas que influenciaram?
Um radialista amigo de meu pai, da cidade de Itajaí, chamado Rodolfo Bosco da Costa, e um velho amigo de Vitória, Espírito Santo, chamado Alberto Carlos Feliciano.

O que é uma sexta feira perfeita?
Para mim, uma sexta-feira perfeita, é quando ligo para minha mãe e sei que ela está bem e minha mana também e, meus filhos amados estão brincando ao meu lado com toda saúde. Isso sim é uma sexta-feira, início de final de semana feliz.

O que faz hoje?
Hoje tenho minha rádio interna no Shoping Gracher, a Rádio Shop e, meu estúdio de gravação – Studio J Mix, com 24 canais e uma moderna tecnologia, onde gravo para emissoras, agências de todo o Brasil e apresento eventos.

Uma palhinha de sua trajetória profissional?
Trabalhei em várias emissoras pelo Brasil afora; rádios de renome, outras nem tanto, como: rede antena 1 FM, rede nova FM –SP; fui diretor artístico da Transamérica FM, Blumenau; fui programador e apresentador da rádio Menina FM, Balneário Camboriú. Fui o primeiro locutor da Guararema FM de Brusque, passei pela Diplomata FM, Rádio Araguaia, e fui Diretor Artístico da Rádio Cidade AM, de Brusque.

Conte-nos algo que você queria fazer e não deu certo?
Em 1994, tentei estudar avião civil, porém o investimento fugiu de minha realidade. Então, abandonei a idéia.

Algo cômico que aconteceu na sua vida?
Houve uma ocasião numa rádio FM, em que fiz todo horário ao vivo, como sempre com muito profissionalismo e alegria, porém só na troca de horário com outro colega, fui avisado que a emissora havia saído do ar logo no início do Programa.

Algo que você apostou e não deu certo?
Montei uma rede de rádio interna, o projeto foi bem elaborado, seria em diversas cidades do estado, porém sem sucesso. Lembro-me de uma frase de Bob Marley; “ As vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas... o tempo passa... e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!”

O que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de fazer?
Estudaria na força aérea.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens, que teve, no dia a dia?
Que jamais, devemos nos achar superiores aos outros, pois a qualidade maior de um profissional, está na sua humildade.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepção, ajudar e não ser reconhecido. Alegria, meus filhos.

O que você mudaria se pudesse na profissão que exerceu?
Olha, eu me conheço bem, e faria tudo outra vez, as mesmas coisas; ajudaria as mesmas pessoas e viveria essa experiência mais mil vezes, pois jamais me arrependo do que faço, pois penso muito antes de agir.

Referências

  • Matéria publicada no EM FOCO, em 01 de fevereiro de 2011.

  Maria de Lourdes Schmitz


Maria de Lourdes Schmitz.
MARIA DE LOURDES SCHMITZ: A entrevistada da semana com a Professora e Diretora de Teatro: Maria de Lourdes Schmitz; natural de Lages, nascida aos 01/!970; filiação: Namir e Leonora; cônjuge: Valério Schmitz; filho: Valério Schmitz Júnior

Como veio para Brusque?
Vim em 21/01/1984, depois da separação de meus pais.

 Foi bem acolhida em Brusque?
Sim, amo esta cidade e me considero brusquense de coração.

Como foi sua infância?
Tive algumas dificuldades devido a separação de meus pais, mas recebi muito amor de minha mãe. Eu e meus irmãos brincávamos muito...Tenho boas recordações desta época!

Sonhos de criança?
Ah, tive muitos sonhos, mas sempre ligados a arte. Queria aprender a pintar telas, tocar piano, ser bailarina. Como meus irmãos não gostavam muito destas coisas ligadas a arte, quando eu brincava de teatro, brincava sozinha. Criava personagens usando panela na cabeça, meias nas mãos, o sapato da mamãe e assim ia. Foi a partir destas lembranças que criei e pintei a série “Lembranças de Menina” e também a peça teatral “Enquanto mamãe dormia”. Também quis ser escoteira. Já realizei muitos dos sonhos de infância!

Como foi sua Juventude?
Foi aqui que comecei a ter contato com os livros, a minha grande paixão.

 Pessoas que a influenciaram?
Minha mãe, meu marido, meu filho, os artistas plásticos Silvia Teste e Silvio Pleticos. Ah, são tantas pessoas maravilhosas que fizeram ou fazem parte da minha vida, e com elas aprendo muito.
Formação escolar?'
Sou graduada em artes cênicas pela UDESC, pós-graduada em arte-educação e pós-graduanda em arteterapia. Estudar é muito bom!

De que prof. Você lembra com carinho?
Vera Lucia Ferraz, minha professora da 3ª e 4ª série, que saudade! Também da Sulanger Bavaresco, minha professora de dramaturgia na faculdade.

Qual de suas apresentações foi inesquecível?
Como atriz, “sonho de uma noite de verão” e “Pedro, livros e Margarida”. E diretora, “Enquanto mamãe dormia” e “noite de Natal”. É muito bom fazer teatro!

 Não ficou como esperava?
Todo trabalho teatral que faço, sempre penso que algo pode ser melhora. São tantas possibilidades de mudança, o teatro é uma abra aberta.

 Que tipo de peça predomina em seu repertório?
Gosto de trazer o cotidiano e refletir no palco, mas com uma pitada de comédia. Não gosto de coisas dramáticas, pesadas. Penso que a pessoa quer ir ao teatro para se divertir, mas ao mesmo tempo ela deve sair de lá, com alguns elementos que a façam refletir sobre a vida, o comportamento da sociedade, o seu comportamento, etc. Também escrevo textos bastante lúdicos, para o público infantil.

Quais nomes destacaria no teatro, inclusive em Brusque?
Os professores e diretores Fátima Lima e André Carreira, são bárbaros. Em Brusque temos Alécio Maçaneiro, Luciano Mafra, Douglas Leoni, e as jovens e talentosas atrizes Kétria Angiolett, Ritiele Zen e Stefanie Paulo, entre outros.

Como surgiu o Sebo?
O Sebo e Livraria Cantinho do Leitor surgiu em fevereiro de 1996, ele aconteceu devido ao meu amor pelos livros.

Que livros são mais procurados?
Romances, auto-ajuda e pela criançada, os gibis.

 Um resumo de sua trajetória profissional?
Trabalho no Cantinho do Leitor, sou professora e diretora de teatro. Ministro as oficinas no Espaço Arte Luz, que também é a sede da Associação da Companhia teatral Cenareta.

 O Valério, técnico têxtil, é um bom marido?
Maravilhoso! Uma pessoa especial, um parceiro que sempre me apoiou em tudo. Ele também faz parte Cia Teatral Cenareta, mas como a sua formação é mais técnica, ele cuida da iluminação e da parte burocrática, e eu a parte artística.

 Sou católico, você é espírita, quais as diferenças básicas?
Na verdade eu não sou espírita, sou universalista. Gosto e estudo o espiritismo, esta doutrinada trás ensinamentos maravilhosos. Acredito que a principal diferença é que o espírita acredita em reencarnação (e não é só o espiritismo que acredita) e o catolicismo não. O ser humano é um espírito encarnado que esta fazendo uma experiência na matéria, por isso não demos ser tão apegados as coisas materiais, vamos deixar tudo quando partirmos daqui. Deveríamos viver a vida com mais intensidade, mais amor. Olhar com atenção para as pessoas que nos cercam. Ser grato a DEUS pela vida, pela natureza...

Finalizando, quais as maiores alegrias e as maiores tristezas que você teve?
Uma das minhas maiores alegrias foi ter conhecido o Valério, ter tido o meu filho Valério Junior. Também estar no Sebo e conhecer pessoas e aprender muito com elas, desde qual o melhor chá para determinada doença a uma conversa sobre filosofia,...Na vida só vejo alegrias, as dificuldades que tive, considero aprendizado.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 8 de março de 2011. 

 

  Sérgio Roberto Cassel Ferreira -

O entrevistado da semana é o radialista Sérgio Roberto Cassel Ferreira, popularmente Sérgio Ferreira, nascido em Santo Angelo (RS) aos 11/06/1960, filho de Maria Funk Cassel e Virgilio Ferreira, casado com Valdete Cardoso Ferreira com a qual tem 3 filhos:Patricia, Rodrigo e Michele. Ocupa o cargo de Coodernador de Jornalismo e locutor apresentador de Jornalismo (Diplomata FM)

Nosso entrevistado Sérgio Ferreira ao lado de Eduardo Araújo, Diretor da D. Araújo Propagandas e presidente do Sindicato das Agências de Propaganda de Santa Catarina..

Quais são suas primeiras memórias de infância?
Participação em programas de auditório como declamador de poesias... Desde esta época, com oito a dez anos de idade costumava ouvir transmissões esportiva através do radio..

Sonho de criança?
Ser jogador profissional ou Torna-se um locutor de radio

Na juventude, o que você mais gostava de fazer para se divertir?
Trabalhar e Jogar futebol..

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Copa de 70, chegada do homem a lua e entre outros..

Pessoas que influenciaram?
Pessoalmente meus pais que me ensinaram respeitar para ser respeitado. E a preservar a idoneidade como maior patrimônio.

Como era a escola quando você era criança?
Muito boa, época em que professores eram respeitados e valorizados como mestres..

Quais eram suas melhores e piores matérias?
Português a melhor matéria..ciências a qual tinha dificuldade.

De que atividades escolares e esportes você participava?
Diversas, gostava educação física e participar de campeonatos de futebol escolares

Formação escolar?
II grau e cursos profissionalizantes dentro da área e principalmente a pratica durante os 34 anos de profissão..

Primeira professora?
Tereza Wagner

Uma grande professor/a? Por quê?
Se fosse citar apenas um seria injusto.

Quantos anos enfrentas o microfone?
Profissionalmente à 34 anos.

Como surgiu a rádio em sua trajetória profissional?
Era um dos meus desejos e me foi dada um oportunidade em 1976 como repórter Esportivo.

Algum antecedente?
Com relação à alguém da família, não!

Grandes nomes na rádio?
Pedro Carceiro Pereira (Narrador Gaúcho) Já falecido, Osmar Santos, Oscar Ulisses, além de outros no Radio Jornalismo.

Inspiração em algum profissional?
Tenho alguns que serviram de inspiração, mas sempre penso que não cabe imitação devemos ter estilo próprio sempre tirando o que de melhor dos bons profissionais, para servir de exemplo.

Quais são as fontes de informações do jornalismo na rádio?
Nosso Jornal da Diplomata reserva 95% para informações locais e regionais cujo as principais fontes são:Prefeituras, Câmaras de Vereadores, Entidades e Instituições Representativas, e Orgãos de Segurança Publica, sendo que todo o conteúdo do Jornal de duas horas de duração diária é produzido por nós da equipe de Jornalismo com textos, edições, reportagens e apresentação. Comigo na equipe de jornalismo trabalham os repórteres, Hamilton Jr e Jaison Lorencette.

O que faz hoje?
Rádio-Jornalismo. nome do Programa:Jornal da Diplomata na Diplomata FM , horário: 06.00 - 08.00.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Nasci em família simples, mas onde e desde muito cedo aprendi a valorizar as coisas que eram conquistadas com muita dedicação e perseverança. Assim foi minha trajetória de vida até agora aos meus bem vividos 51 anos. Na carreira profissional comecei como repórter Esportivo, após quatro transmissões passei a narrador, função que exerci durante toda a carreira onde tive oportunidade de narrar grandes jogos decisivos de campeonatos estaduais e nacionais jogos da seleção brasileira e outros em grandes estádios, mas com a mesma dedicação que trabalhava nessas transmissões, atuava nas transmissões em campeonatos amadores por exemplo. Paralelo a função de narrador sempre atuei como comunicador e apresentador de noticias além de redator. O fato de atuar em diversas funções durante todos esses anos me deu muita experiência a qual busco aperfeiçoar a cada dia.

Algo que você apostou e não deu certo?
Queria ser jogador profissional, Desisti em função da necessidade de começar a trabalhar muito precocemente, aos 13 anos, para ajudar na renda familiar..

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Todas as funções e atividades que tive o desejo de realizar, consegui fazer no radio, mas sempre podemos aprender algo a mais.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Humildade, Disciplina e ética.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepção: A falta de respeito e seriedade de muitos políticos..
Alegria: conhecer o caminho do evangelho que me trouxe equilíbrio e me tornou mais feliz como cidadão e pai de família, me trouxe alegria. Também com a benção de Deus conquistas no campo profissional, inclusive com premiações em nível estadual que recebi em 2004 e 2008, por isso diariamente agradeço a Deus por tudo.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 28 de junho de 2011.

  Waldemar José Duarte - Jota Duarte


Nosso entrevistado Jota Duarte com a esposa Juracy.
O entrevistado da semana é Waldemar José Duarte, popular Jota Duarte, filho de José Duarte e Carlota Elizia Vaz; nascido aos 03 de janeiro de 1930; casado com Juracy Kormann Duarte, com a qual têm 5 filhos: Sérgio Roberto, Geraldo José, Carlos César (in memoriam), Sílvio Luìs e Fábio Rogério. É avô com 6 netos. Flamenguista doente e fervoroso desde 1938, acreditando ser um dos mais antigos flamenguistas de Brusque.

Por que Jota Duarte?
Em minha primeira passagem pela rádio, entre os anos de 1946 e 1948, radiofonicamente era o nome de origem Waldemar José Duarte. Entre 1948 e 1956, morei no Rio de Janeiro, então capital federal, onde cumpri o serviço militar na Aeronáutica, retornando a Brusque em 1956. Em 1957, o então amigo Celso Teixeira começou a utilizar meus serviços na rádio diariamente, percorrendo os estádios de Carlos Renaux e Paysandu, buscando ao Teixeira os acontecimentos que abrangiam os dois clubes, porém, sem participação direta com o uso de microfone, o que foi acontecendo aos poucos. A partir de 1958, então como funcionário da rádio, minha participação era mais assídua. Explica-se aqui a origem do codinome Jota Duarte, eis que com o nome Waldemar não soava radiofonicamente, em determinado momento o Teixeira usou o seguinte diálogo; “Ora bolas, Jota Duarte soa bem melhor!”. Daí em diante, fiquei conhecido como tal, há ponto de uma grande maioria só me conhecer como Jota Duarte.

Como surgiu a rádio em sua vida?
A rádio na minha vida surgiu de forma natural. Moleque com 15 anos convivia com amigos comuns da época, entre os quais Cyro Gevaerd, Antônio -Néco – Heil, irmãos Borba e muitos outros de saudosa memória. Na época havia em Brusque o jornal semanal “O Município”, fundado por Álvaro de Carvalho, posteriormente dirigido por Raul Schaefer, a quem tive a felicidade de conhecer. Dr Raul tinha planos bem concretos de fundar uma rádio na cidade, com planos já bem definidos e adiantado, chamar-se-ia “Rádio Araguaia”, em homenagem aos irmãos Vila-Boas; na época com atuação na região do Araguaia, fato com destaque na imprensa na época. Com reportagem na maior revista da época, que se chamava “O Cruzeiro”, comandado por David Nasser Geamason.

Então foi o Dr Raul que lançou o senhor na rádio?
Eu era na época entregador do jornal “ O Município”, e vivendo praticamente o dia a dia do jornal, com presença diária na sua redação, que funcionava no casarão da família Renaux, onde hoje se situa a Praça Barão de Schneeburg. E em determinado momento Dr Raul me perguntou:” Queres trabalhar na rádio?” E me entregou ao técnico que dirigia os serviços de montagem técnica da futura Rádio Araguaia, Erondino Fagundes de Morais, o querido e saudoso Morais. Os estúdios da rádio estavam sendo montados no prédio conhecido como pombal, de propriedade dos Schaefer, leia-se aqui Dr Nica e irmãos, prédio situado na esquina das ruas Conselheiro Rui Barbosa e Adriano Schaefer, construído por volta de 1900, como Hotel Schaefer.

E qual equipamento que vocês usavam? Era só o cabo?
Equipamentos! Que equipamentos? Para uma época em que a comunicação engatinhava, apelávamos para tudo, desde linhas telefônicas emprestadas, transmissores de ondas curtas – que saudades do grande amigo João Maurício!. Com transmissões de ondas curtas. Falando em equipamentos, sou obrigado a me lembrar de Augusto Zucco e do nosso equipamento grande e pesado.

E naquela época não tinha esse negócio dos repórteres saírem atrás dos jogadores? Repórter? Que repórter ?

Qual a partida mais empolgante que narrou?
Perguntas-me qual a partida mais empolgante que narrei. Resposta difícil para praticamente 40 anos de futebol, com a memória bem usada e depois de tantas emoções! Sem medo de errar foi a final do campeonato de 1992, entre Brusque Futebol Clube e Avaí Futebol Clube. A resposta difícil, porém, bem perto dos dias de hoje.

Qual a partida mais apática que narrou? Quantas partidas aproximadamente narrou?
Assim como é difícil responder a partida mais empolgante, difícil tornar-me a lembrar qual a maior pelada, já que foram tantas, também difícil dizer em quantas partidas participei.

Grandes narradores de futebol?
Grandes narradores de futebol, também difícil responder já que foram tantos. Do Brasil, se destaca Oduvaldo Cozzi, denominado o maior vocabulário esportivo do rádio brasileiro, gaúcho de nascimento, com passagem marcante na Rádio Mairynk da Veiga, do Rio de Janeiro. No rádio catarinense convivi com grandes profissionais, no entanto, o maior de todos foi Murilo José, de conhecida família do rádio, ou seja família Lino, sobrinho do querido amigo Sérgio Lino, que militou no jornal ”A Tribuna de Brusque”.

Além de futebol narrou outros esportes?
Difícil lembrar da última que foi praticamente ontem. Narrei outros esportes, além do futebol: Vôlei, basquete, inclusive boliche (Bolão), por ocasião do Primeiro Centenário de Brusque, nas canchas do Paysandu, em disputa cujo título foi ganho pelo Marabá B.C., anexo ao Paysandu, grandes jogadores da época, um montão!

Jota Duarte com a esposa, filhos e netos.

E quem eram os grandes jogadores na época?
Ontem Zizinho (Dr Rubens), Dequinha, irmão do Dr Chico Dall’Igna e não esquecendo de Zico, “O Galinho”, todos do meu flamento! Ainda Pelé que dizem ter sido o maior de todos, então lembrar de todos é difícil para mim, já que idoso de 81 anos, mas cuja a memória fotográfica cita Dirceu Mendes, Gaúcho de Uruguaiana, que desfilou o seu futebol maravilhoso pelos gramados de Santa Catarina com a camisa do Carlos Renaux.

Como você escalaria uma equipe com jogadores do Carlos Renaux durante os anos em que foi locutor esportivo?
Uma equipe, Carlos Renaux, campeão estadual de 1950: Mosimann, Afonsinho, Ivo, Tesoura, Bolognini, Pilolo, Julinho, Otávio, Petrusky, Teixeirinha e Hélio.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 30 de agosto de 2011.

 

  Bruno Moritz Neto

O entrevistado da semana é o músico especialista em instrumentos de teclas com ênfase no acordeão, Bruno Moritz Neto, nascido em Brusque, aos 20 de novembro de 1982, filho de Bruno Júnior e de Maria Cristina Bianchini Moritz, casado com Izabel Krieger Moritz. Torce para o Brusque Futebol Clube.

Bruno com o acordeão.

Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Gostava muito de ouvir os LP’s que colocavam enquanto eu brincava, depois que comecei a tocar escutava as músicas para tirar de ouvido .

Sonho de criança?
Ser o melhor acordeonista de minha geração.

Como foi sua juventude? O que mais gostava de fazer para se divertir?
Durante minha juventude passei por diversas cidades em busca de conhecimento musical: Itajaí, Joinville, Mogi das Cruzes em São Paulo e depois São Paulo mesmo, quando em Brusque saia com os amigos da Turma do MNF para fazer muitas festas.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Não lembro de algum evento único, acho que a mudança que o mundo deu do momento em que nasci até os dias de hoje pode ser considerado o maior impacto, eu nasci numa das últimas gerações que ouvia vinil e usava máquina de escrever, hoje num aparelho menor que uma caixa de fósforo cabem mais de 20 mil músicas e você manda e recebe textos ele livros via WI FI, pensando nisso dá um pouco de medo do que vai vir por aí.

Pessoas que influenciaram?
Meus pais, e meus avós, minha família num geral, na música tive e ainda tenho uma grande influência do mestre Sivuca que foi um divisor de águas na questão do acordeon no Brasil e no mundo.

Como era a escola quando você era criança? Quais eram as suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
Frequentei o Colégio São Luiz desde a primeira série do ensino fundamental até a primeira série do ensino médio foram 9 anos de convivência quase que basicamente com a mesma turma, éramos muito unidos. Na época existia a Maratona Cultural que misturava cultura e conhecimento em diversas provas que valiam pontos - era o maior evento do colégio e nossa sala ganhou algumas vezes essa maratona. Bom sempre tive facilidade para línguas, ia muito bem em português, inglês, literatura, geografia e história, nas matérias de cálculo é que eu ficava devendo sempre, o que vem a provar que música e matemática podem até ter a ver alguma coisa, mas que não são interdependentes.

Formação escolar?
Minha vida escolar foi: Jardim de infância Divina Providência; Colégio São Luiz da primeira série do ensino fundamental ao primeiro ano do ensino médio; no Positivo Joinville, a segunda e terceira série do ensino médio; primeiro ano preparatório para o vestibular de música com aulas de regência, piano e composição com o Maestro Antônio Freire Mármora em Mogi das Cruzes/SP; Universidade Livre de Música, Piano Erudito Nível Superior em São Paulo/SP; Universidade de São Paulo, composição e Regência e Universidade do Vale do Itajaí – Curso de Licenciatura em Música

Primeira professora?
Minha alfabetizadora foi a Dona Martha da primeira série B, do colégio São Luiz. Ela era um amor de pessoa com uma paciência e amor pelo ensino, infelizmente anos depois veio a falecer de câncer, minha primeira educadora musical foi a Professora Antonieta Kraus -e eu tinha 5 anos - também uma grande educadora.

Grandes Professores?
Têm muitos, alguns pelo ensino, outros pela ética profissional. Posso citar alguns como o seu Valentim Beber que além de lecionar história e geografia, com extrema competência, era comprometido com a Fanfarra do Colégio São Luiz; esse é um exemplo de professor que vai além da sala de aula, outro exemplo de professor de piano que eu tive na ULM – a ULM era a antiga Universidade Livre de Música, hoje em dia se chama Centro de Educação Musical Tom Jobim – Chamado Mario Casalli, ele além de aperfeiçoar minha técnica me ensinou a não tocar somente com a mão ou a cabeça mas colocar o coraçãol em cada música , mas enfim todos os professores pelos quais passei deixaram marcas profundas e eternas.

Grandes músicos?
Hoje em dia Santa Catarina está repleta de ótimos musicista; eu trabalho com vários deles, um bom exemplo para mim é o Felipe Coelho que além de ser ótimo musicista é um grande compositor; além dele destacaria o Raul Misturada que é um recifense emprestado para Santa Catarina e que é um dos compositores mais geniais e inventivos que eu conheço, mas enfim a lista é imensa

Como surgiu a música em sua vida?
Com naturalidade na infância, sem nenhuma obrigação, fui conhecendo tudo aos poucos, como um bebe que aprende a caminhar.

Bruno com os pais durante colação de grau na Univali.

Grandes participações que fez?
Já fiz muitos shows e festivais, em nível regional, estadual, nacional e mundial ; em cada um deles aprendi um pouco mais com os colegas de profissão; conheci ótimos músicos, ótimas pessoas que viraram excelentes amigos; a última grande excursão foi à China onde me apresentei com meu trio –Felipe Coelho (violão), Didi Maçaneiro (percussão) e eu (Acordeon)

Alguma música em especial gosta de tocar?
Gosto de tocar sempre a última que estou estudando por que geralmente é a que mais exige de mim.

Além do acordeão, que instrumento toca?
Além do acordeão toco vários instrumentos de teclado, além de arranhar um pouquinho os de corda e percussão.

Cada vez mais difundido suas apresentações?
Tem poucos Estados do Brasil onde não passei, cada vez estamos indo mais longe com nosso trabalho, destaque para as apresentações fora do Brasil: na Itália, Alemanha, Suiça, Áustria, Nova Zelândia e China

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 1º de novembro de 2011.

  Irineu Hipólito Teixeira


Nosso entrevistado Irineu Hipólito Teixeria.
Divulgação.
O entrevistado da semana é Irineu Hipólito Teixeira, nascido em Florianópolis, aos 02/05/33, filho de Hipólito e Maria Rosina Bernardes Teixeira. Casado com Erondina, com a qual teve 4 filhos: Claudete, Claudeci, Claudiomar e Cláudio Ronaldo (in memoriam). Torcia pelo CACR, hoje pelo Brusque e para o Avaí.

Como surgiu Brusque em sua trajetória?
Quando meu pai faleceu em Florianópolis, tínhamos um tio, o tio José Bernardes, irmão de minha mãe que residia aqui. Como Brusque oferecia empregos, o tio José não relutou em trazer minha mãe com os filhos para cá, na época eu tinha 8 anos.

Memórias da infância?
Muito pobre, vendia torradinho, fui engraxate, entregador de jornais

Sonho de criança?
Sendo de origem humilde não alimentei grandes sonhos.

Um resumo de sua trajetória profissional?
Fui chefe de distribuição de jornais: Jornal Santa Catarina, Estado, jornal A Nação e Gazeta Mercantil. Aos 14 anos ingressei na Iresa, mais precisamente na Estamparia, onde permaneci por 28 anos, quando então fiz um acordo sai e fui para Cia Schlosser, permanecendo por 2 anos, também no setor de estampagem. Aí obtive o benefício previdenciário. Após a aposentadoria trabalhei como porteiro na Tecelagem São Luiz –gerenciada pelo Ciro Marcial Roza -, por quatro anos.

Divertimentos?
Jogava futebol. Fui um dos fundadores do São Paulo (Rua Azambuja). Quanto a prática do futebol só gostava de atuar descalço, quando passou a usado chuteiras abandonei os gramados, isso aconteceu nos idos de 47 a 60.

Escolaridade?
Fiz as 4 séries e o primeiro ano complementar no Feliciano Pires. Também fiz o curso de Contabilidade por correspondência no Instituto Universal Brasileiro.

Como enriqueceu seu vocabulário?
Como sempre estive ligado a jornais, lia-os e assim fui tendo um vocabulário adequado e apropriado.

Lembra de alguns professores?
Lembro de Dona Sila e Dona Arminda e mais tarde do Professor Daniel

Qual foi a primeira trova que escreveu e publicou?
Em 2001, oportunidade em que tive vontade de escrevê-las. Foi “Versinho para o Prefeito”:
I
As grandes obras, eu sei...
Satisfazem a vaidade...,
Mas das pequenas, prefeito,
Nós temos necessidade!
II
O amanhã não é hoje
O hoje não é mais ontem,
E entre as obras necessárias,
O prolongamento das pontes...
E como foi a sequência?
Como o Ruy pediu para continuar resolvi dar um nome e surgiu “TROVAS AO VENTO”, que foram publicadas, semanalmente, totalizando umas 55 trovas, sendo que numa delas escrevi:
I
Danilo fez Beira Rio,
Mas não fez como devia,
O invés daquele passeio
Duas ruas cabia,
Uma extensão na ponte
Veja só que regalia
Não pegava sinaleira,
Quem da Hercílio Luz descia.
II
Sr Hylário, quem diria,
Entrou na onda fogoza,
Fez Beira Rio pitoca
Ainda se sentiu prosa
E o problema continua
Aqui pela Rui Barbosa

Como surgiam os assuntos para elaborar as Trovas?
Surgia com o andar pelas ruas e o que eu via de obras e nas coisas que estavam sendo feitas, em resumo escrevia sobre o cotidiano. Eu só precisava me inspirar. As palavras se relacionavam uma com as outras.

Como trabalhava as trovas?
Chegava em casa já com as idéias na mente e passava para o papel, durante à noite levantava escrevia o que vinha na mente, deitava novamente, tudo para não perder o fio da meada. As frases eram claras em minha mente como se já estivessem escritas. As idéias já se insinuavam dentro de mim como uma pequena semente prestes a germinar. É assim que surgem os grandes discursos, certa feita o Dr Márcio Clóvis Schaefer foi convidado para ser paraninfo, ele imaginando o que iria dizer, foi caminhar na beira-rio para ter as idéias que comporiam o discurso

Pensa em compilá-las num livro?
Falando em publicar um livro, o Dr Germano Hoffman disse que guarda as trovas e incentivou-me a publicar num livro, mas não tive condições.

Chegou a fazer alguma do mais querido da Pedro Werner?
Sim a primeira parte das Trovas ao Vento sobre a fusão do CACR como Clube esmeraldino:
I
Há sessenta anos passados
Quando em Brusque cheguei
Dois times de futebol
Na cidade eu encontrei.
Sport Club Brusquense
Pelo qual me apaixonei
Clube Esportivo Paysandu
Que importância não dei
Depois mudaram o nome
Do meu time eu não gostei,
E com o tempo passando
Com a camisa verde e branco
Entrei em campo e joguei...” e em outubro de 2001, escrevi mais uma que inicia assim:
“Assim que o Doutor
Suspender a liminar,
e o Paysandu novamente
Para o seu campo voltar
O Ruy vai fazer um jogo
Pro associado estrear.” ...

Uma que apesar de ter completado uma década, já a previa barragens, para evitar as destruições ocasionadas pela cheias?
Em trovas ao vento, certa feita, pelos idos de 2001, o verso VII, coloquei:
...”Atrasar a água do rio
Também pode ter vantagem
Na condição de enchente
É normal fazer barragem.”...

Por que parou?
Como disse acima, em 2001 iniciei a escrevê-las e mais tarde não flui mais.

Claudeci, Cláudio (in memoriam), Claudiomar, Claudete e Erondina.
Divulgação.

Curiosidades em sua jornada?
Uma foi que consertei minha bicicleta no oficina do Ingo Fischer que ficava localizada em frente a Sorveteria Cervi, a outra é que trabalhei com Hercílio Imhof – hoje proprietário da Florisa - na Estamparia da Iresa, onde ele trabalhou 30 anos e eu 28. Antes dele obter o benefício previdenciário ele colocou uma estamparia de tapetes - e eu já tinha instalado uma, e ele se baseou na minha para instalar a dele - passando a do Hercílio, mais tarde, para tinturaria de malha.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 31 de janeiro de 2012.

  Ademir Pereira - Xororó

O entrevistado da semana é o músico Ademir Pereira, popular Xororó, nascido em Brusque aos 20.01.71, filho de Elpídeo Pereira e Carolina Luchini Pereira. Vi o Xororó juntamente com o Barbosa tocar e cantar “Aquela dos olhos negros”, num bar e pensei vai ser o entrevistado da semana... uma dupla excelente.

Xororó recebendo o troféu em festival de música.

Por que Xororó?
É que quando eu tinha uns 14 anos, gostando de música, tendo o cabelo parecido com o do Xororó, da dupla Chitãozinho e Xororó, não deu outra ficou o apelido.

Memórias de criança?
Estudava na Escola Oscar Maluche - no Steffen - até a 5ª série, jogava futebol, pescava e caçava com estilingue.

Sonho de criança?
Sonhava em ser jogador de futebol e ser músico

Juventude?
Minha juventude consistiu trabalhar, tocar e cantar e namorar.

Pessoas que influenciaram?
Meu pai Elpídeo e o saudoso baterista Ivo Roberto Pinto (Itajaí)

Primeira Professora?
Regina Machado, popular Gina.

Grandes Professores ?
Lembro com carinho de Ivonete Zucco e Ademir de Andrade

Gostaria que você falasse um pouco sobre sua relação com a música, a descoberta ?
Em casa, meu pai tocava violão e cavaquinho e fui aprendendo com ele

E como foi o início de carreira?
Aos 17 anos montamos uma dupla: eu e o Anírio Tabone e íamos tocar em aniversários, casamentos, inaugurações e outros eventos.

Frequentou alguma escola de música ou foi uma auto-
aprendizagem?
Frequentei curso em Tijucas: Curso básico de notas e lá fiz também a carteira de músico.

Também compõe suas próprias música e letras. O que é que o inspira?
Sim, tenho 14 letras de músicas prontas. Inspiro-me no amor e na fidelidade

O que predomina no seu repertório?
Com certeza o Sertanejo

Qual a letra que gostas mais de cantar?
Uma composição que fiz: Ave ferida

De que dupla é mais difícil para interpretar as músicas?
São as de Cristian e Ralf, tem que ter gogó para cantá-las

Tem preferência por algum ritmo?
Para ouvir prefiro Twist da década de 60

Sempre em dupla ou também em solo?
Fiz solo por uns três anos, depois fui para conjunto, inicialmente no Cometa do Sul, em seguida: Som de Cristal, Musical Cometa, Ás de Ouro, Elói e seu conjunto, Estrela de Ouro, ai retornei com dupla , com meu irmão Carlos, e atualmente a dupla com o Barbosa

Cometas do Sul: Caio, Carlos, Luciano, Xororó e Bigode.

Apresente o Barbosa
Genauro Moreira Barbosa é oriundo de Dourados (MS), nasceu aos 29.09.64, casado com Telma de Jesus Bueno Barbosa, com a qual teve 3 filhos: um menino Geasi e duas meninas Joseane e Josimair

Que artistas você tem acompanhado como músico?
Cristian e Ralf e aqui Caio César e Tabone

Qual o trabalho que você gostaria de fazer daqui pra frente? Está trabalhando em algum projeto?
Pretendo acabar o CD que não completei com músicas de minha autoria

Quais os momentos mais marcantes da sua carreira?
Foi com o primeiro Conjunto: Cometas do Sul. Quando subi no palco e vi aquele público, tremi.

Alguma curiosidade na sua jornada musical?
O que foi curioso é que eu era canhoto quando pegava o violão e hoje não mais.

Pensa em gravar um CD
Sim, já tenho 14 músicas para o meu CD

Já pensou em profissionalizar?
Hoje o músico aqui é pouco valorizado tem que ter padrinho forte.

O que faz hoje?
Hoje sou lubrificador na Secretaria de Obras e Serviços Públicos e tocamos eu e o Barbosa nos finais de semana

Quais medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer?
Temo acidente de trânsito, inclusive dia 12 de maio quando estava indo fazer uma apresentação na lanchonete do Depiné

Arrependimentos?
Ter ido tocar em São Paulo, fui assaltado por duas vezes

Já teve algum compromisso marcado e não conseguiu cumprir ?
O que ficou marcado em mim foi uma apresentação marcada e que não consegui comparecer

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
A sinceridade, honestidade e p carinho com as pessoas

Em que apostou e não certo?
Apostei na música, mas até agora ainda não consegui tudo que pretendia

O que não faria novamente?
O que não faria mais é tocar em conjunto novamente . Conjunto só tem nome, cada uma puxa a sardinha para o seu lado.

Decepções e alegrias?
Uma decepção foi não ter conseguido ser jogador de futebol que pensei vir a ser
Alegria foi o nascimento de minha filha Alice e ter um pai e uma mãe como tive

O que você acha da programação da televisão de hoje?
Não gosto da programação da TV, aliás gosto de um programa, todavia é exibido muito tarde, é o Programa do Jô Soares.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 24 de abril de 2012. 

  Maria Luiza Walendowsky


Nossa entrevistada Maria Luiza Walendowsky (que em todas as suas participações está impecavelmente vestida de traje típico e entrega livros sobre Santa Catarina).
A entrevistada da semana é a trovadora e poetisa Maria Luíza Walendowsky, nascida em Brusque/SC, em 20 de junho de 1956. Filha de Hilário Walendowsky e de Arlinda Zimermamm Walendowsky. Graduada em Pedagogia pela UDESC, Curso de Extensão Universidade da Vida pela UNIVALI – Itajaí e Pós-Graduada em Saúde Mental Coletiva pela Assevim. Ocupa atualmente o cargo de Fiscal Sanitarista (Prefeitura de Brusque).

Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Lembranças da preparação para a Páscoa. Meu avô, que seguia a tradição polonesa, pintava os ovos que seriam colocados nos ninhos feitos de marcela, que meu pai, caminhoneiro, levava o meu irmão Celso e eu para colhermos no Maluche. Era motivo de muita alegria.

Quando você era criança queria ser adulto?
Ser criança é uma fase tão bela, inocente, cheia de descobertas que, sinceramente não me recordo em querer ser adulta Sonho de criança?Em que você sonhava ser quando era pequena? Aos 6 anos disse para meu avô : vou ser freira ou enfermeira e aos 17 anos fui trabalhar no Hospital de Azambuja, com carteira assinada, como atendente de enfermagem.

Você tem amigos da infância ainda?
Sim, tenho muito presente na minha vida, Marlene Floriani, morava na mesma rua, estudamos juntas ate o segundo grau e seguimos amigas até os dias atuais.

O que sente falta da infância?
Da minha infância, sinto falta das brincadeiras com meus primos e vizinhos, de irmos ao Brilhante visitar meus avós maternos. Mas o que marcou mesmo minha infância foi meu avô paterno, ele era profundamente religioso sempre com o terço nas mãos, esta imagem é muito nítida em minhas lembranças.

Quando você era criança queria ser adulto?
Ser criança é uma fase tão bela, inocente, cheia de descobertas, que sinceramente não me recordo em querer ser adulto.

Como foi sua juventude?
Divertida, alegre, curtindo a Jovem Guarda, lendo muito os romances de José de Alencar, que despertou a veia poética que tenho.

O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Adorava ir ao Cine Coliseu e Gracher assistir os filmes do Tarzan e de fazer serenata com minhas amigas.

Pessoas que influenciaram?
Meu avô, na formação moral e espiritual, meus pais como exemplo de vida. O meu pai apaixonado pelos livros e orquídeas, homem com valores éticos e morais elevados. A minha mãe como uma mulher de fibra, lavando roupa para fora, nos ensinando a dar valor as grandes e pequenas coisas, economizando em tudo que era possível. Dona Hilna Neves Damiani, que sempre me incentivou a estudar, a compartilhar com sua experiência de vida, para que a minha vida seguisse um rumo mais fácil. Todas pessoas que de algum modo direto ou indiretamente passaram pela minha vida deixaram marcas pela qual sou agradecida.

Como era a escola quando você era criança?
A escola que frequentei em criança, foi o Grupo Escolar Dom João Becker, situado no bairro Maluche. Gostava dos professores e dos colegas. Brincávamos de roda, e até hoje gosto de cantar, fazendo parte do Coral São Luís Gonzaga da nossa cidade. Nas festas escolares, recitava e cantava contente por ter sido escolhida para representar nossa classe.( Até hoje) Guardo com carinho, as lembranças das minhas professoras do primário, pois elas despertaram em mim a vontade de cantar, escrever e desejar ver novos horizontes.

Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
Minhas matérias preferidas eram: Português e Historia, não gostava de Matemática e Geografia. Participava do pelotão de Saúde e esporte sempre gostei de corrida.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Recordo-me da Banda de rock dos Beatles, o primeiro homem há pisar na lua, Neil Alden Armstrong, Inauguração de Brasília, a nova capital do Brasil, A TV á cores tornava-se popular, a morte do Rei do Rock Elvis Presley e o Tri campeonato na Copa do Mundo no México, fazendo todos nos brasileiros cantar Pra frente Brasil” Noventa milhões em ação pra frente Brasil, salve a seleção...”.

Primeira professora? Grandes professores?
A minha primeira professora foi a Sra. Marlene Petruschky, grande mestra! Como grandes mestres, gostaria de citar Dona Erna Rau, Dona Edmee Novaes Vidotto, Sr Jorge Romeu Dadan, e meus agradecimentos tardios a todos os professores que colaboraram para o meu aprendizado e ser a mulher atual que: canta, escreve, trabalha, viaja e sou feliz.

Quando iniciou a carreira literária?
Minha vida literária iniciou em 2006, quando participei como convidada nos II Jogos Florais de Balneário Camboriú.

De suas participações, quais destacaria:
Em 2007 : Los Primeiros Juegos Florales de Buenos Aires. Em 2008 :III Jogos Florais de Balneário Camboriú, onde me classifiquei com três trovas cujo tema era “SORRISO” Em 2009 :, Na comemoração dos 50 anos dos Jogos Florais de Friburgo como convidada. Em Maio desfilei com a Bandeira de Brusque no aniversário desta cidade. Nesse ano com a Bandeira da Cidade de Brusque participei do desfile comemorativo ao aniversário da Cidade de Nova Friburgo no qual também se comemorava os 50 anos dos Jogos Florais desta cidade. 1-I Juegos Florales da Republica Dominicama, onde fomos recepcionados pela Primeira dama Margarita Cedeño, e pela Sra Cristiane Grando, Diretora-fundadora do espaço cultural Jardim das Artes e do Centro Cultural Brasil-República Dominicana, extensão cultural da Embaixada do Brasil em São Domingos, onde fiz a entrega de livros sobre o nosso Estado. Em 2010 :1 - III Encuentro Internacional de Escritores y II Encuentro Regional de Escritores do Mercosur em Gualeguaychu - Argentina, onde na mesa de apresentação de li dois poemas em espanhol, em companhia de outros trovadores brasileiros (Gledis Tissot, Gislaine Canalles e Ari de Santos Campos) de Balneário Camboriu -SC e também de Maria Conceição Queiroz de Curitiba = PR; 2 - I Congreso Universal de Poesia Hispanoamericana (CUPI) em Tiyuana, Baixa Califórnia, México;. 3 - IX Concurso de Trovas em Caicó (Rio Grande do Norte, onde fui como convida sendo entrevistada na radio local e li minhas trovas. Em 2011: 1 - III Encontro Catarinense de Escritores e I Encontro Internacional de Escritores, em Alfredo Wagner - SC, com a Sra Lorena Balensifer Ellis da Revista Virtual, de cultura Iberoamericana do USA e com o Dr Mário Carabajal, presidente da academia de Letras do Brasil, onde entreguei livros sobre o nosso Estado. 2 - IV Jogos Florais de Balneário Camboriú, onde me classifiquei com duas trovas cujo tema era SEGREDO. Em 2012: 1 - Jogos Florais de Curitiba onde recebi uma Placa em Agradecimento aos inestimáveis serviços prestados a UBT e em reconhecimento a minha dedicação e amor à trova 2 - II Congresso Universal de Poesia Hispoamericana em Concepción, Chile, onde recebi o “Nombrammiento como Sócia de Honor por su trajectoria em el espacio del Arte y la Cultura”

Quando e em que País obteve a primeira classificação Internacional?
Em 2010 - Na Venezuela, em Mérida com a trova “IMENSIDÃO”.

Algumas publicações?
Sim, em 2009 – “Confraria Amantes da Poesia” - Antologia com André Luis Brito Beck, Fabio Caetano Pereira, Luís Hoffmann, Valmir Coelho Ludvig e eu mesma; Em 2011, participei da “Coletânea de trovas – volume III da UBT Seção Porto Alegre. Intitulado Rio Grande Trovador”. Outras publicações em Antologias em 2010 como do Pensamiento Antológico Universal, La Poesia Purifica la Vida Humana, com dois poemas em espanhol em Tiyuana - México e em 2012 Participação na Antologia Poética do II Congresso Universal de Poesia Hisponoamericano em Concepción - Chile.

Teve alguns reconhecimentos?
Em 2008 Menções Honrosa com três trovas cujo tema era “SORRISO” nos III Jogos Florais de Balneário Camboriú/SC. Em 2009, como mulher destaque na área da Cultura, pelo Soroptimismo Internacional de Brusque, no dia da Internacional da Mulher. Em 2010 Certificado de Reconocimiento pela Participación em evento literário conmemorativo del Bicentenário da La Independência Nacional y Centenário de La Revolución Mexicana. Em 2011, Diploma de Amiga da Trova, concedido pela UBT - União brasileira de Trovadores - Seção Porto Alegre por minhas ações de incentivo a esse gênero poético. Em 2011. Menção Honrosa com duas trovas cujo tema é Segredo, nos IV Jogos Florais em Balneário Camboriú. Em 2012, participei dos Jogos Florais de Curitiba quando recebi uma Placa em agradecimento aos inestimáveis serviços prestados à UBT e em reconhecimento a minha dedicação e amor à trova. Em 2012, a Escola For You de Idiomas, através das Diretoras Sras. Rosemeri e Alexandra e a professora Milena organizaram um mural com minha vida literária de 2006 a 2012 exposto nesta escola.

Já organizou alguns eventos?
Em 2008, organizei a I Oficina de Trova em Brusque. Também em 2008 organizei um dia em Brusque, intitulada Tarde da Trova Em Brusque, oferecendo um almoço na FIP, com apresentação do Coral Amigo de Canto Alemão, de Brusque. e do Grupo de Canto Deghi Amici Trentini de Brusque, para 120 pessoas, com representantes do Brasil e mais 5 países. Tendo recebido neste dia o Certificado de Amigo da Paz, das Artes, da Poesia e da Vida. Em 2009 - Organiza a II oficina de trova em Brusque. Em 2011 - Em Abril a delegacia de Brusque passa a ser Seção com uma diretoria, neste dia alem da solenidade é também realizado um café colonial para 150 trovadores do Brasil e Exterior e convidados, fazendo parte do IV Jogos Florais de Balneário Camboriú.

Cargos que ocupou na União Brasileira de Trovadores-UBT.
Em 2007, fui nomeada Delegada da UBT - União Brasileira de Trovadores para o Município de Brusque, tendo como principal objetivo a divulgação da trova bem como propagação da cultura do município. Em 16 de abril de 2011, fui nomeada Presidente da UBT para a Seção de Brusque, Em 2012, fui nomeada Presidente do Conselho Estadual da UBT de Santa Catarina.

Maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer?
Envelhecer faz parte do percurso natural da vida. Entristecer? Sim quando se perde um ente amado como meu pai, amigos, pela desigualdade social, ver uma catástrofe natural em poucos segundos destruir uma família, do preconceito e das pessoas que deixam de sonhar e de ter uma vida melhor.

Arrependimentos? Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez? Você tem algum ressentimento?
Quem não tem arrependimentos, ressentimentos ou disse ou fez alguma coisa? Tenho sim, mas todos vieram como forma de crescimento pessoal, profissional, sendo obstáculos a serem vencidos.

Qual foi o maior desafio até agora?
O meu maior desafio foi ser determinada para poder suprir financeiramente todos os meus compromissos.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Trabalhei: Hospital de Azambuja, Sintrafite, Circulo Bom Samaritano, APAE, Prefeitura Municipal de Brusque como Secretaria de Secretário de Saúde e atualmente como fiscal Sanitarista. Minha historia foi feita de alegrias, tristezas, crescimento, aprendizado, muita luta, sendo tudo compensado com a minha vida atual e a alegria de ser mãe, alegria essa redobrada tendo minha filha Patrícia me presenteado com o grande amor da minha vida, meu neto Arthur Gabriel S. Sophiatti.

Algo que você apostou e não deu certo?
Em aprender inglês, mas deu certo no espanhol, que tanto me encanta ao ponto de escrever poemas neste idioma e ter a dedicação e incentivo da professora Milena Fantini da Escola For You de Idiomas.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Aplico com mesmo carinho que os mestres me ensinaram como: respeito e dedicação às pessoas que me rodeiam e aos livros.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Creio que foi não ter tido oportunidade de na primavera da vida, seguir o curso natural da formação acadêmica e a alegria de conseguir no outono da vida esta formação e pós-graduação que fazem parte do meu currículo e usufruir de todos meus sonhos

O que faz hoje?
Presentemente exerço a função de Fiscal Sanitarista da Prefeitura Municipal de Brusque. Estudo Espanhol na Escola For You Idiomas. Dedico-me à Poesia e integro o Grupo de Canto/Coral da Igreja Matriz São Luiz Gonzaga

POESIAS:
SAUDADE
A saudade que sinto é como uma dor no peito,
tal qual um pássaro preso na gaiola.
Sinto saudade dos teus olhos azuis como o céu,
que transmitiam paz, segurança, ponderação, alegria...
felicidade por estarmos todos juntos,
que incentivava a coragem...
afinal somos polacos!
Os mesmos olhos azuis
que muitas vezes censuravam nossas atitudes,
(minha e de meu irmão),
com sensatez diziam: - “Calma!
Quem diz o que quer,
ouve o que não quer”.
Minha saudade aumenta:
dos teus olhos orgulhosos,
diante de nossas conquistas - nossas pequenas vitórias!
Sinto saudade de olhos azuis
a admirar as orquídeas,
os pássaros livres, a se perderem no infinito...
saudade dos olhos azuis,
que recordavam nossas tradições,
nossa fé no dia a dia, com o rosário nas mãos,
como nosso vovô... e agora nós!
Saudades dos olhos azuis
que como herança inestimável,
hoje vivem em mim, meu pai!
Sinto saudades dos olhos azuis
que já se fecharam,
mas continuam tão vivos
em minhas mais doces e ternas lembranças.
Teus olhos azuis, adorado pai,
irão brilhar como estrelas
para todo o sempre!
Sueños
Como aves de largas alas
que hacen travesías por los océanos,
así es mi sueño,
al pensar en ti
me poso en tus brazos,
reposa mi cabeza en tu pecho,
escucho tu corazón, latiendo de amor.
Ríos de esperanza me conducen a tu mundo,
con promesas de una nueva vida!
donde el sol, que ilumina tu sonrisa, hace brillar
las llamas de pasión.
¡Sí, com ese amor, que brota como liviana pluma,
acariciando nuestro ser, nuestro amor!
¡Son sueños, sueños que van más allá de la eternidad!

TROVAS:
Segredo
Eu já fui um beija flor
em outras vidas passadas:
-era segredo em louvor
Às flores desamparadas.
Imensidão
A imensidão desse amor,
que me transcende o presente,
faz suportar minha dor,
quando seu corpo está ausente
Sorriso
Iluminando meu ser
O teu sorriso comprova,
que a cada alvo amanhecer
O meu amor se renova.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 4 de dezembro de 2012.

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