sábado, 14 de dezembro de 2013

Botuverá - conversando com secretários, escritores e outros...

Entrevista Edson L Bonomini - Luiz Gianesini


EDSON L. BONOMINI: Técnico na Unidade de Processamento de mel – secadora de cereais
I - UNIDADE DE TRATAMENTO DE MEL
Qual a finalidade principal da Unidade de Processamento de Mel?

Motivado pela existência da atividade apícola no Município e região - uma vegetação predominantemente nativa e abundante e, ainda, por ser considerada uma atividade ecológica e que incrementa plantios de árvores que contribuem para a produção e o aumento da produtividade em outras culturas, como é o caso do feijão, que necessita de polinização - como finalidade principal, citamos a contribuição na renda da família do apicultor, que se não modificar a forma de colheita, processamento e/ou envase ( colocar um determinado produto em uma recipiente específico), e comercialização de forma adequada, com certeza, por ser pequeno apicultor deixaria a atividade ou ficaria na clandestinidade ou sujeito a atravessadores inescrupulosos.
O que representa para o Consumidor a Unidade de Processamento de Mel?
A implantação visa atender às exigências do Ministério em função da aplicação da Lei de Defesa do Consumidor, vez que a forma antiga de comercialização , ou seja, em latas de metal, usadas ou não, hoje, são consideradas impróprias para envase ou armazenamento ou mesmo potes reutilizáveis, a partir da nova safra, não serão mais permitidos os seu uso. Registre-se que toda obra, bem como os equipamentos atendem a Legislação do Ministério da Agricultura.

O que resultou da implantação da Unidade?
A criação da estrutura promoveu o associativismo que contribui na profissionalização do apicultor, e como resultado, o padrão de higiene do produto final melhorou, bem como, a produção e a produtividade por colméia.

Alguma forma de aperfeiçoamento dos apicultores?
A Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC – EPAGRI- realizou dois cursos, abrangendo 90% dos apicultores de Botuverá e quatro apicultores de Brusque nos dois últimos anos.

Qual a produção prevista?
A produção aproximada dos três municípios, atualmente é de - aproximadamente - 30 mil kg, envolvendo em torno de 90 apicultores e com 2346 colméias.

Quanto a capacidade de processamento?
1 000 kg a cada 48 horas. O mel que estiver cristalizado, isto acontece em função do armazenamento, passa por um leve aquecimento, homogeinização, filtragem e em conseqüência deste processo há uma oxigenação do produto e que este deverá ficar em repouso em decantação por 36 a 48 horas e após envase higienização, rotulagem, encaixotamento e comercialização.

Qual a geração de empregos esperada?
Diretamente serão beneficiadas em torno de 25 famílias ligadas à Associação dos Apicultores de Botuverá – APIBO, que poderá cresce por estar aberto a pequenos apicultores caracterizados de Brusque e Guabiruba.

Que fontes de recursos foram utilizados?
Com exceção da contrapartida da Prefeitura, o maior montante de recursos e a fundo perdido, provenientes do Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura – PRONAF.

Como dar-se-á o Gerenciamento?
O Gerenciamento da Unidade de Processamento ficou a cargo da APIBO –Associação de Apicultores de Botuverá.

II - SECADOR DE CEREAIS

Qual o objetivo da implantação do Secador de Cereais?
Estimular a produção de cereais, evitar perdas por deterioração e por ataques de insetos.

Então, a finalidade...?
Retirar a umidade excessiva dos grãos, reduzindo-a para 13%, permitindo assim, que o agricultor possa colher a produção antes do ataque das pragas – carruncho do milho e gorgulho do feijão, que acontece ainda na lavoura e em caso de chuvas e/ou umidade relativa do ar alta, a secagem soluciona perfeitamente o controle destas condições, permitindo ainda que se evite o uso de fosfina – gás, para tratamento de insetos.

Em termos de capacidade?
Anualmente são secados em torno de três mil sacas de grãos com tendência a aumentar em função do benefício final. A Unidade de Secagem permite que o pequeno agricultor beneficie de 20 a 60 sacas de 60 kg, por secagem, durante um período de 5 a 8 horas, dependendo da umidade do grão e da quantidade.

Qual a previsão de geração de empregos?
Com a ampliação da unidade, ou seja, a secagem e limpeza apurada e empacotamento automático, a unidade deverá criar dois empregos diretos e indiretamente em torno de quarenta famílias de agricultores.

Quais as fontes de recursos?
A mesma da Unidade de Processamento de Mel, ou seja, com exceção da contrapartida da Prefeitura, o maior montante de recursos é a fundo perdido, proveniente do Programa Nacional de Fortalecimento de Agricultura Familiar (PRONAF).

De que forma ocorrerá o Gerenciamento?
Atualmente o Gerenciamento está impropriamente a cargo da Epagri e Prefeitura Municipal, que inscreve e acompanha o controle da secagem. A forma ideal será em forma de associativismo ou organização de produtores similar.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 30 de novembro de 2001.

Entrevista Amauri Cestari


AMAURI CESTARI: Filho de Pedro Cestari e Eleonora Zanca Cestari, natural de Botuverá, nascido aos 03.01.66. São em nove irmãos: Vicente, Fátima, Amauri, Pedro Filho, Carmen, Nadir, Aparecida, Onildo e Bernadete. Torce pelo Carlos Renaux e Botafogo. Vereador nas legislaturas: 200/04 e 05/08.

Uma palhinha da vida profissional
Iniciei com meus pais na roça – como fumicultor.Aos 18 anos, disputei as eleições como candidato a vereador, obtendo 115 votos, insuficientes para obter uma cadeira na Casa Legislativa. Trabalhei durante 5 anos na Fiação Botuverá e, atualmente estou trabalhando- como talhador – na confecção de Pedro Luiz Bonomini, tendo ainda disputado os dois últimos pleitos como vereador, obtendo sucesso.

Como viabiliza a vida profissional com a política? Tenho apoio irrestrito de Pedro Luiz Bonomini, que facilita minhas participações nos compromissos políticos.

Como surgiu Amauri vereador?
Foi um trabalho a longo prazo, dirigia o Flamenguinho, era presidente, técnico e atleta; levei o clube por duas oportunidades como campeão botuveraense; meu nome foi expandindo, visitava a comunidade, participava da CAEPE – Comissão de Assuntos Administrativos e Econômicos Pastorias e, assim, meu nome foi ganhando espaço e força política


Como foram as participações nos pleitos disputados? Há uns 12 anos disputei e obtive 115 votos, insuficientes para uma cadeira no Legislativo; em 2000, fiquei como segundo colocado em votos – 190 – integrei a Comissão deMeio Ambiente e, também, de obras e no último pleito fui reeleito com 150 votos, obtendo a oitava colocação entre os 9 vereadores.

Partido?
Sempre PFL.

Qual a composição partidária da atual legislatura?
A atual composição da Câmara é formada por 6 edis do PMDB, 1 do PSDB, 1 do PT e 1 do PFL.

Como foi a eleição para a presidência da Casa Legislativa?
Foi a votação pelo placar de 6 x 3, sendo 3 votos: Daniel Paloschi, Fábio Schaadt e eu.

No seu entender, o que faltou para o Zenor chegar lá?
Foi a falta de estrutura do partido, mas apoio por parte dos empresários e dos políticos do Estado que esqueceram Botuverá, olha...sobrou coragem para o Zenor.

Como foi a administração Nilo/Moacir?
A administração Nilo/Moacir, aparentemente foi boa, mas há o natural desgaste pelo tempo no poder.

É muito cedo para avaliar a atual administração Moacir/Naltair?
É pouco tempo para uma avaliação adequada, todavia, a perspectiva é muito boa, haja vista o teor da mensagem enviada à Câmara, em que afirma não pretender discriminar os vereadores pelo partido que integram.

Perspectivas para o pleito de 2008, quanto ao executivo?
Pela situação deverá prevalecer uma dobradinha: Nilo/Aguiar, Nilo/Moacir, Nilo/Odair Comandolli e pela oposição: poder-se-ia considerar no páreo:Zenor F. Sgrott/Silvinho Schmidt, Lauri Cestari, Fábio Schaadt e eu também pretendo pleitear uma composição.

O filho do Nilo Barni não está sendo preparado?
Que eu saiba, ainda não tem participação efetiva na política.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 11 de julho de 2005. 

Arlindo Schaadt


ARLINDO SCHAADT: Filho de Francisco e Elza Colzani Schaadt, natural de Aguas Negras, Botuverá , nascido aos 08.04.34. São em seis irmãos: Orlandina, Antônio Alexandre, Arlindo, Valdir, Nilton e Glória. Casado com Eodora Maria da Costa Schaadt aos 13.02.60. Filho: Francisco José. Foi Vereador na legislatura 77/82, e Presidiu o Legislativo Botuveraense . Torce pelo Paysandu e Vasco da Gama.

 Foi vereador? Em que legislatura? Por qual partido?

Sim, fui vereador na legislatura 77/82. Integrei os quadros da ARENA.

Quantos vereadores integravam o legislativo/

Éramos em sete: Eu, Luiz Graf, Dito Luiz Bosco, Geracir Bambinetti, Alécio Pavesi, Ademir Luiz Maestri e Willy Francisco Maestri.

 O que cada um fazia profissionalmente, além de exercer a vereança?
Arlindo Schaad, dirigia a fábrica de cal; Luiz Graf: tinha serraria; Dito Luiz Bosco, transportava fumo; Geracir Bambinetti, transportava pedras; Alécio Pavesi, transportava pedras e fumo; Ademir Luiz Maestri, era fiscal e, Willy Francisco Maestri, Motorista e trabalhava na Prefeitura.

Presidiu o Legislativo? Além do Sr, quem mais presidiu a Câmara, naquela oportunidade?
Sim, presidi o Legislativo, como também, o Ademir Luiz Maestri.

Como era feito a campanha eleitoral?
Era feito de casa em casa. Subíamos as roças para conversar com os eleitores.

Qual era o verdadeiro papel do vereador?
Primordialmente, ajudar as pessoas, levá-las aos médicos, ressalte-se, com nossos veículos; trabalhar para que o Executivo abrisse estradas e construísse pontes e apreciar e aprovar os projetos de leis, encaminhado pelo Executivo.

Recebiam alguma remuneração?
Recebíamos.

Quem chefiava o Executivo? Como foi o relacionamento?
Zenor F. Sgrott e Alexandre Dalcégio. O relacionamento foi muito bom, inclusive, integrávamos o mesmo partido.

A Prefeitura permaneceu com a ARENA na administração seguinte?
Sim, conseguimos manter a Prefeitura.

Nunca pensou em candidatar-se ao executivo?
Pensar até pensei, mas a forma de promessas inexecutáveis não me convencia.

Grandes nomes em Botuverá?
Otávio Cestari, Vilson Colsani (in memoriam), José Bonus Leite Carrroso, Ismar Pedrini, Francisco Schaadt (in memoriam), Germano Barni (in memoriam), Onório Comandolli (in memoriam), Zeno Belli (in memoriam), Sérgio José Colombi, Ivo Barni, Geracir Bambinetti, (Táia), Mário Tachini, Pedro Luiz Bonomini, Alexandre e Dino Dalcégio, o saudoso Pedro Merízio, Érico Maestri, Nelson Severino – Diretor da Escola João Stolte.

Como veio parar em Brusque?
Quando o Ibama e a Fatma proibiu a extração de lenha e, surgiu o Decreto de Lavras, para pesquisa de solo e subsolo, tornou a fábrica de cal inviável, aí vim para Brusque.

Havia concorrência na exploração da fabricação de cal, naquela época? Empregavam muitos trabalhadores?
Diversos empresários estavam envolvido na fabricação de cal: Buschirolli, Werner, Tietzmann, Barni, Vilson Colsani (in memoriam), Schaadt, Sebastião Tomio (in memoriam), Abrão Colsani (in memoriam). Os empreendimentos resultavam, em aproximadamente, 50 empregos diretos.

Hoje, não seria viável a fabricação de cal em Botuverá?
Se fosse instalar uma empresa de cal em Botuverá, e o Paraná não vendesse o cal em Santa Catarina, Botuverá produziria tanto cal, quanto a Renaux, produz tecidos.

Uma palhinha sobre a vida profissional?
Iniciei com vinte e cinco anos com meu pai na fabricação de cal, com o falecimento dele, ainda levei a fábrica até os idos de 90, quando vim para Brusque e, tinha caminhões para transporte-frete e, também, negociava carros; em 94 obtive o benefício previdenciário. Hoje, aposentado, curto um cirurgia se me dedico a uma hortazinha e continuo negociando uns carros de passeio.
O Brasil tem acerto?
Dificilmente terá acerto. É difícil.
E a professora Eodora?
Atuei no magistério, mais precisamente na Escola Reunida Professora Maria Luiza da Silva Dias, em Ribeirão do Ouro. Iniciando, aproximadamente no ano de 53, lecionando por uns 15 anos. Fui a primeira professora do grande Ivo Barni.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 17 de setembro de 2004. 



Entrevista Érico Maestri 

 

ÉRICO MAESTRI: Filho de José Maestri Primo e Ana Demarchi Maestri, natural de Porto Franco, nascido aos 05.03.33. Cônjuge: Maria Comandolli Maestri, casados aos 25.07.59. Onze irmãos: Cláudia, Fidélis, Érico, Mauro, Cosmo, Reinoldo, Villy, Jaime, Ivan, Cláudio e Leda. Seis filhos: Joanita Maria, Maristela, Cristóvão, Marilda, Norma e Goreti. Seis netos: Luciana, Ana, Bruna, Marina, Gustavo e Felipe.  
Uma palhinha da descendência

Joanita Maria casou-se com José Jaciel Carolesky. O casal têm dois filhso: Luciana e Ana; Maristela com Nilson Valter, também com duas filhas: Bruna e Marina. Cristóvão casou-se com Zita G. Pedrini, filhos: Gustavo e Felipe; Marilda com Antônio Dipaula. Norma casou com Luiz Fernando Pantaleão e Goreti é solteira

. Foi vereador em Botuverá?

Sim, na quarta legislatura, 73/77, quando Sérgio J. Colombi e Valdir Domingos Paloschi foram Prefeito e Vice, respectivamente.

 Como era ser vereador àquela época?
Era amor à camisa. A gente participava, porque tinha alguma liderança, era partidário e os candidatos à Prefeito convocavam a participar. Não recebíamos nada como vereador.

Quantos vereadores integravam àquela legislatura?
Sete vereadores.

Lembra dos nomes?
Sim, até tenho os votos que cada um obteve: Pela ARENA: Érico Maestri, 171 votos, Luiz Graf, 143 votos, Ivo Barni, 107 votos e Manoel Molinari, 80 votos. Pelo PMDB: André Vilson Colzani, 161 votos, Onório Comandolli, 154 votos e Dito Lujiz Bosco, 70 votos.

Presidiu o legislativo? Como foi a escolha?
Sim, por dois anos, o outro que presidiu a Câmara, naquela legislatura foi o saudoso André Vilson Colzani. A escolha deveu-se a uma composição entre a ARENA1 e o PMDB e acabei, sendo o Presidente.

Tinha vantagem presidir o legislativo?

Uma vantagem é que as reivindicações eram mais prontamente atendidas.

Nessa época teve alguma obra que merece lembrança?
A ponte do Lageado. Inclusive tem uma história. O Augusto Colombi resolveu um problema, ocasionado pelas vigas curtas que foram encomendadas equivocadamente pelo Engenheiro e não tínhamos dinheiro para adquirir outra com tamanho necessário.

Nunca tentou ser Prefeito?
Sim em 1962, disputei como Prefeito, pela extinta UDN, concorrendo com o saudoso Sebastião Tomio (PSD) e com Dionísio Pedrini (PTB). Fiquei em segundo lugar. O candidato nato seria o Augusto Alexandre Maestri, todavia, ficou impedido, por ser cunhado do Zeno Belli, que chefiava o executivo. Também pesou contra mim, a briga do Augusto Alexandre Maestri, com o Padre Francisco Robi, popular Padre Chiquinho ( ficou em Botuverá de 1961 a 67, demoliu a antiga Casa Paroquial e ergueu a atual Casa)..

Grandes nomes na vida política Botuveraense?
José Bonus Leite Carroso, Sérgio José Colombi, André Vilson Colzani, Alexandre Barni, Pedro Merízio –Pedro respirava política, foi vice de José Bons Leite Carroso, Ivo Barni, Alexandre Dalcégio –Alexandre tinha uma liderança muito forte, Onório Comandolli, Augusto Alexandre Maestri, Arlindo Schaadt, entre outros.

O que faz Érico Maestri, hoje?
Estou aposentado e auxilio a empresa de transportes do filho Cristóvão.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 11 de janeiro de 2003. 

Évido Bonomini


Entrevista com o senhor Évido.
Évido Bonomini, filho de Adão e Maria Maestri Bonomini, nasceu em Botuverá, aos 15.11.1932, era casado com Ana Tereza de Freitas Bonomini, com a qual teve dois filhos: Marco Antônio e Evenita Beatriz (em 2002 tinha 5 netos e 2 bisnetos). Era Funcionário da Malária, aposentado.

Teve alguma ligação com a instalação do Município de Botuverá?
Em 1945, Porto Franco foi elevada à categoria de Distrito de Brusque, tendo sido o meu pai, Adão Bonomini, nomeado o primeiro intendente distrital, permanecendo no cargo até 1952.

Algum fato ocorrido nessa época que poderia ser lembrado?
Vivíamos ainda o governo do ditador Vargas, e Brusque tinha como Chefe do Executivo, Paulo Lourenço Bianchini, e, em seguida Dr Carlos Moritz e já havia uma política ambiental, e meu pai fazia cumprir religiosamente. Dois pontos enervavam os cidadãos da localidade: a) A pessoa seguia o seguinte ponto: se o cervo nos rios para colocação de coves fosse de pedra, tudo bem, contudo se fosse de bambu, o pescador era multado – preservação da espécie ; b) as toras de madeira retiradas no mato deveriam ser observar um determinado diâmetro e o lenhador deviria retirar todos os ramos do local do corte e usá-los também, senão seria multado.

O que resultou da cobrança ao cumprimento das duas normas?
Augusto Angelo Maestri e outros provocaram a queda de meu pai da Intendência. Vale ressaltar que Augusto é irmão de minha esposa e de Ana Maestri Belli, a esposa do Zeno Belli.

A família aceitou os acontecimentos?
A história é um pouco longa, vou tentar resumir: Em 1950, fui trabalhar no estado de Paraná – em diversas cidades: Guaratuba, Paranaguá, Ponta Grossa, Curitiba, Jacarezinho, Londrina, Maringá e Guaíra, tendo permanecido por lá até os idos de 1986-. Todavia, por volta de 1957, tendo recebido as férias normais de 30 dias mais uma premiação correspondente a 30 dias , além de um salário de gratificação, resolvi passar em Porto Franco e tentar dar o troco no Augusto.

Em que consistia esse troco?
Conhecia bem os vereadores de Brusque, Pedro Morelli e Carlos Boos – isso já na administração de Cyro Gevaerd -. Solicitei que elaborassem um cabeçalho para um abaixo-assinado no sentido da instalação do Município e com tal medida daria o troco no Augusto. Consegui 103 assinaturas, mas a de meu avô e de meu pai não valeram e uma de uma tia , por pressão retirou a assinatrua

Como efetivou-se essa pressão?
De toda ordem,a começar pelo Padre Carlos, um padre meio alemão, que numa missa me tachou de comunista, além de trabalhar encima das pessoas que tinham assinado a lista de adesão. De outro norte, o Augusto A. Maestri, o Dionísio Pedrini e o José Bonus Leite Carroso elaboraram novo abaixo-assinado, igualmente no sentido de instalar o Município.

Foi tomada alguma providência tendo em vista o novo abaixo-assinado?
Acelerei-me e junto ao Tabelionato Gevaerd reconheci todas as assinaturas, exceto as três que mencionei

Qual foi o desfecho de tudo?
Enviamos tudo para a Câmara de Vereadores de Brusque, resultando na aprovação.

Como se deu a escolha de Zeno Belli para presidir o novo Município?
Como não houve acordo entre os políticos envolvidos com a instalação e o Zeno era casado com uma mulher daqui, Cyro Gevaerd indicou e foi aprovado o nome de Zeno Belli, como o primeiro Prefeito, no caso foi nomeado.

Quanto ao nome do novo Município?
Como Porto Franco é o nome de uma cidade Paraguaia optou-se por Botuverá?

Como surgiu a denominação “Botuverá”?
Na verdade antigamente surgiu o nome da mosca berneira, que era denominada Botuverá, pronuncia-se Botuvéra - mas foi feito uma campanha – como a localidade estava infestada de garimpeiros na perseguição do valioso metal ouro incansavelmente perseguido. Quanto ao acento foi uma questão de adequação à língua portuguesa.

Valeu a pena o esforço impregnado?
Valeu sim. Pelo que vinha caminhando a intendência nas mãos do Augusto e pelo fato de Brusque não proporcionar a atenção necessária ao então distrito, além de todo imposto recolhido na localidade ficar com Brusque, valeu o troco que dei no Augusto.

Referências

  • Jornal A Voz de Brusque. Edição de 2 de fevereiro de 2002. 

  Fábio Schaefer Schaadt 


FÁBIO SCHAEFER SCHAADT: Filho de Nilto José Schaadt e Maria de Lourdes; natural de Brusque, nascido aos 16.03.66. São em três irmãos: Barbara, Cátia e Fábio. Formado em Ciências Contábeis pela Univali e em Direitopela Febe/Furb – convênio . Torce pelo Vasco da Gama.

Em Brusque, Carlos Renaux ou Paysandu?
  A família Schaefer é Renaux, todavia nutro uma simpatia pelo verde e branco, pelo fato de ter atuado nos juniores, nos velhos bons tempos.


Fale da empresa Botuverá Ind. & Com. Fiação Botuverá , Ind. & Com.
Rramo de Fiação é uma sociedade que mantenho com Rafael Bina; estamos equipados com três open-ends, produzindo uma tonelada dia, de fio 8, que vendemos para Brusque, Gaspar, Guabiruba, Joinville e Jaraguá do Sul; geramos empregos diretos para vinte funcionários, trabalhando em três turnos.

Alguma meta no sentido de expansão?
Sim, pretendemos ampliar, modernizar o maquinário, aumentando a produção, buscar eficiência, aumentar a qualidade e incrementar a produtividade. Também, adquirimos cotas da fiação italiana.

Esportivamente?
Atuei nos infantis do Carlos Renaux, nos juniores do Paysandú e no titular do Brusque.

Grandes atletas do tricolor?
Alcindo Hort, Washington, Reiner e Neilor.

e do Mais Querido?
Keka, Maffezzolli, Cid, Claudecir e Clécio.

Um grande treinador?
O saudoso Afonso Schmidt, da equipe do júnior do clube esmeraldino.

Grandes dirigentes?
Darcy Pruner e Vlademir Appel.

Uma partida memorável?
Foram duas, nos idos de 91m num jugo contra o Figueirense, aqui e um contra o Avaí, na Ressacada, oportunidades em que anotei um gol em cada partida.

E o trabalho como Perito Contábil?
Atuo como Perito Contábil na Vara do Trabalho desde 1991, valendo ressaltar alguns grandes trabalhos elaborados, como: Cálculo da insalubridade, IPC-URP, 50% da saúde (Município de Brusque) e processos coletivos envolvendo a Cia. Schlösser e a Buettner.

Fatos marcantes?
As duas formaturas, a saber: Ciências Contábeis e em Direito.

O que faz Fábio Schaefer Schaadt, hoje?
Administro a Botuvera Ind & Com Fiação.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 12 de março de 2004. 

Francisco Colombi 


Francisco Colombi.
FRANCISCO COLOMBI: Filho de Carlos Colombi (in memoriam) e Amábilie Zanca Colombi, natural de Botuverá/SC, nascido aos 20 de maio de 1956. São em 11 irmãos: Maria, Valmir (Miro), Rosa, Lourdes, Terezinha (in memoriam), Olandina, Bernadete (in memoriam), Clarice, José Luiz (Nene), Marlene e Francisco. Cônjuge: Fátima Maria Maestri Colombi, casados aos 27.11.82. Dois filhos: Diléia Aparecida, nascida aos 10.09.83, é professora e está cursando Letras na Unifebe e Dilei Francisco, nascido aos 19.07.87, técnico em informática e Cursando Sistemas de Informação na Assevim. Torce pelo C.R. Flamengo.

Francisco e família.

Como foi sua infância e juventude? Vivi com meus pais e irmãos até os 12 anos. Tenho saudades. Adorava imitar meus pais e irmãos mais velhos trabalhar na roça. Adorava levantar de madrugada e buscar os animais no pasto para tratar e prepará-los para virar terra para plantar fumo. Todas as noites alguém vinha nos visitar ou fazíamos uma visita na casa dos parentes e vizinhos para conversar. Era quando encontrava os amigos e fazíamos os nossos brinquedos e nos divertíamos muito. Nunca deitamos sem rezar o terço em família, junto aos pés da cama de meus pais.

Como eram seus pais?
Trabalhadores e muito preocupados com a educação e bem estar da família. O pai era perito no uso do machadão, exímio cortador de madeira e farquejador. A mãe, uma excelente costureira e dona de casa. A roça, porém, sempre foi o prato principal do seu trabalho. Nunca deixaram de me amar e amar meus irmãos um segundo sequer. Meus pais provaram com a vida que amar é sofrer e o fruto do amor é a felicidade. Vejo meus pais como alguém que consumiu sua vida amando cada irmão como se fosse o único filho.

Influência na disciplina e na formação?
Pelo Testemunho recebi de meus pais as sementes da fé, do amor, dedicação, persistência, humildade, coragem, força de vontade, união, paciência, caráter, sabedoria – embora analfabetos, e muito mais. Se hoje não sou tudo o que me ensinaram é porque não cultivei as sementes. Devo tudo a meus pais. Os anos de seminário também me ajudaram muito, mas o que recebi de meus pais ainda está impresso em meus sentimentos, a cada decisão e ação do meu dia a dia. Hoje acredito que o mundo nunca vai ter paz e justiça até que o valor da família seja restaurado na mente e na vida do nossos jovens e crianças e de todos as pessoas.

Primeira professora?
Minha primeira professora foi a Odete Eccer.

Formação escolar?
Primário na Escola Pe. João Stolte, em Botuverá; ginásio, no Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Corupá; segundo grau no Seminário Instituto Dehonista, em Curitiba; Noviciado, em Jaraguá do Sul; Superior em Estudos Sociais, na Febe, em Brusque; bacharelado em História, na Furb; especialização em Gestão e Administração Escolar, na UDESC.

Como foi sua vida escolar?
Tive a felicidade e a satisfação de freqüentar as melhores escolas e ter os melhores professores. Desde o primário até a especialização tive tudo ao meu alcance. Lamento muito não ter aproveitado todos os momentos que tive na busca de conhecimento. Infelizmente, só descobri (mos) depois quanto à gente perdeu em aulas e horas de estudo. É aquela história: ‘só percebemos a importância do que fazemos e temos depois que deixarmos de fazer e ser’.

Que professor (a) lembra com carinho? – como ele (a) era?
Seria injusto lembrar apenas de um ou outro. Todos além de padres, foram grandes amigos. Um marcou mais, outro menos, mas todos tiveram sua contribuição em minha formação.

Como surgiu o magistério em sua vida profissional?
Não foi só o salário. O trabalho na Catequese me fez aprender a gostar de crianças, adolescentes e jovens. Em 84, recebi o convite para atuar como professor do CENEC e resolvi trocar a empresa de representação e prestação de serviço para me dedicar ao magistério.

A educação atual cumpre as necessidades da formação?
Infelizmente, a educação está em crise. A função social da escola é a formação integral do ser humano. Esse processo exige a participação fundamental da família. As crianças vivem 4 horas na escola e, outras 20 com a família. A família educa e a escola ensina. A diferença é simples. Quem deve conscientizar as crianças que precisam aprender a ler e a escrever é a família. Quem ensina a ler e a escrever é a escola. Quem diz e conscientiza as crianças de que precisam cumprimentar e respeitar os mais velhos, ceder o lugar para os idosos no ônibus é a família. A escola vai ensinar como cumprimentar e como ceder o lugar. Enquanto a família não assumir também o seu papel de educadora a educação escolar não vai cumprir suas necessidades de formação que a sociedade exige. O professor não pode assumir o papel de pai, mãe, médico, enfermeira, psicólogo e policial.

Como conheceu a Fátima Maria?
Já a conhecia desde criança e éramos vizinhos. Meu pai comprou terras de meu sogro e na noite em que fecharam negócio percebi o quanto era linda e, ainda hoje continua mais linda do que nunca. Ela foi morar no Paraná e eu fui para o Seminário. Quando optei em abandonar a vida religiosa e constituir uma família decidi que minha companheira e mãe de meus filhos seria a Fátima. Não posso afirmar que tivemos, efetivamente, um namoro. Eram opiniões que ajudavam e que pioravam nosso relacionamento. Depois de muitas idas e vindas, resolvemos assumir não só o namoro, mas o casamento. Em três meses noivamos e já marcamos a data do casamento. Foi o casamento mais bonito e maravilhoso que já participei. Em novembro esta história de amor, completa 25 anos com a certeza que chegaremos aos 50.

O casamento ainda é válido?
A sociedade precisa resgatar o devido valor ao sacramento do matrimônio e á família. Quando isso acontecer o mundo deixa de ser tão cruel e injusto. A solidão em que as pessoas vivem hoje na multidão é a falta do calor humano, que só nasce na família. A semente do relacionamento sadio entre as pessoas nasce e é cultivado no lar, onde vive uma família que não deixa Deus em segundo plano.

Como está a Administração Municipal?
Excelente. A administração Municipal está em mãos de uma equipe responsável, competente e sabe o que faz. Uma administração que prioriza a educação, saúde, saneamento básico, dá apoio a novos investimentos no município e, atende às necessidades da população em todo o setor público. Ao contrário do que acontece a nível federal, tenho certeza que os recursos públicos municipais estão sendo bem administrados e em benefício da população botuveraense.

O Legislativo Botuveraense está cumprindo seu papel?
Acredito na equipe legislativa do município. Apenas cobro da equipe um trabalho voltado para a informação e orientação da população do verdadeiro papel do poder legislativo no município. O povo ainda pensa que o papel do vereador é apenas pedir para molhar a rua e instalar uma luminária. Este é o papel do executivo, que aliás está fazendo muito bem e de acordo com o orçamento do município.

Como traçaria um perfil de Botuverá de sua infância e o de hoje?
Tenho muitos motivos para amar minha cidade. Minha infância via uma cidade que apenas produzia o suficiente para sobreviver, cidade de um povo trabalhador, simples, honesto, persistente e principalmente um povo de fé. Um povo que valoriza as tradições e costumes herdados dos antepassados. Botuverá criou uma identidade cultural “sui generis” e vejo preocupado que está identidade está se perdendo. Nossas crianças não falam mais o dialeto Bergamasco, a religiosidade, marcante do povo de Botuverá está esquecida. Faz-se necessário um trabalho voltado para o resgate e manutenção dessa identidade. A Festa tradicional é importante, mas é apenas um das muitas outras opções que serão necessárias para preservar esta identidade cultural, típica e única no mundo. Um povo que perde suas tradições e raízes perde sua identidade. Sou favorável à criação de um centro cultural específico para fazer isso acontecer. Botuverá é fruto de trabalho, honestidade, seriedade e principalmente da fé e persistência do seu povo. Nos últimos anos Botuverá passou a oferecer mais oportunidades de investimentos, venceu o problema do êxodo rural, graças ao surgimento de indústrias oferecendo oportunidades de emprego e renda e, também, graças a uma política de valorização e apoio que está sendo dada nestes últimos anos aos pequenos agricultores.

O que falta para o Município deslanchar?
Não interrompendo a atual administração. Botuverá apresenta um potencial de crescimento econômico muito positivo. Investir num projeto consistente voltado para a agricultura familiar e para o agronegócio. Botuverá carece de um espaço de lazer para nossos jovens e adolescentes. Ginásio de esportes e campo de futebol é muito pouco.

O Brasil tem acerto?
Quando o povo deixar de eleger políticos que já foram condenados, a situação com o Brasil vai começar a melhorar. Não basta combater a que os corruptos sejam presos. Detesto políticos teóricos e executivos que insistem em colocar em prática projetos e programas elaborados por tecnocratas atrás de escrivaninhas.

Qual a melhor obra que já leu? (livro e artigo)
Uma obra que sempre indico aos alunos: a natureza. É um livro que pode ser lido e interpretado por analfabetos e em todas as línguas. Considero a gota d’água um livro e um artigo, a lição que ela ensina. A gota d’água é pequena, mas capaz de escavar uma rocha. Não sou contra nenhum livro a não ser o fato de serem muito caros, para serem adquiridos com o salário de professor.

Tem lido a Coluna Dez? Vale a pena?
Sempre. É uma leitura amena, agradável, informativa e instrutiva.

Grandes nomes em Botuverá: Empresários, Religiosos, Comerciantes, Cultura, Saúde, Educação, Políticos?
Citar alguns nomes, se esquece muitos outros. Tiro o chapéu para os nossos antepassados. Graças a eles existem tantos personagens hoje.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 30 de novembro de 2007. 



  Geraldino Graf 


GERALDINO GRAF: Filho dos saudosos Theodoro Graf e Elzira Vogel Graf; natural de Pedras Grandes, hoje Botuverá, aos 01.09.49; são em seis irmãos: Júlio Theodoro, Irene, Rosalina, Evelina, Valdemiro e Geraldino. Cônjuge: Erica Clérice Graf, casados aos 14.07.70; quatro filhos: Luciano (Roseli Sharf), Giomar (Kelli Cristina), Joseane (Osni Schaadt), Ivan (Joice Wres) e Gabriela com 11 anos; quatro netos: Giseli (Luciano e Roseli), Richard e Raissa (Guiomar e Kelli Cristina) e Jackeline (Joseane e Osni).

 Como foi sua infância e juventude?
Como a maioria das crianças de Pedras Grandes, eu caçava, pescava, batia uma peladinha, ia à escola; aos dez anos iniciei a trabalhar na lavoura, puxando cavalo para transportar o fumo e, na juventude, continuei na lavoura, batia uma bolinha, dançava um pouquinho e namorava.

Como eram seus pais?
Meus pais eram lavradores, o pai era mais ou menos exigente, e a mãe era muito legal.

Como conheceu a Erica?
Conheci a Erica numa lanchonete em Águas Negras, namoramos durante dois anos e subimos ao altar.

Como surgiu o bar e cancha de bocha São Roque?
Há uns quinze anos resolvi colocar em prática uma idéia que tinha há muito tempo, ou seja, colocar o bar e a cancha.

E o Recanto Azul Piscina?
Foi há uns onze anos que instalamos o Recanto Azul Piscina.

Como surgiu o nome Recanto Azul Piscina?
Surgiu quando fomos a Cascanéia,, em Belchior Alto, Gaspar.

Lazer?
Gosto de conhecer lugares, assistir o noticiário da TV e assistir novelas em companhia da Erica. Cultivo pés de Eucalipto.

Recomeçaria tudo novamente?
Sim, faria tudo novamente.

A administração municipal de Botuverá?
Está indo relativamente bem, mas precisa batalhar para conseguir uma linha telefônica para os moradores de Pedras Grandes e, também, asfaltar a estrada geral de Águas Negras.

O que falta ainda em Botuverá?
Faltam alternativas para ocupar a juventude, como uma dacenteria; veja só no verão, temos o Recanto Azul Piscina, nas outras estações a juventude não tem opções.

O Brasil tem acerto?
Não... não vejo saída; é muita corrupção!

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, na semana de 16 a 23 de junho de 2007. 

Ivo Barni 

 

IVO BARNI: Filho de Germano Barni (Manico) e Ludovina Barni, nascido aos 09 de setembro de 1949. Casado com Maria Delordes Tachini Barni. Dois filhos: Dayse Maria e Cristiane. Contador – Pós graduado com especialização em Administração Pública. Vereador em Botuverá, na legislatura 1973/77.

Como era ser vereador na época- década de 70 – num município do porte de Botuverá?
Era, como acredito sempre foi e ainda hoje é, motivo de orgulho por poder representar a coletividade, exercer com dignidade o papel de legislador e fiscalizador no âmbito da Administração Municipal.

A administração de Sérgio José Colombi e Valdir Domingos Paloschi?
Caracterizou-se pela seriedade e trabalho, inúmeras realizações em todas as áreas, e pela moralidade administrativa, cuja característica é própria do grupo político que governa Botuverá, ainda nos dias atuais.

Participou de cursos, conferências sobre Administração Pública?
Desde o meu ingresso na Administração Pública em Botuverá, até os dias atuais, coleciono bem mais de uma centena de participações em cursos e simpósios destinados à capacitação profissional, para o desempenho de minhas atividades.

Já pensou em administrar Botuverá?
Pensei e concorri às eleições de 1976; fui derrotado na sub-legenda. Na eleição seguinte, o Nilo que representa a defesa e a prática dos mesmo princípios na Administração Pública, passou a ser o nosso representante. Não teve sucesso também na primeira eleição – 1982, mas persistiu e conseguiu , finalmente, em 1988, resgatar a credibilidade da Administração Pública de Botuverá e, a partir daí, colocar em prática o estilo de governo: serviço da comunidade, de maneira sincera, com respeito e humildade, cujos resultados todos conhecem.

Quem destacaria no Município de Botuverá pelos trabalhos realizados?
Existem várias pessoas que desempenharam , outros e ainda hoje exercem com muita dedicação, importante papel de contribuir para o desenvolvimento do Município de Botuverá. Gostaria de relacionar todos os nomes, mas como o espaço é pequeno, destaco apenas algumas das cabeças pensantes que foram determinantes, nas seguintes conquistas: a) A implantação da energia elétrica: O Prefeito Sebastião Tomio, o Coletor Estadual Jaime Werner – primeiros dirigentes da Cooperativa de Eletrificação Rural, respaldados pelo Deputado Dib Cherem e pelo saudoso Antônio – Néco –Heil; b)Criação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais: O Sr José Bonomini; c) Educação quinta a oitava séries: O professor Nelson Sezerino e segundo grau: O professor Pedro Luiz Bonomini; d)Saúde - Ambulatório do Sindicato Rural: Dr Antônio Valdemar Moser; e o Posto de Saúde Municipal: Dr José Celso Bonatelli; e) Incentivo ao Desenvolvimento Industrial: Sérgio J. Colombi – pioneiro na concessão de estímulos econômicos para implantação de industrias; As gestores promissoras de Zeno Belli, Sebastião Tomio, José Bonus Leite Carroso, Sérgio José Colombi, Nilo Barni, Moacir Merízio e seus respectivos vices pelas outras importantes conquistas. Um registro especial ao trabalho e dedicação de todos os vereadores que já passaram pelo legislativo, que sempre estiveram ao lado das boas iniciativas e foram fundamentais para as conquistas do Município.

Como ocorreu a vinda para Brusque?
Vim para Brusque, em novembro de 1979, depois de ter residido três anos em Blumenau, onde fui fazer o curso de Ciências Contábeis. A partir de 1977, a convite do ex Deputdo e Ex Conselheiro do Tribunal de Contas, Horst Otto Domning, passei a exercer a assessoria técnica na área da administração financeira e orçamentária às Prefeituras do Médio Vale do Itajaí, através da AMMVI. Atividade repetida no período de 1991/1996. Em Brusque, fui contratado pelo Prefeitura para concluir o Estatuto e efetuar a criação e instalação da CODEB, em 1980. A partir de então passei a ocupar o cargo de Diretor Administrativo da CODEB, posteriormente assessoria técnica e Diretor de Finança da Prefeitura, 1982/1988, Secretário da Fazenda, 1989/1991, concluindo no período, 1997/1999, como Assessor de Planejamento e Controle. Atualmente, continuo trabalhando na área da assessoria técnica contábil-administrativa-financeir à Administração Pública.

Todo esse formalismo na Contabilidade Pública faz-se necessário?
A contabilidade pública não mudou. Suas normas vigoram desde 1964 e, são suficientes como instrumento de controle. O que muda com freqüência são os métodos para demonstração, compreensão e avaliação de desempenho – transparência. Entendo extremamente necessários em decorrência da constante busca de ‘jeitinhos’, por parte de alguns administradores irresponsáveis ou mal intencionados, que procuram usufruir vantagens, para si ou para seus apadrinhados.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 20 de novembro de 2001. 

  Jaimer Werner 


JAIMER WERNER: Filho de Francisco Augusto Werner e Vitória Domingas Colzani Werner, natural de Ribeirão do Ouro, hoje Botuverá, nascido aos 23.04.34. Nove irmãos: Jaimer, Miguel Augusto, Valéria Maria, Leoquéria Maria, Ivanor José, Harry José, Luzia Olenga, Lilian Verônica e José Manuel. Cônjuge: Aracy Dolores Morelli Werner, casados aos 12.07.58. Cinco filhos: Rita Carolina Wolinger – vereadora em Itapema, Jaimer Adilson – comerciante, Roséleia Clara – professora, Jonas Antônio – advogado e Raviane Cristina –engenheira Civil; quatro netos: Ana Carolina, Leonardo Bertoldo, Camile Beatriz e Jaimer Francisco. Exator Estadual –aposentado e vereador em Botuverá por três legislaturas.

 Vereador nas três primeiras legislaturas da Câmara de Vereadores de Botuverá?

Sim, fui vereador nas três primeiras legislaturas.

 Quantos vereadores integravam à Câmara e, quais os vereadores em cada uma das três legislaturas?
O Poder Legislativo era composto por 7 vereadores nas primeiras legislaturas e a composição foi a seguinte: 63/66: Jaimer Werner, Pedro Merízio, Lourenço Giraldi, José Bonus Leite Carroso, Augusto A. Maestri, Claudino Comandolli e Willi F. Maestri;
66/69: Jaimer Werner, Willi F. Maestri, José Bonus Leite Carroso, Alexandre Dalcégio, Germano Quirino Barni, Dionísio Colzani e Isidoro Dalcégio;
69/73: Jaimer Werner, Sérgio J. Colombi, João Lassola, Roccus Lassola, Isaia Buschirolli, Zenor F. Sgrott e Hercílio Comandolli.

Presidiu o legislativo?
Sim, presidi na primeira legislatura.

Lembra de outros vereadores que presidiram o legislativo?
José Bonus Leite Carroso, Isidoro Dalcégio, Isaia Buschirolli, Willi F. Maestri

Os vereadores eram remunerados?
Não recebíamos remuneração.

O que representava a vereança?
Atender as necessidades básicas da população. O vereador vivia em função dos munícipes.

Como era o relacionamento do Legislativo com o Executivo?
O saudoso Sebastião Tomio – PSD, Prefeito em nossa primeira legislatura, tinha a maioria. Na segunda, durante a administração José Bonus Leite Carroso –PTB, e terceira legislatura, a administração de Sérgio J. Colombi, éramos oposição.

Grandes nomes em Botuverá?
Entre outros, citaria: José Bonus Leite Carroso (farmacêutico), Dioníso Pedrini (comerciante), Augusto A. Maestri (Intendente), Carlos – Carlim – Maestri ( dono de restaurante e mini-hotel), o saudoso Sebastião Tomio (empresário no calcário), Santo Zepino Comandolli (comerciante), e, Ivo Barni (finanças pública)

Uma lembrança de uma obra ou de um serviço trazido para o Município, na época?
Foi a ida ao Ministério de Minas e Energia, na época, no Rio de Janeiro, em que acompanhei o Prefeito Tomio e, conseguimos que a energia elétrica fosse introduzia em Botuverá, por uma Cooperativa.

Nunca pensou em candidatar-se ao Executivo?
Não, apesar de convidado não pretendia... até vim para Brusque, para não sair candidato.

Como era fazer política?
A política era feita de porta em porta – casa em casa, à pé, de bicicleta, ou, até à cavalo.

O Brasil tem acerto?
Tem, ainda acredito que tem. Não é tão difícil, apenas o governo tem que ser mais honesto.

Uma palhinha de sua formação e da vida profissional
Após cursar o primário no Santo Antônio e iniciar o ginasial no Cônsul, iniciei no Comércio João Nicolau Jorge, em Florianópolis, onde terminei o ginasial e cursei a Academia de Comércio. Servi o 23 BI – Blumenau, retornei à Ribeirão do Ouro, trabalhando no Comércio de meu pai. Aos 20 anos – por volta de 54/55 – fui candidato à vereador em Brusque – pela coligação PSD/PTB, tendo sido o mais votado, todavia, não sido eleito por falta de legenda. Em 62, assumi a Exatoria Estadual, em Botuverá, e continuei a trabalhar no comércio. Em 72, fui promovido a Exator para Campos Novos. Em 76, transferido, como Exator para Lages. Em 80, transferido para Brusque e em 82, para Joinville.

O que faz Jaimer Werner, hoje?
Estou aposentado, gosto muito de praia, de conversar com amigos e ler.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada na semana de 24 a 28 de maio de 2004. 


  José Pozzi 

 

JOSÉ POZZI: Filho de João Arlindo Pozzi e Italia Martinenghi Pozzi, natural de Botuverá, nascido aos 27.04.57. São em três irmãos: Sueli Aparecida, Juceli e José. Cônjuge; Mercedes Paloschi Pozzi, casados aos 20.05.79. Dois filhos: Fernando e Francine. Torce pelo Paysandu, Santos e Fluminense. Foi vereador em 83/88 e tem Posto de Combustível em Botuverá.

Como foi sua infância?
Minha infância foi maravilhosa, sob todos os aspectos, tive carinho de meus pais, uma madrinha – Lourdes Pozzi Floriani – fora de série, ela estudava no Rio de Janeiro e trazia muitos brinquedos, que eu dava para outras crianças ... olha minha infância foi excelente.

E a vida profissional?
Aos 14 anos fui cuidar de uma borracharia e lavação, no bairro Gabiróba, fui crescendo, junto com o Município, em seguida, já em Brusque, idos de 85, abrimos em sociedade com Alexandre Dalcégio o Posto Santa Terezinha, depois abri o Posto JM – que fica na Santa Rita , hoje pertence a Renato Zucco - e o Posto Jardim. Fui Vereador ente 83/88.

Todos os Postos ainda são de sua propriedade e/ou em parceria com Dalcégio?
Não, com o falecimento de meu pai tive que tocar os negócios em Botuverá – Posto Pozzi Ltda. –ficando o Posto Santa Terezinha para as irmãs Sueli Aparecida e para a Juceli, o Posto JM e o Jardim, vendemos.

Foi vereador na legislatura 83/88, lembra dos integrantes?
Sim, inclusive, fui vereador juntamente com o Miguel João Lira – entrevistado recentemente Por você e mais: José Ângelo Tachini, Ozir Buschirolli, José Molinari Filho, Pedro Araldi e Ismar José Lassolli.

Então você foi o primeiro Presidente da Câmara naquela legislatura?
Sim, fui o primeiro presidente daquela legislatura.

Quem o sucedeu na Presidência da Câmara?
O José Molinári Filho (PFL), que foi sucedido por José Ângelo Tachini (PMDB).

Partido?
PFL

Como foi o relacionamento com o Poder Executivo?
O relacionamento com o executivo foi bom, tínhamos a maioria no legislativo.

Como viu a administração Nilo/Moacir?
Foi uma administração muito boa, em obras e socialmente, tanto na educação como na saúde, e a secretaria de obras com atendimento muito bom.

Grandes nomes em Botuverá?
Entre outros destacaria, Nilo Barni (empresário e ex Prefeito), Ismar João Pedrini (comerciante), Valdir Domingos Paloschi ( ex Vice-Prefeito e empresário bem sucedido), Célio Vargas (empresário), Geracir Bambinetti ( ex Vice- Prefeito e empresário), Naltair Bambinetti, o popular Táia ( empresário e atual Vice-Prefeito), Zenor F. Sgrott ( ex Prefeito), Alexandre Dalcégio e Dino Dalcégios (ambos ex Vice-Prefeitos), Ademir Luiz Maestri ( ex Prefeito), Sérgio J. Colombi (ex Prefeito), Vilson Luiz Fachini (assessor municipal e músico), Francisco Colombi ( na área educacional), e Pedro Luiz Bonomini ( uma artista na pintura, empresário e escritor).

Faria tudo novamente?
Faria tudo novamente, exceto politicamente.

O Brasil tem acerto?
Enquanto o povo brasileiro pensar em partido político a coisa não terá rumo. Não temos uma democracia plena, veja os candidatos são escolhidos previamente nos gabinetes e temos que engolir nomes lançados em prévias, nas quais não temos participação.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 09 de julho de 2005. 

  Luiz Dionísio Tomazzia 

 

LUIZ DIONÍSIO TOMAZZIA: Filho de Antônio Luiz e Narcisa Gianesini Tomazzia, nascido em 17.09.41; casado com Maria Pascoína Lira; filhos Guido Antônio, Hamilton José e Martinho Luiz; três netos e uma netinha recém-nascida. Ex Presidente do Sindicato Rural de Botuverá de 1978/81.

O Sr lembra de alguns fatos que antecederam a criação do Município de Botuverá?

Nasci, me criei e vivi em Botuverá (antes Brusque), até 1974, quando saí do Município retornando em 1978, permanecendo até 1981, quando sai definitivamente. Em relação a fatos pertinentes à criação de Botuverá, contribui atendendo às insistências do líder local, José Bonus Leite Carroso, em iniciativas que visavam a instalação do Município.

 Dá para comprovar essa liderança de José Bonus Leite Carroso com a criação do Município?

Sim, fui indicado pelo José Bonus Leite Carroso para colher assinaturas em um abaixo-assinado, passando de casa em casa, nos idos de 1961, com vistas à instalação do Município.

Havia oposição à criação do Município?
Em 1945, Porto Franco foi elevado à categoria de Distrito de Brusque. O primeiro intendente foi Adão Bonomini, que ficou no cargo até 1952, quando foi passado o cargo para o Augusto Angelo Maestri, cunhado do Prefeito nomeado Zeno Belli – que permaneceu no cargo até maio de 1962. Augusto Maestri foi um ferrenho opositor a criação do Município de Botuverá, vez que detinha a máquina administrativa em suas mãos. Fazia e desfazia como lhe parecia melhor.

Quanto a denominação, por que não Porto Franco?
Essa questão da denominação sempre discordei, o nome do Município deveria ter permanecido , até mesmo porque ali é que chegaram os imigrantes.
Estando constantemente ao lado de políticos, a mosca azul não o mordeu?
Não, nunca me interessou, primeiro porque o político precisa ter nome e, tem que dispor de duas caras: agindo com um não por um sim e com um sim por um não.
Um fato curioso?
Dois?
Sim
Primeiro, gostaria de lembrar que na localidade de Areia, havia uma pedra que emitia raios luminosos e os bugres sempre, pelas 17 horas de cada dia, abaixavam a cabeça em direção aos raios luminosos. O segundo fato, que merece ser registrado é que minha mãe era irmã de seu avô Maximino.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 20 de dezembro de 2001. 


  Nícia Maria Cestari


NÍCIA MARIA CESTARI Sistema de ensino em Botuverá está a encargo de Nícia Maria Cestari, que responde pelo Sistema de Ensino.
Nícia como está composto o Sistema de Ensino em Botuverá? E quais professores respondem por cada unidade de ensino?

O sistema de ensino em Botuverá é composto da seguinte forma: a)ESCOLA REUNIDA MUNICIPAL PROFESSOARA MARIA LUIZA SILVA DIAS

O nome dado em homenagem a primeira professora: Escola Referencial no Município – junto á Escola funciona a pré Escola Tia Antônia. Os ensinamentos estão sob os auspícios das Professoras: Adelaíde Sestari Bambinetti, Maria Marcadelli, Rosilene Dalabona, Marilene B. Radavadelli e Delminda J.Bambinetti

b) ESCOLA REUNIDA DE ÁGUAS NEGRAS

O corpo docente: Sandra Regina Pavesi, Edina Maria Pavesi Merízio, Marilene Maurício Assini e Cleusa Peters Araldi

c)ESCOLA MUNICIPAL RIBEIRÃO PORTO FRANCO

O corpo docente é representado pela professora: Marister Paloschi Colzani

d) ESCOLA MUNICIPAL RIBEIRÃO GABIROBA

A professora Bernadete Bósio Vicentini responde pelo ensinamento

e) ESCOLA LAGEADO ALTO

A encargo da Professora Angelina M. Colombi

 

 Osni Graf 

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OSNI GRAF: Filho de Augusto Francisco Graf (19.09.1919) e Olívia Jordani Graf (26.08.1929); natural de Pedras Grandes, Botuverá, nascido aos 08.07.65. São em dez Irmãos: Dirce, Osmar, Irlene, Vilmar, Ilma, Valmir, Terezinha, Margarida, Paulinho e Osni. Cônjuge: Marlene Dalcégio Graf (09.06.67), casados em 27.07.90; dois filhos: Carlos Gabriel e Hugo Daniel. Torce pelo C.A. Carlos Renaux e Palmeiras. Dirigiu o Conselho de Administração e Economia da Paróquia – CAEP – de Pedras Grandes por cinco anos. Sócio de Botuverá – Comércio de Alimentos.

Como foi sua infância e juventude?

Trabalhei na agricultura desde criança, mais precisamente no fumo, com minha família, sendo que na parte da manhã cursava o Primário, na Escola de Pedras Grandes e, depois, o Ginasial no Colégio Padre João Solfe; na juventude, atuava pelo Palmeirinhas.

Como surgiu Botuverá – Comércio de Alimentos?

Quando saí da Pamal – iogurte – que, deixou de atuar nesse ramo, abri Botuverá – Comércio de Alimentos.

O que é preciso para ter o espírito empreendedor?






É preciso ter coragem, dedicação e muito trabalho.  

Como vai Botuverá – Comércio de Alimentos?
Botuverá – Comércio de Alimentos é uma sociedade com José Heinz Vargas, atualmente dispomos de quatro caminhões que trabalham na região, atendendo no ramo - atacado – de alimentos na região, procurando sempre atender com qualidade e satisfazendo o cliente.

Além do empreendimento?
Presido o Conselho de Administração e Economia Paroquial – CAEP, de Pedras Grandes desde 31.03.2000, tendo como tesoureiro: José Germano Bezel, secretariado por Marlene Dalcégio Graf e, tendo como conselheiros: Pedro Bezel, José Ademar Comper e Osnir Schaadt.

Quem antecedeu e quem seguirá o seu mandato no CAEP?
Fui antecedido pelo saudoso Gentil Comper, que foi o primeiro presidente, e que foi sucedido por Pedro Orlandi, e agora, o CAEP será presidido por Pedro Graf, mais as participações na diretoria de Bento e Fabrício Graf.

Houve alguma realização em termos de obras durante os cinco anos?
Sim, houve, com o apoio da comunidade construímos dois galpões, um para festas com 19 x 25 metros e um para dança com 19 x 30 metros, além de colocarmos 30 bancos na Igreja, mais 40 mesas com 160 cadeiras.

A administração Moacir/Taiá?
Nosso Prefeito Moacir está fazendo muitas coisas para as comunidades, destaque-se a rede de água em Pedras Grandes e em outras comunidades.

Ciro Marcial Roza?
Homem de coragem! Ciro Roza deveria ser o governador do Estado, aí a coisa andaria.

O Brasil tem acerto?
Acho que o Brasil tem acerto, no dia em que entrar pessoas honestas para comandar o país.

O que faz Osni Graf atualmente, além do Comércio?
Gosto de jogar uma bocha.

Referências

  • Matéria publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 21 de janeiro de 2006. 

  Pedro Orlandi 

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Filho de Dorvalino e Marta V. Orlandi; natural de Nova Trento, nascido aos 16.07.53. São em onze irmãos: Clara, Nelson, Paulo, Lúcia, Pedro, Saul, Odete, Celso, Zélia, Valentin e Zenir. Cônjuge: Adelaide Vogel Orlandi, nascida aos 08.03.57 e casados aos 04.10.75; quatro filhos: Válter, Sueli, Josemar e Emerson; uma netinha: Sabrina.

 Neotrentino, como veio para Botuverá?

Acompanhei meus pais que vieram para Botuverá, quando eu tinha 8 anos de idade, permanecendo até os dias de hoje.

  Uma palhinha sobre a descendência

Válter casou com Lisângela Costa; Sueli com Sidnei Hodecker, filha Sabrina. Emerson fará 11 anos dia 12 de julho e, Josemar faleceu aos 16 anos.

  Vida profissional?
Inicialmente trabalhei transportando torras de madeira, para as madeireiras de Alexandre Dalcégio e com o Valdívio Assini – Nêgo, depois passei a trabalhar como pedreiro e carpinteiro, em janeiro de 97, iniciei o atual empreendimento.

Mas como surgiu a ideia de partir para artefatos de cimento?
Determinado dia, estava construindo uma casa com blocos e, veio a idéia de instalar a fabricação de blocos, no sentido de tentar melhorar a vida, e partir para mãos à obra, instalando a Orblock, hoje, fabricando blocos, lajotas, capas para muro e caixa de gordura.

Qual o mercado que atende?
Principalmente Botuverá, Guabiruba e Brusque.

Grandes nomes em Botuverá?
Entre outros, citaria: Alexandre Dalcégio e Valdívio Assini, popular Nêgo (empresários), José Bonus Leite Carroso (farmacêutico e Prefeito), o saudoso Sebastião Tomio (empresário e Prefeito), Sérgio J. Colombi, Ismar Pedrini (comércio), Ismar Luçolli (vereador), Zenor Francisco Sgrott  e Ademir Luiz Maestri, estes dois últimos, quando Prefeitos , auxiliaram muito o pessoal carente com recursos financeiros.

O  que está faltando no sentido de desenvolver Botuverá?
Interiorizar a infra estrutura no Município, conceder incentivos às empresas existentes e, sensibilizar os empreendedores a trazerem para cá mais empresas.

A administração Nilo/Moacir?

A atual administração ainda está devendo presença em  Pedras Grandes. Veja não temos rede de água, rede de esgoto, pavimentação, tem-se uns poucos telefones, porque custeamos toda a instalação; não somos incentivados.

O Brasil tem acerto?
Tem com certeza, a partir do momento que todos arregaçarem as mangas e trabalharem e, não como vem acontecendo hoje, ‘pensando em ganhar fácil’.

Referências

  • Entrevista publicada em A VOZ DE BRUSQUE, em 16 julho de 2004. 

  Sálvio José Colombi 


SÁLVIO JOSÉ COLOMBI: O entrevistado da semana é SÁLVIO JOSÉ COLOMBI, nascido em Brusque, aos 27/03/1969, filho de: Sérgio José Colombi e Clotilde Maria Colombi, casado com Elaine Pedrini Colombi, com a qual tem um filho Vinícius Pedrini Colombi. Pós-graduado em Auditoria e Contabilidade Pública. Torce para o tricolor das laranjeiras

Quais são as memórias dos tempos de criança?
Gostava muito de brincar de carrinhos especialmente as miniaturas de ferro de caminhões e máquinas, com o meu inseparável amigo na época, César Vicentini. A bicicleta também foi um brinquedo que estava presente diariamente nos tempos de criança, era coajuvante em nossas aventuras.

Sonho de criança?
O maior sonho de criança era ter uma motocicleta.

Como foi sua juventude?
Considero que ainda vivo a juventude, lógico que é diferente do que 20(vinte) anos atrás, principalmente a questão tecnológica, especialmente o acesso a internet, devido a grande gama de informações disponíveis. Mas de uma forma geral, quando mais jovem, acho que a vida não era muito diferente do que é hoje, curtia as festas juntamente com os meus amigos de Botuverá, o nosso destino nos finais de semana era sempre Brusque, quando não tinhamos opção em Botuverá.

Pessoas que influenciaram?
As principais pessoa que me influenciaram foi meu pai, Ivo e o Nilo Barni, pelos quais tenho grande consideração e admiração. O meu pai sempre me apoio em qualquer situação, foi rígido na questão da educação e na formação do meu caráter.O Ivo e o Nilo Barni são pessoas com quem convivi por longo tempo, por esse motivo a influência. O Ivo foi em partes um professor na questão técnica, e com o Nilo aprendi a ter uma visão empreendedora na administração pública, que trouxe da iniciativa privada as idéias que foram adaptadas e aplicadas na Prefeitura de Botuverá, que deu um resultado surpreendente, se fez muita coisa, Botuverá deu um salto de desenvolvimento.

Como conheceu a Elaine?
Eramos praticamente vizinhos, e a gente sempre se via ou se encontrava quase que diariamente, e posteriormente iniciamos um namoro.

Formação escolar?
Fiz o Fundamental : Escola Básica Padre João Stolte – Botuverá; 2o. Grau -Técnico Contábil: Colégio Consul Carlos Renaux; o Superior : Ciências Contábeis – UNIFEBE e a Especialização em Auditoria e Contabilidade Governamental - ICPG - Uniasselvi

Primeiro/a professor/a?
Edite Pozzi Colzani

Grandes professores?
Edite Pozzi Colzani, Irmã Deondina, Marlene Pereira, Joel do Vale, Hélio Bambinetti

Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
A escola não era muito diferente do que é hoje, é o mesmo prédio, sofreu algumas modificações e ampliaçoes físicas, mas basicamente continua a mesma. A grade curricular sofreu poucas alterações. Participava de todas as atividade e esportes que a escola promovia.

Como foi sua experiência na Prefeitura de Botuverá? Que cargos ocupou?
Ingressei na Prefeitura de Botuverá a convite do ex-Prefeito Nilo Barni, no cargo de Diretor de Tributação e Finanças. Posteriormente exerci o cargo de contador por meio de concurso público, e logo após assumi as funções de Secretário de Administração e Finanças, onde fiquei até 2008, na gestão do ex prefeito Moacir Merizio. Foi uma experência de 20 anos, aprendi quase tudo de administração pública, além de ter sido uma experiência e um aprenzidado profissional , também foi um aprendizado para a vida, adquiri uma experiência que não é possível buscar nos bancos de escolas de qualquer nível. Foi uma oportunidade muito interessante profissionalmente, e gostava muito do que eu fazia, me dedicava de 10 a 12 horas por dia trabalhando na Prefeitura de Botuverá e estudando administração pública.

Qual a diferença entre secretariar um Prefeito em Botuverá e em Brusque?
A lógica e o funcionamento burocrático é o mesmo, a diferença está no volume de trabalho. Imagine bastante trabalho na Prefeitura de pequeno porte como é o caso de Botuverá, e multiplique por 10 (dez), esse é o tanto de trabalho em uma Prefeitura de Grande porte como é caso de Brusque, que hoje está entre os 10 (dez) maiores Municípios de Santa Catarina em movimento econômico. Eu diria que a minha passagem pela Prefeitura de Brusque foi uma oportunidade que jamais vou esquecer, foi um desafio muito grande, já que tinha saído de uma pequena Prefeitura, e fui para uma grande, com uma outra realidade, uma outra situação financeira. Na Prefeitura de Botuverá, a situação financeira era estável e muito equilibrada, ao contrário da Prefeitura de Brusque, onde o Prefeito Paulo Eccel herdou uma situação financeira caótica, que assustava. Pra mim foi uma honra muito grande ter participado do Governo do Prefeito Paulo Eccel, que entendo ter colaborado para com o mesmo.

Qual é o papel de um Secretário de Finanças ?
Um Secretário de Finanças tem que primar pela prática da justiça fiscal. Ele não pode perder de vista o equilíbrio fiscal.É um dos cargos estratégicos de qualquer governo, de qualquer esfera, por ele passa todos os recursos e todas as despesas, sendo o responsável pelo equilíbrio orçamentário e financeiro.É uma função mais técnica que política, por isso talvez é a mais difícil de ser preenchida, é uma função que exige uma pessoa com grande vontade de trabalhar.

Qual a importância do cadastramento e recadastramento para o município?
A justiça fiscal depende disso, o cadastro desatualizado tem por consequência a cobrança de impostos e taxas injustas, ferindo o princípio da capacidade econômica do contribuinte.

Quanto a alíquota do IPTU , há uma variação no valor, devido alguns fatores? Como é calculado esse imposto para os moradores?
O cálculo do IPTU, no primeiro momento, parece ser de fácil entendimento, que a grosso modo é o resultado da multiplicação da aliquota pelo valor do imóvel. Entretanto, o cálculo tem suas peculiaridades intrínsecas, ou seja, existem índices e/ou fatores que podem aumentar ou reduzir o valor do imóvel, que vão interferir diretamente no valor final do imposto.

O IPTU é um imposto arrecadado para o município. Qual a sua importância e como a Prefeitura o administra?
Para um Município do porte de Brusque, o IPTU é um imposto muito importante, pois representa um valor significativo na sua arrecadação. Trata-se de um imposto de competência do Município, ou seja, tudo que é arrecadado, é aplicado no próprio Município, (100%) em benefício dos munícipes. O IPTU, conforme previsto na constituição, deve ser aplicado 25% em despesas com educação e 15% em despesas com a saúde, portanto, são recursos que revertem benefícios diretos ao cidadão.

Quando se fala em imposto, especialmente o IPTU, pensa-se no alto índice de inadimplência. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
A inadimplência é inevitável, os Municípios vem utilizando técnicas a fim de reduzir a inadimplência a índices cada vez menores, entretanto é um trabalho a longo prazo, que no meu entender é um processo que deve ser focado na conscientização do contribuinte da importância do IPTU.

Nunca pensou em candidatar-se?
Apesar do meu pai já ter sido vereador e prefeito, nunca pensei em ser candidato, e também não tenho pretensão. O meu perfil é mais técnico que político, eu consigo até certo ponto, conciliar a questão técnica e política, mas na condição de técnico. Penso que na condição de político, teria que fazer certas concessões ou acordos que poderia prejudicar a administração. E também, porque muitos acontecimentos no âmbito político, me desestimulam a qualquer pretensão.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Com 12(doze) anos de idade comecei a fazer pequenos trabalhos no escritório de contabilidade do meu pai, e logo depois passei a trabalhar com mais consistência. Para estudar, passei a morar em Brusque, fiz técnico em contabilidade no Colégio Cônsul Carlos Renaux e trabalhava como auxiliar contábil em uma transportadora. Ao concluir o curso, voltei a morar em Botuverá e trabalhar no escritório do meu pai, e iniciei o curso de administração na UNIFEBE na época ainda FEBE, posteriormente me formei em Ciências Contábeis. Em 1989 com a eleição do ex-prefeito Nilo Barni, fui convidado a integrar a equipe de governo, onde permaneci na Prefeitura de Botuverá até final de 2008.Em 2009 fui trabalhar na Controladoria Geral da Prefeitura de Brusque, na sequencia, o prefeito Paulo Eccel me convidou para assumir a Secretaria de Orçamento e Finanças.
Sai da Prefeitura de Brusque e da administração pública por ter sido convidado a trabalhar em uma empresa privada em Botuverá. Aceitei porque o convite partiu de amigos com quem tenho um relacionamento de longa data, e também por entender que seria uma oportunidade importante para a minha vida profissional, e que de fato está sendo. Apesar de gostar muito de administração pública, achei que era o momento de partir para uma nova etapa da vida, e enfretar um novo desafio, uma nova empreitada.

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Recusei oportunidades de trabalhos e negócios por não querer deixar a administração pública, se fosse hoje, talvez aceitaria.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Diversos são os ensinamentos que aplico no dia a dia do meu trabalho, além dos ensinamentos técnicos, também aplico os ensinamentos que ajudaram a constituir o meu caráter.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
As maiores decepções vem da política, muitas vezes os benefícios à população, são esquecidos por picuínhas políticas, por exemplo: O Prefeito encaminha um Projeto importante que trará benefícios para toda a população, e na Câmara de Vereadores o Projeto é tratado como uma questão somente política pelos Vereadores de oposição, seja qual for o partido, não analisam os benefícios, tratam o projeto somente sob a ótica do resultado político, a grande maioria dos políticos oposicionistas, com algumas exceções, são adeptos do quanto pior, melhor.

Retornou a atividade privada. Como você diferenciaria o trabalho no Município e na empresa privada?
O trabalho na iniciativa privada é bem diferente da administração pública. Na iniciativa privada as ações acontecem rapidamente, quase que imediatamente, ao contrário da administração pública, que devido a burocracia, uma pequena compra de material de expediente, por exemplo, pode demorar até 30 dias. É importante mencionar, que a burocracia é um mal necessário, está presente na administração pública com o objetivo primordial de evitar a corrupção. Na administração pública, o gestor só pode fazer o que a Lei permite, enquanto que na iniciativa privada você faz tudo o que a lei não proíbe. Da experiência na administração pública e agora trabalhando na iniciativa privada, cheguei a conclusão que, é possível implantar técnicas e práticas interessantes na iniciativa privada que são inerentes a administração pública, e vice e versa.

Referências

  • Jornal Em Foco. Edição de 27 de setembro de 2011. 


Vilson Luiz Fachini 

 

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VILSON LUIZ FACHINI: Filho de João Fachini e Maria Fachini, natural de Botuverá, nascido aos 30.08.55. São em sete irmãos: Lourdes, Juraci, Ilzer, Adélia, Nelson, Carmem e Vilson. Cônjuge: Marlete P. Fachini, casados aos 30.10.93; dois filhos Leisli (20 anos) e Milena (08 anos). Foi Chefe de Gabinete e, atualmente é Secretário Municipal de Saúde em Botuverá.
Você foi Seminarista, como surgiu o encaminhamento religioso? Como foi sua formação escolar?
Iniciei meus estudos na Escola Básica Padre João Stolte, em 1964, em Botuverá. Ressalte-se, que neste período, a comunidade botuveraense atravessava por dos melhores momentos no seu contexto educacional e espiritual, pois, só pelo fato de as Irmãs Franciscanas e o Padre Vigário, participarem do processo educacional e espiritual com suas presenças marcantes na Escola e na Igreja, isto foi o suficiente para que brotassem desta bendita terra muitas vocações. Assim a vontade de ira para o Seminário surgiu no ambiente escolar, quando a Irmão Olga foi Diretora da Escola e bem lembro que ao terminar a quarta série do primário em 1969, foram para o Seminário, aproximadamente 12 adolescentes e eu fui para o Seminário de Corupá em 1970, permanecendo até 1973, quando completei o primeiro grau. Em seguida, segui para Curitiba, idos de 1974, onde permaneci até 1977, concluindo ali o segundo grau. Em 1978, fui para Jaraguá do Sul, no Bairro de Rio Cerro, onde fiz o Noviciado. Em 1979, fui à Brusque, no Convento dos Padres do SCJ, onde conclui o Curso Superior de Filosofia e Estudos Sociais.

Atuou no magistério?
Sim, atuei como professor na Escola Santa Terezinha, em Brusque e na Escola Básica Padre João Stolte, em Botuverá, durante sete anos.

De Chefe de Gabinete a Secretário Municipal de Saúde?
Sim, em 1991, fui convidado pelo Prefeito Nilo Barni, para ocupar a função de Chefia de Gabinete do Prefeito – cargo de confiança e, ali comecei a fazer os atendimentos do dia a dia e, como, na época, todos os problemas de saúde mais críticos eram resolvidos através da Prefeitura , comecei a me identificar com este setor e passei a me dedicar mais à Saúde e aos poucos foi discernindo minhas atividades e ao longo destas quatros gestões, confesso que muito empenho, muita dedicação e muita vontade de poder oferecer qualidade de vida à população aconteceu nestes 16 anos com os Prefeitos. Nilo e Moacir, â frente da Administração Municipal. Foi a melhor oportunidade de minha vida poder estar trabalhando ao lado destas duas pessoas , que brotaram de uma família simples e humilde e que por isso conseguiram mudar os rumos de nosso Município, governando com transparência e sensibilidade, conquistando respeito e sobretudo a credibilidade da coisa pública.

Além das atividades inerentes ao cargo de Secretário Municipal, participa da comunidade Botuveraense?
Além de estar diretamente ligado à administração de Botuverá, como Secretario Municipal de Saúde, sou uma pessoa bastante entrosada na comunidade, participando da Pastoral, especificamente na área do canto: animando Celebrações como: Ordenações, Festas, Crianças d e primeira Eucaristia, Crisma, Formaturas , Funerais e outros eventos. Atualmente, presido a Associação Coral Giuseppe Verdi e dirijo o Coral, valendo registrar , que acabamos de gravar dois CD’s - em maio de 2004. Além do Coral, integro a Banda Talentu’s Musical, com repertório dançante, animando festas e eventos da região.

Música cura o corpo e a alma?
A música é o melhor remédio, pois ela além de fazer bem para o corpo, faz bem para a alma. Música é vida interior, e quem tem vida interior, nunca padecerá de solidão. Já sofri uma cirurgia cardíaca delicada, mas, revelo que se não tivesse esta intimidade com a música não teria suportado tamanha situação.

Alguma receita?
Vai aí uma dica, ou melhor, uma receita de uma pessoa amante da música, pois, a pessoa que canta ela deve fazer um controle de respiração e automaticamente o coração recebe uma massagem especial.

A sensibilidade?
Todas as pessoas com tendência musical, geralmente são pessoas sensíveis e eu sou uma pessoa que fica muito angustiada, quando não consigo ajudar alguém. Sou uma pessoa bastante compreensiva, pouco falante e gosto mais é de ficar ouvindo e talvez, seja por isso, que as pessoas me procuram muito na minha Secretaria. Esta é uma das qualidades que tenho, é justamente a de saber ouvir. O mundo hoje carece de pessoas que saibam ouvir e respeitar a posição dos outros. Nas repartições públicas, assim como outros locais de trabalho, precisamos de pessoas equilibradas, bem preparadas que saibam fazer o atendimento com qualidade, pois, geralmente, as pessoas que procuram auxílio, já vem preocupadas e quando chegam a certos setores e ainda não são bem atendidos, aí o problema se torna ainda maior.

Acredita que o município proporcionará qualidade de vida?
Gosto de me colocar à disposição da Comunidade, participando de tudo dentro de suas possibilidades e limitações e sempre acreditando que num futuro não tão distante, esta cidade poderá se destacar pela sua qualidade de vida.

Qual o alicerce para o desenvolvimento do Município?
Aprendi nestes 16 anos de caminhada que: imaginar o desenvolvimento sem o alicerce da Saúde-Educação, continua sendo falso e impróprio. Saúde e Educação, somadas, se constituem na essência do progresso, da inclusão, da ascensão social, da sobrevivência humana com qualidade, bem estar e felicidade. A Saúde, condição determinante da felicidade humana, é sustentáculo de qualquer desenvolvimento.

E as administrações Nilo e Moacir contribuíram e contribuem para firmar a sustentação ao binômio saúde/educação?
E neste sentido, confesso, que nas administrações de Nilo/Moacir, nestes últimos tempos, a prioridade sempre foi visando o bem estar social.

Quando um Prefeito começa realmente a governar?
Somente quando tivermos um povo saudável e, uma povo educado é que um governo poderá começar a governar sem medo de errar.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada na semana de 03 a 10 de dezembro de 2004. 


Alberto Sorrer


ALBERTO SORRER: Filho de Ernesto e Maria Rescarolli Zorrer – O Zorrer dos pais é com Z, natural de Sessenta, Botuverá, nascido aos 05.11.46. São em 4 irmãos: Arlindo, Alvin, Avelina e Alberto. Casado com Rosecler Shondachler Sorrer, casados aos 17.11.84. Tem uma filha: Lorena. Torce pelo Figueirense e Grêmio Portoalegrense.
Como foi sua vida profissional?

Dos 7 aos 16, trabalhei na lavoura. Em 80, trabalhei por 5 meses no Escritório de Contabilidade de Sérgio J. Colombi. De 81 a 85, na Cooperativa de Eletrificação Rural, depois Celesc até 88. E, finalmente, como Assessor de Imprensa – concursado em Assistente Administrativo – nos governos de Moacir Merísio e Nilo Barni. Quando e como ocorreu o acidente?

O acidente ocorreu em 20.01.63, um tombo de bicicleta, quanto tive fratura da coluna, com comprometimento da medula.
Desde quando escreve?

Escrevo há uns 15 anos. Inicialmente – por volta de 1988, em Jornal de Gaspar – Jornal do Gilberto Schmidt - depois no Correio Regional. Em seguida no Diário do Povo/Diário Brusquense, quando fiz o editorial e escrevia a primeira página e, atualmente, no Planeta Notícias.
Escreve só para o Planeta Notícias?

No momento, sim.
Quais os escritos que lembra com carinho?
Já, inclusive, diversas vezes.Olha já iniciei uns 10 livros, mas não tenho paciência para revisar.

Crônicas?
Não, romances.

Lembranças positivas?
O meu primeiro emprego no Escritório do Sérgio J. Colombi.

Fatos marcantes?
Devido meu engajamento político tive dificuldades sérias em conseguir uma colocação profissional, entre 88 a 92.

Grandes atletas de seu tempo, no futebol amador de Botuverá?
Um atleta que deixou seu nome gravado em Botuverá foi o Mão de Onça.

Uma palhinha sobre Botuverá? Bonomini –escritor/artista, a política, o potencial turístico?
O escritor e artista:
O Pedro Luiz Bonomini foi – e é – um dos caras mais instruídos e mais inteligentes de Botuverá. É um artista daqui.

Política:
Gosto da política, não da maneira como é feita a política. O que manda na política do município, do interior é o poder econômico. Um partido de menor porte dificilmente sobrevirá.

Potencial turístico:
A natureza privilegiou Botuverá. É muito bom, mormente no turismo ecológico: cavernas e cachoeiras.

O que falta para Botuverá?
O desenvolvimento econômico, com a implantação de mais empresas, gerando empregos para a mão de obra do Município. A mudança de mentalidade de algumas pessoas que detém o poder.

Grandes nomes em Botuverá?
Entre outros citaria: Pedro Luiz Bonomini, José Bonus Leite Carroso, Zenor Francisco Sgrott, Nilo Barni, Eliana Bosco Vicentini (como administradora), e Silvino Schmidt (como diretor da Escola Básica).

Nunca pensou em candidatar-se?
Já fui candidato a vereador... uma decepção total.

Quantos votos?
48. Só que foram obtidos com trabalho sério e isentos de qualquer recurso financeiro.

O que faz Alberto Sorrer, hoje?
Sou servidor público aposentado e escrevo para o Planeta Notícias.

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 13 de junho de 2003.

  Pedro Luiz Bonomini


Pedro Luiz Bonomini.


Onde e quando nasceu e o que destacaria em sua vida profissional?
Nasci em Botuverá em 17.02.50, fui Diretor do Colégio Cenecista Francisco de Assis, no período de 84/99, hoje dirijo a J & P Confecção. Escrevi o livro:” Pequena história de Botuverá, onde enfoco o processo migratório dos italianos que chegaram à terra que eles denominaram de Porto Franco.

Fale um pouco sobre Pedro Luiz Bonomini
Escritor Pedro Luiz Bonomini escritor não existe. O que existiu foi a vontade de conhecer mais sobre a história daqueles que da Itália para o Brasil vieram, mais precisamente, para Porto Franco. Esse livro estaria bem mais completo se, na época de sua edição, não tivesse sido amputado ‘ por falta de apoio financeiro para imprimi-lo’. Contudo, foi feito um trabalho de pesquisa, um compilado de dados e apresentado ao nosso povo de Botuverá, um pouco mais sobre sua história e a de seus antepassados.

A época em que foi escrito o livro e a composição do Hino de Botuverá?
Esse livro foi feito na época em que nossa história completou seu centenário – 1976 – ano em que para homenagear a data também compomos o Hino de Botuverá, executado em solenidades e festas até hoje, embora não oficializado.

O que mais define Pedro Luiz Bonomini?
Pedro mais foi dramaturgo e poeta; escreveu várias peças teatrais premiadas em encontros culturais e poesias épicas e líricas.

E o segundo livro?
Pedro pensa escrever a nova história de Botuverá, mais completa e ilustrada com fotos e fatos, contudo, muito dependerá de custos e subsídios públicos e/ou particulares, afinal a história não e ‘ minha’ e, sim, de um povo.

Como você compararia a Administração Nilo/Moacir, iniciada há 6 meses com a de 89/92?
A administração pública atual, mesma que a anterior, vem demonstrando um bom desempenho, é aprovada pela opinião popular. Pelo que sabemos, as finanças públicas do município estão saudáveis com equipamento e maquinário em perfeita ordem, realizando obras como: asfaltamento, e apoio a vários programas de desenvolvimento social e industrial no município. Em suma, podemos dizer que a administração Nilo anterior e Nilo/Moacir atual, fazem uma administração competente e voltada para as prioridades do povo.

Referências

  • Jornal Em Foco. Publicada em 13 de agosto de 2001.



  Miguel João Lira


MIGUEL JOÃO LIRA: Filho de Ernesto e Blandina Colzani Lira, natural de Ribeirão do Ouro, hoje Botuverá, nascido aos 27.11.43. São em 10 irmãos: Dulce, Doralice, Joana, Salete, Lourdes, Hélio, Gilmar, Bruno, Maria e Miguel João. Cônjuge: Marli Maria Barni Lira, casados aos 19.04.69. Três filhos: Marcile, Graciela e Vânio Miguel. Cinco netos: Eloísa, Enrique, Eduarda, João Vítor e Júlia Elisa.
Uma palhinha da descendência
Marciel casou com Angela Leoni, dois filhos: Eloísa e Enrique; Graciela, com Laércio Comandolli: Eduarda e; VânioMiguel, com Rúbia Helena Cestari: João Vitor e Júlia Eliza.

Vida profissional?
Iniciei na roça, permanecendo até os 18 anos, depois, como motorista viajei para o Nordeste, em seguida puxei pedra - cimento Portland –Itajaí, durante 13 anos, ao mesmo tempo fui vereador, na sequência, como caminhoneiros – carreta – levei argila para a Cerâmica Porto Belo, ai obtive o benefício previdenciário e hoje, aposentado, gerencio o Posto Santa Rita.

Quais os vereadores que integraram a sexta legislatura?
Eu, José Pozzi, José Ângelo Tachini, Ozir Buschirolli, José Molinari Filho, Pedro Araldi e Ismar José Lassolli.

O que faziam – profissionalmente – cada edil?

Eu era caminhoneiro; José Pozzi, Posto de Combustível, José Ângelo Tachni, trabalhava no Escritório de Contabilidade de Sérgio J. Colombi; Ozir Buschirolli, motorista –cal, e queimava cal; Pedro Araldi, operador de serraria; José Molinari Filho e Ismar José Lassolli, eram lavradores.

Quem presidiu a Câmara na sexta legislatura?
José Pozzi, José Ângelo Tachini e José Molinari Filho.

Como era feita a escolha dos Presidentes do Legislativo?
Fui vereador mais votado – presidi o Legislativo por 10 minutos – só que a Arena tinha quatro vereadores (José Pozzi, José Molinari Filho, Pedro Araldi e Ismar José Lassolli) e nós, PMDB, éramos em três: Eu, o JoSÉ Ângelo Tachini e o Ozir Buschirolli, então só colocamos o José Ângelo Tachini, como Presidente.

Concorreu em outras oportunidades? Nunca pensou em sair candidato à Prefeito?
Não, já não quis ir nem naquela oportunidade, em que fui eleito. Gostava de trabalhar para meus amigos do PMDB.

Como fez a campanha? Gastava-se muito na eleição?
Era de casa, em casa, nas roças. A única coisa que ajudávamos era para atender uma pessoal que estivesse doente.

Quem foi o Prefeito - e o Vice? De quem receberam e a quem entregaram as chaves da Prefeitura?
O Prefeito e o Vice: Ademir Luiz Maestri e Dino Dalcégio, receberam a Prefeitura de Zenor F. Sgrott/Alexandre Dalcégio e entregaram a Nilo Barni/Moacir Merízio.

Como foi o relacionamento Legislativo e Executivo?
O relacionamento foi favorável, haja vista a composição ser quatro da Arena e três do PMDB.

Grandes nomes em Botuverá?
Entre outros, destacaria, politicamente: Jaime Werner, Zenor F. Sgrotti, Sérgio J. Colombi, Willy F.Maestri, Jose Bonus Leite Carroso, Moacir Merízio e Nilo Barni; no comércio: Alexandre Barni, Augustinho Werner e Germano Barni; na educação: Edora Costa Schaadt, Terezinha Farias, Lenir Gomes, Orlando Sedrez e Ascânio Sedrez; na religião: os Padres Carlos, Alberto e João Miguel.

O que faz hoje?
Aposentado, gerencio o Posto São Rita, gosto de viajar, assistir TV e ler jornais

Referências

  • Jornal Em Foco. Entrevista publicada em 19 de fevereiro de 2005.
























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