quinta-feira, 10 de abril de 2014

Osnir Schlindwein

Osnir Schlindwein

Chefe de Gabinete em Guabiruba - Bodas de Coral

O entrevistado da semana é o Chefe de Gabinete do Município de Guabiruba, Osnir Schlindwein, que também atua na área administrativa da Estamparia Cores e Tons LTDA, nascido em Brusque aos 07 de novembro de 1951; filho dos saudosos João Schlindwein e Othília Keller Schlindwein; companheira: Vanilde Heil Schlindwein; filho: Estêvão Schlindwein. Cursou três faculdades: Pedagogia, Estudos Sociais e Direito. Torce para o Santos Futebol Clube e o Clube Atlético Carlos Renaux.
Exibindo bodas de prata de casamento no Fazzenda Parque Hotel.jpeg

Nosso entrevistado Osnir Schlindwein com a companheira Vanilde – comemorando Bodas de Coral
- e o  padre Alvino Milani.


Como foi a sua infância e juventude? Foi de muito trabalho. Estudava em um turno e trabalhava o outro na roça, ajudando no plantio e também no cuidado dos animais. Trabalhávamos desde criança e isto não fez mal a nenhum de nós.

Pessoas que influenciaram? Dona Benta Montibeler, professora da hoje denominada Escola Municipal João Hassmann e padre Orlando Maria Murphy, diretor do Colégio São Luiz. A dona Benta foi minha professora no 4ª ano do curso primário no Colégio João Hassmann. Em 1962 e em 1970 fui contratado para substituir a dona Benta no Colégio João Boos. Ela afastou-se por problemas de saúde. E o padre Orlando foi um espelho para o trabalho que eu realizei no Colégio João Boos pela sua seriedade e competência. A dona Benta ainda reside no bairro Guarani, em Brusque, e o padre Orlando já é falecido.

Como conheceu a Vanilde?
Na condição de diretor da Escola João Boos, eu havia sido convidado para o casamento da professora de Língua Portuguesa, este que ocorreu em outubro de 1976. Fiz o convite para a Vanilde me acompanhar. Ela aceitou e depois começamos a namorar. No próximo dia 5 de maio estaremos comemorando bodas de Coral, ou seja 35 anos de casados.

Histórico escolar?
De 1959 a 1962: Curso Primário Elementar na Escola Municipal João Hassmann, bairro Guarani; de 1963 – 1966: Curso Ginasial no Colégio São Luiz; em 1967 – março e abril: Colégio Cônsul Carlos Renaux.; Maio de 1967 a 1969: Curso Normal no Colégio São Luiz; de 1970 a 1973: Curso de Pedagogia na atual Univali, em Itajaí.; de 1974 a 1975: Curso de Estudos Sociais na Univali; de1977 a 1980: Curso de Direito na Univali..

Alguma curiosidade em relação a efetivação profissional a um dos ramos em que se formou?
Sou o segundo advogado de Guabiruba e o primeiro residente na cidade. O primeiro advogado de Guabiruba é o Dr. David Kohler, que reside no bairro do Morumbi, em São Paulo.

Muitas dificuldades a serem ultrapassadas na época?
Naquele tempo, as coisas eram muito mais difíceis. Eu ia de bicicleta da minha casa, no Imigrante, até Brusque, não importava as condições climáticas. De Brusque a Itajaí, o trajeto era feito de ônibus, muitas vezes retornávamos de Itajaí por volta da meia-noite. A rodovia, atual Antônio Heil, não tinha pavimentação.

O que o motivava a estudar?
O pai queria que todos estudassem. Eu sempre gostei de estudar, por isso não foi difícil cursar três cursos superiores.

E a Chefia de Gabinete?

Ocupei a pasta entre 2001 e 2004 com o prefeito Guido Antônio Kormann e ocupo novamente, desde janeiro de 2013 com o prefeito Matias Kohler.
 
Grandes professores?
Destacaria: Evaldo Moresco, Dr. Arno Ristow, Dr. Edison Vilela, além da dona Benta e do padre Orlando M. Murphy.

Se tivesse que resumir o senhor em poucas palavras, quais seriam?
Organização, pontualidade, honestidade e seriedade.

Como surgiu a educação em sua trajetória?
O Curso Normal já foi direcionado para o magistério, por isso troquei o curso científico em 1967 no Colégio Cônsul para o Colégio São Luiz. O objetivo era poder transmitir algum conhecimento às crianças e aos jovens.

Como foi sua trajetória na atual escola de Educação Básica Professor João Boos?
Fui contratado como professor substituto em março de 1970 em decorrência do estado de saúde da dona Benta. Em 1973 prestei Concurso Público para atuar na escola da Planície Alta no período matutino, continuando no João Boos à tarde. De 1974 a novembro de 1975 atuei na escola Padre Germano Brandt, no Aymoré, na parte da manhã. À tarde continuava no João Boos. No dia 7 de novembro, dia do meu aniversário, fui nomeado diretor do João Boos, com 24 anos. Trabalhei no João Boos a vida toda. Foram mais de 30 anos. Comecei em 1970 e fui aposentado por tempo de serviço em 14 de dezembro de 2000.

Quais os principais desafios durante os 23 anos de direção da escola João Boos?
Manter a disciplina, exigindo respeito entre alunos, professores e funcionários. Foram aspectos fundamentais do sucesso dentro do João Boos.

Fatos marcantes durante sua gestão como diretor?
A criação do Ensino de 2º grau no Colégio João Boos, possibilitando ensino gratuito e médio para toda a comunidade. As melhorias na infraestrutura através da parceria da Associação de Pais e Professores – APP, como na construção da Biblioteca e do campo de futebol suíço, dentre outros investimentos realizados em favor do estudante.


A educação ontem e hoje?
Ontem o aluno tinha mais respeito com os professores. Hoje infelizmente verificamos casos de agressão de alunos para com seus mestres. Ontem a família apoiava a escola, e hoje em muitos casos deixa a desejar. A família fica contra o professor, contra a escola.

Algo que lhe surpreendeu durante a vida?
Com certeza a surpresa montada pelo filho Estêvão nas bodas de prata de 2004. Um mês antes do fato, mais ou menos, ele me perguntou quem eu convidaria para uma eventual festa de bodas. Eu disse que não iria fazer festa, mas se fizesse convidaria minha mãe, meus irmãos e os da minha esposa, nossos afilhados, o patrão dele, Alcides Seubert e o prefeito Guido Antônio Kormann, pois eu ocupava o cargo de Chefe de Gabinete. Não fizemos festa, mas no dia 5 de maio de 2004 nos hospedamos na Fazenda Park Hotel de Gaspar e para nossa surpresa, todas as pessoas que seriam convidadas para a festa estavam presentes, inclusive o padre Alvino Milani, que celebrou o nosso casamento. Por sinal, padre Milani celebrou a missa naquela noite na capelinha do Hotel Fazenda.

Livros que já leu? O que está lendo atualmente?
Tireóide e Paratireóide – Estudo de Casos; O Monge e o Executivo; O Lavrador Operário de Guabiruba; Guabiruba de Todos os Tempos; Casais Inteligentes Enriquecem Juntos; As cinco pessoas que você encontra no céu. Estou lendo o Homem que Calculava, de Malba Tahan.

Qual o maior desafio que enfrentou?
O câncer de Tireóide, identificado em julho de 1999. Passei por três cirurgias. No dia 8 de agosto de 2000 em Azambuja, 5 de outubro de 2000 no Hospital de Caridade, em Florianópolis e em 26 de janeiro de 2001 também no Hospital de Caridade. Depois minha mulher e meu filho tiveram câncer de Tireóide. Conseguimos vencer a doença. Inclusive meu caso consta no livro Tireóide e Paratireóide – Estudo de Casos, lançado em 2002 pelo Dr. Lenine Garcia Brandão, em São Paulo.

Nunca pensou em candidatar-se?
Fui candidato a vereador pela extinta Aliança Renovadora Nacional – ARENA nas eleições de 1976, não tendo êxito. Depois disso, nunca mais tentei e não pretendo ser candidato a vereador. Eu costumo dizer que minha política no Aymoré chama-se esportes.

Como iniciou as atividades na área esportiva?
Em 1968 e 1969, no Clube Esportivo Guarani, tínhamos uma equipe de futebol chamada “Metropol” em homenagem ao grande Esporte Clube Metropol de Criciúma, o qual eu era técnico. Em Guabiruba, comecei a atividade esportiva em 1971 com o 1º campeonato municipal de futebol, no qual era coordenador. A primeira final do campeonato guabirubense ocorreu na tarde de 17 de outubro de 1971 no antigo estádio Luiz Imohf entre as equipes do Continental x São Pedro. O Continental venceu por 1 x 0, com gol do atleta Ingo Schaefer. Coordenei vários campeonatos de futebol e bocha até 2002. Convém destacar que em 1997, foi criada a AGEA – Associação Guabirubense de Esporte Amador, entidade da qual fui fundador e presidente até março de 2002. Em novembro de 2002, assumi a coordenação de esportes do bairro Aymoré, onde permaneço até hoje.

E como o senhor idealizou os Jogos Comunitários de Guabiruba, que está em sua 17ª edição?
Após a criação dos Jogos Abertos Comunitários de Brusque, resolvemos criar uma competição semelhante, onde várias modalidades esportivas fossem disputadas numa mesma edição. O trabalho teve início na AGEA, contando com o apoio do diretor de esportes da Prefeitura Municipal, Valério Schweigert. Os Jogos Comunitários começaram no dia 8 de junho de 1998. Durante seis dias foram disputadas nove modalidades, principalmente no Clube Esportivo 10 de Junho. Hoje os Jogos Comunitários possuem 36 modalidades, entre competições masculinas e femininas.

Como foi a coordenação das gravações do hino de Guabiruba com a Orquestra Sinfônica e Coral Cristo Rei?
No começo dos anos 80, o autor do hino de Guabiruba José Nilo Valle estudava em Curitiba. Na época ele havia conseguido uma banda e nós levaríamos o Coral Cristo Rei para a capital paranaense com o objetivo da gravação do hino. O projeto não deu certo por falta de apoio financeiro. Várias tentativas foram feitas com a administração municipal de diversos partidos políticos e durante a administração do prefeito Guido Antônio Kormann, José Nilo Valle na condição de maestro da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, voltou a nos procurar para esta gravação. Em 2004, o projeto foi concretizado. Na ocasião, eu ocupava a chefia de gabinete do prefeito Guido. A Associação Cultural e Coral Cristo Rei dirigiu-se ao estúdio em Biguaçu em duas ocasiões. Na manhã do dia 15 de agosto e na noite do dia 28 de outubro. O hino de Guabiruba foi oficialmente lançado em sessão solene na Câmara Municipal realizada no dia 9 de dezembro de 2004, sessão essa presidida pelo saudoso José Leopoldo Rieg e que contou com a presença do maestro José Nilo Valle e de todos os integrantes da Associação Cultural e Coral Cristo Rei.No CD que recebi naquela noite do presidente da Câmara de Vereadores, o maestro colocou a seguinte dedicatória: “Dr. Osnir, Deus há de lhe recompensar por ter realizado nosso sonho, nosso Hino gravado. Eternamente grato. Maestro José Nilo Valle. Guabiruba, 09/12/2004”.

Exibindo lançamento do CD do Hino de Guabiruba.jpeg

 Osnir e esposa  Vanilde, maestro José Nilo Valle e o regente do Coral Cristo Rei, Eusébio Nicolau Kohler.

Finalizando, uma mensagem?
Sucesso, paz e felicidade a todos!
Exibindo formatura do João Boos em 14 de dezembro de 2000 na Igreja Matriz.jpeg


 
Osnir usando o microfone durante sua atividade profissional













publicado no Jornal  EM FOCO aos 02 de maio de 2014             Exibindo formatura do João Boos em 14 de dezembro de 2000 na Igreja Matriz.jpeg

Nenhum comentário:

Postar um comentário