Osnir
Schlindwein
Chefe de Gabinete em Guabiruba - Bodas de Coral
O
entrevistado da semana é o Chefe de Gabinete do Município de Guabiruba, Osnir
Schlindwein, que
também atua na área administrativa da Estamparia Cores e Tons LTDA, nascido
em Brusque aos 07 de novembro de 1951; filho dos saudosos
João Schlindwein e Othília Keller
Schlindwein; companheira:
Vanilde Heil Schlindwein; filho: Estêvão
Schlindwein. Cursou três faculdades: Pedagogia, Estudos Sociais e Direito. Torce para o Santos
Futebol Clube e o Clube Atlético Carlos Renaux.
Nosso
entrevistado Osnir Schlindwein
com a companheira Vanilde – comemorando Bodas de Coral
- e o padre Alvino Milani.
Como
foi a sua infância e juventude? Foi
de muito trabalho. Estudava em um turno e trabalhava o outro na roça,
ajudando no plantio e também no cuidado dos animais. Trabalhávamos
desde criança e isto não fez mal a nenhum de nós.
Pessoas
que influenciaram? Dona Benta
Montibeler, professora da hoje denominada Escola Municipal João
Hassmann e padre Orlando Maria Murphy, diretor do Colégio São Luiz.
A dona Benta foi minha professora no 4ª ano do curso primário no
Colégio João Hassmann. Em 1962 e em 1970 fui contratado para
substituir a dona Benta no Colégio João Boos. Ela afastou-se por
problemas de saúde. E o padre Orlando foi um espelho para o trabalho
que eu realizei no Colégio João Boos pela sua seriedade e
competência. A dona Benta ainda reside no bairro Guarani, em
Brusque, e o padre Orlando já é falecido.
Como
conheceu a Vanilde?
Na
condição de diretor da Escola João Boos, eu havia sido convidado
para o casamento da professora de Língua Portuguesa, este que
ocorreu em outubro de 1976. Fiz o convite para a Vanilde me
acompanhar. Ela aceitou e depois começamos a namorar. No próximo
dia 5 de maio estaremos comemorando bodas de Coral, ou seja 35 anos
de casados.
Histórico
escolar?
De
1959 a 1962: Curso Primário Elementar na Escola Municipal João
Hassmann, bairro Guarani; de 1963 – 1966: Curso Ginasial no Colégio
São Luiz; em 1967 – março e abril: Colégio Cônsul Carlos
Renaux.; Maio de 1967 a 1969: Curso Normal no Colégio São Luiz; de
1970 a 1973: Curso de Pedagogia na atual Univali, em Itajaí.; de
1974 a 1975: Curso de Estudos Sociais na Univali; de1977 a 1980:
Curso de Direito na Univali..
Alguma
curiosidade em relação a efetivação profissional a um dos ramos em que se formou?
Sou o segundo
advogado de Guabiruba e o primeiro residente na cidade. O primeiro
advogado de Guabiruba é o Dr. David Kohler, que reside no bairro do
Morumbi, em São Paulo.
Muitas
dificuldades a serem ultrapassadas na época?
Naquele
tempo, as coisas eram muito mais difíceis. Eu ia de bicicleta da
minha casa, no Imigrante, até Brusque, não importava as condições
climáticas. De Brusque a Itajaí, o trajeto era feito de ônibus,
muitas vezes retornávamos de Itajaí por volta da meia-noite. A
rodovia, atual Antônio Heil, não tinha pavimentação.
O
que o motivava a estudar?
O
pai queria que todos estudassem. Eu sempre gostei de estudar, por
isso não foi difícil cursar três cursos superiores.
E a Chefia de Gabinete?
Ocupei a pasta entre 2001 e 2004 com o prefeito Guido Antônio Kormann e ocupo novamente, desde janeiro de 2013 com o prefeito Matias Kohler.
Grandes
professores?
Destacaria:
Evaldo Moresco, Dr. Arno Ristow, Dr.
Edison Vilela, além da dona Benta e do padre Orlando M. Murphy.
Se
tivesse que resumir o senhor em poucas palavras, quais seriam?
Organização,
pontualidade, honestidade e seriedade.
Como
surgiu a educação em sua trajetória?
O
Curso Normal já foi direcionado para o magistério, por isso troquei
o curso científico em 1967 no Colégio Cônsul para o Colégio São
Luiz. O objetivo era poder transmitir algum conhecimento às crianças
e aos jovens.
Como
foi sua trajetória na atual escola de Educação Básica Professor
João Boos?
Fui
contratado como professor substituto em março de 1970 em decorrência
do estado de saúde da dona Benta. Em 1973 prestei Concurso Público
para atuar na escola da Planície Alta no período matutino,
continuando no João Boos à tarde.
De 1974 a novembro de 1975
atuei na escola Padre Germano Brandt, no Aymoré, na parte da manhã.
À tarde continuava no João Boos. No dia 7 de novembro, dia do meu
aniversário, fui nomeado diretor do João Boos, com 24 anos.
Trabalhei no João Boos a vida toda. Foram mais de 30 anos. Comecei
em 1970 e fui aposentado por tempo de serviço em 14 de dezembro de
2000.
Quais os principais desafios durante os 23 anos de direção da escola João Boos?
Manter
a disciplina, exigindo respeito entre alunos, professores e
funcionários. Foram aspectos fundamentais do sucesso dentro do João
Boos.
Fatos
marcantes durante sua gestão como diretor?
A
criação do Ensino de 2º grau no Colégio João Boos,
possibilitando ensino gratuito e médio para toda a comunidade. As
melhorias na infraestrutura através da parceria da Associação de
Pais e Professores – APP, como na construção da Biblioteca e do
campo de futebol suíço, dentre outros investimentos realizados em
favor do estudante.
A
educação ontem e hoje?
Ontem
o aluno tinha mais respeito com os professores. Hoje infelizmente
verificamos casos de agressão de alunos para com seus mestres. Ontem
a família apoiava a escola, e hoje em muitos casos deixa a desejar.
A família fica contra o professor, contra a escola.
Algo
que lhe surpreendeu durante a vida?
Com
certeza a surpresa montada pelo filho Estêvão nas bodas de prata de
2004. Um mês antes do fato, mais ou menos, ele me perguntou quem eu
convidaria para uma eventual festa de bodas. Eu disse que não iria
fazer festa, mas se fizesse convidaria minha mãe, meus irmãos e os
da minha esposa, nossos afilhados, o patrão dele, Alcides Seubert e
o prefeito Guido Antônio Kormann, pois eu ocupava o cargo de Chefe
de Gabinete. Não fizemos festa, mas no dia 5 de maio de 2004 nos
hospedamos na Fazenda Park Hotel de Gaspar e para nossa surpresa,
todas as pessoas que seriam convidadas para a festa estavam
presentes, inclusive o padre Alvino Milani, que celebrou o nosso
casamento. Por sinal, padre Milani celebrou a missa naquela noite na
capelinha do Hotel Fazenda.
Livros que já
leu? O que está lendo atualmente?
Tireóide
e Paratireóide – Estudo de Casos; O Monge e o Executivo; O
Lavrador Operário de Guabiruba; Guabiruba de Todos os Tempos; Casais
Inteligentes Enriquecem Juntos; As cinco pessoas que você encontra
no céu. Estou lendo o Homem que Calculava, de Malba Tahan.
Qual
o maior desafio que enfrentou?
O
câncer de Tireóide, identificado em julho de 1999. Passei por três
cirurgias. No dia 8 de agosto de 2000 em Azambuja, 5 de outubro de
2000 no Hospital de Caridade, em Florianópolis e em 26 de janeiro de
2001 também no Hospital de Caridade. Depois minha mulher e meu filho
tiveram câncer de Tireóide. Conseguimos vencer a doença. Inclusive
meu caso consta no livro Tireóide e Paratireóide – Estudo de
Casos, lançado em 2002 pelo Dr. Lenine Garcia Brandão, em São
Paulo.
Nunca
pensou em candidatar-se?
Fui
candidato a vereador pela extinta Aliança Renovadora Nacional –
ARENA nas eleições de 1976, não tendo êxito. Depois disso, nunca
mais tentei e não pretendo ser candidato a vereador. Eu costumo
dizer que minha política no Aymoré chama-se esportes.
Como
iniciou as atividades na área esportiva?
Em
1968 e 1969, no Clube Esportivo Guarani, tínhamos uma equipe de
futebol chamada “Metropol” em homenagem ao grande Esporte Clube
Metropol de Criciúma, o qual eu era técnico. Em Guabiruba, comecei
a atividade esportiva em 1971 com o 1º campeonato municipal de
futebol, no qual era coordenador. A primeira final do campeonato
guabirubense ocorreu na tarde de 17 de outubro de 1971 no antigo
estádio Luiz Imohf entre as equipes do Continental x São Pedro. O
Continental venceu por 1 x 0, com gol do atleta Ingo Schaefer.
Coordenei vários campeonatos de futebol e bocha até 2002. Convém
destacar que em 1997, foi criada a AGEA – Associação Guabirubense
de Esporte Amador, entidade da qual fui fundador e presidente até
março de 2002. Em novembro de 2002, assumi a coordenação de
esportes do bairro Aymoré, onde permaneço até hoje.
E
como o senhor idealizou os Jogos Comunitários de Guabiruba, que está
em sua 17ª edição?
Após
a criação dos Jogos Abertos Comunitários de Brusque, resolvemos
criar uma competição semelhante, onde várias modalidades
esportivas fossem disputadas numa mesma edição. O trabalho teve
início na AGEA, contando com o apoio do diretor de esportes da
Prefeitura Municipal, Valério Schweigert. Os Jogos Comunitários
começaram no dia 8 de junho de 1998. Durante seis dias foram
disputadas nove modalidades, principalmente no Clube Esportivo 10 de
Junho. Hoje os Jogos Comunitários possuem 36 modalidades, entre
competições masculinas e femininas.
Como
foi a coordenação das gravações do hino de Guabiruba com a
Orquestra Sinfônica e Coral Cristo Rei?
No
começo dos anos 80, o autor do hino de Guabiruba José Nilo Valle
estudava em Curitiba. Na época ele havia conseguido uma banda e nós
levaríamos o Coral Cristo Rei para a capital paranaense com o
objetivo da gravação do hino. O projeto não deu certo por falta de
apoio financeiro. Várias tentativas foram feitas com a administração
municipal de diversos partidos políticos e durante a administração
do prefeito Guido Antônio Kormann, José Nilo Valle na condição de
maestro da Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, voltou a nos
procurar para esta gravação. Em 2004, o projeto foi concretizado.
Na ocasião, eu ocupava a chefia de gabinete do prefeito Guido. A
Associação Cultural e Coral Cristo Rei dirigiu-se ao estúdio em
Biguaçu em duas ocasiões. Na manhã do dia 15 de agosto e na noite
do dia 28 de outubro. O hino de Guabiruba foi oficialmente lançado
em sessão solene na Câmara Municipal realizada no dia 9 de dezembro
de 2004, sessão essa presidida pelo saudoso José Leopoldo Rieg e
que contou com a presença do maestro José Nilo Valle e de todos os
integrantes da Associação Cultural e Coral Cristo Rei.No CD que
recebi naquela noite do presidente da Câmara de Vereadores, o
maestro colocou a seguinte dedicatória: “Dr. Osnir, Deus há de
lhe recompensar por ter realizado nosso sonho, nosso Hino gravado.
Eternamente grato. Maestro José Nilo Valle. Guabiruba, 09/12/2004”.
Osnir e esposa Vanilde, maestro José Nilo Valle e o
regente do Coral Cristo Rei, Eusébio Nicolau Kohler.
Finalizando,
uma mensagem?
Sucesso,
paz e felicidade a todos!
Osnir
usando o microfone durante sua atividade profissional
publicado no Jornal EM FOCO aos 02 de maio de 2014
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