quarta-feira, 9 de abril de 2014

Eduardo Henrique Gohr - Ciclismo





Eduardo Henrique Gohr

Ciclismo

O entrevistado desta semana é o Coordenador de Esportes da Fundação Municipal de Esportes, Eduardo Henrique Gohr, natural de Itajaí/SC, 43 anos; casado com Vania Fischer Gohr; filhos: André Eduardo Gohr - 17 anos - ciclista e Amanda Luisa Gohr - 16 anos – estudante; Filho de Haroldo e Lisette Keiser Gohr. torce para o C.A. Carlos Renaux e para o C.R. Flamengo
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Nosso entrevistado Eduardo Henrique Gohr com a esposa Vania

O que sonhava ser quando ainda era criança ?
Como quase toda criança do Brasil, jogador de futebol. Adorava jogar futebol.

O que marcou a sua infância ?
O Título Mundial conquistado pelo Flamengo. Foi uma alegria muito grande.

Ainda mantém amizades com pessoas que conviveram com você em sua infância ?
A amizade nunca irá terminar. A convivência sim. Com o passar dos anos as nossas vidas acabam tomando rumos diferentes. Isto é normal. Porém, quando me encontro com alguma pessoa daquela geração, lembranças renascem e boas histórias vem a tona.

Como foi a educação recebida de seus pais ?
Fundamentada na correção. Tenho muito orgulho deles. Tento passar aos meus filhos os bons exemplos que meus pais me deram ao longo da minha vida. O que é certo é certo. Não existe outro caminho. Plante o bem que você irá colher bons frutos. Procure ajudar o próximo que você estará ajudando a você mesmo.

Pessoas que influenciaram ?
Meus avós paternos, meus pais, minha tia Helga e meu antigo treinador Pedro Medina.
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 Eduardo com os seus pais: Lisette e Haroldo Gohr.

Histórico escolar ?
A minha vida escolar se deu toda dentro do Colégio Cônsul Carlos Renaux. Formei-me  no 2º grau no Cônsul e iniciei o curso superior de Administração de Empresas na Unifebe, mas não conclui.

Como surgiu Brusque em sua trajetória?
Nasci em Itajaí, onde na época o meu pai trabalhava no Banco Bradesco, transferindo-me para Brusque logo no seu primeiro ano de vida, o que faz com que considero-me um brusquense legítimo.

Ciclismo
E o ciclismo?
Apaixonado por esporte, sempre tive envolvimento no mundo esportivo. Na época da adolescência fui ciclista da extinta equipe da Associação Atlética Schlosser, onde fiz parte da equipe campeã dos Jogos Abertos de SC no ano de 1988 em Joaçaba. Conquistei vários títulos como Campeão Catarinense e Vice Brasileiro.

Quais as modalidades ?
Temos várias disciplinas dentro do mundo ciclístico. No ciclismo de Speed, temos as provas de resistência, onde existem provas de 1 dia e as competições de etapas, onde o campeão é aquele ciclista que somar o menor tempo ao final de todas as etapas realizadas; e provas de Contra-Relógio, que se trata de uma competição individual onde o ciclista é declarado vencedor após percorrer um percurso pré estabelecido no menor tempo. Existem também as provas de Pista, ou Velódromo. As provas de Bicicross ou BMX; as de Mountain Bike, como o Cross Country - XCO, o Marathon - XCM e o Down Hill - DH. Atualmente a disciplina do ciclismo que mais vem crescendo no Mundo é o Cicloturismo. Na Europa já é uma realidade faz tempo. Aqui na América Latina vem crescendo muito nos último anos. Não por acaso, o movimento das ciclovias ou ciclofaixas, vem tomando corpo em todo o Brasil.

Quais os Eventos que integram o calendário do Ciclismo ?
Existem as provas do calendário da Federação Catarinense, da Confederação Brasileira, da Odesur (que é a entidade que comanda o ciclismo na América Latina) e as provas da UCI - União Ciclística Internacional.

Cite alguns destaques do ciclismo em Brusque e na Região.
Brusque é reconhecidamente um celeiro de ciclistas, onde vários destaques podem ser lembrados. Tivemos na década de 80 o Claudius Kruger, Na década de 90 surgiram o Fábio da Luz, Glauco Vanoli, Soelito Gohr e Márcio May. Na década de 2000 apareceu o Murilo Fischer e atualmente temos o Áquila Roux e André Eduardo Gohr. Todos estes nomes tiveram a responsabilidade de defenderem o Brasil em competições internacionais. O Márcio May defendeu o País em 3 Olimpíadas, enquanto que Murilo Fischer já teve esta mesma honra por 4 oportunidades, sendo que, ainda está na ativa, tendo como objetivo pessoal, encerrar a sua carreira profissional nas Olimpíadas do Rio 2016, totalizando 5 Olimpíadas no currículo. Já o Soelito Gohr já tem 2 Paraolimpíadas na bagagem, e, igualmente ao Murilo, continua competindo em alto nível, fazendo com que possa sonhar em disputar mais algumas Paraolimpíadas até o final de sua carreira. O futuro porém, aponta para o Áquila e o André, duas jovens revelações do ciclismo brasileiro. Além destes nomes citados, tanto no passado como na atualidade, existem vários outros nomes que bem representaram ou representam o município brusquense.

Por quê parou prematuramente ?
Eram outros tempos. Faltou coragem, eu acho. Foi a opção que entendi ser a mais apropriada para a época. Afinal de contas, se tornar um ciclista profissional no País do Futebol não é uma decisão fácil. Admiro muito estes brusquenses que tiveram a coragem de seguir na busca do sonho de tornar o ciclismo como a sua opção de vida. O Soelito, Márcio e Murilo são verdadeiros ídolos do esporte brusquense.

Quando parou de competir as portas foram abertas?
Quando resolvi parar de competir, de maneira prematura (19 anos), a CIA. Indl. Schlosser me abriu as portas para trabalhar como auxiliar do Depto. Financeiro, onde fiquei por apenas 10 meses, transferindo-me em seguida para o Banco Bradesco, seguindo os passos de meu Pai, onde trabalhei durante 5 anos. Após este período, atuei em diversas áreas profissionais, para chegar atualmente na área a qual sempre tive uma identidade muito forte - o ESPORTE.

E a Fundação Municipal de Esportes?
Aceitei um convite do Superintendente da Fundação Municipal de Esportes, Sr. Deivis da Silva, para atuar como Coordenador de Esportes de Participação da F.M.E.

E a Brucicle?
Paralelamente, exerci a função de Presidente e Técnico da Brucicle - Associação Brusquense de Ciclismo, equipe que tem a preocupação com o desenvolvimento desta modalidade em nossa cidade, para que a tradição do ciclismo brusquense não se perca na história. A Brucicle - Associação Brusquense de Ciclismo foi fundada no ano de 2000 pelo Sr. Cláudio Stein Filho. Após passar por um período de desativação, a atual diretoria tomou posse no final do ano de 2011 e reativou os trabalhos objetivando o desenvolvimento do ciclismo na cidade de Brusque, através da manutenção das escolinhas e realização de campeonatos escolares. O atual presidente é o Sr. Eduardo Henrique Gohr e diversas conquistas já constam no curriculum da equipe. Títulos em várias categorias no Ranking Catarinense e Brasileiro comprovam que o trabalho vem sendo bem executado. " O nosso grande desafio é dar continuidade nos trabalhos iniciados na década de 1980, através da equipe da Schlosser, pois não podemos deixar morrer a maravilhosa história construída durante todos estes anos. Brusque é reconhecidamente uma cidade de grande potencial dentro do cenário ciclístico brasileiro.", palavras de Eduardo H. Gohr.
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Como foi sua passagem no futebol?
No Americano eu era presidente, coordenador e as vezes treinador. Resumindo: tinha que bater o escanteio e correr para cabecear. Já no Angelina a minha passagem foi como coordenador da equipe de Futebol Amador. Tenho ótimas lembranças da minha passagem por aquela Sociedade. Lembro com carinho e respeito os nomes do Clóvis Boos e do Márcio Angioletti. Eu jogava futebol também, mas no Futebol Suíço.

Títulos?
Fui Campeão como jogador nos campeonatos de Futebol Suíço da Sociedade Esportiva Bandeirante, do Clube Esportivo Guarani, do SESC e do Sindicato dos Bancários de Brusque.

Grandes dirigentes?
Como dirigente de Futebol Amador, lembro de um presidente: Márcio Angioletti.

Grande técnico?
Técnico: José Aurino Gervasi.
Melhor equipe do Americano?
Melhor equipe do Americano - Nilson, Biano, Charles, Vágner, Cláudio, Clóvis, Du, Celinho, Galo, Gerson e Rui.

Melhor equipe do Angelina?
Melhor equipe do Angelina - Binho, Nido, Solis, Renê Maranhão, Balila; Clóvis, Cléber, Mano, Reinaldo, Alceu e Marcos Severo.

De que sente orgulho ?
Primeiramente de toda a minha família. Para mim é o meu porto seguro. Meus pais, minha esposa e meus filhos são tudo para mim. Com relação a minha vida, de poder ter influenciado positivamente na formação do caráter de alguns jovens através das escolinhas do ciclismo.

Qual é a sua aspiração ?
Comandar um trabalho com organização e planejamento dentro da Confederação Brasileira de Ciclismo, para fomentar os trabalhos nas categorias de base, auxiliando no desenvolvimento do ciclismo nacional.

Costuma ler jornais ?
Todos os dias.

Grandes alegrias e quais tristezas que viveu ?
Me considero um homem privilegiado. Tive muitas alegrias ao longo da minha vida. A primeira delas foi a benção de ter o Sr. Haroldo e a Sra. Lisette como meus pais. A segunda foi ter me casado com a dona Vania. Sou muito grato por tudo que esta mulher faz por mim. A terceira foi o nascimento dos meus filhos André e Amanda. Na vida esportiva tive muitos momentos especiais. Posso destacar alguns: o Título de campeão geral dos Jogos Abertos de 1988 no ciclismo; o Título da 2ª divisão do Campeonato da Liga Desportiva Brusquense – futebol amador - pelo Americano no ano de 1996; o Tetracampeonato da 1ª divisão pelo Angelina válido pelo Campeonato da L.D.B. (2000/2001/2002 e 2003), o Título de Campeão geral dos Jogos Abertos de 2010 no ciclismo e algumas conquistas do meu filho André no ciclismo, como as 3 conquistas no Campeonato Brasileiro de Contra-Relógio, o Título de Campeão Brasileiro de Pista e a conquista da Volta do Codecan no Uruguay. A minha maior tristeza foi a perda da minha avó (oma) Otília. Foi a primeira perda da minha vida e era uma pessoa muito especial para mim.

O que você aplica no dia a dia das experiências que teve ?
Ganhei muitos calos ao longo dos anos. E não foram nas mãos. Isto fez com que eu me tornasse uma pessoa muito mais preparada para absorver e resolver com tranquilidade as dificuldades do dia a dia. Dificilmente me assusto com alguma coisa. Procuro encarar tudo com naturalidade.

O que faria hoje, que não teve coragem de fazer ?
Procuro não me arrepender das decisões que tomo. Mas se for para dizer uma, foi a de ter desistido em seguir na carreira de ciclista. Como falei anteriormente, parei prematuramente a minha vida como ciclista aos 19 anos de idade. Tive oportunidade de ir correr em São Paulo na época e não tive coragem.

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  Eduardo com o filho André durante competição no Perú representando a seleção brasileira de ciclismo
Eduardo com o filho André logo após o término da Volta da Juventude no Uurguay onde o seu filho André sagrou-se Campeão

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