sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Dr Antônio Serafim Venzon

Dr Antônio Serafim Venzon

O entrevistado desta semana é o Médico, Dr Antônio Serafim Venzon, três vezes Deputado Federal, três vezes Deputado Estadual e Secretário Estadual da Assistência Social, trabalho e Habitação; nascido em Botuverá, nos idos de 1953; filho dos saudosos agricultores José e Maria Venzon; dois filhos: Pillar, nascida em fevereiro de 1991, Médica e João Antônio, nascido em março de 1992, Engenheiro Civil


Nosso entrevista, Dr Serafim Venzon, com a esposa Inia e os filhos Pillar e João Antônio 

Como conheceu a Inia Jana Pamplona?
A Inia é a minha referência. Sou do signo de gêmeos. Tenho ideias boas, mas preciso escolhê-las e sintetizá-las. Admiro a  capacidade dela de estar sempre um pouco a frente: na moda, nas ideias, nas decisões e ações.Não a conhecia de criança, mas sua família é muito parecida com a minha, em número de filhos e forma de educação familiar. Ela deu enorme contribuição e estimulo para eu ser vereador, vice prefeito, três vezes  Deputado Federal e três vezes Deputado Estadual. Nesse tempo todo foi meu Marketing.

 Como surgiu a medicina na sua vida??
      Desde pequeno falava em ser padre. Com 12 anos fui estudar no Seminário São José em Rio Negrinho. Era 1966. A Congregação dos Padres Sagrado Coração de Jesus tinha seminário em Criciúmal/RS, Rio Negrinho/SC e Lavras/MG (onde os meninos iniciavam e ficavam os primeiros um ou dois anos). Depois, os que seguiam com vocação, iam a Corupá e que mais tarde o equivalente passou pra vila Hauer em Curitiba.
   Fiquei sete anos. Terminei o ensino fundamental e o Ensino médio. Se seguisse iria fazer o Postulantado e anoviciado: O grande marco é que a partir daí passaria a usar Batina. Dos 150 que iniciamos, éramos 16.
Combinamos que 2 a cada ano, faríamos estágio externo.  Assim todos passariam o estágio nos formaríamos padres, em 8 anos. Durante o estágio, um colega me disse: Venzon, deixa pra lá... se eu fosse você iria fazer faculdade de medicina... Como médico você poderá fazer um grande trabalho social também.
Assim fiz...  
O Seminário, além da formação ética, me despertou para as diversas realidades. Sou feliz!

 Quando instalou-se em Brusque?
 Vim para Brusque, em 1985, iniciando como membro do Corpo Clínico do Hospital Evangélico, além do Consultório Médico

Como foi sua formação na área Médica?
Em 1981 formei-me em medicina pela UFSC, tendo feito Residência Médica em Urologia e Cirurgia Geral; formei-me na Pós-Graduação em Medicina do Tráfego, pela Santa Casa de São Paulo.

 A veia política?
O trabalho como Médico, o contato com os pacientes, a proximidade com médicos políticos, como o Drs. Antônio Moser,  José  Celso Bonatelli e  Carlos Moritz, e a nova perspectiva social e política que adveio e Inia Jane Pamplona, com quem me casei, em dezembro de 1987, facilitou para que em 1988 me elegesse Vereador, salientando que  a participação  de todos os membros da família, especialmente de Inia, que abraçou duplamente as tarefas de casa,  os fez compreender e aceitar o empenho e dedicação que me permitiu ser político por tanto tempo.


Vereador o primeiro passo?
Sim, foi o primeiro passo. Inia foi a marketing de todas as campanhas. Em 1983, fui Vice-Prefeito. Dois anos depois, me elegi Deputado – ao todo seis mandatos – sendo três como Federal e, três como Estadual.

Esteve a serviço da Secretaria Estadual de Assistência Social, Trabalho e Habitação?
Sim, em 2011, fui Secretário Estadual da Assistência Social, trabalho e Habitação.

Pioneiro de Botuverá na área da Medicina?
A força de vontade e a persistência me conferiram o pioneirismo. Do Lajeado Alto, de seminarista e professor, fui o primeiro médico de Botuverá.

Também como Deputado Federal?  Quais as contribuições que trouxe para o cidadão?
Sim, fui o primeiro Deputado Federal. De longa história política, foi sempre médico, mas essencialmente político. Em 1993 e 1994, como vice-prefeito incrementei o processo de municipalização da saúde conforme a Carta primaveril de 1988, com estrutura funcional de secretário, diretores e, com orçamento próprio. Criei a Vigilância Sanitária Municipal. Ressalte-se que até então a saúde e a vigilância estavam a encargo do Estado e do Governo Federal (INAPS). A saúde passou a ser responsabilidade do poder público e não das entidades hospitalares; elas passaram a ser parceiros prestadores de serviço.

O que ressalta ainda na sua passagem pela Câmara Federal?
Quando Deputado, titular da Comissão de Saúde, foi instituído percentuais a serem destinados à saúde nas três instâncias de governo. O Governo passou a repassar recursos federais para os Estados e Municípios, conforme o número de habitantes e a série histórica dos serviços prestados. Mudou a história de transplante no Brasil. Em 2004, foi destaque

Algum reconhecimento?
Em 2004, fui destaque na Revista Época – edição 297, página 36 e 37 – por mostrar como era equivocado o processo de seleção do paciente que necessitava de transplante. Antes a escolha era, simplesmente por ordem de ingresso, sem levar em consta a compatibilidade do paciente. Apesar de lógico, não era feito, fazendo com que muitas pessoas não tivessem acesso ao transplante – Eu modifiquei.

Há como melhorar?
Ainda há muito que melhorar, mas caminhamos bastante.

Deixou algumas marcas nos hospitais em que trabalhou?
Sim, no Hospital Evangélico de Brusque, consegui a Filantropia que lhe confere isenções tributárias e fiscais. Quando fui Deputado Estadual foi repassado recursos do Estado para a Pediatria e UTI;
Ao Hospital Dom Joaquim, como Federal, consegui verbas federais para a aquisição de equipamentos, entre eles, Microscópio Cirúrgico e a Torre para Vídeo Cirurgia. Em 2007, com robusta emenda parlamentar foi feita toda reforma de hotelaria. Nos anos seguintes, o Estado concedeu recursos para a construção do atual Centro Cirúrgico e Obstétrico.
O Hospital da imaculada Conceição de Nova Trento foi modernizado com apoio especial do Estado;   O Hospital Monsenhor José Locks de São João Batista está sendo modernizado;
O Hospital Cirúrgico de Camboriú foi reaberto em 2018;
Em 2018, por Emenda Parlamentar impositiva aprovou R$ 2,7 milhões (dois milhões e setecentos mil),  para compra de equipamentos da UTI Neonatal e da Hemodinâmica do Hospital Azambuja

Deixando a veia política - procurou o melhor? 
Interpretei o Sim e o Não. Fiz o melhor o que me cabia. O poder de cada representante tem limites e é pulverizado, mas o milho que é visto pelo dono faz a espiga maior.


retomando a medicina
Por que há tanta incidência de câncer na próstata?
Como fatores coadjuvantes da grande incidência de câncer de próstata, poderíamos citar:
- O aumento da longevidade: pacientes com mais de 80 anos têm grande probabilidade de tê-lo.
- Mais facilidade de comprovação do diagnóstico. Hoje com exames laboratoriais que sugerem... Ultrasson e tomografias que orientam.... As biópsias dirigidas por imagens... facilitam.
- Melhora das técnicas de tratamento como cirurgias, Radioterapia, quimioterapia, domínio hormonal, entre outros tem melhorado os resultados e
- Isso tudo associado as campanhas preventivas, diminuiu os preconceitos, aumentou muito o enfrentamento por parte dos profissionais da saúde, dos familiares e do paciente.

 Há um tratamento eficaz ou só o bisturi para o câncer da próstata?
Tão importante quanto saber operar é identificar quando é melhor não operar.
Os resultados do tratamento dependem de muitos fatores
Como:
- Da classificação histológica.
- Do estadiamento: do momento evolutivo.
- Da escolha do tipo de tratamento, não da vontade do médico ou do paciente, mas de um conjunto de fatores que se somam com a qualificação e habilidade do médico.
- A prevenção e o diagnóstico com tratamento em estágios iniciais é o melhor.







 Referências: matéria publicada aos 07 de fevereiro de 2020.





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