O entrevistado desta semana é o
Médico, Dr Antônio Serafim Venzon, três vezes Deputado Federal, três vezes Deputado Estadual e Secretário Estadual da Assistência Social, trabalho e Habitação; nascido
em Botuverá, nos idos de 1953; filho dos saudosos agricultores José e Maria
Venzon; dois filhos: Pillar, nascida em fevereiro de 1991, Médica e João
Antônio, nascido em março de 1992, Engenheiro Civil
Nosso entrevista, Dr Serafim Venzon, com a esposa Inia e os filhos Pillar e João Antônio
Como conheceu a Inia Jana Pamplona?
A Inia é a minha referência. Sou do signo de gêmeos. Tenho ideias boas, mas preciso
escolhê-las e sintetizá-las. Admiro a capacidade dela de estar sempre um pouco a
frente: na moda, nas ideias, nas decisões e ações.Não a conhecia de criança, mas sua família é muito parecida
com a minha, em número de filhos e forma de educação familiar. Ela deu enorme contribuição e estimulo para eu ser vereador,
vice prefeito, três vezes Deputado
Federal e três vezes Deputado Estadual. Nesse tempo todo foi meu Marketing.
Como surgiu a
medicina na sua vida??
Desde pequeno falava em ser padre. Com 12 anos fui estudar
no Seminário São José em Rio Negrinho. Era 1966. A Congregação dos Padres Sagrado
Coração de Jesus tinha seminário em Criciúmal/RS, Rio Negrinho/SC e Lavras/MG (onde
os meninos iniciavam e ficavam os primeiros um ou dois anos). Depois, os que
seguiam com vocação, iam a Corupá e que mais tarde o equivalente passou pra
vila Hauer em Curitiba.
Fiquei sete anos. Terminei o ensino fundamental e o
Ensino médio. Se seguisse iria fazer o Postulantado e anoviciado: O grande
marco é que a partir daí passaria a usar Batina. Dos 150 que iniciamos, éramos
16.
Combinamos que 2 a cada ano, faríamos estágio externo. Assim todos passariam o estágio nos formaríamos
padres, em 8 anos. Durante o estágio, um colega me disse: Venzon, deixa pra
lá... se eu fosse você iria fazer faculdade de medicina... Como médico você
poderá fazer um grande trabalho social também.
Assim fiz...
O Seminário, além da formação ética, me despertou para as
diversas realidades. Sou feliz!
Quando instalou-se em Brusque?
Como foi sua formação na área Médica?
A veia política?
O trabalho como Médico, o contato com os pacientes,
a proximidade com médicos políticos, como o Drs. Antônio Moser, José
Celso Bonatelli e Carlos Moritz, e a nova perspectiva social e
política que adveio e Inia Jane Pamplona, com quem me casei, em dezembro de
1987, facilitou para que em 1988 me elegesse Vereador, salientando que a
participação de todos os membros da família, especialmente de Inia, que
abraçou duplamente as tarefas de casa, os fez compreender e aceitar o
empenho e dedicação que me permitiu ser político por tanto tempo.
Sim, foi o primeiro passo. Inia foi a marketing de
todas as campanhas. Em 1983, fui Vice-Prefeito. Dois anos depois, me elegi
Deputado – ao todo seis mandatos – sendo três como Federal e, três como
Estadual.
Esteve a serviço da Secretaria Estadual de Assistência Social,
Trabalho e Habitação?
Sim, em 2011, fui Secretário Estadual da Assistência Social, trabalho e
Habitação.
Pioneiro de Botuverá na área da Medicina?
A força de vontade e a persistência me conferiram o
pioneirismo. Do Lajeado Alto, de seminarista e professor, fui o primeiro médico
de Botuverá.
Também como Deputado Federal? Quais as contribuições que
trouxe para o cidadão?
Sim, fui o primeiro Deputado Federal. De longa
história política, foi sempre médico, mas essencialmente político. Em 1993 e
1994, como vice-prefeito incrementei o processo de municipalização da saúde
conforme a Carta primaveril de 1988, com estrutura funcional de secretário,
diretores e, com orçamento próprio. Criei a Vigilância Sanitária Municipal.
Ressalte-se que até então a saúde e a vigilância estavam a encargo do Estado e
do Governo Federal (INAPS). A saúde passou a ser responsabilidade do poder
público e não das entidades hospitalares; elas passaram a ser parceiros
prestadores de serviço.
Quando Deputado, titular da Comissão de Saúde, foi
instituído percentuais a serem destinados à saúde nas três instâncias de
governo. O Governo passou a repassar recursos federais para os Estados e
Municípios, conforme o número de habitantes e a série histórica dos serviços
prestados. Mudou a história de transplante no Brasil. Em 2004, foi destaque
Algum reconhecimento?
Em 2004, fui destaque na Revista Época – edição
297, página 36 e 37 – por mostrar como era equivocado o processo de seleção do
paciente que necessitava de transplante. Antes a escolha era, simplesmente por
ordem de ingresso, sem levar em consta a compatibilidade do paciente. Apesar de
lógico, não era feito, fazendo com que muitas pessoas não tivessem acesso ao
transplante – Eu modifiquei.
Há como melhorar?
Ainda há muito que melhorar, mas caminhamos bastante.
Deixou algumas marcas nos hospitais em que trabalhou?
Sim, no Hospital Evangélico de Brusque, consegui a
Filantropia que lhe confere isenções tributárias e fiscais. Quando fui Deputado
Estadual foi repassado recursos do Estado para a Pediatria e UTI;
Ao Hospital Dom Joaquim, como Federal, consegui
verbas federais para a aquisição de equipamentos, entre eles, Microscópio
Cirúrgico e a Torre para Vídeo Cirurgia. Em 2007, com robusta emenda
parlamentar foi feita toda reforma de hotelaria. Nos anos seguintes, o Estado
concedeu recursos para a construção do atual Centro Cirúrgico e Obstétrico.
O Hospital da imaculada Conceição de Nova Trento foi modernizado com
apoio especial do Estado; O Hospital Monsenhor José Locks de São João Batista está sendo
modernizado;
O Hospital Cirúrgico de Camboriú foi reaberto em 2018;
Em 2018, por Emenda Parlamentar impositiva aprovou
R$ 2,7 milhões (dois milhões e setecentos mil), para compra de equipamentos
da UTI Neonatal e da Hemodinâmica do Hospital Azambuja
Deixando a veia política - procurou o melhor?
Interpretei o Sim e o Não. Fiz o melhor o que me cabia. O poder de cada representante tem limites e é pulverizado, mas o milho que é visto pelo dono faz a espiga maior.
retomando a medicina
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Por que há tanta incidência de câncer
na próstata?
Como fatores coadjuvantes da grande incidência de câncer de
próstata, poderíamos citar:
- O aumento da longevidade: pacientes com mais de 80 anos têm
grande probabilidade de tê-lo.
- Mais facilidade de comprovação do diagnóstico. Hoje com
exames laboratoriais que sugerem... Ultrasson e tomografias que orientam.... As
biópsias dirigidas por imagens... facilitam.
- Melhora das técnicas de tratamento como cirurgias, Radioterapia,
quimioterapia, domínio hormonal, entre outros tem melhorado os resultados e
- Isso tudo associado as campanhas preventivas, diminuiu os
preconceitos, aumentou muito o enfrentamento por parte dos profissionais da
saúde, dos familiares e do paciente.
Há um tratamento eficaz ou só o
bisturi para o câncer da próstata?
Tão importante quanto saber operar é
identificar quando é melhor não operar.
Os resultados do tratamento dependem de muitos fatores
Como:
- Da classificação histológica.
- Do estadiamento: do momento evolutivo.
- Da escolha do tipo de tratamento, não da vontade do médico
ou do paciente, mas de um conjunto de fatores que se somam com a qualificação e
habilidade do médico.
- A prevenção e o diagnóstico com tratamento em estágios
iniciais é o melhor.
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