quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Maria Gertrudes Zirke - Dona Trude

Maria Gertrudes Zirke, popular Dona Trude

A MULHER DO CAFEZINHO

A entrevistada desta semana é  Maria Gertrudes Zirke, nascida aos 24 de janeiro de 1936 - 78 anos; filha de Leo Kormann e Clara Kormann (in memoriam), viúva de  Onildo Zirke, com o qual havia casado em 02.02.55 e ele veio a falecer aos 15 de fevereiro de 2006. Casamento 02 de fevereiro de 1955. Sete filhos: Marli Terezinha Imohf; Vera Lucia Habitzreuter, Clara Maria Heil, Denise Regina Posi, Rogério Luiz Zirke, Leomir Zirke e Valmir Zirke.  14 netos: Ricardo, Elizandra, Edegar, Viviane, Luize, Rafael, Gabriela, Isabela, Jaide, Gustavo, Carline, Valério Neto, João Victor e Luiz Henrique. Três bisnetos: Cleber, Pedro Henrique, Camile e está chegando o Vinícius.

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 Dona Trude servindo cafezinho ao filho

Com quais prefeitos trabalhou?
Trabalhei fazendo cafezinho e limpeza com os prefeitos Carlos Boos, Vadislau Schmitt, Ivo Fischer, João Baron, Guido Kormann, Valerio Maffezzolli e Orides Kormann, no primeiro mandato. Me aposentei depois de servir quase todos os prefeitos da cidade e não imaginava que um dia teria um filho vice-prefeito de Guabiruba. Quando o Valmir assumiu a prefeitura pela primeira vez, em junho de 2013, quando o Matias viajou para a Alemanha, fizemos uma homenagem. Depois que ele chegou para trabalhar no dia 11 de junho, eu entrei na sala para servir um cafezinho. Depois entraram os outros familiares. Foi um momento muito bonito e feliz. Ele gostou bastante.
Dos Prefeitos com que trabalhou, qual foi o mais simpático e qual o mais durão?
Não posso reclamar de nenhum, porque todos eles foram muito bons comigo. O Carlos Boos era como um pai pra mim. Todos os outros foram ótimos. Eu comecei a trabalhar na prefeitura em 1968 e fui registrada no mandato do prefeito João Baron, entre 1977 e 1983. Na época do Valério Maffezzolli fui atrás da minha aposentaria porque eu já tinha os anos que precisava para me aposentar. Depois eles perderam a eleição. Ganhou o Orides Kormann e o dr Luiz. Trabalhei uns dias e o Orides me chamou porque já era aposentada e me deu umas férias. Eu já sabia que ele ia colocar outra no meu lugar, mas não me importei porque eu era aposentada mesmo. Quando voltei de férias, me aposentei de vez.

Algum fato divertido durante alguma administração?
Um fato divertido que lembro é da época do prefeito Valério Maffezzolli. Sempre tinha uma comemoração no Dia do Funcionário Público. A gente ficava o dia todo numa festa na Chácara do Egon Schweigert, no Aymoré. Era um dia bem divertido, de conversa, descontração e de tomar um limãozinho. 

Como se sente sendo a mãe do Vice Prefeito de Guabiruba?
Feliz da vida. Eu não queria que alguém se envolvesse em política da minha família. Na época de eleição, era uma confusão na prefeitura e eu nunca gostei. Pensava que graças a Deus ninguém da minha família estava envolvido em política. Mas o Valmir foi candidato a prefeito em 2004. Em 2008 candidato a vereador e em 2013 assumiu como vice-prefeito. Hoje estou bem feliz. Sou feliz também por ver ele feliz. Esses tempos disse que não ia mais votar e ele me respondeu que o meu pai votou até os 94 anos e como que eu com 78 não queria mais. É mais um voto pra ele e eu decidi continuar votando.

O que faz hoje?
Pela manhã faço os serviços em casa. Cuido e limpo a casa, a chácara e faço almoço para mim e para um filho, que vem com a família almoçar comigo. À tarde passeio (risos). Vou aos Cafés dos Idosos, Cafés da Associação Hospitalar, visito meu irmão, faço minhas coisas. Vou por tudo de bicicleta. A gente até tem medo desse movimento todo, mas ainda uso a bicicleta. Às vezes penso em ir a pé, mas quando vou sair e vejo a bicicleta, acabo indo com ela. É mais rápido que ir a pé. Ando de bicicleta todos os dias.

Como conheceu o seu marido?
Conheci aqui em Guabiruba mesmo. Naquele tempo os homens negociavam cavalos, vacas e ele veio da Águas Claras pra cá. A gente foi se conhecendo e casamos. Fui morar na Águas Claras. Fiquei 10 anos lá. Depois voltei a morar em Guabiruba.           

A senhora é conhecida como Dona Trude?
Sim. Maria Gertrudes só me chama quem é de fora. Gente de Guabiruba me chama de Dona Trude.
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Dona Trude e os seus 7 filhos

Como são os encontros com a família?
Todo domingo aqui em casa tem café. Desde que meu marido faleceu, eu fazia um cafezinho ali em casa. Um dia meus filhos fizeram uma reunião comigo e disseram que não era mais pra eu fazer o café. Que eles traziam as coisas todas. Cada domingo um filho tem que trazer. É cachorro-quente, coruja, bolo, de tudo um pouco. Eu só faço o café e limpo depois. Não deixo ninguém lavar a louça. A gente fica conversando até umas 9 horas da noite. Todo domingo a família se reúne. Quem passa aqui, depois me pergunta o que aconteceu que tinha bastante gente reunida.

Gosta de Guabiruba?
Eu nasci em Guabiruba. Adoro esse lugar. É o meu lugar preferido. Morei na Águas Claras mas lá sofri muito. Não sou rica, mas era muito pobre e passei por muita dificuldade com meus filhos pequenos. Meu marido não tinha emprego fixo. Meu pai falou com o Carlos Boos na época para eu trabalhar na prefeitura, pois uma funcionária ia sair. E ele disse que eu podia começar a trabalhar. Dali em diante minha vida mudou, foi totalmente diferente. 


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 Dona Trude assinando como testemunha quando filho Zirke assumiu o cargo

 Exibindo Aniversário do prefeito e sobrinho Valério Maffezzolli.jpg

 Aniversário do Prefeito e sobrinho Valério Luiz Maffezzolli

Publicada no Jornal EM FOCO aos 05 de dezembro de 2014.

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