Entrevista João Antônio Schaefer 2 - Luiz Gianesini
O nosso entrevistado da semana é o médico João Antônio Schaefer, popular Dr Nica - conhecido como Médico de Família; Médico do Detran e Médico do Samu - filho dos saudosos João e Matilde Olinger Schaefer, natural de Brusque, nascido aos 23.04.1918. São em três irmãos: Orlando José (farmacêutico), Tarcísio (engenheiro) – ambos in memoriam e Dr. João Antônio - Nica (médico); cônjuge a saudosa Marieta Miqueis Schaefer (casados aos 04.06.47) e falecida aos 25.07.95; 5 filhos: Delfino João (Ginecologista e Obstetricista), Maria Cristina (Belas Artes), Orlando (Engenheiro), Maurício (Engenheiro) e Mariane (Letras). Torcedor do tricolor da Augusto Bauer e (C.A. Carlos Renaux) e C.R. Flamengo.Uma palhinha da descendência
Delfino João casou com Sandra Fantini, têm 5 filhos: Ticiane (letras), Taísa (form médica ), João Carlos (estudante de medicina), João Delfino , Susana (forma-se em direito); Orlando casou com Sílvia Appel, 4 filhos: João Antônio Neto (engenheiro), Carolina (farmacêutica), Patrícia (nutricionista), Marcela (estudante de engenharia) ; Maurício casou com Beatrice Szpoganicz- filha do saudoso Ivo Szpoganics, assessor jurídico na Prefeitura nas administrações dos Prefeitos Antônio -Néco -Heil (66/70), José Germano Schaefer/Alexandre Merico (70/73) e, Alexandre Merico/Antôno Waldemar Moser (77/83) - 3 filhos: Aline (Arquitetura), Letícia (Médica) e Maurício Migueis (Concluindo faculdade de Engenharia Mecânica); Mariane casou com Luiz H. Minatti, dois filhos: João Guilherme e Pedro Antônio, ambos estudantes e Maria Cristina com Waldir Eduardo Martins, uma filha: Flávia Tereza (Estudante de Direito).
Sonho de criança?
Queria ser médico
Formação acadêmica?
Iniciei os estudos básicos no Colégio Santo Antônio e, o último ano no Feliciano Pires, o Ginasial cursei no Catarinense – na Capital do Estado - o Segundo Grau e Medicina na Faculdade de Medicina do Paraná (Curitiba )
Como surgiu a Medicina em sua trajetória?
O desejo de ser útil para a comunidade e para Brusque. Lembro com carinho as palavras colocadas no quadro de formatura: “Divino é trabalhar para aliviar a dor”.
Na época prevalecia a Clínica Geral?
Na minha época, todos éramos clínicos gerais, ressalte-se que já havia as especialidades, mas antes de se especializar, o formando tinha que passar pela clínica geral, para depois fazer especialidade.
Como vê os avanços tecnológicos e as implicações na Medicina?
Uma grande mudança. A tecnologia evoluiu muito na área da saúde. Hoje dispõe-se de ultrassonografia, ressonância magnética, ecocardiograma, a tomografia computadorizada, a vídeo -cirurgia e daí por diante... é uma evolução constante e muito acelerada.
Como poderia ser traçado um perfil do médico de ontem e de hoje?
Mudou muita coisa. Primeiro no modo como a profissão é exercida. Antigamente, tínhamos o médico de família. As consultas eram feitas em casa do paciente. As pessoas adquiriam confiança nem médico que tratava de quase todas as doenças e fazia um acompanhamento dos pacientes. Hoje, quase não se encontram mais clínicos gerais, só especialistas. Destaque-se, hoje, também, a proteção obtida com a aplicação das vacinas.
Alguns descendentes seguiram seus passos?
Sim, o filho Delfino João e as netas Taísa e Letícia
Se não fosse médico?
Se não fosse médico, seria Professor.
Fale de algumas de suas atuações ?
Entre outras, destacaria : Presidi o Rotary Club (em duas oportunidades); presidi o Clube Atlético Carlos Renaux presidi também a S.E. Bandeirante; Diretor da Maternidade C.C Renaux; Dirigi o Tiro de Guerra (1951 a 1996), durante 46 anos; atuei no Grupo Escoteiros no tempo de Henrique Bosco (Secretário do Prefeito, idos de 1926); um dos membros fundadores da Ação Paroquial São Luiz Gonzaga; integrei a diretoria da Igreja São Luiz Gonzaga; fui um dos fundadores da APAE. Por 43 anos fui médico do Hospital Azambuja e, também atuei como médico chefe do ex SAMDU.
Uma orientação?
Gosto de mencionar o dito por Adão Myszk: “O melhor meio de conservar a saúde não está unicamente em se curar dos males presentes mas também em precaver-se contra os males futuros”.
Grandes alegrias? Tristezas?
Alegrias foram o nascimento dos netos, bisneto e também o lançamento do livro que leva o meu nome. Tristeza foi a perda da companheira Marieta.
O Brasil ainda tem acerto?
Sim, se houver espírito de coletividade e amor à Pátria.
Alguma premiação como reconhecimento pelas atividades profissionais?
Tornei-me Oficial em 1940, sendo que como Primeiro-Tenente, obtive a “medalha Cavaleiro” conferida pelo Presidente da República e como Segundo Tenente, a medalha de “Pacificador Duque de Caxias”.
Finalizando, Algumas considerações?
Pela dedicação e trabalho e engrandecimento de Brusque quero aproveitar a oportunidade para homenagear os saudosos: Irmã Ludgéria (agraciada com o título de cidadã honorária pela Lei 20/60), Izaura Gouveia Gevaerd (hoje nome de Escola em Tomaz Coelho, pelo Decreto 62/53 ), Georgina Carvalho Ramos da Luz (também nome de escola – na Alsácia - pelo Decreto 73/53), Cemirames Bosco (Henrique – que chegou a assumir interinamente como Prefeito na década de 20 - e Irmã Ôda.
- Entrevista publicada no EM FOCO aos 29 de novembro de 2013.
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