Valdir Appel - Chiquinho
O entrevistado
desta semana é o ex
goleiro de grandes equipes do cenário nacional e autor dos livros:
Na boca do Gol e Goleiro acorrentado, VALDIR APPEL.
Popular Chiquinho: Filho de Herbert e Rosa Montibeller Appel,
natural de Brusque, nascido aos 01.05.46; cônjuge Rosélis Slomsky
Appel; dois filhos: Isadora e Eduardo Herbert. Torce pelo Paysandú e
tem simpatias pelo Vasco da Gama, Sport Recife e Volta Redonda.
Como surgiu Valdir Appel, o goleiro?
Já nasci goleiro por inspiração de meu pai e do
tio Oswaldo. Quando garoto sempre fui presenteado ou com bola, ou com
joelheira ou, ainda, com camisa de goleiro. Na prática esportiva
formos descobertos por Pedro Werner: eu, Edson Cardoso, Ayone e
outros.
Em que equipes atuou?
Em Santa Catarina: Paysandú, Carlos Renaux e
Palmeiras (Blumenau). No Carlos Renaux foi uma temporada só, em
1963, no ano em que o Paysandú não disputou o campeonato. Fora do
Estado: Campo Grande, América, Vasco, Bonsucesso, Volta Redonda,
Sport Recife, América de Natal e Alecrim, no extinto CEUB de
Brasília, Goiânia, Atlético de Goiás, encerrando a carreira em 82
no Rio Verde, também de Goiás.
Onde teve as melhores fases de sua carreira
esportiva?
No Vasco, durante 7 anos, ou fui titular ou
primeiro suplente. Tive dois bons campeonatos cariocas, vestindo as
camisas do Bonsucesso e do Volta Redonda e uma grande passagem pelo
América de Natal (RN) em 75, quando ficamos classificados para as
oitavas de finais, inclusive empatamos em 0 x 0 com o Inter, que
levou o título brasileiro. O Inter foi campeão em 1975 pela primeira vez, em 1976 foi bi-campeão. O Inter foi campeão invicto em 1979, aliás a único campeão invicto brasileiro até hoje
Grandes craques que viu atuando a favor ou
contra?
Além de Pelé: Rivelino, Silva (ex Flamengo e
Corinthians Paulista), Andrada, atuei também contra dois
excepcionais arqueiros: Yashin “O Aranha Negra” e Sepp Mayer.
Em Brusque?
Tive oportunidade de atuar com muitos jogadores
bons, citaria alguns, entre outros: Di Bork (in memoriam), Julinho Hildebrandt,
Pereirinha (in memoriam), Edison Cardoso (in memoriam), Nego Kühn, Egon Petrusky (in memoriam), Teixeirinha.
Lembra a escalação de uma das formações do
“mais querido” em que você atuou?
Sim: Valdir, Di Bork (in memoriam), Valdir Montibeller, Ivo
Borba, e Venturelli (Bijo), Wallace, Nelsinho Imhof, Nego Kühn,
Julinho, Edison e Ayone.
Qual defesa - e em que equipe atuava - que não esqueceu?
Uma contra o
Internacional RS, defendendo o América de Natal, no campeonato
brasileiro de 1975.
Dois fatos marcantes?
No dia em que Andrada levou o milésimo gol de
Pelé no Maracanã, eu era o reserva desse inigualável goleiro. Outro fato marcante ocorreu em 01.05.2001, quando
reencontramos com a turma de 1976, em comemoração ao jubileu – 25
anos – do Volta Redonda, no Estádio Raulino de Oliveira.
Grandes treinadores?
Pedro Werner, o descobridor de novos talentos para
o Paysandú, Zezé Moreira e Tim.
Grandes dirigentes?
Antônio Soares Calçada (Vasco),e Joilson Santana
(América de Natal), os saudosos: Gerhard N. Appel, Walter W. Aichinger, popular
Bilo e Arthur Appel
Quais os melhores
livros que já leu? E na área esportiva?
Sempre devorei tudo na
literatura, mas dedico grande parte aos livros com tema
futebolístico, em função das pesquisas destinadas aos meus livros
de crônicas.
O que está lendo
atualmente?
O caçador das
bolachas perdidas (Jorge Cravo). As bolachas em questão são os
antigos discos de vinis, que eu coleciono.
Quais autores
prefere ler?
Os autores de
crônicas: Fernando Sabino, Rubem Braga, Nelson Rodrigues e outros.
Publicou
“Na boca do Gol” e Goleiro Acorrentado e está
pensando em escrever mais alguns? Já tem outro no prelo?
Sim
foram os
dois citados e brevemente “Onde ele pisa nascem histórias”
Como surgiram os
títulos dos livros “Na boca do Gol” e Goleiro Acorrentado?”
O primeiro titulo foi
inspirado na posição que eu atuava, um goleiro sempre está dentro,
ou próximo da boca do gol.
O Goleiro Acorrentado
é o titulo de uma crônica de Roberto Vieira (escritor
pernambucano), que ele me dedicou.
O que está levando
o futebol carioca a bancarrota?
Planejamento,
dinheiro, investimento na base, e pessoas competentes administrando
os clubes. Aliás é um problema nacional.
O que faz, Valdir Appel, hoje?
Supervisor de vendas na Swedish Match do Brasil há
28 anos, sendo que primeiramente em Goiás por dois anos e, há 26 em
Santa Catarina (fabricante dos fósforos Pinheiro e Fiat Lux).
Publicado no Jornal Em Foco aos 21 de novembro de 2014
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