Maria Eugenia Schaefer Wichern
A entrevistada da semana é Maria Eugenia Schaefer Wichern, nascida em Brusque aos 24 de maio de 1948, filha de José Germano Schaefer, popular Pilolo e Norma Schaefer, casada por 36 anos com Edgar Wichern, de cujo matrimônio nasceram três filhas; Ana Cristina, casada com Marcelo Schmachtenberg; Heloisa Maria casada com Moacir Nelson Zunino Junior e Alexandra casada com Renato Rosa, e de cujas uniões , nasceram meus três adorados netos; Gabriel, 8 anos, Lucas 5 anos e João Vitor próximo aos 2 aninhos. Alegrias da minha vida. Ana Cristina é formada em letras e direito, iniciando seus conhecimentos profissionais no Registro Civil, permanecendo até hoje. Da mesma forma Alexandra, apesar de formada em arquitetura e urbanismo. Heloísa, seguiu carreira na área de educação, é formada em pedagogia, fez especializações e mestrado, ocupando atualmente o cargo de Pró Reitora de Pós Graduação, Pesquisa e Extenção da Unifebe Quais são as lembranças que você tem da sua infância?As lembranças que tenho da minha infância são as mais alegres e felizes. As brincadeiras com as amigas , todas vizinhas, eram na rua mesmo, tínhamos toda liberdade, pois automóvel era objeto de luxo. Brincávamos de roda, de esconde-esconde, de boneca então nem se fala, éramos verdadeiras mãezinhas. Os natais e páscoas na casa dos meus avós maternos, em Blumenau, são inesquecíveis. Lembro-me de um natal, que fiquei na expectativa de ganhar uma nova bicicleta, pois a minha tinham furtado quando fui a aula de piano , era atividade extra escolar quase obrigatória na época, mas que nada, o Papai Noel estava sem grana, fiquei frustrada.
Sonho de criança?
Não lembro, se de criança tive algum sonho em especial, mas na pré adolescência , sim, queria ser professora, casar e ter filhos, cuja profissão de professora veio se concretizar ao me formar no curso normal , e no ano seguinte, já estava com meu primeiro emprego, ministrando aula para 41 alunos da 4º serie primária, assim denominada na época, no antigo Grupo Escolar Santo Antonio, hoje Colégio São Luiz .
Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
A minha juventude foi muito tranquila, menos agitada que atualmente é, poucas opções de divertimento tínhamos, mas as matinés, tardes dançantes, bailes, cinemas supriam nossos espaços. O que mais gostava da fazer era justamente o que citei, ir a cinemas, bailes, festas, passear de carro aos sábados a tarde e domingos de manhã, era imperdível , imprescindível. As festas do Clube ª C.R eram insuperáveis, os bailes do chopp do Clube bandeirante, inesquecíveis.
Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Quem não lembra da Copa do Mundo de 1958? Eu tinha dez anos, não tinha TV, acompanhávamos pela rádio. Nas festividades do CACR, que promovia anualmente em seus festejos de aniversário, teve desfile dos jogadores que ganharam a copa, na pessoa dos meninos da sociedade, originalíssimo, como forma de homenagear os atletas campeões.
Pessoas que influenciaram ?
Meus pais tiveram muita influência na minha vida, principalmente profissional, segui a risca a sua conduta e os ensinamentos repassados.
Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias?
A escola que eu estudava quando criança, já anteriormente citada, tradicional escola católica, de freiras rígida na educação e disciplina, os professores eram austeros, impunham sua autoridade, obedecíamos sem muitos questionamentos. De um modo geral . gostava de todas as matérias, mas a medida que passava de ano , o grau de dificuldade aumentava, e de acordo com essa dificuldade, gostava-se mais ou menos de uma matéria. Mas, já no ginásio, gostava de línguas, entre as quais francês, inglês, igualmente de história e geografia, Gostava muito de educação física, formávamos times de voley e batida, era muito divertido e saudável. Detestava matemática, decorar os teoremas, então, apesar de o professor ser excelente. Bom lembrar, que aos sábados, era obrigatório o uso do uniforme de gala, para saudação à bandeira e cantar o Hino Nacional, tínhamos de saber de cor. Declamava-se poesia e para este ato, eram escolhidos os alunos que obedeciam e se saiam bem em sala de aula. Imagina se eu não corria atrás do prejuízo, par ser escolhida para declamar poesia,.
Formação escolar?
Minha formação escolar foi no Colégio São Luiz desde o primário até o Curso Normal, onde me formei em 1966. O primeiro ano do curso normal, fiz em Blumenau no Colégio Sagrada Família em regime de internato, experiência que curti muito.
Primeiro/a professor/a ? Grandes professores?
Inesquecível a primeira professora, Irmã Vera, apesar da austeridade, percebia-se o outro lado, de bondade e e compreensão. Impossível esquecer as aulas de português da d. Iolanda Soares Tridapalli, no ginásio, quanto conhecimento. E na faculdade, não poderia aqui mencionar os grandes professores, pois se assim o0 fizesse, poderia estar deixando, ... mas vou reverenciar a minha querida professora e orientadora Adriana Bina da Silveira, ministrava Direito de Família, matéria que me era familiar, curti muito... Percebestes que meus grandes professores, foram mulheres?
O que lembra com carinho dos bons tempos de tênis?
Retornando aos meus 13 anos, quando iniciei no tênis. Inicialmente meus pais não apoiaram a ideia, mas com o “trabalho” feito pela minha tia, concordaram .Tinha aulas duas vezes com professor Cardoni, e nos outros dias treinava e jogava com meus amigos, e me apaixonei pelo tênis, tanto que em 11 meses de treinamento venci o 1º campeonato estadual na categoria 13/15 anos, foi sensacional. Nessa época, vivia e respirava tênis, participava de todos, ou quase todos campeonatos aqui no estado e, sem falsa modéstia, venci muitos campeonatos. Pois com a torcida dos meus pais, fãs nº um, era muita motivação, estavam sempre presentes nos torneis inclusive em campeonatos brasileiros. Nesta época meu professor de tênis escreveu um artigo sobre minha trajetória no tênis, que guardo ainda hoje. O período que joguei tênis foi curto, apenas cinco anos, mas vividos intensamente.
Fale um pouco de sua trajetória profissional
Bom, como já mencionei, iniciei trajetória profissional como professora no curso primário e paralelamente fazia transcrições de documentos em livros enormes, do cartório que meu pai era o titular na época. Nos anos setenta iniciei no Tabelionato Gevaerd lá permanecendo por 11 anos. Retornei ao cartório do Registro Civil, agora já como funcionária efetiva. Com a aposentadoria de minha mãe, fui nomeada Oficial Maior, permanecendo com o cargo até 1993, quando fui nomeada titular desta serventia pelo TJ SC. Permaneci como tal até abril de 2010 quando então a lei que me concedeu a titularidade, foi julgada inconstitucional , afastando-me da mesma. E a convite de minha amiga e colega de cartório, continuo como auxiliar até o presente momento. Agora, estou batalhando na conquista de minha aposentadoria, e depois veremos o que fazer As maiores realizações da minha vida, bom primeiro, como mãe a avó, e sem dúvida foi ter cursado a faculdade de direito. Não posso precisar quando surgiu o interesse, penso que sempre, mas surgiu a oportunidade na hora certa. Curti cada aula, cada palestra, simpósios, estudava muito, detestava perder aulas, mas foram pouquíssimas. Meus pais e minhas filhas foram meus incentivadores, apoiadores e torcedores incondicionais.
Como foi a experiência profissional do Cartório de Registro Civil?
A experiência profissional no Registro Civil, realmente de muita dedicação, disposição, estudos , participando de simpósios, congressos, reuniões, atualizando sempre nossos conhecimentos.
E a filha Heloísa Pró-Reitora?
Heloísa desde a mais tenra idade, exteriorizou suas ações e comportamento ligados a educação. Atualmente é Pro-Reitora de Pós Graduação Pesquisa e Extensão da Unifebe já mencionado anteriormente. Profissional, competente, zelosa, cumpridora de seus deveres com absoluta disposição e sabedoria. Sinto muito orgulho de ver Heloísa, pertencer ao Quadro da Unifebe.
E o que dizer do paizão Pilolo?
Enérgico na educação dos filhos, incutiu em nossas vidas a seriedade à profissão, conduta ética, não precisava muito nos falar, mas suas atitudes eram suficientes para que seguíssemos suas orientações e informações. Quando prefeito, conduziu a prefeitura com dignidade, conhecimento,seriedade e competência. Pilolo jogador então, que profissional, o tempo fala por si. Uma das grandes paixões de sua vida, o C.A.C.R., fala com paixão dos momentos vividos como jogador e das conquistas que obteve.
Algo que apostou e não deu certo? Não sou de apostar. Penso que nosso destino está traçado. O que é para ser será.
O quer faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de fazer?
Penso que não faltou coragem para fazer algo, o que tinha que ser feito, foi feito.
O que você aplica dos grandes educadores?
A nossa formação podemos também atribuir aos grandes educadores que tivemos em nossas vidas. A formação de caráter, o respeito, educação, valores morais adquiridos, pode-se dizer que .....vivenciamos em nosso di a dia.
Maiores decepções e alegrias que teve?
Olha ...se tive decepções, já as esqueci, mas alegrias.......... são tantas.....tendo uma familia como a minha , seria injusto me lamentar.
Referências
- Jornal Em Foco. Edição de 12 de junho de 2012.
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