Valmir Zirke -Vice Prefeito de Guabiruba
O
entrevistado desta semana é o Vice-Prefeito e atual Secretário de Obras de Guabiruba,
Valmir Zirke,
nascido em Guabiruba aos 03 de fevereiro de 1969; filho de Onildo
Zirke (in memoriam) e de Maria Gertrudes Zirke. Companheira Wiliane
Greis Debatin Zirke; filho: Valmir Gustavo. Torce pelo Botafogo.
Sempre filiado somente ao PT.
Nosso
entrevistado Valmir Zirke,
com a companheira Wiliane e o filho Valmir Gustavo
Como
foi o seu nascimento?
Nasci em casa, em
Guabiruba, juntamente com meu irmão gêmeo Leomir Zirke no dia 3 de
fevereiro de 1969. Sou o filho caçula de uma família de sete
irmãos. Como não tínhamos acesso ao hospital, nasci pelas mãos de
uma parteira e amiga da família.
O
que sonhava ser quando era criança?
Médico.
Escolas
que frequentou?
Frequentei
a Escola de Educação Básica Professor João Boos, em Guabiruba,
Ensino Médio e Ensino Fundamental. Cursos técnicos no SENAI, em
Brusque e em Campinas na USP frequentei cursos na área de
atendimento e tanatopraxia, ou seja, no meu ramo de atuação, que é
a funerária.
Primeiro/a
professor/a?
Foi Vanete
Comper
Grandes
Professores?
Tive
muitos que me inspiraram. Posso citar a própria Vanete Comper, a
Mercedes Erthal, a Iria Fischer Habitzreuter, Vania Gevaerd,
Margarida Shumacher Dalsejo e Edinalte Alves de Souza.
Pessoas
que influenciaram?
Minha
família, como a minha mãe e minha esposa. Na vida política, o
prefeito de Brusque, Paulo Eccel, e o próprio vereador dr. Felipe
Eliert dos Santos.
Zirke
com a mãe Maria
Gertrudes Zirke, 77 anos, passou 29 anos da sua vida servindo
cafezinho para os prefeitos de Guabiruba. Serviu Carlos Boos,
Vadislau Schmitt, Ivo Fischer, João Baron, Guido Kormann, Valerio
Maffezzolli e Orides Kormann, no seu primeiro mandato. Aposentou-se
depois de servir quase todos os prefeitos da cidade e sem imaginar
que um dia seria seu filho que tomaria as decisões do Executivo
guabirubense. Na
manhã de terça-feira, 11 de junho de 2013, ela e a família
prestaram uma homenagem a Valmir Zirke. Ao chegar para trabalhar no
seu primeiro dia como prefeito em exercício, Zirke foi surpreendido
quando o café chegou à sua sala pelas mãos da mãe.
Como
surgiu a política em sua trajetória?
Sempre
gostei de política. Coincidência ou não, a primeira prefeitura de
Guabiruba foi instalada na casa do meu avô. Tive um primo que foi
prefeito e vice, o Valerio Maffezzolli, e o dr. Felipe, o vereador,
foi quem de fato me levou à vida política. Ele veio até a minha
casa em 2002 e me convidou para me filiar ao PT. Até então eu tinha
uma simpatia pelo PT, mas não tinha pensado em filiação. Minha
família era ligada ao PP. Meu primo, Valerio Maffezzolli foi
prefeito e vice pelo PP. Mas como tinha essa simpatia pelo PT aceitei
o convite do dr. Felipe.
Já
foi candidato em outras oportunidades?
Sim.
Em 2004 fui candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores,
quando o PT pela primeira vez teve um candidato em Guabiruba. O
vereador Felipe foi meu vice. Naquela ocasião fizemos 1.331 votos e
ficamos em terceiro lugar. Foi um bom começo. O começo de tudo. Em
2008 me lancei a vereador e fui o segundo mais votado. Perdi apenas
para o Matias. Mas por questão de legenda, não me elegi. A terceira
experiência veio agora, com a coligação com o PP e a vitória
histórica em Guabiruba.
Valmir
Zirke e a esposa com a Presidente Dilma
Ao
assumir a Secretaria de Obras do município, você já se inteirou
das demandas da pasta e das principais necessidades no setor?
Antes
mesmo de assumir a Secretaria de Obras eu já acompanhava de perto o
andamento dos trabalhos. É uma das secretarias que a população
mais quer ver atuar. Então, já sabia o que vinha pela frente.
Sempre deixo claro que sou secretário temporariamente, pois sempre
disse que seria um vice atuante. E como foi uma necessidade assumir a
Secretaria de Obras, eu assumi. Mas logo quero voltar a trabalhar no
atendimento à população enquanto vice-prefeito.
Quanto
às necessidades da secretaria, a maior delas é a falta de mão de
obra. Temos poucos funcionários que não dão conta de atender a
demanda de toda Guabiruba. Em breve teremos concurso público e para
melhorar essa situação também iremos terceirizar alguns dos
serviços. Com isso, pretendemos dar o retorno mais rápido para a
população.
Como
vê o desafio, já que existe uma grande cobrança por parte da
comunidade?
Eu
encarei o desafio sabendo das dificuldades. Venho de família
humilde, que não faz corpo mole para trabalhar. Não tenho problemas
com cobrança, pois nesse pouco período que estou à frente da
secretaria percebo que se fez bastante com pouco e quando aumentarmos
a mão-de-obra se fará muito mais. Ficarei na secretaria até
encontrarmos um bom nome para conduzir as obras no município.
Matias
Kohler está sendo e agindo conforme sua expectativa?
As
ações do atual governo são do Matias e do Zirke. As decisões são
tomadas em conjunto, em grupo, guiadas sempre pelo nosso plano de
governo, que foi aprovado pela comunidade.
Pensa
em se candidatar a Prefeito?
Já
fui candidato uma vez e com certeza serei novamente. Hoje o PT tem
uma estrutura forte no município e acredito que o partido possa ter
candidato próprio e meu nome estará sempre à disposição do PT.
Isso não significa uma ruptura da dupla Matias e Zirke para as
próximas eleições.
É
a primeira vez que o PT chega ao Executivo e ao Legislativo em
Guabiruba?
É
a primeira vez, tanto no Executivo quanto no Legislativo. Hoje o PT
na Câmara de Vereadores é representado pelo vereador Felipe Eilert
dos Santos.
Como
está o seu partido em Guabiruba e nos municípios vizinhos?
Hoje
nós temos uma boa estrutura. Temos referência do prefeito de
Brusque, Paulo Eccel, reeleito. Em Guabiruba temos o apoio dos
deputados petistas e do próprio Governo Federal. A força do PT no
Brasil e em Santa Catarina reflete também na força do partido na
nossa região.
O
que você mudaria – se pudesse – na profissão que exerce?
O
que eu mudaria e estou mudando é a figura passiva do vice-prefeito.
Aquela imagem de que o vice só vai à prefeitura na ausência do
prefeito. Eu estava diariamente na prefeitura, conheço a realidade
do nosso município. Como secretário de Obras saí do atendimento no
gabinete, mas estou em contato com as pessoas na rua. A Secretaria de
Obras tem me exigido acordar todos os dias antes das 6 horas e não
ter horário para chegar em casa, mas esse contato com a população
está ainda mais próximo. Então, uma coisa que eu estou mudando, é
a figura do vice-prefeito. Está deixando de ser passiva para ser
mais atuante.
Quais
os melhores livros que lá leu?
O
Monge e o Executivo, O que sei de Lula, entre outros.
O
que está lendo atualmente?
Minhas
leituras frequentes são de jornais e revistas. Às 5h30 da manhã,
todo dia, leio meu jornal. Não saio de casa sem ter lido. Também
acompanho revistas nacionais e os veículos de comunicação locais
para me manter informado e atualizado.
Um
resumo de sua trajetória pessoal e profissional
Eu
resumiria minha trajetória profissional em três palavras. Operário,
empresário e vice-prefeito. Tive uma infância de muito trabalho.
Comecei a trabalhar com 10 anos capinando e batendo tapetes para
ajudar nas despesas de casa. Depois trabalhei em uma metalúrgica,
mais tarde na indústria têxtil (Iresa),e trabalhava voluntariamente
em uma funerária de Guabiruba até chegar a comprá-la. Hoje sou
proprietário da Funerária Guabiruba, a única da cidade e a mais
antiga. A Funerária tem 20 anos e eu estou à frente dela há 16.
Com 18 anos conheci a Wiliane, minha atual esposa. Ela tinha 14 anos
na época. Conheci ela numa festa de igreja. Namoramos durante quase
seis anos e depois de nós termos conquistado o sonho da casa
própria, nos casamos. Isso foi em 11 de setembro de 1993. Do nosso
amor e casamente, nasceu o Valmir Gustavo, que tem 16 anos. Uma das
minhas experiências que carrego com orgulho é ter sido presidente
da APAE entre 2002 e 2007. Atuei também como a equipe da Associação
e o apoio dos empresários na elaboração e conclusão dos projetos
Bosque da APAE, Vila Germânica, Piscina de Hidroginástica, ônibus,
e agora vamos construir um ginásio com o apoio de recursos federais.
Também fui presidentes do Rotary Club (resultando na construção da
1ª capela mortuária de Guabiruba) e sou membro da Comissão
Organizadora da Stadtplatzfest.
O
que faria se estivesse no início da carreira e que não teve coragem
de fazer?
Sempre
apostei naquilo que tive vontade de fazer. Nunca deixei de fazer algo
por falta de coragem. Não posso dizer que nunca tive medo, mas
sempre tive uma postura firme e acreditei aquilo que tinha vontade de
fazer. Tudo que conquistei é resultado de muito trabalho. Me sinto
realizado por tudo que tenho e chegar aonde cheguei por ser de
família humilde.
Algo
que apostou e não deu certo?
Só
a campanha em 2004 para prefeito e em 2008 para vereador...(risos).
Algo
cômico que aconteceu em sua vida?
Ser
proprietário de uma funerária. Tinha medo da morte e hoje ela é
meu negócio.
O
que você aplica dos grandes educadores, das experiências que teve,
no dia a dia?
A
importância da honestidade, da simplicidade e da humildade.
O
que o incomoda?
O
que me incomoda é querer fazer muito mais e às vezes não ter a
estrutura necessária para fazer.
Quais
são as suas aspirações?
Ser
prefeito.
Qual
o maior desafio que enfrentou até agora?
O
maior desafio é fazer de Guabiruba uma cidade ainda melhor para se
viver. Um desafio que estamos vencendo dia após dia.
Grandes
alegrias? Tristezas?
Alegria
é de chegar aonde eu cheguei. Tristeza do meu pai não ter me visto
vice-prefeito. Até porque em 2004 quando eu perdi a eleição, a dor
dele foi muito grande. Sei que a alegria de eu ter vencido em 2012
por uma diferença de 3.069 deixaria ele muito feliz e orgulhoso.
Finalizado,
alguma mensagem?
A
mensagem não pode ser outra. É de gratidão. A todos aqueles que me
deram a oportunidade de ser vice-prefeito de Guabiruba. Da mesma
forma que vocês confiaram em mim em 2012, depositando em mim o voto,
peço que continuem confiando. Da minha parte, farei tudo que eu
puder por essa cidade que tanto me orgulha.
Publicado no Jornal EM FOCO aos 21 de fevereiro de 2014
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