quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Valmir Zirke -Vice-Prefeito e Secretário de Obras




Valmir Zirke -Vice Prefeito de Guabiruba


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O entrevistado desta semana é o Vice-Prefeito e atual Secretário de Obras de Guabiruba, Valmir Zirke, nascido em Guabiruba aos 03 de fevereiro de 1969; filho de Onildo Zirke (in memoriam) e de Maria Gertrudes Zirke. Companheira Wiliane Greis Debatin Zirke; filho: Valmir Gustavo. Torce pelo Botafogo. Sempre filiado somente ao PT.
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Nosso entrevistado Valmir Zirke, com a companheira Wiliane e o filho Valmir Gustavo


Como foi o seu nascimento?
Nasci em casa, em Guabiruba, juntamente com meu irmão gêmeo Leomir Zirke no dia 3 de fevereiro de 1969. Sou o filho caçula de uma família de sete irmãos. Como não tínhamos acesso ao hospital, nasci pelas mãos de uma parteira e amiga da família.

O que sonhava ser quando era criança?
Médico.

Escolas que frequentou?
Frequentei a Escola de Educação Básica Professor João Boos, em Guabiruba, Ensino Médio e Ensino Fundamental. Cursos técnicos no SENAI, em Brusque e em Campinas na USP frequentei cursos na área de atendimento e tanatopraxia, ou seja, no meu ramo de atuação, que é a funerária.

Primeiro/a professor/a?
Foi Vanete Comper

Grandes Professores?
Tive muitos que me inspiraram. Posso citar a própria Vanete Comper, a Mercedes Erthal, a Iria Fischer Habitzreuter, Vania Gevaerd, Margarida Shumacher Dalsejo e Edinalte Alves de Souza.

Pessoas que influenciaram?
Minha família, como a minha mãe e minha esposa. Na vida política, o prefeito de Brusque, Paulo Eccel, e o próprio vereador dr. Felipe Eliert dos Santos.
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Zirke com a mãe Maria Gertrudes Zirke, 77 anos, passou 29 anos da sua vida servindo cafezinho para os prefeitos de Guabiruba. Serviu Carlos Boos, Vadislau Schmitt, Ivo Fischer, João Baron, Guido Kormann, Valerio Maffezzolli e Orides Kormann, no seu primeiro mandato. Aposentou-se depois de servir quase todos os prefeitos da cidade e sem imaginar que um dia seria seu filho que tomaria as decisões do Executivo guabirubense.  Na manhã de terça-feira, 11 de junho de 2013, ela e a família prestaram uma homenagem a Valmir Zirke. Ao chegar para trabalhar no seu primeiro dia como prefeito em exercício, Zirke foi surpreendido quando o café chegou à sua sala pelas mãos da mãe.


Como surgiu a política em sua trajetória?
Sempre gostei de política. Coincidência ou não, a primeira prefeitura de Guabiruba foi instalada na casa do meu avô. Tive um primo que foi prefeito e vice, o Valerio Maffezzolli, e o dr. Felipe, o vereador, foi quem de fato me levou à vida política. Ele veio até a minha casa em 2002 e me convidou para me filiar ao PT. Até então eu tinha uma simpatia pelo PT, mas não tinha pensado em filiação. Minha família era ligada ao PP. Meu primo, Valerio Maffezzolli foi prefeito e vice pelo PP. Mas como tinha essa simpatia pelo PT aceitei o convite do dr. Felipe.

Já foi candidato em outras oportunidades?
Sim. Em 2004 fui candidato a prefeito pelo Partido dos Trabalhadores, quando o PT pela primeira vez teve um candidato em Guabiruba. O vereador Felipe foi meu vice. Naquela ocasião fizemos 1.331 votos e ficamos em terceiro lugar. Foi um bom começo. O começo de tudo. Em 2008 me lancei a vereador e fui o segundo mais votado. Perdi apenas para o Matias. Mas por questão de legenda, não me elegi. A terceira experiência veio agora, com a coligação com o PP e a vitória histórica em Guabiruba.
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Valmir Zirke e a esposa com a Presidente Dilma

Ao assumir a Secretaria de Obras do município, você já se inteirou das demandas da pasta e das principais necessidades no setor?
Antes mesmo de assumir a Secretaria de Obras eu já acompanhava de perto o andamento dos trabalhos. É uma das secretarias que a população mais quer ver atuar. Então, já sabia o que vinha pela frente. Sempre deixo claro que sou secretário temporariamente, pois sempre disse que seria um vice atuante. E como foi uma necessidade assumir a Secretaria de Obras, eu assumi. Mas logo quero voltar a trabalhar no atendimento à população enquanto vice-prefeito.
Quanto às necessidades da secretaria, a maior delas é a falta de mão de obra. Temos poucos funcionários que não dão conta de atender a demanda de toda Guabiruba. Em breve teremos concurso público e para melhorar essa situação também iremos terceirizar alguns dos serviços. Com isso, pretendemos dar o retorno mais rápido para a população.

Como vê o desafio, já que existe uma grande cobrança por parte da comunidade?
Eu encarei o desafio sabendo das dificuldades. Venho de família humilde, que não faz corpo mole para trabalhar. Não tenho problemas com cobrança, pois nesse pouco período que estou à frente da secretaria percebo que se fez bastante com pouco e quando aumentarmos a mão-de-obra se fará muito mais. Ficarei na secretaria até encontrarmos um bom nome para conduzir as obras no município.

Matias Kohler está sendo e agindo conforme sua expectativa?
As ações do atual governo são do Matias e do Zirke. As decisões são tomadas em conjunto, em grupo, guiadas sempre pelo nosso plano de governo, que foi aprovado pela comunidade.

Pensa em se candidatar a Prefeito?
Já fui candidato uma vez e com certeza serei novamente. Hoje o PT tem uma estrutura forte no município e acredito que o partido possa ter candidato próprio e meu nome estará sempre à disposição do PT. Isso não significa uma ruptura da dupla Matias e Zirke para as próximas eleições.

É a primeira vez que o PT chega ao Executivo e ao Legislativo em Guabiruba?
É a primeira vez, tanto no Executivo quanto no Legislativo. Hoje o PT na Câmara de Vereadores é representado pelo vereador Felipe Eilert dos Santos.

Como está o seu partido em Guabiruba e nos municípios vizinhos?
Hoje nós temos uma boa estrutura. Temos referência do prefeito de Brusque, Paulo Eccel, reeleito. Em Guabiruba temos o apoio dos deputados petistas e do próprio Governo Federal. A força do PT no Brasil e em Santa Catarina reflete também na força do partido na nossa região.


O que você mudaria – se pudesse – na profissão que exerce?
O que eu mudaria e estou mudando é a figura passiva do vice-prefeito. Aquela imagem de que o vice só vai à prefeitura na ausência do prefeito. Eu estava diariamente na prefeitura, conheço a realidade do nosso município. Como secretário de Obras saí do atendimento no gabinete, mas estou em contato com as pessoas na rua. A Secretaria de Obras tem me exigido acordar todos os dias antes das 6 horas e não ter horário para chegar em casa, mas esse contato com a população está ainda mais próximo. Então, uma coisa que eu estou mudando, é a figura do vice-prefeito. Está deixando de ser passiva para ser mais atuante.

Quais os melhores livros que lá leu?
O Monge e o Executivo, O que sei de Lula, entre outros.

O que está lendo atualmente?
Minhas leituras frequentes são de jornais e revistas. Às 5h30 da manhã, todo dia, leio meu jornal. Não saio de casa sem ter lido. Também acompanho revistas nacionais e os veículos de comunicação locais para me manter informado e atualizado.

Um resumo de sua trajetória pessoal e profissional
Eu resumiria minha trajetória profissional em três palavras. Operário, empresário e vice-prefeito. Tive uma infância de muito trabalho. Comecei a trabalhar com 10 anos capinando e batendo tapetes para ajudar nas despesas de casa. Depois trabalhei em uma metalúrgica, mais tarde na indústria têxtil (Iresa),e trabalhava voluntariamente em uma funerária de Guabiruba até chegar a comprá-la. Hoje sou proprietário da Funerária Guabiruba, a única da cidade e a mais antiga. A Funerária tem 20 anos e eu estou à frente dela há 16. Com 18 anos conheci a Wiliane, minha atual esposa. Ela tinha 14 anos na época. Conheci ela numa festa de igreja. Namoramos durante quase seis anos e depois de nós termos conquistado o sonho da casa própria, nos casamos. Isso foi em 11 de setembro de 1993. Do nosso amor e casamente, nasceu o Valmir Gustavo, que tem 16 anos. Uma das minhas experiências que carrego com orgulho é ter sido presidente da APAE entre 2002 e 2007. Atuei também como a equipe da Associação e o apoio dos empresários na elaboração e conclusão dos projetos Bosque da APAE, Vila Germânica, Piscina de Hidroginástica, ônibus, e agora vamos construir um ginásio com o apoio de recursos federais. Também fui presidentes do Rotary Club (resultando na construção da 1ª capela mortuária de Guabiruba) e sou membro da Comissão Organizadora da Stadtplatzfest.

O que faria se estivesse no início da carreira e que não teve coragem de fazer?
Sempre apostei naquilo que tive vontade de fazer. Nunca deixei de fazer algo por falta de coragem. Não posso dizer que nunca tive medo, mas sempre tive uma postura firme e acreditei aquilo que tinha vontade de fazer. Tudo que conquistei é resultado de muito trabalho. Me sinto realizado por tudo que tenho e chegar aonde cheguei por ser de família humilde.

Algo que apostou e não deu certo?
Só a campanha em 2004 para prefeito e em 2008 para vereador...(risos).

Algo cômico que aconteceu em sua vida?
Ser proprietário de uma funerária. Tinha medo da morte e hoje ela é meu negócio.

O que você aplica dos grandes educadores, das experiências que teve, no dia a dia?
A importância da honestidade, da simplicidade e da humildade.

O que o incomoda?
O que me incomoda é querer fazer muito mais e às vezes não ter a estrutura necessária para fazer.

Quais são as suas aspirações?
Ser prefeito.

Qual o maior desafio que enfrentou até agora?
O maior desafio é fazer de Guabiruba uma cidade ainda melhor para se viver. Um desafio que estamos vencendo dia após dia.

Grandes alegrias? Tristezas?
Alegria é de chegar aonde eu cheguei. Tristeza do meu pai não ter me visto vice-prefeito. Até porque em 2004 quando eu perdi a eleição, a dor dele foi muito grande. Sei que a alegria de eu ter vencido em 2012 por uma diferença de 3.069 deixaria ele muito feliz e orgulhoso.

Finalizado, alguma mensagem?
A mensagem não pode ser outra. É de gratidão. A todos aqueles que me deram a oportunidade de ser vice-prefeito de Guabiruba. Da mesma forma que vocês confiaram em mim em 2012, depositando em mim o voto, peço que continuem confiando. Da minha parte, farei tudo que eu puder por essa cidade que tanto me orgulha.

Publicado no Jornal EM FOCO aos 21 de fevereiro de 2014

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