O entrevistado desta semana é o
treinador do Brusque, Jerson Testoni, popular Jersinho Testoni
- nascido em Gaspar aos 18 de junho de 1980; cônjuge: Juliana
Cipriani; filha: Raiani Heloisa Boing (enteada); torce sempre para
equipe que está em atividade.
Como foi sua infância? O que lembra com carinho?
Minha infância foi maravilhosa, morava no interior
então tinha muita liberdade para brincar, claro sempre em sua maioria de
futebol, tive muito carinho do meu pai e minha mãe, nossa família era muito
unida, meus pais sempre dando muito suporte, sempre fomos uma família muito
simples e eu uma criança que me contentava com muito pouco, minha maior
lembrança é o campinho de futebol que tinha no lado de casa, tinha uma mini
trave com uma rede quase sempre furada, mais que era o suficiente para eu e
meus amigos jogar futebol.
E a sua juventude?
Tive uma juventude tranquila, quando possuía muitos
amigos que na sua maioria era pelo futebol; tinha muitas dúvidas sobre se eu
iria conseguir ser jogador de futebol, algumas vezes queria desistir pela
dificuldade financeira da família; como treinava não conseguia trabalhar e
ajudar em casa; pelo contrário eles gastavam um pouco que tinha para pagar
passe de ônibus para eu ir treinar, mas foi uma juventude muito legal que deixou
saudades pelas amizades, pela família que era muito unida e que naquela época
estava completa, porque hoje são falecidos meus pais.
Como surgiu o futebol em sua caminhada?
Surgiu muito cedo, sempre incentivado pelo meu
falecido pai que amava o futebol.
Atuou como jogador?
Sim
Qual a posição?
Lateral
Em que equipes atuou?
Brusque/SC, Criciúma/SC, Gama/DF, Vila Nova/MG,
Francana/SP, Botafogo/SP, Joinville/SC, XV de Piracicaba/SP, Atlético de
Ibirama/SC, Tubarão/SC, Marcílio Dias/SC, Brasil de Farropilha/RS e
CFZ/Imbituba/SC.
Como surgiu o Brusque em sua
jornada?
Como atleta surgiu quando eu
tinha 17 anos, meu pai descobriu que estavam realizando avaliações para
montagem do elenco profissional que iria jogar a segunda divisão em 1997, fui
aprovado naquele ano onde atuei no clube até novembro de 2000, quando fui
negociado com o Criciúma, me tornando o primeiro atleta da história do Brusque
a ser negociado com outro clube.
Como treinador fui contratado em
2016 pelo diretor da base Jonas Stange, oportunidade em que fui coordenador
técnico e treinador do sub-17 e logo após subindo para ser auxiliar técnico do
profissional.
Algum esquema de jogo preferido ou vai do
adversário que vai enfrentar?
Minha equipe tem que está preparada para todos os
momentos do jogo, seja ele ofensivo ou defensivo, e também para as transições,
tem que ser uma equipe bem equilibrada em todos os setores, mais minha ideia é
sempre de propor o jogo marcar o adversário na alta, ser uma equipe agressiva e
ofensiva priorizando sempre a posse da bola.
Como analisa os adversários – a maneira que irá
colocar a equipe em campo?
Procuro passar para meus atletas mais as
características individuais dos atletas adversário, não procuro espelhar
encaixe com sistema do oponente, que na minha opinião nos tornaria dentro do
jogo refém do próprio adversário, tenho a convicção que devemos sempre impor
nosso modelo de jogo, sempre nos concentrar em executar bem nossas ações, com
isso as chances de sucesso e vitória nos jogos são bem maiores.
O Brusque está pensando para frente com a base?
Acredito que com o crescimento do clube a base será
melhor estruturada.
Quem são seus auxiliares diretos?
Não tenho auxiliar no momento.
Grandes dirigentes?
Como atleta foi Moacir Fernandes na época
Presidente do Criciúma.
Na função de comissão técnica foi Danilo Rezini,
acho ele incrível, não mede esforços para fazer um Brusque vencedor e
competitivo em todas as competições.
Grandes árbitros?
Sandro Meira Ricci, Paulo Cesar de Oliveira.
Vitória inesquecível?
Com certeza a vitória contra o Marcílio Dias na
minha estreia na copa SC, foi importante para nossa conquista e sequencia como
treinador.
Derrota que ficou atravessada?
Foi a derrota contra o São José, na minha primeira
passagem como treinador no clube, perdemos de 1x0 em Porto Alegre, quando fomos
eliminado da Série D de 2017.
Refletirá positivamente no grupo a
premiação pela CBF aos dois atletas do marreco ou poderá causar ciumeiras?
Tenho certeza que todos os atletas do grupo estão
muito feliz com esse reconhecimento, quando um atleta ou nesse caso dois são
premiados mostra ainda mais o valor e a força do nosso grupo, nosso grupo de
atletas não tem vaidades e são muito unidos.
Como sucedeu a arranca pós Evandro Guimarães?
Realizamos alguns ajustes táticos
de posicionamento no início, após as duas vitorias no clássico os atletas
readquiriram a confiança e começamos a implantar nosso modelo de jogo, que era
formar uma equipe ofensiva que além das vitorias tínhamos que desempenhar um
bom futebol, os atletas tiveram convicção na ideia e em nosso trabalho onde
saímos da última colocação para ser campeões.
O elenco está completo para o Catarinão?
Ainda não, saiu alguns atletas e deve chegar alguns
novos para compor e formar o elenco.
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