O entrevistado desta semana é o ex goleiro de grandes
equipes do cenário nacional e autor dos livros - : Na boca do gol, 2006, o goleiro acorrentado, 2010, onde ele pisa nascem histórias, 2014, Voltaço o início de uma paixão, 2019 e, em 2018 o do Paysandu, Para sempre o mais querido" em.parceria com Ricardo Engel. VALDIR APPEL- popular Chiquinho: Filho de Herbert e Rosa Montibeller Appel, natural de Brusque, nascido aos 01.05.46; cônjuge Rosélis Slomsky Appel; dois filhos: Isadora e Eduardo Herbert. Torce pelo Paysandú e tem simpatias pelo Vasco da Gama, Sport Recife e Volta Redonda.
No milésimo gol de Pelé Valdir estava no banco, como reserva do
argentino Andrada. (Partida que assisti no Maracanã).
Como surgiu Valdir Appel, o goleiro? Em quem se inspirou
Já nasci goleiro por inspiração de meu pai e do tio Oswaldo. Quando
garoto sempre fui presenteado ou com bola, ou com joelheira ou, ainda, com
camisa de goleiro. Na prática esportiva formos descobertos por Pedro Werner:
eu, Edson Cardoso, Ayone e outros.
Iniciei nos juvenis do Paysandú, sendo titular do time principal aos 15
anos e me profissionalizei aos 16.
Em que equipes atuou?
Em Santa Catarina: Paysandú, Carlos Renaux e Palmeiras (Blumenau). No
Carlos Renaux foi uma temporada só, em 1963, no ano em que o Paysandú não
disputou o campeonato. Fora do Estado: Campo Grande, América, Vasco,
Bonsucesso, Volta Redonda, Sport Recife, América de Natal e Alecrim, no extinto
CEUB de Brasília, Goiânia, Atlético de Goiás, encerrando a carreira em 82 no
Rio Verde, também de Goiás.
Onde teve as melhores fases de sua carreira esportiva?
No Vasco, durante 7 anos, ou fui titular ou primeiro suplente. Tive
dois bons campeonatos cariocas, vestindo as camisas do Bonsucesso e do Volta
Redonda e uma grande passagem pelo América de Natal (RN) em 75, quando ficamos
classificados para as oitavas de finais, inclusive empatamos em 0 x 0 com o
Inter, que levou o título brasileiro. O Inter foi campeão em 1975 pela
primeira vez, em 1976 foi bi-campeão. O Inter foi campeão invicto em 1979,
aliás a único campeão invicto brasileiro até hoje
Grandes craques que viu atuando a favor ou contra?
Além de Pelé: Rivelino, Silva (ex-Flamengo e Corinthians Paulista),
Andrada, atuei também contra dois excepcionais arqueiros: Yashin “O Aranha
Negra” e Sepp Mayer.
Em Brusque?
Tive oportunidade de atuar com muitos jogadores bons, citaria alguns,
entre outros: Di Bork (in memoriam),
Julinho Hildebrandt, Pereirinha (in
memoriam), Edison Cardoso (in
memoriam), Nego Kühn, Egon Petrusky (in
memoriam), Teixeirinha (in memoriam).
Lembra a escalação de uma das formações do “mais querido” em que
você atuou?
Sim: Valdir, Di Bork (in memoriam),
Valdir Montibeller, Ivo Borba, e Venturelli (Bijo), Wallace, Nelsinho Imhof,
Nego Kühn, Julinho, Edison e Ayone.
Qual defesa - e em que equipe atuava - que não esqueceu?
Uma contra o Internacional RS, defendendo o América de Natal, no
campeonato brasileiro de 1975.
Dois fatos marcantes?
No dia em que Andrada levou o milésimo gol de Pelé no Maracanã, eu era
o reserva desse inigualável goleiro. Outro fato marcante ocorreu em 01.05.2001,
quando reencontramos com a turma de 1976, em comemoração ao jubileu – 25 anos –
do Volta Redonda, no Estádio Raulino de Oliveira.
Grandes treinadores?
Pedro Werner, o descobridor de novos talentos para o Paysandú, Zezé
Moreira e Tim.
Grandes dirigentes?
Antônio Soares Calçada (Vasco),e Joilson Santana (América de Natal), os
saudosos: Gerhard N. Appel, Walter W. Aichinger, popular Bilo e Arthur Appel
Quais os melhores livros que já leu? E na área esportiva?
Sempre devorei tudo na literatura, mas dedico grande parte aos livros
com tema futebolístico, em função das pesquisas destinadas aos meus livros de
crônicas.
O que está lendo atualmente?
O caçador das bolachas perdidas (Jorge Cravo). As bolachas em questão
são os antigos discos de vinis, que eu coleciono.
Quais autores prefere ler?
Os autores de crônicas: Fernando Sabino, Rubem Braga, Nelson Rodrigues
e outros.
E Valdir Appel , escritor? Você já lançou 5 livros, sendo último em
parceria com Dr Ricardo J. Engel. Uma
palhinha?
No início dos anos 2000 eu
tinha um blog e publicava nos jornais locais minhas crônicas. Daí para o
livro foi um passo. Sempre com o tema futebol. Publiquei 4 livros a saber:
Na boca do gol, 2006, o goleiro acorrentado, 2010, onde ele pisa
nascem histórias, 2014, Voltaço o
início de uma paixão, 2019 e, em 2018 o do Paysandu, Para sempre o mais querido" em parceria com
Ricardo Engel. Quatro livros de crônicas, tendo o futebol como pano de fundo,
que reúnem histórias e causos do tempo em que eu pisava dentro das quatro
linhas, sobre jogadores das equipes em que atuei, jogos, e personagens
folclóricos
Enfrentou alguma dificuldade para publicar os livros?
Não tive dificuldades para
publicar os livros. Recebi apoio dos empresários, para dois livros: na boca do
gol e onde ele pisa...Um foi premiado: o goleiro acorrentado, no Elisabeth
Anderle de incentivo a cultura. O do Voltaço patrocínio do clube e o do
Paysandu patrocinado por empresário brusquense.
Como surgiram os títulos dos livros “Na boca do Gol” e Goleiro
Acorrentado?”
O primeiro título foi inspirado na posição que eu atuava, um goleiro
sempre está dentro, ou próximo da boca do gol. O Goleiro Acorrentado é o título de uma crônica de Roberto Vieira
(escritor pernambucano), que ele me dedicou.
A recepção pelos eleitores foi a esperada?
Os livros foram recebidos pelos leitores, principalmente por quem gosta de futebol. O público adora as histórias dos bastidores da bola.
Agachados: Nado, Buglê,
Adilson, Nei, Silvinho e Chico
Caiu o amor à camisa?
Não existe mais esta relação
jogador/clube, amor a camisa. O assédio ao craque começa cedo. Basta ele dar um
chute para surgir uma transferência milionária.
O que gosta de fazer nas folgas?
Escrever minhas crônicas esportivas e bater papos com amigos.
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