PAULO ROBERTO ECCEL
Conversando com o Prefeito
Brusque
está comemorando 154 anos, dentre as obras realizadas qual
destacaria?
R) Sem
sombra de dúvidas, destaco as obras de macrodrenagem como uma das
mais importantes, seja para resolver problemas e dramas históricos
em diversos pontos de Brusque, seja para preparar o município para
uma nova fase de seu desenvolvimento. Mas no aspecto subjetivo, penso
que o início da mudança cultural que um governo planejado
estrategicamente, transparente e com forte participação popular
promove, também precisa ser destacado.
Com as
inúmeras unidades de saúde construídas e em construção como fica
o mobiliário?
R) Além
de todas as novas unidades construídas ou reformadas e ampliadas,
nesse instante temos 3 novas, em vias de serem entregues à
população, e iniciaremos a construção de mais 5 até o final
deste ano; também caminha bem a construção da Unidade de Pronto
Atendimento 24 horas, na Santa Terezinha. Tudo isso com recursos do
governo federal. E onde tem prédio novo, toda a mobília também é
nova.
Como
fica a política, com vistas às eleições, diante do aumento do
lixo, água, energia, planos de saúde – todos acima da inflação
oficial?
R) O lixo
aumentou de acordo com a inflação. A água teve seu aumento
autorizado pela Agência Reguladora, pois o Samae comprovou que
precisa investir na ampliação da sua capacidade de produção,
distribuição e reservação de água e, mesmo assim, continua com
uma das tarifas mais baixas de SC. A energia elétrica teve aumento
em função da forte estiagem, que reduziu a produção de energia
pelas hidrelétricas, forçando o acionamento das termelétricas, que
têm custo mais alto. E todos estes preços, inclusive dos planos de
saúde, são autorizados pelas agências reguladoras das áreas
específicas. É lógico que a oposição utilizará isso como
argumento.
As
agências reguladoras prestando um desserviço ao país, não
deveriam ser banidas? (Se o governo tem meta inflacionária, as
agências colocam tudo a perder).
R) As
agências reguladoras tiraram das mãos dos governos o direito de
decidirem os percentuais de aumentos ou reajustes, ao contrário do
que afirmam as oposições. Por terem uma composição eminentemente
técnica, as Agências garantem que esses aumentos aconteçam com
base em critérios técnicos e não de acordo com os interesses dos
respectivos governos.
Não
caberia uma fiscalização apurada na Celesc, antes da Agência
Reguladora autorizar aumentos abusivos?
R) As
Agências reguladoras também tem essa obrigação, a de fiscalizar.
Como o
Colombo lidera a preferência dos eleitores catarinenses se não
sabemos de nenhuma obra dele?
R) Não
posso julgar a opção de voto dos catarinenses, mas posso afirmar
que nosso município não vem sendo tratado pelo governo do estado
como mereceria.
Por quê
os políticos não têm cautelas? Agora surge que Requião usou a PM
para cuidar dos cavalos dele?
R)
Qualquer utilização de recursos ou estrutura pública para
interesses privados precisa ser combatida. Quanto a ausência de
cautelas, os políticos precisam se convencer de que são tal qual
peixes em aquários: todos os seus movimentos são observados. Por
outro lado, não podemos generalizar e entrar na onda da demonização
da política e dos políticos.
Muitos
indagam o porquê da não continuidade da beira-rio até Dom Joaquim
e até a Ponte São Dumont na margem esquerda (lado da rua Blumenau)
?
R) A
velocidade dos nossos sonhos é muito maior do que as possibilidades
de sua realização. Os projetos citados são importantíssimos.
Nosso compromisso, escrito no plano de governo, é a continuidade da
beira rio Santa Terezinha e ao Maluche. Quanto à Santa Terezinha,
estamos buscando a viabilização de financiamento junto ao BADESC,
pois os recursos próprios não comportam tal investimento.
E a
revitalização da Rua Azambuja, quando será concluída?
R) Após a
conclusão das obras de macrodrenagem e da pavimentação com asfalto
da nossa querida e histórica Rua Azambuja, vamos partir para a
construção de calçadas padronizadas em toda a sua extensão.
Faremos uma nova sinalização e instalaremos uma sinaleira na
esquina com a Rua Tiradentes. Recentemente refizemos os canteiros no
complexo de Azambuja e estamos licitando a empresa que construirá a
Praça de Azambuja, nas imediações do Mercado Barateiro. A Rua
Azambuja vai ficar um brinco !!!
Qual
será o efeito Marina, como substituta de Eduardo Campos no processo
eleitoral deste ano?
R) No
princípio o efeito será de euforia, com aumento dos seus
percentuais de intenção de voto; na sequência, quando vir à tona
a face não romântica de Marina, penso que haverá forte refluxo nos
seus índices. Acredito que sua candidatura não se viabilizará por
falta de estrutura partidária, pelo pouco tempo de TV e rádio no
horário eleitoral e também pela falta de um projeto concreto para o
Brasil. Na dúvida, o eleitor não muda de voto.
Com o
crescimento de Brusque, acumulam-se os problemas sociais. Qual o
entrave da Administração Paulo Roberto Eccel/Evandro de Farias?
R)
Acredito que estamos conseguindo dar respostas concretas às demandas
provocadas pelo forte desenvolvimento de nosso município. O que vem
trazendo grandes transtornos para todos nós é a decisão judicial
que cassou a legislação municipal sobre recuos de ribeirões,
exigindo um afastamento de 30 metros, inviabilizando o
desenvolvimento de nossa cidade que, por ter sido construída em um
vale, é totalmente cortada por nascentes, cursos d'água e
ribeirões.
O
relacionamento com o Vice-Prefeito continua salutar?
R) Com
certeza, o Farinha continua contando com minha fidelidade.
Alguma
mensagem para a população brusquense pela passagem dos 154 anos ?
R) Nosso
município está recebendo e vai receber até 2016 uma infinidade de
obras públicas que o deixarão ainda mais bonito e com mais
qualidade de vida. E esse trabalho que estamos conseguindo fazer, com
a indispensável parceria do governo federal, a quem serei
eternamente grato, fica completo quando nosso povo também faz a sua
parte.
Publicado no Jornal EM FOCO aos 29 de agosto de 2014
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