terça-feira, 12 de agosto de 2014

Álvaro Castro

Álvaro Castro

Escritor, editor chefe da revista Sopa de Siri, advogado, membro da Academia Itajaiense de Letras  e Corretor de Imóveis


O entrevistado desta semana é o escritor, editor chefe  da revista Sopa de Siri, Álvaro Castro, nascido em Itajaí SC, 02.02.1950; filiação: José Castro e Jacy Mafra Castro; cônjuge: Sueli Teresinha Beling Castro (Casamento: 25.09.2010); filhos: Elisabete, Elisângela, Elissandra e Álisson; netos: André Leonardo, Júlia Francisquini, Victor Hugo, Pedro Moreno e Artur. Torce para o mengo.
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Nosso entrevistado, Álvaro Castro (nos fundos o genro Bem Queizi - Elisabete Graciane)


Sonho de criança?
ser advogado.

Como foi sua infância e juventude?
Razoável, estudando e trabalhando.

O que lembra com carinho da infância e da juventude?
De meus avós e minha mãe.

Pessoas que influenciaram?
As que foram bons exemplos.

Histórico escolar ?
Grupo Escolar Floriano Peixoto – até concluir o Curso Primário (hoje, fundamental); Curso Ginasial: Colégio Salesiano (Itajaí) Colégio Americano (Curitiba) Colégio Fayal (Itajaí); Segundo Grau: Técnico de Contabilidade, Colégio Fayal (Itajaí) e Terceiro Grau: Bel. em Direito, UNIVALI (Itajaí)

 Grandes professores que teve?
Cacildo Romagnoni, Pedro Ghislandi, Paulo Maes, Pedro Baron, José Luiz Moreira Cacciari, Rosa de Lourdes Vieira e Silva e Aquiles Garcia.

Como foi o exercício da vereança?
Fui eleito Vereador, em 1988, com 561 votos, em Itaituba PA

Algum cargo na mesa diretiva da Casa Legislativa?
Presidimos a mesa que elaborou a Lei Orgânica dos Municípios, e a promulgamos em 1989. Fizemos o que gostaríamos que os políticos fizessem, ou seja, legislamos para o povo, com lei que acabaram com mordomias (como aposentadoria de vereadores com dois mandatos) etc. Imprimimos a obrigatoriedade da eleição para o cargo de diretor de escola, etc.

Retornou a Itajaí por ser o berço?
Sim. Saí por um propósito, com a intenção de retornar. 

Atuou na área do Direito?
Sim. Advogamos em Itajaí (1977 a 1979), em Criciúma (1980) e em Itaituba PA (1981 a 1990). A retornar a Santa Catarina em 1991 decidimos não mais advogar.

 Em que área atuou como advogado?
Em Itajaí (Civel, Crime e Trabalhista) Em Criciúma (Cível) no Pará (Criminal)

Trabalha sozinho ou em sociedade?
Atualmente trabalho com minha esposa e um funcionário

Como você consegue inspiração para seus escritos?
Não preciso de inspiração, mas de imaginação.

A imaginação, em parte, resulta da inspiração?
Não sinto assim. Inspiração eu sinto na construção de poemas. Costumo dizer que poema a gente ganha – nunca me sinto autor de poemas. 

A boa escrita é o único atributo indispensável para ser um bom escritor?
É um atributo indispensável, mas não o único. Sempre um leitor precede a um escritor. Não há escritor que não tenha sido ou que seja leitor assíduo. Portanto, para ser um bom escritor é necessário, antes, ser um bom leitor; depois, ter muita imaginação e experiência de vida, muita sensibilidade para as nuances, percepção do comportamento das pessoas, tribos, raças, civilizações nas mais diversas atividades e faixas etárias.

Quais os assuntos que tem mais facilidade para escrever?
Existencialismo, filosofia.
  
Como surgiu o norte do país em sua trajetória?
Quando ainda estudante de Direito/UNIVALI (1974) fui para um estágio de 30 dias, com o Projeto Rondon, para Itaituba PA. Fiquei encantado com a pequena cidade. Após formado fui advogar em Itaituba (1981) e aproveitar para conviver com garimpeiros de ouro a fim de conseguir subsídios para escrever um livro.

Como surgiu “Blefo e Bamburro”?
Blefo e Bamburro surgiu da experiência e vivência com garimpeiros e garimpos de ouro do Brasil (Amazônia Legal), mais precisamente no Amazonas, Pará e Mato Grosso.

E o “Jogo da Verdade”?
O “O jogo da Verdade” surgiu de uma ideia que me veio, sobre como seria um casal jogando o jogo da verdade, suas implicações e suas eventuais complicações.

Alguma obra no prelo?
Não

E a Sopa de Siri?
A Sopa de Siri, revista no segmento de arte e cultura, com uma dose generosa de humor sadio, circula há 13 anos, divulgando obras e autores, e seus eventos, e registrando famílias itajaienses. O seu slogan é: Todo mundo quer uma. Nós vemos arte e cultura com um bem para a vida. Pena, que são tão poucos que as veem assim.

 Como surgiu a Sopa de Siri?
Surgiu de um evento artístico-cultural que criei: Itajaí Musical Bar, um festival de música que se realizava mensalmente em grandes bares da cidade. Havia a necessidade de atender pessoas que solicitavam as letras de poemas declamados e das canções concorrentes. Assim, criamos uma "Folha de Mesa de Bar", que se chamou "Sopa de Siri". Com o tempo passou a ser Jornal de Bar Sopa de Siri, depois Revista de Bar Sopa de Siri, e finalmente apenas Sopa de Siri, que circula com periodicidade mensal na região há 13 anos.Iniciou com duas páginas (frente e verso da “Folha de Bar”) e atualmente está com 56 páginas.

Quais as melhores obras que leu?
A bíblia (embora não seja religioso, mas agnóstico), O perfume, romance do escritor alemão Patrick Süskind; O maior vendedor do mundo, de Og Mandino, Lisa Biblioteca de Comunicação, do Professor Admir Ramos e outras centenas de bons livros.

O que está lendo atualmente?
Atualmente concluí a leitura dos livros da família Laus, de Tijucas: A Décima Carta, Relações, Presença de Thalia e Viagem ao Desencontro, de Ruth Laus, e Os papéis do Coronel, de Harri Laus.
 Grandes nomes na Cultura ?
Silveira Júnior e Juventino Linhares (In memorian) em Itajaí, Dr. Lauro Junckes (In memorian) em Santa Catarina e Jorge Amado (In memorian), em termos nacionais.

Tem lido jornais?
Sim.

De que sente orgulho?
De ter, na medida certa, a compreensão de que nada sou, de que a vida é menos do que um sopro; e de saber que a inteligência é a ironia da vida.

Grandes alegrias e tristezas?
Minhas alegrias são minha mulher Sueli, meus filhos e meus netos; minha tristeza é a constatação do limite de meu cérebro animal, que não me permite pensar senão a partir da ideia de INÍCIO e FIM. O que havia antes do INÍCIO de tudo? Não poder desvendar o mistério da criação do cosmo... 

O que você aplica no dia a dia dos grandes pensadores, das experiências que teve?
Aplico no convívio diário. Em resumo, aplico no meu comportamento, com maior abrangência de compreensão da vida e da personalidade racional.

O que faria hoje, que não teve coragem de fazer?
Nada, que me lembre.

Soube que o você também torce para o Estiva e o Almirante Barrroso?
 Fale um pouco sobre os dois.
ESTIVA - Sociedade dos Estivadores Esporte Clube. Data de Fundação, 30/06/1946. Tem sua sede em Navegantes. BARROSO - O Clube Náutico Almirante Barroso, fundado em 1919, tem sua sede na Rua Almirante Barroso, em Itajaí. O Barroso foi vice-campeão catarinense de futebol em 1963, perdendo a final justamente para o arqui-rival Marcílio Dias. Desde sua fundação até 1940, a atividade principal da entidade era o remo, que teve uma trajetória brilhante, obtendo expressivas conquistas como os campeonatos estaduais de 1920,1921,1927e 1928.

Finalizando, se fosse traçar o  próximo passo para a sua jornada, como seria?
Antes da minha cremação, gostaria de poder escrever mais alguns livros, ler e viajar muito. Por enquanto, meu projeto que acabo de iniciar está ligado ao ramo imobiliário; fiz curso de corretor de imóveis e acrescentei oito páginas na revista e criei o Caderno de Imóveis. Na área artística e cultural, por enquanto, fico na divulgação.





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Álvaro e Sueli autografando livro História de Itajaí para Nelson Abrão
Lançamento no dia 19 de setembro/2013, no Castelo MonteMar, altos do Morro da Cruz, o livro Histórias de Itajaí – REGISTRO DE FAMÍLIAS. Na foto Álvaro e  Sueli estão autografando.


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 Álvaro e Sueli  na residência - na expectativa de saborear àquele bolo


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Álvaro e Sueli  em Ponta Grossa -PR

Publicado no Jornal EM FOCO aos 03 de outubro de 2014.

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