Álvaro
Castro
Escritor,
editor chefe da revista Sopa de Siri, advogado, membro da Academia Itajaiense de Letras e Corretor de Imóveis
O
entrevistado desta semana é o escritor, editor chefe da revista Sopa de
Siri, Álvaro Castro, nascido em Itajaí
SC, 02.02.1950; filiação: José Castro e Jacy Mafra Castro;
cônjuge: Sueli Teresinha Beling Castro (Casamento: 25.09.2010);
filhos: Elisabete, Elisângela, Elissandra e Álisson; netos: André
Leonardo, Júlia Francisquini, Victor Hugo, Pedro Moreno e Artur.
Torce para o mengo.
,
Nosso
entrevistado, Álvaro Castro (nos fundos o genro Bem Queizi - Elisabete Graciane)
Sonho
de criança?
ser
advogado.
Como
foi sua infância e juventude?
Razoável,
estudando e trabalhando.
O
que lembra com carinho da infância e da juventude?
De
meus avós e minha mãe.
Pessoas
que influenciaram?
As
que foram bons exemplos.
Histórico
escolar ?
Grupo
Escolar Floriano Peixoto – até concluir o Curso Primário (hoje,
fundamental); Curso Ginasial: Colégio Salesiano (Itajaí) Colégio
Americano (Curitiba) Colégio Fayal (Itajaí); Segundo Grau: Técnico
de Contabilidade, Colégio Fayal (Itajaí) e Terceiro Grau: Bel. em
Direito, UNIVALI (Itajaí)
Grandes
professores que teve?
Cacildo
Romagnoni, Pedro Ghislandi, Paulo Maes, Pedro Baron, José Luiz
Moreira Cacciari, Rosa de Lourdes Vieira e Silva e Aquiles Garcia.
Como
foi o exercício da vereança?
Fui
eleito Vereador, em 1988, com 561 votos, em Itaituba PA
Algum
cargo na mesa diretiva da Casa Legislativa?
Presidimos
a mesa que elaborou a Lei Orgânica dos Municípios, e a promulgamos
em 1989. Fizemos o que gostaríamos que os políticos fizessem, ou
seja, legislamos para o povo, com lei que acabaram com mordomias
(como aposentadoria de vereadores com dois mandatos) etc. Imprimimos
a obrigatoriedade da eleição para o cargo de diretor de escola,
etc.
Retornou
a Itajaí por ser o berço?
Sim.
Saí por um propósito, com a intenção de retornar.
Atuou
na área do Direito?
Sim.
Advogamos em Itajaí (1977 a 1979), em Criciúma (1980) e em Itaituba
PA (1981 a 1990). A retornar a Santa Catarina em 1991 decidimos não
mais advogar.
Em
que área atuou como advogado?
Em
Itajaí (Civel, Crime e Trabalhista) Em Criciúma (Cível) no Pará
(Criminal)
Trabalha
sozinho ou em sociedade?
Atualmente
trabalho com minha esposa e um funcionário
Como
você consegue inspiração para seus escritos?
Não
preciso de inspiração, mas de imaginação.
A
imaginação, em parte, resulta da inspiração?
Não
sinto assim. Inspiração eu sinto na construção de poemas. Costumo
dizer que poema a gente ganha – nunca me sinto autor de poemas.
A
boa escrita é o único atributo indispensável para ser um bom
escritor?
É
um atributo indispensável, mas não o único. Sempre um leitor
precede a um escritor. Não há escritor que não tenha sido ou que
seja leitor assíduo. Portanto, para ser um bom escritor é
necessário, antes, ser um bom leitor; depois, ter muita imaginação
e experiência de vida, muita sensibilidade para as nuances,
percepção do comportamento das pessoas, tribos, raças,
civilizações nas mais diversas atividades e faixas etárias.
Quais
os assuntos que tem mais facilidade para escrever?
Existencialismo,
filosofia.
Como
surgiu o norte do país em sua trajetória?
Quando
ainda estudante de Direito/UNIVALI (1974) fui para um estágio de 30
dias, com o Projeto Rondon, para Itaituba PA. Fiquei encantado com a
pequena cidade. Após formado fui advogar em Itaituba (1981) e
aproveitar para conviver com garimpeiros de ouro a fim de conseguir
subsídios para escrever um livro.
Como
surgiu “Blefo e Bamburro”?
Blefo
e Bamburro surgiu da experiência e vivência com garimpeiros e
garimpos de ouro do Brasil (Amazônia Legal), mais precisamente no
Amazonas, Pará e Mato Grosso.
E
o “Jogo da Verdade”?
O
“O jogo da Verdade” surgiu de uma ideia que me veio, sobre como
seria um casal jogando o jogo da verdade, suas implicações e suas
eventuais complicações.
Alguma
obra no prelo?
Não
E
a Sopa de Siri?
A
Sopa de Siri, revista no segmento de arte e cultura, com uma dose
generosa de humor sadio, circula há 13 anos, divulgando obras e
autores, e seus eventos, e registrando famílias itajaienses. O seu
slogan é: Todo mundo quer uma. Nós vemos arte e cultura com um bem
para a vida. Pena, que são tão poucos que as veem assim.
Como
surgiu a Sopa de Siri?
Surgiu
de um evento artístico-cultural que criei: Itajaí Musical Bar, um
festival de música que se realizava mensalmente em grandes bares da
cidade. Havia a necessidade de atender pessoas que solicitavam as
letras de poemas declamados e das canções concorrentes. Assim,
criamos uma "Folha de Mesa de Bar", que se chamou "Sopa de Siri". Com o
tempo passou a ser Jornal de Bar Sopa de Siri, depois Revista de Bar
Sopa de Siri, e finalmente apenas Sopa de Siri, que circula com
periodicidade mensal na região há 13 anos.Iniciou com duas páginas (frente e
verso da “Folha de Bar”) e atualmente está com 56 páginas.
Quais as melhores obras que leu?
A
bíblia (embora não seja religioso, mas agnóstico), O perfume,
romance do escritor alemão Patrick Süskind; O maior vendedor do
mundo, de Og Mandino, Lisa Biblioteca de Comunicação, do Professor
Admir Ramos e outras centenas de bons livros.
O
que está lendo atualmente?
Atualmente
concluí a leitura dos livros da família Laus, de Tijucas: A Décima
Carta, Relações, Presença de Thalia e Viagem ao Desencontro, de
Ruth Laus, e Os papéis do Coronel, de Harri Laus.
Grandes
nomes na Cultura ?
Silveira
Júnior e Juventino Linhares (In memorian) em Itajaí, Dr. Lauro
Junckes (In memorian) em Santa Catarina e Jorge Amado (In
memorian), em termos nacionais.
Tem
lido jornais?
Sim.
De
que sente orgulho?
De
ter, na medida certa, a compreensão de que nada sou, de que a vida é
menos do que um sopro; e de saber que a inteligência é a ironia da
vida.
Grandes
alegrias e tristezas?
Minhas
alegrias são minha mulher Sueli, meus filhos e meus netos; minha
tristeza é a constatação do limite de meu cérebro animal, que não
me permite pensar senão a partir da ideia de INÍCIO e FIM. O que
havia antes do INÍCIO de tudo? Não poder desvendar o mistério da
criação do cosmo...
O
que você aplica no dia a dia dos grandes pensadores, das
experiências que teve?
Aplico
no convívio diário. Em resumo, aplico no meu comportamento, com
maior abrangência de compreensão da vida e da personalidade
racional.
O
que faria hoje, que não teve coragem de fazer?
Nada,
que me lembre.
Soube
que o você também torce para o Estiva e o Almirante Barrroso?
Fale um pouco sobre os dois.
Fale um pouco sobre os dois.
ESTIVA
- Sociedade dos
Estivadores Esporte
Clube. Data
de Fundação, 30/06/1946. Tem sua sede em Navegantes. BARROSO -
O Clube Náutico Almirante Barroso, fundado em 1919, tem sua sede na
Rua Almirante Barroso, em Itajaí. O Barroso foi vice-campeão
catarinense de futebol em 1963, perdendo a final justamente para o
arqui-rival Marcílio Dias. Desde sua fundação até 1940, a
atividade principal da entidade era o remo, que teve uma trajetória
brilhante, obtendo expressivas conquistas como os campeonatos
estaduais de 1920,1921,1927e 1928.
Finalizando,
se fosse traçar o próximo passo para a sua jornada, como
seria?
Antes
da minha cremação, gostaria de poder escrever mais alguns livros,
ler e viajar muito. Por enquanto, meu projeto que acabo de iniciar
está ligado ao ramo imobiliário; fiz curso de corretor de imóveis
e acrescentei oito páginas na revista e criei o Caderno de Imóveis.
Na área artística e cultural, por enquanto, fico na divulgação.
Álvaro e Sueli autografando livro História de Itajaí para Nelson Abrão
Álvaro e Sueli na residência - na expectativa de saborear àquele bolo
Álvaro e Sueli em Ponta Grossa -PR
Publicado no Jornal EM FOCO aos 03 de outubro de 2014.
Lançamento
no dia 19 de setembro/2013, no Castelo MonteMar, altos do Morro da
Cruz, o livro Histórias de Itajaí – REGISTRO DE FAMÍLIAS. Na foto Álvaro e Sueli estão autografando.
Álvaro e Sueli na residência - na expectativa de saborear àquele bolo
Álvaro e Sueli em Ponta Grossa -PR
Publicado no Jornal EM FOCO aos 03 de outubro de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário