quarta-feira, 4 de junho de 2014

Valcir Jordão Heiderscheidt



Valcir Jordão Heiderscheidt 

Diretor  de implantação de tubulações, confecção de bocas de lobo e ligação de esgotos.




O entrevistado desta semana é Valcir Jordão Heiderscheidt, natural de São José, hoje Angelina, nascido aos 07.01.53. Filho de Nicolau Heiderscheidt e de Angelina Thol Heiderscheidt; cônjuge: Rosalva Jansen Heiderscheidt; filhas: Joseani (casada com Alexandre Sidnei da Silva) e Jordana; netos: uma netinha a Alice com um ano e dois meses.Exerce o cargo de Diretor de implantação de tubulações, confecção de bocas de lobo e ligação de esgotos. Torce pelo C.A.Carlos Renaux, Santos e Botafogo 
 
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Nosso entrevistado Valcir Jordão Heiderscheidt

Sonho de criança?
Sonhava em ir para São Paulo: ganhar dinheiro

Como foi sua infância?
Foi sofrida, pai agricultor e doente, com 8 filhos, sendo que até sete  anos caçava e pescava. Depois, ainda, acidentou-se na Barragem de Angelina, culminando com uma cirurgia no pé, ficando impedido de continuar seu trabalho.Viemos para Brusque e no início colocamos uma barraca de verduras e frutas, ali onde ficava a antiga Prefeitura de Brusque, hoje em frente ao Fuzon e eu vendia picolé e pipoca em frente ao cine Coliseu e Real e em frente à Prefeitura e da Igreja.

Depois?
Com 13 anos iniciei – O avô de Rosalva dizia: “Serviço de criança é pouco, quem desperdiça é louco”, como servente de Pedreiro até aos 16 anos, quando passei para Pedreiro e com 17 fui registrado por Alcione Bolsoni – construção civil, tendo permanecido ali por uns dois anos, quando, então fui tentar a sorte em São Paulo – conforme foi meu sonho de criança – todavia, não deu certo, porque o empreiteiro lá era muito picareta, então, retornei.

Antes dos 13?
Vínhamos da escola e íamos para a roça. Pescávamos e caçávamos tatu para termos o que comer. Ajudámos - à noite -  no Engenho do tio Chico - que ficava há aproximadamente 1 km de nossa casa - desde arrancar aipim até ensacar farinha, e com isso ele lavrava a terra para plantarmos.

A escola era nas proximidades da morada?
Não, ficava aproximadamente há 4 km de casa – localidade do Morro do Mineiro - e íamos à pé e descalços, depois de frequentarmos essa escola por 2 anos, fomos morar na localidade de Rancho das Tábuas, que ficava mais perto da escola

Que iniciativa teve ao retornar?
Inicialmente trabalhei por conta própria como Pedreiro por um ano e, em seguida, fui para a Ciab – construção civil, como Mestre de Obras, por um período de 7 anos, sendo por dois anos e meio no Paraná, nas cidades de Siqueira Campos e Dois Vizinhos. Depois casei e voltei a trabalhar por conta própria por um ano.

E a CODEB?
Prosseguindo na luta, ingressei na Codeb, sem ser registrado, por um período de dois anos e meio, como Mestre de Obras, sendo que em 01.06.83 fui registrado como Mestre de Obras, permanecendo até hoje. Ressaltando que à disposição da Secretaria de Obras desde o segundo ano da gestão de Hylário Zen/Bonatelli, tendo obtido o benefício previdenciário em 2008.

Paralelamente teve outras iniciativas?
Sim, criava gados e ia ao Paraguai buscar brinquedos e produtos eletrônicos para revender, auxiliando no "tutu" do mês, para poder fazer frente ao dia a dia.

E a Presidência da Codeb?
Nos dois primeiros anos da gestão Danilo Moritz/Venzon - no biênio como 93/94, atuei como Diretor Técnico da Codeb e na mesma gestão, de 95 a meados de 98, segundo ano da gestão de Hylario/Bonatelli, como Presidente da Sociedade de Economia Mista (Codeb)


Então com quais Prefeitos você tabalhou?
Alexandre Merico, José Celso Bonatelli, Ciro Marcia Roza, Danilo Moritz, Hylário Zen, Ciro Marcial Roza por dois mandatos e Paulo Eceel, um mandato e meio.

Diferenças entre os operadores da Secretaria de Obra durante as gestões de Merico e Bonatelli e os de hoje?
Ah, os operadores daquela época eram mais profissionais, era muito maior a qualidade da mão de obra, talvez até porque receavam perder o emprego, o que não ocorre atualmente

Grandes nomes na Secretaria de Obras?
Entre tantos, destacaria: Dionísio Gianesini. Adolfo e Alexadnre Leoni, Gildo Kurt Aguiar, Vilton de Melo, José Lana, Jorge Oliveira, Luiz Cesári, Abelardo …, popular Macuco, Renato de Borba e outros.

O que é trabalhar na Secretaria de Obras?
É uma guerra permanente, onde todos os dias saímos para uma batalha e retornamos sem perder nenhum soldado, mas, nessa volta ao setor, preocupados em reabastecer as munições: material e pessoal, porque no outro dia tem outra batalha.

Uma radiografia do sistema de esgotos em Brusque, na coleta industrial e na residencial?.
O esgoto industrial ou está destinado a Vivo ou a própria empresa se encarrega de tratá-lo, já o residencial ou vai para fossa ou filtro.

Como está traçado o fornecimento de água e o sistema de esgoto? É verdade que o sistema de água já cortou vários pontos do sistema de esgoto implantado na Administração Danilo/Venzon?
Sim, em algumas partes o sistema de esgoto foi passado por dentro da tubulação de escoamento de água pluvial, e até mesmo por dentro de tubulação da Samae. O esgoto sanitário foi feito nas ruas até o rio, ribeirões e valas, faltando elevatórias e o tratamento final que deveria ser , na época, na Vivo (Anglian).

O Sistema de esgoto implantado em Brusque na gestão Danilo/Venzon está inutilizado?
Nesta Administração, quando o Secretário era o Antônio Maluche, houve contato inicial com uma empresa que vem trabalhando no sistema de esgotos em Curitiba. Segundo o contato mantido a empresa usa um robozinho que vai pela tubulação e filma rachaduras e partes quebradas e nesses pontos é colocado um material que se expande e fica fixado na manilha.
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Fernando Machado, Jordana, Joseane - segurando Alice -  Alexandre, Rosalva e o nosso entrevistado Valcir 

Muitos imigrantes no quadro da Secretaria?
Tranquilamente, mais de 50% não são brusquenses... olha pode chegar a 70 %.

Como surgiu  Brusque na trajetória?
Com os problemas de saúde de meu pai e, como tínhamos a tia Tereza Thol Heiderscheidt e o tio Lindolfo Coelho morando em Brusque, viemos para cá e, num pau de arara, inclusive os irmãos, desde a mais caçula, Marlúci com 2 meses, como o Valmir que beirava os 15 anos.  Só permaneceu em Angelina a mana Nilsa que já havia casado, sendo que mais tarde também veio para cá.

Como conheceu a Rosalva?
Morávamos na rua Medeiros e a avó da Rosalva também residia naquela localidade. A Rosalva tinha um irmão gêmeo, o Roberto, que vivia com a vó e com o qual mantínhamos amizade e, os familiares de Rosalva, inclusive ela, vinham visitar a vó e, com isso, conhecemo-nos e fomos trocando olhares, culminando com namoro por um período de aproximadamente seis anos - entre namoro e noivado – quando, então subimos ao altar.

O que você quis fazer mas não teve coragem?
Muitas vezes quis sair do serviço público, mas sempre faltou coragem.




Nosso entrevistado acompanhando a implantação de tubulação









Publicado no jornal EM FOCO  Exibindo 2014_06_04_15_37_19.jpg
aos 25 de julho 2014

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