O entrevistado desta quinzena e Antônio Abelardo Bado, popular
BADINHO - natural de Nova Trento Nascido aos 13 de junho
de 1939. No período de 1956 a 1962, atuou 188 partidas com a jaqueta do Vovô. Torce para o C.A. Carlos Renaux, Santos (S.P.) e Vasco da Gama (RJ).
Em que equipes atuou?
Atuei no Humaitá de Nova Trento, não oficialmente, porque o
Clube não estava inscrito em liga. Quando estudei no Colégio Santo Antônio em
Blumenau, em 1954 e 1955, nosso time Tamandaré, representava o Grêmio Esportivo
Olímpico. Nestas épocas, ficamos tri e tetra-
campeão juvenil, invicto, da liga Blumenauense de Futebol. Em 1956, eu
morava com a família em Nova Trento, vim estudar em Brusque e fui convidado
pelo Clube Atlético Carlos Renaux para atuar na equipe juvenil.
Posição em que
atuava?
Sempre atuei no meio de campo
Disputou algum estadual?
Disputei o Estadual de 1959, quando perdemos para o Hercílio
Luz, na final realizada em Florianópolis.
Gol memorável?
Por incrível que pareça foi num jogo amistoso em Rodeio,
idos de 1960, contra o time Mariano. Eu estava no meio do campo, numa lateral,
Teixeirinha lançou em minha direção e enfiei um sem pulo espetacular nos fundos
do gol
Vitória Marcante?
Foi a partida em Rodeio que mencionei na resposta da pergunta anterior.
Qual a derrota que
ficou atravessada?
A derrota que ficou atravessada de forma escandalosa, foi
entre nós e Hercílio Luz, no antigo estádio da Federação Catarinense em
Florianópolis, em 1959, quando o juiz que veio de outro estado, ficou uma
semana em Tubarão sendo agraciado escandalosamente por elementos amolecados de
lá. Não me lembro bem, se foi no
primeiro ou no segundo, esse elemento, expulsou Teixeirinha e Petruscky,
jogadores que nunca tinham sido expulsos – foi um crime.
Grandes atletas?
Grandes companheiros
que fizeram história: Teixeirinha, Petruscky, Pereirinha, Mosimann,
Afonsinho, Valdir Belz, Nilton Schaatz, Zéca Sardo, Tesoura, Bolognini, enfim
todos foram e são grandes pessoas.
Grandes Dirigentes?
Tivemos grandes dirigentes como João Carlos Renaux Bauer, Antônio- Néco- Heil, Aderbal Vicente Schaefer, Leopoldo Bauer, os mais recentes: José Carlos Loos, popular Jucas Loos, Renato -Tato- Petruscky" e esperamos que o atual Altair Heck, conhecido como Taíco, corresponda aos anseios do Vovô do Futebol Catarinense.
Grandes treinadores?
Treinadores do Vovô, foram muitos, faço menção dos que
cheguei a conhecer desde que participei como jogador: Norival Mosimann, Alípio
Rodrigues, Osmar Manguilhott, Carlos de Campos Ramos (Leléco), Octávio José
Bolognini e um que não me recordo do nome, que fez sucesso, principalmente
entres os jogadores e que foi para o norte do País.
Grandes Árbitros?
Árbitros foram muitos que passaram por minha observação, mas
não consigo lembrar dos nomes, pois faz muito tempo que participei de jogos.
Por que o futebol
amador perdeu a graça?
Parece que os dirigentes de futebol, esqueceram ou colocaram
os amadores fora do esporte. Antigamente, os campeonatos de profissionais,
mantinham também a competição de “aspirantes” ou segundo time. Assim a garotada
que gostava de futebol além de participarem, traziam seus familiares. Os
estádios lotavam de pessoas, hoje o profissionalismo mudou muito, antes dessa
época os juvenis também participavam de campeonatos, jogando antes do jogo
principal
01.06.1961-
CARLOS RENAUX 1 x 7 C..R. Flamengo 7
Agachados: Mário Vinotti (massagista), Petruscky, Nilton Schaatz, Teixeirinha,
Pereirinha e Godoberto.
Em pé: Octávio Bolognini (técnico), Valério Fantini, Wippel, Vilson, Cavaco, Zéca Sardo, Merízio e o Diretor de Futebol Eloy Marcílio de Souza
Agachados: Mário Vinotti(massagista), Nelsinho Bolognini, Petruscky, Vinício Barbosa, Badinho e Bossinha
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