Nosso entrevistado Marcos André Maestri - primeiro à esquerda
Como foi sua infância?
Infância simples, de uma família tradicional de
classe média, Mãe professora primária de escola isolada Municipal e de pai
agricultor, depois de ser forçado a fechar uma sapataria.
Família e formação?
Família de dez irmãos. Educação por intermédio de
Freiras e professores civis. Para continuar os estudos iniciados na Escola
Padre João Stolte até a 5ª série, fui para o seminário na Cidade de Rio
Negrinho, aonde fiz admissão e 1º do Ginásio e segui para a Cidade de Corupá
até o 1º do Científico. Quando a minha família veio para Brusque em 1969, sai
do seminário em 1970 e estudei no Consul até ir para o Exército em Blumenau,
como submisso (quando sai do seminário já tinha estourado a idade de servir,
tinha que servir) em 1972, quando fui selecionado para o curso de Cabo e
conclui em 1º lugar do Batalhão.
Como surgiu Marcos André Maestri
Sargento e o retorno a atividade privada?
Em 1974 fiz
o concurso para sargento e só três de todo o Batalhão passaram e eu era um
deles, contudo na véspera de embarcar para Santa Maria para fazer o Curso de
Sargento, houve uma mudança nos QO dos Batalhões e, naquele ano, não teve curso
de sargento, ato contínuo, pedi a baixa do Batalhão e fui trabalhar na
iniciativa privada (casa Wylli Zibert) em Blumenau.
E o retorno a trajetória?
Em Julho de
1975 fiz concurso para Policia Civil e passei em 2º lugar eram 263 candidatos
de todo Brasil para 15 vagas. Fiz Academia de Polícia em Fpolis e fui o 1º lugar da turma recebendo como presente
do diretor da Academia de Polícia Dr. Fugaza o livro Desacato Desobediência e
Resistência, tema do trabalho final do curso de Comissário de Polícia.
Comente sobre o início da
trajetória e como encontrou a Diomira
Em 1º de abril de 1976, iniciei a carreira policial
em Indaial, que era a cidade mais perto que o 1º colocado tinha o direito de
escolher como vaga. Lá conheci minha esposa e em 1978 casamos e fui convidado a
responder como Delegado na Cidade de Botuverá. Fui o primeiro policial civil a
ser lotado na cidade. Iniciei o trabalho do zero, toda a documentação da
delegacia está numa caixa de papelão no porão da casa de um soldado e tudo era
registrado no livro negro (livro de registro de Ocorrências)
Nascimento do primogênito?
Em 1983 nasceu nosso primeiro filho com Sindrome de Dovn(com
cardiopatia congênita, AVC total (não tinha a parede que divide o coração)
misturava sangue venoso com sangue arterial
(sangue bom com sangue ruim) pressão baixa com pressão alta. Teve que
ser operado no Instituto do Coração em São Paulo pela equipe do Dr. Adib
Jatene.
E a ida para Joinville e o
retorno para o Berço da Fiação Catarinense?
Em Julho de
1983 fui transferido para o 1º Distrito Policial de Joinville, aonde permaneci
por três anos e meio, quando voltei para a Comarca de Brusque, Já cursava a
FEPEVI hoje UNIVALE quando me formei em 1991 em Direito.
E como surgiu a APAE em sua
trajetória?
em 1986 fui convidado a ser voluntário na APAE de
Brusque; em 1991 realizamos no complexo do SESI a primeira OAPESC (Olimpíada
das Apaes do Estado de SC), com 744 atletas e juntamento com o Paza fomos
responsáveis pela Alimentação de todos os envolvidos. Em 1992 fui convidado a
integrar a Diretoria como Advogado da APAE.
Quais participações na Diretoria
da APAE?
Em 1996 fui eleito Vice-presidente, como tal fui
escolhido como Delegado das APAEs do Médio Vale de Itajai que compreendia desde
São João Batista - Bal. Camburiú - Piçarras - Timbó - Apiúna - Blumenau -
Brusque ETC. eram 22 APAEs. em 1998 fui eleito Presidente da APAE de Brusque e
em 1999 Reeleito Delegado do Médio Vale.
E como
surgiu a política em sua carreira?
Em 2000 me
desliguei da APAE para concorrer a Prefeito de Botuverá, aonde exercia
novamente a função de Delegado desde 1996. Não obtive êxito na Política.
Então veio o
benefício previdenciário e a participação na Olimpíades das Apaes do Estado de Santa Catarina - OAPESC?
Sim depois de uma cirurgia de ponte de safena em
2002 com trinta anos de serviço pedi a aposentadoria e fui aposentado em julho
de 2002. Quando iniciamos a OAPESC, continuou a ser realizada de 2 em 2 anos e ai acompanhando meu filho André na
natação fui tomando gosto pelo esporte para Especiais. Em 2001 recebi a comenda
da Assembleia Legislativa de Santa Cataria pelo serviço voluntário prestado ao
Estado de Santa Catarina (concorrendo com todos os policiais Civis Militares e
Bombeiros) pois a indicação foi do então secretário da Segurança Pública. Em
2011 recebi a comenda da Fundação Mauricio Sirotsky Sobrinho do Instituto
Voluntários em Ação, do SESC/SC, da Secretaria de Estado de Educação e da
Undime/SC o Certificado de Exemplo Voluntário.
Quando foi instituída o CME e como é
composta?
Pois
bem, Instituído pela Lei Municipal 3.523/2012 o CME (Membros Governamentais):
composto por dois membros da Fundação de Esportes, Um membro da Secretaria de
Educação, Um da Secretaria de Educação, Um do conselho do Idoso, Um da Secretaria
de Saúde, e um da Secretaria de Governo.
Entidades Não Governamentais: Um representante das Ligas e Associações
Esportivas, Um dos Clubes Sociais e Esportivos, Um dos cursos de Educação
Física, um do sistema S (Sesi,Sesc,Senai), Um representante das entidades
paradesportivas, um da imprensa, um dos grupos de Idosos.
Fale sobre sua participação na Esporte Paradesportivo
Sempre
estive ligado ao esporte Paradesportivo desde 2002, quando fomos à Special
Olympcs em São Paulo, em 2005 foi criada a APVAEB e desde então representamos
Brusque nos Parajasc.
Como surgiu o CME em sua trajetória?
Foi
por meio do paradesporto que fui convidado a participar do CME desde sua
fundação, entretanto, já com o advento da lei que regulamenta o esporte e da
Lei do bolsa Atleta (3310/2010, participava de reuniões em prol do esporte
brusquense. Fui vice-presidente da primeira Diretoria por dois mandatos e
permaneci na Vice-presidência na eleição seguinte. Eleito Presidente por
aclamação para o mandato em curso.
Quais as pretensões da entidade ?
Temos por objetivo modificar a Lei do Bolsa
Atleta com vista a comissão de apreciar a escolha dos pretendentes, tornando-a
paritária entre os representante do poder público e da sociedade civil. Propor
a criação do fundo para o Esporte nos moldes de exemplos já existentes nos
municípios vizinhos, beneficiando as entidades ao invés das pessoas.
Promover um trabalho de base e busca de talentos para incentivar a pratica
desportiva.
Referências: publicado no blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 19 de setembro de 2019
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