O entrevistado desta
semana é o Assessor Técnico de Esportes e Lazer Eduardo Henrique
Gohr, nascido aos 02 de novembro de 1970 em Itajaí/SC; filiação
- Haroldo Gohr e Lisette Keiser Gohr; cônjuge - Vania Fischer
Gohr; filhos - André Eduardo Gohr e Amanda Luisa Gohr. Torce para o
Clube de Regatas do Flamengo e Clube Atlético Carlos Renaux
Como foi sua vida
escolar?
Minha formação
escolar foi feita toda no Colégio Cônsul Carlos Renaux. Com relação
a Curso Superior, inicie o Curso de Administração de Empresas na
Unifebe, mas acabei não concluindo o Curso.
Primeiro/a
professor/a?
Irene (não lembro o
sobrenome)
Grandes
professores?
Dagmar (Matemática)
e Joel do Vale (português)
Como foi sua
infância?
Minha infância foi
sempre muito voltada a convivência familiar e praticando esportes,
não importava a modalidade. Falou em disputar alguma coisa, era só
me convidar. Futebol, basquete, voleibol, etc. Até que aos 14 anos
surgiu o CICLISMO na minha vida.
E a sua juventude
Até os 19 anos
minha vida foi regrada pela disciplina e exigências que o ciclismo
me cobrava. Foi um período de 5 anos dentro do ciclismo. Época que
guardo com muito carinho na minha memória. Com a minha saída do
ciclismo de alto rendimento de forma prematura, inicie a minha via
profissional dentro da empresa Cia Indl. Schlosser aos 19 anos de
idade e a partir daí, comecei a desfrutar a minha juventude com idas
em tardes dançantes, bailes e festinhas.
Como surgiu o
esporte em sua trajetória? E o ciclismo?
O esporte sempre
teve presente na minha vida. Desde criança. Na época do Colégio
Cônsul, participava das equipes que representavam o Colégio nas
competições municipais, até o momento que apareceu o CICLISMO, aos
14 anos de idade. Fiz parte da equipe SCHLOSSER de Ciclismo durante 5
anos da minha vida. Época maravilhosa em minha vida. O Ciclismo me
proporcionou a oportunidade de conhecer muitas cidades. Na época
existia as Seleções Estaduais. Durante 3 anos seguidos representei
o Estado de Santa Catarina em Campeonatos Brasileiros de Ciclismo.
Por uma escolha pessoal, acabei parando de competir de forma
prematura. A partir desta saída do Ciclismo, retornei ao esporte
através do Futebol Amador. Foram um pouco mais de 10 anos envolvido
com o Futebol Amador de Brusque. Aos 33 anos o CICLISMO me chamou
novamente. Retornei a competir na Categoria Master, sagrando-me
Campeão Catarinense. Com o meu retorno ao mundo do Ciclismo, percebi
que havia a necessidade de algo ser feito com a iniciação do
Ciclismo em nossa cidade. Brusque possuí uma história muito linda
com este esporte, com conquistas e ciclistas renomados a nível
nacional e internacional. Foi a partir deste momento que iniciamos um
projeto com a realização de Campeonatos Escolares de Ciclismo aqui
em Brusque. Foi através dos Escolares que descobrimos uma nova safra
de ciclistas talentosos do nosso município, incluindo o meu filho
André.
Fale de sua
participação em eventos?
O meu perfil sempre
fez com que eu me envolvesse nas competições. Quando eu me dava
conta, lá estava eu a frente de algum Evento ou de alguma equipe.
Gosto disto. Me considero uma pessoa de iniciativa. Não sou daqueles
que enxerga o problema e fica de braços cruzados.
O que mais marcou
em suas participações?
A competição que
mais me marcou não foi como organizador. Foram os Jogos Olímpicos
da Juventude na China em 2014. Fui como técnico da delegação do
Ciclismo Brasileiro. Um EVENTO fantástico. Pessoas de todos os
Continentes convivendo juntos na Vila Olímpica, fazendo as refeições
no mesmo ambiente, enfim. Foi um momento FANTÁSTICO em minha vida.
O que mais
lamenta em suas participações?
O que eu lamento,
foi talvez ter me equivocado em parar de competir no ciclismo de
forma prematura, com 19 anos.
Qual o melhor
livro que leu?
O Livro do Guga
Kuerten.
Qual seu cargo na
Fundação?
Assessor Técnico de
Esportes e Lazer
Por quanto tempo
e como foi responder pela Fundação de Esportes?
Por apenas 3 meses,
de forma interina, atendendo um pedido do nosso prefeito Dr. Jonas
Fale de sua vida
profissional?
Iniciei a minha
trajetória profissional na Cia. Indl. Schlosser, no Departamento
Financeiro, como auxiliar de contas a pagar no ano de 1990. Logo no
ano seguinte surgiu a oportunidade de ser contratado pelo Banco
Bradesco onde permaneci durante 5 anos. Depois disto, abri uma Loja
de Material Esportivo em sociedade com o Ricardo Zendron, mas não
tivemos sucesso. Surgiu a oportunidade de trabalhar com a Dona Eni na
LEMUS Esportes, onde fui gerente da loja e auxiliava no depto de
compras. Depois atuei como representante comercial na área
alimentícia, para em seguida retornar as origens - o ESPORTE. No ano
de 2008 resolvi assumir a função de Técnico de Ciclismo,
comandando a equipe de Brusque. Com os resultados conquistados pelos
meus ciclistas das categorias de base, recebi o convite da
Confederação Brasileira para assumir a função de Técnico da
Seleção Brasileira em diversas competições internacionais. Nestes
últimos 5 anos, venho atuando na Fundação Municipal de Esportes,
tendo como função principal, organizar os Campeonatos Municipais,
em diversas modalidades e os Jogos Abertos Comunitários. Ainda estou
como responsável técnico pela equipe de Ciclismo de Brusque, que
representa nosso município nos Jogos Abertos de SC.
Grandes nomes no
ciclismo municipal, estadual e nacional?
Brusque tem uma
série de nomes que marcaram época no ciclismo estadual, nacional e
internacional. Vou citar alguns nomes, correndo o risco de esquecer
de alguém. Claudius Kruger, Fábio da Luz, Soelito Gohr, Márcio May
e o maior nome do ciclismo brasileiro de todos os tempos - Murilo
Fischer. Murilo tem no curriculum, 5 Olimpíadas. Isto é o
suficiente para que ele seja declarado o maior de todos os tempos. Na
atualidade, temos o André que está marcando o seu nome na história.
Fale das alegrias
trazidas pelo filho no ciclismo
A vida foi muito
generosa comigo. Tive a oportunidade de acompanhar o meu filho em
diversas competições. Foram diversos momentos de muita felicidade.
Uma conquista que foi marcante para mim, foi o Título de Campeão
Geral da Volta do Codecam no Uruguay na Categoria Juvenil, em 2012.
Ele foi um guerreiro. Venceu numa situação difícil. Foi um dos
momentos onde o choro de alegria e recompensa esteve presente em
nossas vidas. E o mais recente foi este ano. André venceu pelo 3º
ano consecutivo o Campeonato Brasileiro de Contra Relógio. Mas o
maior destaque foi pelo fato deste TÍTULO ter sido conquistado no
seu primeiro ano na Categoria ELITE, a principal categoria do
Ciclismo. Nas categorias de Base ele venceu em todas as categorias. A
expectativa era de como ele se comportaria entre os adultos. Com a
divulgação do resultado e a ligação dele para me contar sobre a
conquista, não teve como não se emocionar. Ele fez por merecer.
Foram 2 meses de foco ao extremo. Não conheço ninguém tão
dedicado no ciclismo como ele.
Fazer um churrasco em família.
Maior
medo é o de envelhecer ou o de entristecer?
Sem
dúvidas de entristecer.
Qual
foi o maior desafio até agora?
Difícil
de responder. Os desafios são diários. Tive muitas situações de
extrema responsabilidade. Viajar dirigindo uma Kombi por mais de mil
kilômetros, com 8 menores de idade, filhos de outras pessoas.
Momentos que ficam marcados mas que faria tudo novamente.
Você
se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez?
Costumo
dizer que não me arrependo de nada. Mas sempre tem alguma coisa que
poderia ter feito diferente ou dito de outra forma. Mas nada
marcante. Vida que segue.
Algum
fato que ficou atravessado?
Sinceramente
não me lembro. Acho que não.
O
que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de
fazer?
Teria
continuado a competir no ciclismo. Saído para o Estado de São Paulo
onde estavam as melhores equipes nacionais. Tive oportunidade para
isto. Me faltou coragem na época.
Quais
as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepção
marcante eu não lembro e a maior alegria foi o nascimento dos meus 2
filhos - André e Amanda.
Qual
é a sua maior ambição?
Não me considero
ambicioso. Quero que a vida continue me dando a oportunidade de
trabalhar com o ESPORTE. Acredito que tenho condições de contribuir
com o meu trabalho dentro do Esporte. Seja no Ciclismo ou na Fundação
Municipal de Esportes.
O
que mais incomoda?
A dificuldade de
dar continuidade em alguns projetos, por interferência de terceiros.
Existem projetos que não dependem somente de uma pessoa para serem
realizado, e muitas vezes são projetos bons que se perdem.
De
que sente orgulho?
Da minha família.
Dos meus pais, minha esposa e meus filhos. Família tem que ser
construída, com bons princípios. A construção da minha família
eu devo aos meus pais que me ensinaram os bons princípios.
Honestidade, Sinceridade e Humildade.
Referências:
Publicado no Blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br
aos 25 de julho de 2019
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