quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

grandes caminhoneiros - Hilário Reis



HILÁRIO REIS
O entrevistado desta semana é Hilário Reis nascido em Nova Itália, Serra do Moura, Brusque aos  10.11.1953; filho de  Germano Reis e de  Olga Bernardi Reis; cônjuge:   Marcia Pavesi; filhos:  Germano Reis Neto, Guilherme Reis e Lucas Reis






Como conheceu a Márcia?
Conheci minha esposa num batizado na casa da minha irmã Cecilia 

Torce para que equipes?
Torcedor do clube atlético Carlos Renaux, hoje Brusque futebol clube, e também torço para o  
Flamengo 

Histórico escolar?
Frequentei a escola mista municipal padre Carlos Fusão em Nova Itália -  fiz o quarto ano do ensino fundamental da época 

Primeiro/a professor/a?
Minha primeira professora foi  Paulina Broring da Luz

Alguma curiosidade?
Só tive esta professora 

Quem dirigia a Escola?
Nosso diretor municipal das escolas era Oscar Gustavo Krieger

Quais professores lecionavam na época?
Professores poderia aqui mencionar vários que lecionavam na minha época:  Paulina Broring da Luz; Orides Dadam;  Lucia Tarter;Da.Lucia Macedo e Cristina KLann 

Quais matérias mais gostava?
As matérias preferidas 1° matemática, e 2º geografia 

Qual detestava?
Não gostava  de Educação Física -  era uma professora só e as vezes  mandava  correr e quem chegava por último apanhava ou ia de castigo de joelho em cima da arreia grossa.

Quais  livros  têm lido?
Vários do Lair  Ribeiro:: O Sucesso não ocorre por acaso e outros e de  Zibia Gaspareto: Laços Eternos e  O Segredo e de 
Augusto Cury - o vendedor de sonhos 

Em quantos irmãos são?
Somos de uma família de treze irmãos 5 homens e 8 mulheres, na ordem decrescente:  
Luiz, Maria; Ana Braulina; Cecilia; Jose Edesio; Marlene; Ivone; Hilaria; Hilario;Izaura; Gilmar;
Marlize; Germano Filho e eu .

Teve influências?
Sempre fui influenciado pelo meu irmã mais velho – o Luiz -  que sempre trabalhou com caminhão

Qual o maior desafio que teve?
Meu maior desafio foi sair da firma Renaux - na Renaux trabalhei na fiação dos 14 aos 21 anos - sem autorização do meu pai e ir viajar de carona -sem dinheiro. Fiquei um ano sem voltar para casa. Devo muito a meu sobrinho Osni Felix que me deu carona e bancou a viagem de Brusque a Cascavel PR e de Cascavel até Paranaguá.

Sempre tive muita facilidade de fazer amigos quando cheguei em Paranaguá fiz amizades com vários motoristas de caminhão que estavam aguardando para descarregar, entre eles, estava um de Major Gercino - o Zico Manduca - que me apresentou para um senhor de Massaranduba
e ele me admitiu  como empregado. Assim, meu primeiro emprego foi de motorista de caminhão 

Quais suas aspirações?
Minhas aspirações são minha família meu trabalho procurar sempre fazer amizade deixar 
Um bom legado de boas plantações porque a colheita e sempre obrigatória.

O que eu faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de fazer?
faltou coragem para fazer o curso de admissão no antigo Santo Antônio, quando cheguei a fazer a matricula, contudo na primeira aula me amedrontei com a professora. Nossa escola era muito mais fraca comparando com o Santo Antônio eu fiquei com medo de não passar, mas minha escola foi o mundo; 
Hilário e Márcia



Esses são meus filhos Guilherme, Lucas e Germano Neto.- Meus filhos continuam solteiros 



Fale sobre sua trajetória
Minha vida profissional teve altos e baixos, na  época  da ditadura não podia registrar nada não podia andar com livros nem maquinas fotográficas que além de  apreender o material o cidadão também  ia preso era considerado material subversivo l tinha mais segurança mas era tudo muito controlado  a polícia da época andava de rural em uma viagem chegando de madrugada na cidade de Toledo PR a polícia atravesso na frente do meu caminhão mandará eu descer e fizeram uma revista na cabine jogarão tudo o que eu tinha no chão;  era estrada de chão muita poeira sujou tudo não encontrarão nada mais passei o maior medo porque tinha vários grupos de extermínio a polícia matava por qualquer motivo não tinha tanta comunicação tenho várias histórias que vivi só digo uma coisa a respeito disso o medo e solidão  não mata ninguém por que eu não estaria mais aqui para contar a minha história. 

Fale de sua jornada como caminhoneiro
 minha vida de caminhoneiro foi realmente uma batalha comecei como empregado trabalhei em várias firmas primeira foi em Massaranduba, como falei anteriormente, depois vim morar novamente em Brusque que e comecei a trabalhar na Agromel dos irmãos coelhos, depois trabalhei na extinta Cerealista Nívea - localizada ali onde fica o HSBC depois fui para os irmãos Aguiar onde trabalhei com profissionais muitos competentes e sempre me deram todo apoio para que eu comprasse meu primeiro caminhão meados de 1978 - comprei meu primeiro caminhão era de fabricarão 1975m - não tinha nenhuma facilidade para financiar tive que arrumar três avalistas lembro que meu irmão avalizo o outro em memória inocente dono do posto e o terceiro foi meu tio de Itajaí,  Eliatar Reis, foram muitas noites sem dormir muito trabalho porque não tinha muito frete nos ia para safra da soja no Paraná era o maior produtor de soja do Brasil na época quando acabava a safra não tinha lugar certo ia pra São Paulo,  carregava para qualquer lugar Nordeste ou Mato Grosso e Goias não tinha lugar certo como também não tinha dia para voltar para casa;  numa viagem saindo de casa carregado de piso de Tijucas para Brasília,   eu meu irmão Gilmar e mais dois amigos aqui de Brusque, mais um truck é uma carreta chegamos em Brasília, descarregamos e já  carregamos cimento para Cuiabá,  era tudo muito demorado ficamos três dias em Cuiabá para descarregar e veio um cidadão oferecer carga para Paranaguá mais antes tinha que ir buscar uma viagem em Sorriso; era tudo estrada de chão na esperança de carregar na volta a gente resolveu ir fazer a viagem -  pensa numas estrada ruim cheia de buracos - as ponte eram feita de torra só cabia um pneu em cima; um ficava na frete manobrando o outro para passar, porque se um pneu saísse já era na volta à estrada cheia de tope muita poeira não dava para ver nada. Falei para meu irmão Gilmar não anda colado porque se a fila parar e perigoso bater atrás ele não bateu mas parou num tope muito pesado quando foi arrancar quebrou a ponta de eixo aí foi um transtorno precisei vim até Cuiabá de carona encima de um caminhão era só pó comprei e voltei de carona novamente perdemos muito tempo quando chegamos em Cuiabá o homem que falou que ia carregar nos para Paranaguá falou que não tinha mais as cargas nos enganou só para ir buscar o arroz quem conhecia aquela estrada já mais ia fui até um telefone para ligar para a minha irmã que trabalhava na Buettner; minha esposa estava quase ganhando meu primeiro filho, ela falou acho que ela já teve mas como ela morava lá na nova Itália não tinha muito contato. Eu fiquei muito apreensivo mas não tinha o que fazer. Fomos num posto para dormir e no outro dia ver o que fazer nisso chega um rapaz oferecendo carga para Ponta Grossa PR, carregava em cima da serra de São Vicente saímos bem sedo era cem km dali chegamos lá na fazenda encostamos perto da entrada, não tinha nenhum caminhão parado já fiquei desconfiado mas aguardamos o fazendeiro chegar ele parou perto do meu caminhão e falou o que vocês querem aqui mostrei a ordem de carregamento ele falou não tenho nem um tipo de carga aqui pode pegar os caminhão e sai daqui não quero ninguém aqui na portaria da minha fazenda, nisso,  parou uma carreta na pista era um amigo aqui de Brusque que vinha de Porto Velho carregado de madeira passou do meu lado e não falou nada foi até o outro amigo que estava ali e contou que meu pai tinha falecido aí o outro já deu um grito ou Hilário teu pai morreu-  fiquei em pânico não sabia o que fazer estava a cem km de Cuiabá e a cento e vinte de Rondonópolis resolvemos vim para Rondonópolis porque era vindo para sentido casa eles estavam procurando eu a tarde anterior mas não encontrará chegando em Rondonópolis já era fim de tarde fomos em aero Porto que tinha na época bem pequeno falei com o piloto de um avião mono motor ele disse eu posso até levar mas tenho que sair sem me identificar porque a essa hora não tem mais autorização é muito ariscado, aí meu amigo falou olha teu pai já está morto não adianta querer ariscar a vida -  também meu filho nasceu dia 21 de agosto, meu pai morreu dia 26 de agosto – As pessoas me davam os pêsames e outras me davam os parabéns foi muito triste e feliz ao mesmo tempo pelo nascimento do meu filho por isso o nome germano para homenagear o meu pai.





Como  empregado dos irmãos Aguiar num acidente em Itaobim (MG):  o caminhão avanço a pista eu tirei o que deu mas mesmo assim ele bateu e atrás tinha um ônibus ele deu de frente no ônibus 














Toda a família, Hilário  é  o  último  






Como surgiu a Prefeitura em sua trajetória?
Fiz processo seletivo para motorista de caminhão e passei; em seguida o Rubens Merísio - do RH - pediu para mim dirigir ônibus, porque eu tinha todos os cursos;  aí trabalhei por  três anos como motorista, e depois quando terminou meu contrato Paulo Eccel saiu, e entrou como Prefeito, o  Prudêncio que me chamou para ser chefe operacional dos ônibus;  aí eu voltei como cargo de confiança, em seguida entrou  Boca – como chefe do executivo – e  continuei, contudo,  lá no deposito de alimentação, fazendo entregas nas escolas. Agora em setembro fiz uma angioplastia, então o Secretário de Educação, Jose Zancanaro, me colocou no CMID devido não poder pegar peso. Sou muito grato a toda equipe da secretaria por me dar essa oportunidade de continuar a fazer parte do grupo de funcionários da prefeitura até porque na minha idade o mercado de trabalho na iniciativa privada e muito disputado.

Referências: Publicado no blog: luizgianesinientrevista.blogspot.com.br,  aos  17 de dezembro de 2017

Nenhum comentário:

Postar um comentário