Sergio Antonio Ulber
Redator e atua
também em restaurações e colorizações fotográficas
O
entrevistado desta semana é Sergio Antonio Ulber nascido em
Brusque (Maternidade Cônsul Carlos Renaux) aos 05/03/1988; filho de
Sergio Ulber e Vanildes Kohler; companheira: Beliza Loos; ocupa-se,
atualmente e principalmente, como Redator, desenvolvendo também:
restaurações e. colorizações fotográficas. Não torce para
nenhum equipe
O que sonhava ser
quando era criança?
Sonhava ser
Astronauta.
Formação escolar?
O Jardim e pré no
Sesi. Primário, ginásio e Ensino Médio: C. C. Honório
Miranda. Graduação: Bacharelado em Design Gráfico (UNIVALI,
2008) Pós-Graduação: Especialização em Fotografia (UNIVALI,
2012).
Primeira professora?
Foi a minha mãe.
Grandes professores?
Destaco os professores
Mário Mafra e Ricardo Gallarza
Pessoas
que influenciaram?
A querer ser
astronauta? Ninguém.
Quais as matérias
que mais gostava e as que detestava?
Nunca odiei nenhuma,
tudo dependia do assunto da vez. Apesar de não ter muita facilidade
para as exatas, eu era um aluno regular.
Quais as atividades
escolares e esportes você participava?
Praticava
praticamente todos os esportes que tinham no colégio, mas sempre
gostei mais de basquete, futebol e tênis de mesa. Cheguei a fazer
teatro por um tempo também.
Como conheceu a
Beliza?
Por meio de amigos em
comum.
Um resumo de sua
trajetória profissional?
De
formação sou Designer Gráfico com Especialização em Fotografia.
Cheguei a cursar Jornalismo também, mas não terminei. Já atuei
como estagiário fazendo fotos em lojas da FIP para uma empresa de
Blumenau e também como estagiário para um estúdio de design em
Brusque. Em 2009 entrei para a LAPIS Editora, atuando principalmente
como Coordenador de Equipe, Diretor de Redação, Revisor e
Ilustrador da Revista digital Foto Grafia (produzida até 2012, mas
está online até hoje: www.revistafotografia.com.br).
Entre 2009 e 2010 também atuei como cartunista articulando o projeto
VerdeTiras. Hoje continuo trabalhando na LAPIS, porém em outros
projetos, e também sou Redator no GGeDESIGN, um estúdio gráfico
localizado em Balneário Camboriú. As duas empresas são parceiras.
Em paralelo, e contando com o apoio da LAPIS e do GGeDESIGN,
desenvolvo restaurações e colorizações fotográficas digitais.
Vou lançar um livro esse ano com Fotografias Antigas de Balneário
Camboriú através da Lei de Incentivo Municipal
O
que faz um Designer Gráfico ?
Um designer gráfico
trabalha com comunicação visual. Ele transmite informações e
conceitos através de textos e imagens em diferentes suportes, como,
por exemplo, cartazes, banners, flyers, encartes, revistas, sites,
jogos, etc. Utilizando variadas metodologias, o designer gráfico
apresenta soluções à uma empresa ou profissional. As soluções
podem ser práticas, conceituais ou estratégicas. A solução
prática seria, por exemplo, criar uma peça gráfica, como um cartaz
para divulgar determinado produto. A conceitual seria idealizar este
produto junto com a empresa, ou seja, criar um nome, a marca, definir
as cores, o estilo e desenvolver toda a comunicação visual deste
produto para fazer ele conversar diretamente com seu público-alvo.
Já a estratégica seria auxiliar o dono da empresa a posicionar cada
vez melhor o seu produto no mercado, prestando constante consultoria.
Eu utilizei produto como exemplo, mas isto também se aplica à
serviços e eventos. Como é um ramo bastante amplo, muitos designers
se especializam em áreas específicas, como ilustração,
diagramação, web, etc. Um designer gráfico pode trabalhar em
estúdios de criação gráfica, editoras, agências de publicidade e
marketing, produtoras de vídeo, estúdios de fotografia, birôs de
impressão, gráficas, indústria da moda ou dentro de qualquer
empresa desenvolvendo projetos exclusivos para ela. Outros preferem
trabalhar de forma autônoma e são mais conhecidos como
freelancers.
Quais trabalhos destacaria
como cartunista?
Eu sempre gostei de
desenhar. Como cartunista criei e articulei o projeto VerdeTiras, que
desenvolvi por cerca de um ano. Eram tirinhas de quadrinhos que
abordavam a alimentação vegetariana como tema principal. Eu
utilizava quatro personagens com personalidades bem definidas para
abordar o assunto de forma consciente e descontraída. Também
trabalhava temas paralelos, como fatos que estavam rolando na mídia.
Todo conteúdo era publicado em um blog que não está mais online.
Em parceria com uma produtora e uma editora estamos desenvolvendo um
livro do VerdeTiras com a compilação do material produzido entre
2009 e 2010. Deve ser lançado ainda em 2015.
Fale sobre as restaurações
e colorizações?
Comecei a trabalhar com
restauração e colorização fotográfica em 2012, durante o curso
de especialização em fotografia. Desenvolvi um projeto chamado “Ao
Vale, as cores”, a fim de resgatar, preservar e reinterpretar
fotografias que conservam aspectos da colonização em Brusque. Este
trabalho ficou exposto por um tempo na Unifebe e na Assevim. Desde
então trabalho com isto, não parei mais. É algo que eu tenho muito
prazer em fazer. Em breve vou lançar um livro pela editora LAPIS,
com patrocínio da Prefeitura e Fundação Cultural de Balneário
Camboriú, chamado “Fotografias Antigas de Balneário Camboriú”.
São imagens restauradas e colorizadas, acompanhadas de textos e
legendas desenvolvidos por Saulo Adami. Um grande colaborador deste
projeto foi o genial Sr. Erico Zendron, de Brusque, fotógrafo e dono
de um dos acervos fotográficos mais ricos e interessantes que eu já
tive a oportunidade de conhecer. Uma exposição em praça pública
vai acompanhar o lançamento deste livro, que deve acontecer agora
entre fevereiro e março. Os principais trabalhos desenvolvidos eu
publico no meu Instagram (instagram.com/serjaress),
lá estão algumas fotografias de Brusque e também do livro sobre
Balneário Camboriú. Vou aproveitar para dizer que também presto
este tipo de serviço à acervos particulares, trabalhando com
fotografias de família. Interessados podem entrar em contato.
Quais os melhores
livros/artigos que leu?
Ah.. isso
aí dá pano pra manga. Depende do assunto e da fase da minha vida.
Já li muita coisa boa, é complicado citar somente alguns. Mas um
livro que marcou bastante foi Assim Falou Zaratustra, do Nietzsche,
acho que foi a primeira obra complexa que eu resolvi encarar. Acabei
utilizando o livro no projeto de conclusão da Faculdade. Gosto muito
de literatura nacional, já li bastante clássicos, mas hoje tenho
mais interesse em obras atuais, autores da nova geração.
O que está lendo
atualmente?
Costumo
ler mais de um livro por vez e nem sempre acabo todos. Li
recentemente na íntegra três obras do Daniel Galera, gostei muito
do trabalho dele. Simultaneamente estou lendo a coleção Boca Santa,
com livros de diversos autores, e Memória da Bananeira, da Isadora
Krieger, ambos lançados pela Carniceria Livros em parceria com A
Oficina do Santo. Outro que tá na cabeceira é O Jogo da Amarelinha,
do Júlio Cortázar, que ganhei de presente de um grande amigo meu.
Qual foi o maior
desafio até agora?
Não sei, não fico
mensurando, só enfrento.
Algo que você
apostou e não deu certo?.
Ser astronauta
(risos).
O que faria se
estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Considero que ainda
estou nessa fase.
O que você aplica
dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Acho que os melhores
educadores nos ensinam a questionar e ter opinião própria, mesmo
que seja diferente da deles. Assim, nos ensinam a ouvir e respeitar
também. E é isso que levo.
Quais medos você tem ou
teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer. ?
Ainda não identifiquei
meus medos atuais. Os que eu tive foram vencidos e eram coisas de
criança. Não sei o que te dizer. Envelhecer é natural, tristeza é
passageira.. não considero medos.
Arrependimentos?
Não que eu lembre.
Quais as maiores
decepções e alegrias que teve?
Um amigo uma vez me
disse que a vida é uma onda senoidal, ora estamos na crista, ora no
vale. E assim a vida segue. O Vinicius de Moraes também disse que o
sofrimento é só um intervalo entre duas alegrias. O conceito é o
mesmo. E eu acho que é isso. Tenho momentos de alegria e de
tristeza, altos e baixos, como todo mundo. Só sei que, independente
do tamanho, os dois passam e eu aprendo a me tornar alguém melhor,
mais forte para lidar com decepções e euforias.
Quais as suas
aspirações?
Quero continuar meus
estudos, produzir cada vez mais conciliando projetos autorais,
profissionais e pessoais, manter sempre um bom relacionamento com a
família e amigos… enfim, viver aprendendo, produzindo,
compartilhando experiências e em paz.
Publicado no Jornal Em Foco aos 06 de fevereiro de 2015
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