quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Sérgio Antônio Ulber

Sergio Antonio Ulber

Exibindo Foto 01.jpg
Redator e atua também em restaurações e colorizações fotográficas

O entrevistado desta semana é Sergio Antonio Ulber nascido em Brusque (Maternidade Cônsul Carlos Renaux) aos 05/03/1988; filho de Sergio Ulber e Vanildes Kohler; companheira: Beliza Loos; ocupa-se, atualmente e principalmente, como Redator, desenvolvendo também: restaurações e. colorizações fotográficas. Não torce para nenhum equipe



O que sonhava ser quando era criança?
Sonhava ser Astronauta. 

Formação escolar?
O Jardim e pré no Sesi. Primário, ginásio e Ensino Médio: C. C. Honório Miranda. Graduação: Bacharelado em Design Gráfico (UNIVALI, 2008) Pós-Graduação: Especialização em Fotografia (UNIVALI, 2012). 

Primeira professora?
Foi a minha mãe. 

Grandes professores?
Destaco os professores Mário Mafra e Ricardo Gallarza 

Pessoas que influenciaram?
A querer ser astronauta? Ninguém. 

Quais as matérias que mais gostava e as que detestava?
Nunca odiei nenhuma, tudo dependia do assunto da vez. Apesar de não ter muita facilidade para as exatas, eu era um aluno regular. 

Quais as atividades escolares e esportes você participava?
Praticava praticamente todos os esportes que tinham no colégio, mas sempre gostei mais de basquete, futebol e tênis de mesa. Cheguei a fazer teatro por um tempo também.  

Como conheceu a Beliza?
Por meio de amigos em comum. 


Um resumo de sua trajetória profissional?
De formação sou Designer Gráfico com Especialização em Fotografia. Cheguei a cursar Jornalismo também, mas não terminei. Já atuei como estagiário fazendo fotos em lojas da FIP para uma empresa de Blumenau e também como estagiário para um estúdio de design em Brusque. Em 2009 entrei para a LAPIS Editora, atuando principalmente como Coordenador de Equipe, Diretor de Redação, Revisor e Ilustrador da Revista digital Foto Grafia (produzida até 2012, mas está online até hoje: www.revistafotografia.com.br). Entre 2009 e 2010 também atuei como cartunista articulando o projeto VerdeTiras. Hoje continuo trabalhando na LAPIS, porém em outros projetos, e também sou Redator no GGeDESIGN, um estúdio gráfico localizado em Balneário Camboriú. As duas empresas são parceiras. Em paralelo, e contando com o apoio da LAPIS e do GGeDESIGN, desenvolvo restaurações e colorizações fotográficas digitais. Vou lançar um livro esse ano com Fotografias Antigas de Balneário Camboriú através da Lei de Incentivo Municipal

O que faz um Designer Gráfico
Um designer gráfico trabalha com comunicação visual. Ele transmite informações e conceitos através de textos e imagens em diferentes suportes, como, por exemplo, cartazes, banners, flyers, encartes, revistas, sites, jogos, etc. Utilizando variadas metodologias, o designer gráfico apresenta soluções à uma empresa ou profissional. As soluções podem ser práticas, conceituais ou estratégicas. A solução prática seria, por exemplo, criar uma peça gráfica, como um cartaz para divulgar determinado produto. A conceitual seria idealizar este produto junto com a empresa, ou seja, criar um nome, a marca, definir as cores, o estilo e desenvolver toda a comunicação visual deste produto para fazer ele conversar diretamente com seu público-alvo. Já a estratégica seria auxiliar o dono da empresa a posicionar cada vez melhor o seu produto no mercado, prestando constante consultoria. Eu utilizei produto como exemplo, mas isto também se aplica à serviços e eventos. Como é um ramo bastante amplo, muitos designers se especializam em áreas específicas, como ilustração, diagramação, web, etc. Um designer gráfico pode trabalhar em estúdios de criação gráfica, editoras, agências de publicidade e marketing, produtoras de vídeo, estúdios de fotografia, birôs de impressão, gráficas, indústria da moda ou dentro de qualquer empresa desenvolvendo projetos exclusivos para ela. Outros preferem trabalhar de forma autônoma e são mais conhecidos como freelancers. 


Quais trabalhos destacaria como cartunista?
Eu sempre gostei de desenhar. Como cartunista criei e articulei o projeto VerdeTiras, que desenvolvi por cerca de um ano. Eram tirinhas de quadrinhos que abordavam a alimentação vegetariana como tema principal. Eu utilizava quatro personagens com personalidades bem definidas para abordar o assunto de forma consciente e descontraída. Também trabalhava temas paralelos, como fatos que estavam rolando na mídia. Todo conteúdo era publicado em um blog que não está mais online. Em parceria com uma produtora e uma editora estamos desenvolvendo um livro do VerdeTiras com a compilação do material produzido entre 2009 e 2010. Deve ser lançado ainda em 2015. 

Fale sobre as restaurações e colorizações?
Comecei a trabalhar com restauração e colorização fotográfica em 2012, durante o curso de especialização em fotografia. Desenvolvi um projeto chamado “Ao Vale, as cores”, a fim de resgatar, preservar e reinterpretar fotografias que conservam aspectos da colonização em Brusque. Este trabalho ficou exposto por um tempo na Unifebe e na Assevim. Desde então trabalho com isto, não parei mais. É algo que eu tenho muito prazer em fazer. Em breve vou lançar um livro pela editora LAPIS, com patrocínio da Prefeitura e Fundação Cultural de Balneário Camboriú, chamado “Fotografias Antigas de Balneário Camboriú”. São imagens restauradas e colorizadas, acompanhadas de textos e legendas desenvolvidos por Saulo Adami. Um grande colaborador deste projeto foi o genial Sr. Erico Zendron, de Brusque, fotógrafo e dono de um dos acervos fotográficos mais ricos e interessantes que eu já tive a oportunidade de conhecer. Uma exposição em praça pública vai acompanhar o lançamento deste livro, que deve acontecer agora entre fevereiro e março. Os principais trabalhos desenvolvidos eu publico no meu Instagram (instagram.com/serjaress), lá estão algumas fotografias de Brusque e também do livro sobre Balneário Camboriú. Vou aproveitar para dizer que também presto este tipo de serviço à acervos particulares, trabalhando com fotografias de família. Interessados podem entrar em contato.   
Quais os melhores livros/artigos que leu?
Ah.. isso aí dá pano pra manga. Depende do assunto e da fase da minha vida. Já li muita coisa boa, é complicado citar somente alguns. Mas um livro que marcou bastante foi Assim Falou Zaratustra, do Nietzsche, acho que foi a primeira obra complexa que eu resolvi encarar. Acabei utilizando o livro no projeto de conclusão da Faculdade. Gosto muito de literatura nacional, já li bastante clássicos, mas hoje tenho mais interesse em obras atuais, autores da nova geração. 

O que está lendo atualmente? 
Costumo ler mais de um livro por vez e nem sempre acabo todos. Li recentemente na íntegra três obras do Daniel Galera, gostei muito do trabalho dele. Simultaneamente estou lendo a coleção Boca Santa, com livros de diversos autores, e Memória da Bananeira, da Isadora Krieger, ambos lançados pela Carniceria Livros em parceria com A Oficina do Santo. Outro que tá na cabeceira é O Jogo da Amarelinha, do Júlio Cortázar, que ganhei de presente de um grande amigo meu.  

Qual foi o maior desafio até agora?
Não sei, não fico mensurando, só enfrento. 

Algo que você apostou e não deu certo?.
Ser astronauta (risos). 

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Considero que ainda estou nessa fase. 

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Acho que os melhores educadores nos ensinam a questionar e ter opinião própria, mesmo que seja diferente da deles. Assim, nos ensinam a ouvir e respeitar também. E é isso que levo.  

Quais medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer. ?
Ainda não identifiquei meus medos atuais. Os que eu tive foram vencidos e eram coisas de criança. Não sei o que te dizer. Envelhecer é natural, tristeza é passageira.. não considero medos.

Arrependimentos?
Não que eu lembre. 

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Um amigo uma vez me disse que a vida é uma onda senoidal, ora estamos na crista, ora no vale. E assim a vida segue. O Vinicius de Moraes também disse que o sofrimento é só um intervalo entre duas alegrias. O conceito é o mesmo. E eu acho que é isso. Tenho momentos de alegria e de tristeza, altos e baixos, como todo mundo. Só sei que, independente do tamanho, os dois passam e eu aprendo a me tornar alguém melhor, mais forte para lidar com decepções e euforias. 

Quais as suas aspirações?

Quero continuar meus estudos, produzir cada vez mais conciliando projetos autorais, profissionais e pessoais, manter sempre um bom relacionamento com a família e amigos… enfim, viver aprendendo, produzindo, compartilhando experiências e em paz. 



Exibindo Foto 02.jpg


Exibindo Foto 03.jpg

Publicado no Jornal Em Foco aos 06 de fevereiro de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário