Heloisa
Maria Wichern Zunino
Pró-Reitora
de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão – UNIFEBE
A
entrevistada da semana é a Pró-Reitoria Heloisa Maria
Wichern Zunino, nascida em Brusque aos 05 de janeiro de 1972.
Filha de Edgar Wilhelm Wichern (Etti)e Maria
Eugenia Schaefer Wichern (Magê); cônjuge: Moacir Nelson
Zunino Junior; filho: Joao Vitor Wichern Zunino .
Nossa
entrevistada Heloísa Maria Wichern Zunino com o marido Moacir Nelson e o filho João Vitor
Desde
muito pequena gostava de brincar de escolinha e ser professora,
juntamente com minhas irmãs, primas e as amigas, essa era uma
brincadeira preferida. Também desde pequena fui incentivada ao
esporte, o que despertava em mim também a vontade de ser uma
grande atleta. Iniciei com 6 anos no tênis, passei pela
escolinha de voleibol, mas foi no Handebol1 que me identifiquei e me
tornei realmente uma atleta. Sonhos esses realizados!!!
Heloísa com 7 anos
O que sente falta de sua infância?
Minha
infância foi muito rica, cheia de experiências, aventuras,
brincadeiras, passeios e contato com a natureza, família unida, eu e
minhas irmãs brincávamos (e também “ brigávamos”) muito ...
desse modo, minha infância não deixou a desejar em nenhum aspecto,
mas o que sinto falta é que meu filho João Vitor não terá as
mesmas oportunidades que tive como criança.
Quais
as lembranças que têm de sua infância?
Bom
, as lembranças são muitas, desde as mais simples como subir na
arvore e apanhar a fruta do pé como os banhos de piscina na casa do
Tio Nica, naquela época poucas famílias tinham piscina em suas
casas. Lembro as viagens que fazia para são Paulo com meu Pai, ele
buscava carros lá para revender aqui e, sempre que era possível,
estava dentro do carro para acompanha-lo. Também com alegria me
recordo dos sábados e domingos que passávamos na Fala-Fala, chácara
do Tio Cyro Gevared, onde brincávamos o dia todo, tomávamos banho
de lagoa, andávamos de carroça, comíamos a fruta do pé entre
tantas outras coisas, ele sempre nos desafiava. Lembro um dia frio,
em que ele jogou dinheiro num ranário (que estava construindo na
chácara), puro lodo, para que buscássemos. Imagina nossas mães!!!.
Era muito comum passarmos as tarde nas casas das amiguinhas,
brincávamos de várias coisas, casinha, escolinhas, escritório,
mais tarde chegou o vídeo game, também andávamos muito de
bicicleta....Brincadeiras de rua, jogar bola, esconde-esconde,
pega-pega...Sem contar os piqueniques que a vó Norma organizava para
gente, as férias em Balneário Camboriu e as tarde na Citur (hoje
Santur) com o tio Cyro que nos deixava brincar livremente no parque
de diversões. São muitas recordações, sempre fui muito ativa e
dinâmica, tanto é que cedo já fui fazer curso de datilografia,
inglês, costura, artesanato, culinária... além das escolinhas de
esportes. São algumas dessas coisas que sinto que meu filho não
terá oportunidade, porém, hoje tão pequeno, ele já tem muitas
oportunidades que na nossa época não tivemos.
Pessoas
que influenciaram?
Com
certeza as pessoas que mais me influenciaram foram meus pais Etti e
Magê. Sempre nos orientaram para a boa conduta, ensinaram bons
princípios e apoiaram nas escolhas. Foram grandes incentivadores,
exemplo de humildade, de disciplina, persistência... Assim que
comecei a me dedicar ao Handebol, onde os treinos passaram a ser
intensos e quase todo final de semana tinha campeonato, minha Mãe me
chamou para uma conversa onde disse que entendia e respeitava minha
prioridade pelo esporte, porém que eu não deixasse os estudos de
lado. E assim aconteceu. Lembro com muito carinho quando jogava
handebol e eles participavam dos jogos, os mais importantes, claro. O
meu primeiro Jogos Abertos foi em Criciúma, 1987 e lá estavam eles,
torcendo por mim, pela nossa equipe e assim em muitos outros. O Vô
Pilolo também era um torcedor e foi referencia pela sua trajetória
de vida publica e familiar... a Vó Norma pela sua disposição e
elegância. Ainda posso citar os mestres que em minha vida passaram,
meu técnico do handebol, Delmar e creio que muitas ainda
influenciam, como meu marido Júnior, meu filho João Vitor, colegas
de trabalho... pois estamos sempre em processo de aprendizagem e
evolução.
Com os pais, o esposo Moacir N. Zunino Junior e as suas irmãs com seus maridos, Alexandra (noiva) e Renato Rosa, Ana Cristina e Marcelo Schmachtemberg.
Histórico
escolar?
Aos
três anos de idade iniciei no Jardim de Infância Divina
Providencia, hoje é a Educação Infantil do Colégio São Luiz. No
mesmo colégio cursei o ensino fundamental e me formei no Ensino
Médio no Colégio São Luiz (1989); de 1990 a 1993, Cursei a
Graduação em Pedagogia na UNIVALI- Itajai; em 1995, conclui a Pós
Graduação Especialização em Fundamentos da Educação e em 1997 a
Pós Graduação Especialização em Alfabetização, na FEBE, hoje
UNIFEBE e de 2000-2003, cursei no Mestrado em Educação na UNIVALI.
Como
conheceu o Moacir Nelson?
Bom,
nossa história começou nos bancos escolares em 1989 quando nos
encontramos na mesma turma no terceiro ano do Ensino Médio no
Colégio São Luiz. Iniciamos o ano na mesma classe, eu seguia a
turma normalmente, porém, as minhas amigas de infância deixaram de
estudar nessa turma, mudaram de turno, cidade, colégio e o Junior no
ano anterior por uma intervenção cirúrgica e perdeu o ano escolar,
logo ficou sem os amigos de turma. Iniciamos o ano com o olhar meio
atravessado um para o outro, pois eu o achava muito playboy e ele me
considerava meio antipática. Porém o tempo foi passando e a má
impressão foi sumindo. Começamos a fazer trabalhos juntos e de
repente a paixão apareceu e o amor nasceu. Começamos a namorar na
metade daquele ano (dia 02-06-1989) e estamos juntos até hoje.
Como surgiu a Pró - Reitoria em Pós-graduação em sua trajetória?
Iniciei
na Unifebe como docente, foi no segundo semestre de 1998, ainda
cursando a Especialização em Alfabetização, Uma das minhas
professoras me convidou para substituí-la no curso de Pedagogia e
aos poucos fui conquistando outros espaços na Unifebe. Em 1999, fui
convidada para coordenar um novo curso de graduação que estava
sendo implantado. Um desafio, pois o curso era Tecnologia em
Processos Industriais – Eletromecânica. (nada a ver com minha área
de atuação e um curso inovador para a IES, pois os tecnólogos eram
pouco conhecidos em nossa região. Do resultado desse trabalho recebi
o convite para atuar no NAPE (Núcleo de Apoio Pedagógica), que
também foi um trabalho maravilhoso que realizamos durante uns três
anos na IES. Assim, em 2003 veio o convite para atuar como assessora
pedagógica da Diretoria de Graduação no qual atuei por um ano. Em
2004, juntamente com a coordenação do curso de Eletromecânica,
assumi a coordenação do curso Superior de Tecnologia Têxtil (atual
Produção Têxtil), mais as aulas do curso de Pedagogia e as
atividades do NAPEe alguns cursos de formação que coordenava
(Alfabetização de Adultos e Capacitação de Professores para a
rede estadual de ensino). Vivia intensamente as atividades na
UNIFEBE. Este ano (2004) foi muito difícil, pois meu pai adoeceu e
veio a falecer no final do ano. Assim, repensei minhas atividades
profissionais. No ano de 2005 ainda trabalhei com carga horária
cheia e ao retornar as atividades no inicio de 2006 tinha decido
diminuir minha carga horária, ou seja, ficaria só com as aulas no
curso de Pedagogia e com a coordenação de Eletromecânica. Ao
solicitar meu desligamento das demais atividades, fui surpreendida
com um convite para assumir a Pró-reitoria de Ensino de Graduação.
O convite foi um choque, pois não almejava algo mais do que as
atividades que eu já realizava UNIFEBE. Foi praticamente um mês
relutando contra o convite, até o convencimento e aceite para um
grande desafio. Sempre achava que as oportunidades estavam a frente
do meu tempo, pensava que precisava ser experiente para assumir tais
compromissos. Em meados de 2008 novo desafio, onde assumi
interinamente também a Pró-Reitoria de Pós Graduação, Pesquisa e
Extensão. Em 2009 optei em permanecer na Pró-Reitoria de Pós
Graduação, Pesquisa e Extensão, e assim continua até os dias de
hoje, pois com a nova gestão do prof. Gunther tive a oportunidade e a
satisfação de continuar exercendo as minhas atividades na
Pró-Reitoria.
Quais
as atribuições de seu cargo?
Em
síntese, minhas funções como a Pró- Reitora consistem em
propor, coordenar, acompanhar e avaliar as atividades
relacionadas à política de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão
da Unifebe. Atualmente, cinco segmentos compõe a Pró-Reitoria:
Iniciação Científica e Extensão, Pós Graduação,
Internacionalização, Soae e Egresso. Nossas ações cotidianas
são implementadas com o compromisso de contribuir para a produção,
sistematização e disseminação do conhecimento construído na
universidade, de forma ativa e articulada com o ensino e a sociedade.
Monografia,
dissertação e tese em especialização, mestrado e doutorado,
respectivamente. Como devem ser elaboradas cada uma delas?
A
monografia geralmente é apresentada como trabalho final de conclusão
de curso de graduação e também de especialização. Consiste num
trabalho acadêmico que apresenta o resultado de investigação pouco
complexa e sobre tema único e bem delimitado referente aos estudos
nos quais deve se aprofundar.
Dissertação:
é um trabalho escrito (texto), elaborada pelo aluno com o auxílio
de um professor orientador, sendo apresentada sempre ao final de um
programa de mestrado. Uma dissertação deve se basear numa pesquisa
científica e confere o título de "Mestre”.
Tese:
uma tese precisa necessariamente apresentar resultados acadêmicos
inéditos, deve revelar a capacidade do pesquisador em sistematizar o
conhecimento, em fornecer uma contribuição para a ciência na área
de estudo que foi alvo de suas investigações, primando pelo
ineditismo e originalidade.
Quais
foram as principais conquistas da pós-graduação na Unifebe, tanto
lato sensu quanto stricto sensu?”
PS.
Ainda não temos programa stricto sensu. Cada resultado positivo
consideramos uma conquista em nosso trabalho, assim desde a abertura
de turmas nos cursos de especialização e de curta duração; como o
incremento das atividades de iniciação cientifica e extensão que
ano a ano estão ampliando, trazendo melhores resultados para nossa
comunidade; a internacionalização que vem conquistando seu espaço
com realização de viagens de estudos internacional, convênios
assinados com instituições estrangeiras e agora mais recentemente
tivemos 2 alunos aprovados no programa do Governo Federal Ciência
Sem Fronteiras, nossas publicações: a Revista Da Unifebe e o
Caderno de Ensino, Iniciação Científica e Extensão. Os projetos
aprovados em Editais. A criação do nosso Comitê de Ética entra
outras conquistas do setor.
Quantos
cursos já foram criados ? Qual a participação – em números
?
Até
os dias de hoje já foram criados 34 cursos de especialização na
UNIFEBE, totalizando 872 alunos.
Quais
as Pós oferecidas pela Unifebe?
1
Cursos Próprios
|
Especialização
em Marketing Digital
|
Especialização
Docência na Educação Básica
|
|
Especialização
em Fisiologia do Exercício
|
|
2
Cursos em parceria com o Instituto Valor Humano
|
Especialização
em Finanças
|
Especialização
em Marketing, Vendas e Varejo
|
|
Especialização
em Contabilidade Gerencial Estratégica
|
|
Especialização
em Gestão Estratégica de Pessoas
|
|
Especialização
em Gestão de Negócios – Brusque e São João Batista
MBA
Lean Six Sigma
|
|
3
Cursos em parceria com o Instituto Brasileiro de Gestão de
Negócios - IBGEN
|
MBA
em Engenharia de Manutenção
|
MBA
em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário
|
|
MBA
em Direito Empresarial
|
|
MBA
em Gestão Empresarial
|
|
MBA
em Desenvolvimento Humano e Organizacional
|
|
MBA
em Gestão Empresarial
MBA
em Gestão Estratégica de Finanças
MBA
em Controladoria
|
|
4
Cursos em parceria com a Associação de Logoterapia Viktor Emil
Frankl - ALVEF
|
Especialização
em Logoterapia
|
Quais
as que estão em andamento?
Atualmente
estamos com 18 cursos com inscrições abertas e 2 turmas de Gestão
de Negócios em andamento.
Quando
a entidade iniciou a oferta de cursos de Pós?
A
primeira turma foi em 1991 em parceria com a ESAG, o curso de
Especialização em Administração de Empresas.
A
Unifebe prevê expansão de vagas?
A
UNIFEBE vem crescendo a cada ano, seja em número de alunos, novos
cursos ou estrutura física e isso é visível para a comunidade
acadêmica e a sociedade. Dos atuais cursos de graduação que temos
hoje, 50% foram criados na gestão do professor Gunther e os 17
cursos de Pós Graduação, também todos nessa gestão, refletindo
num acréscimo de mais de 50% no número de alunos. A UNIFEBE tem
como meta continuar expandindo, para isso temos uma equipe que
discute o planejamentos estratégico institucional para que essa
expansão de vagas e infraestrutura seja de forma ordenada e
planejada. Novos cursos e espaços serão criados sempre em atenção
as demandas da sociedade em consonância ao que preconiza nossa
missão que é oferecer ensino superior de qualidade, contribuindo
para o desenvolvimento local e regional e a qualidade de vida da
sociedade.
Existe
previsão para cursos de mestrados?
Atualmente
estamos no processo de consolidação dos cursos de Pós Graduação
Lato sensu, ou seja, de espacialização. A oferta de programas
Stricto Sensu, curso de mestrado e doutorado, já faz parte do
planejamento da UNIFEBE, porém não temos prazos definidos. Estamos
estudando as possibilidades e necessidades.
O
que você mudaria - se pudesse - na profissão que exerce?
Creio
que um dos maiores desafios hoje é a qualidade da educação no
país, em todos seus níveis e a valorização do profissional da
educação, o Professor. É indiscutível que o crescimento e o
desenvolvimento de uma nação passam pela educação e nesse quesito
ainda precisamos evoluir, melhorar e muito, se comparados a outros
países vizinhos e em desenvolvimento. Para mim esses são dois
gargalos que merecem uma ação efetiva de nossos governantes,
urgentemente. Se eu pudesse mudar algo, seria nesse sentido. Educação
de qualidade para todos e melhores condições para os docentes,
valoriza-lo.
Quais
os melhores livros que lá leu?
Em
nossa adolescência qual foi a menina que não leu Pollyana e
Clarissa. Gostei de livros como: O Monge e o Executivo; Viajante
Chic: dicas de viagem por Gloria Kalil; Quem Ama, Educa!; Coisas
que ninguém conta sobre a chegada do bebê; Transformando suor em
ouro, entre outros.
O
que está lendo atualmente?
Atualmente
estou lendo dois livros específicos da área da Educação:
Competência Pedagógica do Professor Universitário (Marcos Masetto) e
Leitura e Escrita: ensaios sobre alfabetização (Doris Bolzan). A
próxima leitura já está reservada, é o livro de ganhei da D.Helga
Kamp: Micki; passagens e paisagens da minha vida.
Como
foi sua trajetória esportiva no Handeball?
Em 1986, No
Campeonato estadual - 3º lugar no Infantil, no Infanto-Juvenil e no Juvenil e
fui Convocada para Seleção Catarinense de Handball, disputei os Jogos Escolares
Brasileiros/JEB’s – em São Luis do Maranhão - 5º lugar. Em 1987, campeã
estadual: infantil, infanto-juvenil, Vice-campeã juvenil e Júnior , vice-campeã
adulta e dos Jogos Abertos de Santa
Catarina. Ainda em 1987, Integrei a seleção catarinense de Handeball Infanto
Juvenil e foi destaque esportivo da Cidade de Brusque – handeball. Em 1988 ,
Vice-campeã estadual: infanto-juvenil,e juvenil e campeã no Júnior e no
adulto, e vice-campeã nos JASC e campeã nos Jogos e Joguinhos Abertos Regionais
e também, campeã dos Joguinhos Abertos de SC, Tendo sido destaque esportivo de
SC – handebol – Troféu o Jornaleiro, oferecido pelo Jornal A Notícia. Em 1989,
campeã estadual no infanto-juvenil, juvenil, júnior e adulto;
Vice-campeã dos JASC e o 3º lugar na Taça Brasil de Handball/juvenil. Em
1990, vice-campeã estadual nos juvenis, Júnior e campeã no adulto, campeã
dos JASC, o 3º lugar na Taça Brasil de Handball/ juvenil e também o 3º no
adulto e ainda, vice-campeã no Master de Handballl Adulto. Ainda em 1990 fui
convocada para a Seleção Brasileira de Handebol Junior, porém participei da
primeira etapa dos treinamentos em Novo Hamburgo/RS. Na segunda etapa dos
treinamentos abri mão desse sonho. Em 1991, campeã estadual na categoria
Adulto e dos JASC e Vice-Campeã na Taça Brasil de Handball/ Adulto
Você
integrou a Seleção canarinho de handball?
Sim.
integrou a seleção brasileira de Handball – categoria Junior
Quando
deixou a Handeball para ingressar na área educativa?
Em
1992 deixei de jogar Handball, para dedicar-me a educação.
Fale
de sua atuação profissional
Iniciei
minhas atividades em 1993, como professora de séries iniciais
(2ª série) na Escola Municipal Isolada Rio Branco, atuando nesta
escola até 1994, com a 1ª série (alfabetização). Em 1994
também lecionei no Colégio Municipal João Hassmann, na Educação
Infantil/pré-escola. Em 1995 prestei concurso público da
rede municipal de ensino de Brusque, sendo aprovada para atuar como
Orientadora Pedagógica. Neste mesmo ano iniciei como Orientadora
Pedagógica da Educação Infantil até o Ensino Médio, do Colégio
Municipal João Hassmann, até dezembro de 1998. No ano de 1998
comecei a Lecionar na Fundação Educacional de Brusque – hoje
Unifebe , como professora do curso de Pedagogia. Em janeiro de 1999
fui convidada para assumir a coordenação da Educação Infantil
da Rede Municipal de Ensino de Brusque, atuando por 02 anos
(1999/2000). Em 1999, na Unifebe, além de professora, passei
a coordenar o Curso Superior de Tecnologia em Eletromecânica. Em
2000, também lecionei na Univali, em Itajaí para o curso de
Pedagogia, permanecendo nesta instituição até 2003.
Em
2004 assumi a coordenação do Curso Superior de Tecnologia
Têxtil da Unifebe. Em 2006 assumi a Pró-Reitoria de Ensino de
Graduação, exercendo a função de Pró-Reitora até janeiro de
2009. Onde a partir desta data, assumi a função de
Pró-Reitora de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão da Fundação
Educacional de Brusque-Unifebe até os dias de hoje.
Além
das atividades profissionais, realizou outros trabalhos?
Sim,
1- .
Professora de Curso de Pós Graduação: Curso de
Especialização em Teorias e Práticas Pedagógicas – Unifebe
(2006); 2-
Coordenação de cursos de extensão: 2004-2005:
Coordenou e ministrou oficina no Programa Brasil Alfabetizado –
alfabetização de pessoas jovens e adultos; 2004: Coordenou e
ministrou oficina no curso de capacitação de professores
alfabetizadores da rede municipal de ensino de Ilhota/SC;
2005:
Ministrou oficina na formação de professores da rede municipal de
Ensino de São Bento do Sul/SC; 2006: Coordenou a Capacitação
dos Professores da Rede Estadual de Ensino de Brusque e região.
Proferiu
algumas palestras?
Sim:
Palestras realizadas:
1. Alfabetização: Novos Olhares; 2. Educação Infantil: Novas
Perspectivas; 3. Refletindo a prática Pedagógica na Educação
Infantil; 4. Professoras Alfabetizadoras: Concepções e práticas;
5. Formação continuada de professores na Unifebe.
Participações
em Conselhos?
Participações
em Conselhos: 1. Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão/Unifebe : 2000 a 2003; 2. Conselho
Universitário – Consuni: 2003 até os dias atuais; 3. Conselho
Administrativo: 2006 até os dias atuais; 4. Conselho de Pesquisa da
Unifebe: (2008); 5. Conselho Municipal de Educação de Brusque:
(2009); 6. Conselho Editorial da Revista da Unifebe: (2012); 7.
Membro do GRUPIA: (2012) e 8. Comitê de Ética: (2013)
Em
termos de Publicações?
Revista/2000:
Sistematização das Ações da Rede Municipal: A Educação Infantil
em Destaque: Reflexões de um Processo. (Coordenadora);
Manual/2003: Exercício Social: manual com orientações sobre
a higiene e segurança no trabalho e Artigo/2004: A educação
Tecnológica e seu impacto na sociedade – Revista da Unifebe
Outras
participações?
Do
Ano de 1990 a 1994 integrou o Leo Clube de São João Batista,
vinculado ao Lions Clube.
O
que faria se estivesse no início da carreira e que não teve coragem
de fazer?
Nunca
parei para pensar nisso, tudo aconteceu muito rápido na minha
carreira, as oportunidades foram aparecendo e fui aceitando os
desafios. Mesmo que muitas vezes estava insegura frente a mudança,
com o apoio e incentivo da minha família e colegas de trabalho, não
deixava de aproveitar a oportunidade. Talvez um desafio que tive, não
foi na educação, mas sim na época em que jogava handebol. Em 1990
fui convocada para a Seleção Brasileira de Handebol Junior.
Participei da primeira etapa dos treinamentos em Novo Hamburgo-RS,
porém quando chegou a segunda etapa e fase final dos treinamentos
desisti. Abri mão de um sonho, por outro. Na época não foi uma
decisão fácil, pois estava abrindo mão de toda uma trajetória
esportiva construída e de um sonho. Mas, não me arrependo da
escolha que fiz, pois apostei na vida pessoal e deu certo. Hoje tenho
uma família maravilhosa, sou casada com o Junior, meu namorado a
época e temos nosso amado filho Joao Vitor. Somos muito felizes e
realizados pela família que constituímos.
Algo
que apostou e não deu certo?
De
um modo geral o que acontece é que, apostamos na criação de vários
cursos de especialização e de curta duração, oferecendo um leque
de oportunidades grande, porém o fechamento de todas turmas nem
sempre acontece.
Algo
cômico que aconteceu em sua vida?
Lembro
de uma das viagens que fiz com meu pai para São Paulo, tinha mais ou
menos uns 10 anos. O Vô Willy (pai do meu pai) foi junto, ele tinha
quase 80 anos. Enquanto ele estava trabalhando, deixou eu e o Vô
Willy passeando de metrô. Imagina isso há uns 30 anos atrás. E deu
certo, chegamos ao destino final. Achei o máximo!!! E uma outra
passagem aconteceu na Fala-Fala (chácara do Tio Cyro), onde ele
tinha uma verdadeira fauna, pois a diversidade de animais era imensa
e numa daquelas tardes na chácara deixamos os gansos canadenses
fugir. Foi uma correria, pois tivemos que ir atrás deles e leva-los
de volta para o viveiro. Pensa na confusão, pois eles eram bravos!!!
O
que você aplica dos grandes educadores, das experiências que teve,
no dia a dia?
Algumas
ações e princípios são fundamentais: agradecer a Deus diariamente
e pedir sua proteção; valorizar a família que temos e cultivar os
amigos que formamos, humildade, respeito, persistência, disciplina,
generosidade... não fazer para o outro aquilo que não gostaríamos
que fizessem para nós e tentar sempre se colocar no lugar do outro,
talvez essa seja uma das coisas mais complexas.
O
que a incomoda?
Prepotência,
mentira, acomodação e inércia, injustiça.
Quais
são as suas aspirações?
O
que eu sempre desejo é ser uma pessoa melhor e contribuir para a
construção de um mundo melhor. Um mundo sem violências, guerras e
preconceitos; qualidade de vida com saúde e educação de primeira
linha para todos; uma juventude livre das drogas e com belas
oportunidades de vida; famílias unidas. Também desejo continuar
atuando na Educação e ampliar os estudos na área (doutoramento).
Qual
o maior desafio que enfrentou até agora?
Foi
a partida prematura de meu Pai, que faleceu aos 62 anos de idade. No
dia 01-05-2004, dia em que completávamos 05 anos de casados a sua
saúde agravou e ele quase morreu a caminho do hospital em Blumenau.
Foi um dia muito difícil! Dois dias depois, meu pai passou por um
procedimento cirúrgico e antes de se despedir de minha mãe, disse:
“te cuida meu anjo”, parecia que seria para sempre. Foi um
momento muito triste, mas superou e foram mais 06 meses de luta pela
vida, o que infelizmente não foi possível reverter. Porém foi um
período muito importante de nossa família, estávamos sempre
juntos, unidos ao redor do Pai. Foi um período de resgates,
aprendizagem e exemplo de resignação.
Grandes
alegrias?
São
tantas... O dia do meu casamento, o nascimento de meu filho, o dia da
formatura da minha mãe, no qual lhe entreguei o diploma de Graduação
em Direito, as viagens que fizemos eu e minhas irmãs Kika e Xanda
com nossos pais na infância; as conquistas na época do handebol;
Defesa do mestrado; Minha família sempre unida; viagens ...
Tristezas?
Tristeza:
a maior tristeza é não ter mais meu Pai conosco e em especial o
fato de ele não ter conhecido os netos Lucas, filho da Xanda e João
Vitor. O Gabriel, filho da Kika, o neto mais velho, o Vô Etti
conviveu por oito meses.
Finalizado,
alguma mensagem?
Esses
dias li uma frase no Instagran e achei muito significativa e deixo
como mensagem: “Compreender que há outros pontos de vista é o
início da sabedoria” (Thomas Campbell)
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