DELAMAR DA SILVA
Programa Música da Gente - Rádio Cidade
O
entrevistado desta semana é radialista e bancário Delamar da
Silva, nascido em Brusque aos dia 13.11.1973, no Hospital
Evangélico; filho de Dario da Silva e Arani Dutra; casado com
Patricia Aparecida Assi da Silva; filhos: Thiago e Felipe. Torce para
o mengo.
Sonho
de criança?
Meu
sonho estou vivendo todos os dias, fazendo rádio, quando criança eu
e meu irmão Deivis, nós já brincavamos de fazer rádio em casa, e
essa história já vem de berço e está no sangue da família, meu
pai é radialista a mais de 53 anos e todos os meus irmãos são
radialistas, dois deles não trabalham mais em rádio e um deles a
maioria das pessoas conhecem o Dirlei Silva que continua até hoje.
histórico
escolar?
Fui
aluno do Colégio Feliciano Pires, depois completei meu estudos no
Colégio Dom João Becker, na época de ginásio sempre fui bom em
matemática foi o que me influenciou para buscar formação em
Contabilidade pela UNIFEBE, depois disse fiz pós-graduação em MBA
Gestão Estratégica de Pessoas pela UNIVALE.
Quais
as matérias que mais gostava e as que detestava?
Sempre
gostei e gosto de matemática e física, tenho também uma simpatia
por geografia. Ciências eu detestava, mas depois que
conheci a professora Silvana Santos, passei a gostar pelo forma
dedicada e comprometida que ela aplicava as aulas, não que os demais
professores não tinham esse perfil, até porque acredito que o
primeiro interessado tem que ser vc que quer aprender, mas a
professora Silvana me fez mudar meu conceito sobre ciências, mas
nunca gostei de história e filosofia, português também não
tinha muita simpatia, aliás erros de português é e continua sendo
muitas das vezes meu inimigo, mas tem muito a ver com a complexidade
da língua e da escrita.
Pessoas
que influenciaram?
Quem
sempre me influenciou foi minha mãe, ela sempre foi batalhadora,
criou os 4 filhos praticamente sozinha, porque ela e meu pai se
separaram ainda quando nós eramos muito pequenos, então ter
caráter, trabalhar e não desistir nem no momento de
dificuldades foi o que ela demonstrou na prática, porque depois da
separação ela sempre viveu sozinha e dedicou e se dedica até hoje
para os filhos. Meu pai também teve uma influencia muito grande na
minha vida em relação a minha profissão como radialista, sempre
quando ele me ouvia me dava dicas de melhorias, ou seja, também é
um cara que me ajuda muito até hoje.
Melhores
livros que leu?
Confesso
que não sou muito chegado em livros, gosto mais de revistas,
jornais, mas um livro que li e recomendo, o MONGE E O EXECUTIVO de
James C. Hunter, que ensina de forma clara e agradável os princípios
fundamentais dos verdadeiros líderes.
O
que está lendo atualmente?
Atualmente
estou lendo livro do autor brasileiro Roberto
Shinyashiki, PROBLEMAS?OBA!, esse livro leva as pessoas a perceberem
que um problema é uma grande oportunidade de crescer. E estou
gostando muito, recomendo, pois acho que tem tudo haver com atual
situação, estamos vivendo num País recheado de problemas, quem
sabe não é o momento das oportunidades de novas idéias e valores.
Se
você viveu até os 21 anos na Maximiliano Barovski como surgiu
Águas Claras em sua trajetória?
Entrei
no banco com 19 anos, era solteiro, estava começando a namorar, e
nessa época como eu trabalhava em dois lugares (radio e Banco),
comecei a economizar para comprar um terreno, ocorre que em 94 quando
fui pesquisar e comentei com o corretor de imóveis o valor que
poderia dar de entrada em um terreno, ele me informou que com o valor
que eu tinha dava para dar de entrada em uma casa, foi ai que ele
sugeriu a casa que comprei ainda solteiro no bairro de águas claras,
onde moro até hoje, no começo tentei morar sozinho, mas jovem,
solteiro, com casa e carro e ainda próximo a danceteria 1020, não
deu muito certo, rssssss, mas enfim... aluguei a casa durante um
período, depois casei e fui morar na casa onde estou até hoje com
minha família.
Como
conheceu a Patrícia?
Foi
em 1991, no aniversário dela, na verdade eu fui convidado para o
aniversário de um amigo, Luiz, ele faz aniversário no mesmo dia que
ela, a festa era dos dois, eu sempre digo isso para minha esposa,
como não levei presente acabei sendo o presente que ela usa até
hoje, rssssss.
Como
surgiu o nome do Programam – Música da Gente?
O
nome do programa existe desde que a Rádio entrou no AR, na época em
1982 a radio comprou algumas vinhetas, programas e atrações, então
além do nome e vinhetas do Programa MÚSICA DA GENTE, foi comprado
também programas com o nome de SUCESSO COLORIDO, SOM MARAVILHA, VOCÊ
LIGOU É SUCESSO, FREQUÊNCIA MUSICAL, AS SUPER QUENTES DA SEMANA,
LEMBRANÇAS e outros nomes e atrações que consagraram a
programação da rádio, inclusive Gugu Liberato fazia um programa na
rádio, bem no início, era gravado de São Paulo. Mas dessas
vinhetas e nomes de programas apenas o MUSICA DA GENTE é ainda
usado. No início tinha o comando do saudoso Valdir Reis o Goianinho,
após o falecimento do Goianinho muitas pessoas comandaram o
programa, mas em outubro de 2013, nunca vou esquecer, estava afastado
da programação diária da rádio desde 2009, por motivos
profissionais, mas mesmo assim continuava atuando nos finais de
semana no futebol como plantão esportivo, o Aldo Fachinello, Diretor
e Proprietário da Rádio, me ligou para conversar sobre uma proposta
de horário, quando ouvi a proposta que era de madrugada ele sugeriu
de ficar um mês fazendo o programa para ter certeza que vou me
adaptar com o horário, bem aí todo mundo já sabe, estou até hoje
acordando de segunda a sexta as 3h30min para chegar na rádio
03h45min e entrar no ar pontualmente as 04h15min e fazer o que pra
mim é uma terapia e um vício, fazer rádio.
Você
gosta do que faz?
Só
quero aqui dizer que na rádio já fiz e faço muita coisa, repórter
(policial,político e de campo), apresentador de jornal e programas,
coordenador, plantão esportivo, ou seja, o rádio me ensinou e me
ensina o quanto é importante vc gostar e amar o que faz, é terrível
vc trabalhar apenas pelo salário no final do mês, acho que pessoas
que trabalham assim não são completamente felizes sempre vai faltar
alguma coisa.
Ocupações
profissionais ?
Num
período de 2 anos minha mãe e meu irmão moramos em Navegantes, lá
aos 8 anos comecei a trabalhar como vendedor de picolé, pra ajudar
no orçamento de casa, depois disso voltamos pra Brusque e
comecei cedo no rádio, desde dos 13 anos, como operador de audio,
atualmente continuo na rádio e a 23 anos como Bancário em uma das
maiores instituições financeiras do país.
Qual o
maior desafio que enfrentou ?
O maior
desafio foi quando eu tive um problema de saúde, sofri de síndrome de pânico,
foram quase 2 anos de tratamento, confesso que o difícil da doença psicológica
é aceitar que está com o problema, mas assim graças a Deus e com ajuda e
apoio da família e dr Marcos em Blumenau, estou curado dessa situação.
Quais as suas aspirações?
Com
relação minhas aspirações, teve um dia que ouvi uma palestra em São Paulo
onde o palestrante falava de sonho grande, quando a platéia foi
questionada sobre seus sonhos a maioria destacou viagens, adquirir bens, casar,
etc...Quando chegou o momento de falar eu apenas disse que meu sonho é
conhecer meus netos, bisnetos, etc... as pessoas não entenderam esse sonho. Eu
explico, meu sonho grande é viver o máximo que puder com saúde e energia
pra conhecer minha geração.
Algo que você apostou e não deu certo?:
Na
mega sena, já apostei várias vezes e nunca ganho,
brincadeira....tentei entrar em uma grande rádio do sul do brasil na
época quando era jovem e não passei, hoje percebo que quando as
coisas não acontecem é porque não era o momento ou aquilo não era
pra você.
O
que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de
fazer?
Acho
que trabalhar em outras cidades, rádio, etc, mas assim não me
arrependo, é que na verdade sempre faltou coragem mesmo de sair
dessa terra que é Brusque, amo de paixão essa cidade e esse povo.
O
que aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu
dia a dia?
Na
verdade a gente nunca deixa de aprender, a vida vai ensinando todos
os dias coisa novas, situações novas, mas admiro muito os
professores dedicados, e não é difícil de identifica-los, são
aqueles que realmente se entregam ao ensinamento, sabem ouvir,
sabem expressar e aplicar as idéias e repassá-las, porque se
eu tivesse oportunidade de ser presidente de um país acho que o
professor dedicado, comprometido deveria ganhar o maior salário do
que todas as outra profissões, porque toda e qualquer profissão
passa na mão de um professor, hoje mesmo tenho a oportunidade de
trabalhar com um profissional que não é professor, mas tenho
admiração e reconhecimento pelo seu trabalho e talento, até brinco
com ele no ar quando chamo ele para participar, o "professor"
Francisco Carlos nosso âncora do jornalismo, é comprometido e
percebe-se o quanto aquilo que ele faz não é apenas pelo salário
no final do mês, é porque ama o trabalho.
Quais
as maiores alegrias? E desapontamentos?
Alegrias
é conhecer pessoas, poder abraçar as pessoas, conversar com as
pessoas, comemorar com as pessoas, sorri com as pessoas, ou seja, o
ser humano é coisa mais valiosa que existe no planeta, mas agora
respondendo a outra pergunta, pra mim desapontamentos é quando tenho
a informação de que pessoas matam outras porque de dinheiro, poder,
ganância, as vezes nem chega a matar mas querem ver outras pessoas
sofrendo, serem condenadas injustamente por questões políticas
partidárias, religiosas, etc, é complicado isso, eu sempre digo que
os alienígenas estão aqui mesmo em nosso planeta, e não é difícil
de identifica-los, são extra-terrestres com roupas de humanos
fazendo barbari, maldade, inveja, mau humorado, vivem sempre
reclamando, brigam com tudo e com todos até com o próprio espelho,
esses são alienígenas, o filme Homens de Preto representa bens
essas situações.
Costuma
ler jornais?
Na
verdade eu leio bastante jornais locais, até fiquei feliz com o
convite, pois já havia acompanhado outras entrevistas de vc, acho
muito importante os jornais locais valorizarem as pessoas que fazem e
tem histórias pra contar, mas leio muito jornais através da
internet, acho que hoje a informação é um direito de todos, mas as
pessoas precisam se atualizar e buscar informações.
Entrevista publicada no Jornal Em Foco aos 10 de abril de 2015
Pai do Delamar
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