terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Márcio Narbal Schlindwein - Dia D

 

Márcio Schlindwein - Dia D

O entrevistado desta semana é Marcio Narbal Schlindwein, nascido em Brusque a 20 de abril de 1967. Filho de Nivert Nilton Schlindwein e Eni Vanunci Schlindwein. Casado há 29 anos com Eliane Roseli Marchi Schlindwein, apenas um filho:Enzo Marchi Schlindwein.
Torcedor do Clube de Regatas Flamengo, contrariando o pai e irmãos, todos Botafoguenses.
Curiosamente, quando criança fui abordado por um flamenguista, em uma venda no Distrito de Arataca, que me ofereceu um casal de angulistas se eu virasse rubro-negro. Resumo da ópera: não ganhei os pássaros e troquei de time. Acertadamente sou achincalhado até hoje, "vendido por uma galinha-da-angola". Não recebida, para piorar.


Como foi sua infância ?
Minha infância foi no interior. Meus pais cuidavam da filial da Casa do Rádio de São João Batista, que era uma cidade pequena e pacata nos anos 60 e 70. Cresci correndo atrás de carroça para tirar cana-de-açucar, que ia para a USATI, usina que dominava a economia local. Depois meu pai migrou para o ramo madeireiro, com uma serraria no bairro Colônia, quase em Major Gercino. Aí era estrada de chão, mato, bezerro, o cheiro da tora recém cortada, os mergulhos na pilha de serragem fresca, pomboca de querosena à noite, pois não havia luz elétrica. Gerador, de vez em quando. Lembro bem quando era época de vaga-lumes, os bandos iluminavam a mata. Nunca mais vi nada parecido. 

Vida escolar?
No ginásio fui interno no Seminário de Azambuja por um período que não inteirou um ano, pois não foi uma opção vocacional, e sim uma alternativa para um estudo mais consistente, que se aprimora com a disciplina inerente. Mas foi uma boa experiência, com amigos que encontro até hoje.
Prestei vestibular para o curso de Licenciatura em Música pela Udesc, em Florianópolis, para onde me mudei para uma república de estudantes, onde já residia meu irmão mais velho, hoje biólogo da Universidade Federal de São Carlos-SP. Na universidade tive contato com grandes mestres, e envolvimento na cena musical da capital do estado, tocando em grupos de teatro, festivais, gravações de jingles e como músico de bares. Tive o prazer de poder viajar para me apresentar em Brasília, São Paulo, Pelotas, Curitiba e diversas cidades do país. Como meu curso era no mesmo prédio do de Belas Artes, adquiri o hábito de visitar museus e exposições, e conhecer outras expressões artísticas. Foi durante meu período acadêmico que entrei na idade de me apresentar ao Alistamento Militar, e consegui o impossível: para tentar não cumprir o serviço obrigatório, fui me alistar em São João Batista, onde não residia mais, e me informaram que se encaixaria em "excesso de contingente"; em outras palavras, se safava da empreitada. Ledo engano. Na metade do ano de 1985, estava fazendo um estágio pela Universidade em Praia Grande, no sul do estado, onde a UDESC possuía um Campus, quando recebi uma correspondência urgente para me apresentar à Junta Militar da Capital, onde constatei que meu genial plano havia sido obviamente descoberto. E assim engrossei as fileiras de nossas Forças Armadas por um ano, na 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Florianópolis, até hoje situada num belíssimo local na Rua Bocaiúva, Quartel General do Comando Militar do Sul, onde encerei muito o assoalho.

Como retrataria a experiência militar?
Ao contrário do que me parecia, a experiência do serviço militar nos apresenta oportunidades ímpares, seja no convívio, disciplina, organização, ou mesmo no contato de manejar equipamentos e armamentos específicos. Como era estudante de nível Superior, servi como Ordenança do capitão da Companhia e fui liberado para ir a Faculdade na parte da manhã. Desse período só trago boas lembranças, e amigos que organizam encontros até hoje. Provavelmente por este episódio, adquiri interesse pelos conflitos mundiais, nossas Grandes Guerras, que muitos historiadores afirmam ser uma só, com um intervalo grande no meio. Fui paulatinamente montando uma pequena biblioteca sobre o tema, entre meus favoritos "O Piloto de Hitler-A via e a época de Hans Baur", pois une minha outra paixão, que é a aviação. Sou plastimodelista aéreo militar estático, ou seja, monto e reproduzo aviões que participaram do conflito, em esquadras e períodos específicos, o mais fidedigno possível dentro das minhas limitações. Em viagens anteriores á Europa visitei alguns locais emblemáticos na Itália (subterrâneos de Nápoles), Áustria (Salzburg) e Alemanha (Munique, Nuremberg e Colônia), todos riquíssimos em acervo e referências.

Quanto ao dia D?
Neste ano de 2019, completaram-se 75 anos do Dia D, operação gigantesca de desembarque dos países aliados na tentativa de deter o avanço do nazismo na Europa. Um enorme contingente de admiradores estaria presente, além de autoridades e sobreviventes do evento. Com algum planejamento preliminar, após passar por Portugal e sul da França, desembarquei em Caen, na Normandia. Havia vindo de Toulouse a Paris em um trem noturno, em cabine privada com beliches, junto com minha esposa. Da capital francesa ao nosso destino mais duas horas nos trilhos. Após nos instalarmos, nossa anfitriã nos informa que teremos que conseguir um salvo-conduto, um tipo de "passe" para podermos circular, pois os presidentes americano e frances iriam estar na cidade, com inúmeras outras figuras e primeiros-ministros com seus guarda-costas. Após uma tarde de peregrinação na Prefeitura e Central de Turismo, descobrimos que o passe era apenas se fossemos visitar as praias do desembarque e locais das cerimônias no dia 06, o que logicamente abri mão. Helicóptero para lá, comitiva presidencial para cá, ficamos descobrindo os vinhos e apreciando o local. No dia seguinte, evento cerimonial no Castelo de Caen, com gaitas de fole e veteranos. Resumidamente,a cidade foi profundamente marcada pelo episódio de 1944, pois na época a arma mais eficaz eram os bombardeios aéreos, que não discriminavam os alvos. Se era necessário enfraquecer as defesas alemãs em determinado local, os efeitos colaterais para os residentes eram terríveis. O preço em vidas humanas foi altíssimo para todas as partes envolvidas. Alguns locais e igrejas não foram reconstruídos propositalmente, para se ter uma pequena noção da destruição. Uma visita ao MEMORIAL DE CAEN é um mergulho reflexivo na história, um aviso para as próximas gerações evitarem a guerra.
No dia seguinte, as famosas praias do desembarque, entre elas Omaha Beach e Utah Beach, todas codinomes usadas para a Operação Overlord. O dia estava belíssimo, e no Cemitério Americano em Colleville-sur-mer , aeronaves que participaram da segunda guerra e frotas modernas faziam sobrevoos a todo instante. Ao longo do litoral inúmeros veículos originais do conflito trafegavam, um evento inesquecível e tranquilo,  homenageando um momento de grande sacrifício em prol da liberdade. Para coroar a programação, a Patrouille de France, a esquadrilha da fumaça francesa, estava se apresentando em Longues-sur-Mer, onde estão as baterias costeiras alemãs. Fui embora com vontade de voltar. Otimo sinal. 












Finalizando
Há alguns anos adotei como hobby o plastimodelismo, ao qual dedico diariamente algum tempo, considerando que um modelo leva no mínimo 150 horas de trabalho para ser finalizado. Também concilio com amigos de longa data o gosto por um estilo musical não muito difundido, porém extremamente gratificante de executar, o chorinho, e aí se vão alguns anos de ensaio e diversão, nos encontrando semanalmente.
A passagem do tempo leva todos à reflexão: porque alguns já partiram, as vezes com tantos sonhos e responsabilidades? Qual o sentido de toda essa jornada? Como bom brasileiro, fruto da miscigenação de diversas culturas, fui apresentado a muitas crenças, da benzedeira ao Monsenhor; todos tem seu lugar na formação de minha fé e não descrimino nenhum caminho. O fim é sempre o mesmo, uma luz neste inevitável túnel que todos estamos atravessando.
Trabalhando há 29 anos na Lanchonete da Rodoviária de Brusque, tento tratar com respeito funcionários e clientes, como eu gostaria de ser tratado. Sempre consciente que tenho ainda muito a aprender, tento ser um bom exemplo para meu filho e um bom companheiro para minha esposa. 



Referências: publicado no blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 12 de julho de 2019.

Márcio Narbal Schlindwein - MÚSICA



O entrevistado desta semana é Marcio Narbal Schlindwein, nascido em Brusque a 20 de abril de 1967. Filho de Nivert Nilton Schlindwein e Eni Vanunci Schlindwein. Casado há 29 anos com Eliane Roseli Marchi Schlindwein, apenas um filho:Enzo Marchi Schlindwein.

Torcedor do Clube de Regatas Flamengo,


Percussão Gica Pereira
Cavaquinho Márcio Narbal
Vocal Silvio Francisco Nunes
Violão FelixValle

 Como surgiu a música na sua trajetória?

Cresci numa cidade pequena,  final dos anos sessenta, em São João Batista.  Minha casa ficava a uma quadra da Rádio Clube, principal meio de acesso às músicas na época.  Frequentava os bastidores da emissora e o acervo de discos. O maior incentivo veio quando ganhei um violão,  aos 12 anos, presente de meu pai.  Sem acesso a informações,  tirava de ouvido as melodias mais simples,  como "menino da porteira" e outros sucessos da programação. Minha alegria foi imensa quando descobri que os discos de Padre Zezinho vinham cifradas para violão.  Tocava todas. Aos 15 anos fui aluno interno do Seminário de Azambuja, onde aula de violão era parte do currículo para os interessados.  Logo já era responsável pela música das missas matinais de terça feira,  além dos finais de semana.

 Que estilo o cativou?
Ao sair do seminário me interessei pela Música Popular Brasileira,  um vasto território de estilos e níveis de dificuldade.  Com alguns amigos e um irmão montamos um grupo de samba, onde me habilitei para tocar cavaquinho,  sem pretensão.  Ao concluir o ensino médio,  fiz vestibular para Educação Artística- habilitação em Música, na Udesc, em Florianópolis.  Morando lá e vivendo neste ambiente,  participei de grupos de musica para teatro, em Festivais nacionais, gravações de Jingles para publicidade e músico na noite.

Que instrumento  sedimentou sua vocação?
Apesar de iniciar no violão meu aprendizado,  o cavaquinho acabou se tornando meu instrumento mais usual.  Participo ainda de um grupo de choro,  com o virtuoso acordeonista Bruno Moritz, mais Rodrigo Erbs no violão de 7 cordas, e Didi Massaneiro no pandeiro e percussão.  Em outra formação tenho com grandes amigos o grupo Confraria da Bossa, aqui com vocal e instrumental. A participação do cavaquinho acrescenta um timbre diferenciado, que complementa muito bem.

Primeiras aparições públicas?
As primeiras aparições públicas foram em bares noturnos e Festivais de Música Universitária.  Tocar em trilha para teatro oportunizou ótimas viagens e amizades, um convívio prazeroso e de crescimento musical, pois compunhamos os temas conforme a exigência do diretor, mesclando outros instrumentos de sopro e cordas. Uma ótima experiência.

Quais músicas admira?
Minha admiração é  maior a choro e jazz. A arte de improvisar, comum aos instrumentistas, de  dois estilos,  requer uma dedicação e estudo constante.

Quais são as músicas que gosta de tocar?
Com amigos a MPB corre solta, onde faço o possível com violão folk de cordas de aço.  Mas o chorinho, pela tradição e  preservação do estilo, temas soberbamente compostos, me satisfaz enormemente; cada um contribuindo para uma harmonia única,  brasileira. Sempre brinco ao afirmar que quem toca choro se diverte mais do que quem ouve.

O que faria se estivesse no início da carreira e que não teve coragem de fazer?
 Se estivesse no começo sa carreira teria estudado mais e levado a sério a profissão,  seja de educador ou de músico.  Existe campo para prover sustento com essa profissão e acredito ser muito gratificante.

O que aplica dos grandes educadores'. Das aprendizagens que teve no dia ?
 Dos educadores sempre lembro de uma aula com Maurício Carrilho,  sobrinho do exímio flautista Altamiro, que frisava que o ensaio tem que  sair perfeito; na apresentação deixar acontecer.  Serve para a vida. Caprichar em todas as pequenas coisas. O resultado vem naturalmente.


Algo que apostou e não deu certo?

Arrependimento?

Quais as maiores alegrias  e decepções qe teve?
Minhas maiores alegrias são minha família, e viagens que fizemos juntos, principalmente para lugares históricos.  As decepções entram para nosso entendimento do mundo e das pessoas, que nem sempre pensam como a gente gostaria. Se alguém me influenciou foi principalmente através dos livros, hábito que cultivo diariamente, em particular sobre os grandes conflitos bélicos,  onde aflira o pior mas também o melhor de cada um. Outra grande alegria que tenho é meu hobby de modelismo militar aéreo,  um exercício de paciência e persistência; assim como a música,  um eterno aprendizado.









sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

César Gevaerd

 César Gevaerd, nascido em Brusque aos 27 de dezembro de 1949; filiaçao Edu e Felicidade Gevaerd; esposa Oriete Maria Vieira Gevaerfd; filhos: Fabrício e Ivan César.  Netos 1) filhos de Fabrício Maysa e Marina e 2) filhas de Ivan César:  Helena e Antônio.Torce para o Carlos Renaux, Brusque, Santos e Vasco da Gama. Ocupei cargo  - esportes -  no Carlos Renaux por 15 anos.


                                                                     A familia 
                                         

Um resumo da vida profissional
Comecei a trabalhar como engraxate (junto com meu irmão Júlio. Aos 14 anos  iniciei no Sindicato  dos Mestres e Contramestres (sindmestre, trabalhando na Secretaria. Aos 15 fui entregador  e fazia assinaturas  do jornal A Nação. Aos 16 (1966) iniciei no Cartório  Gevaerd, onde era Tabelião o Cyro Gevaerd e Gerente José  Germano Schaefer. Em 1988 fui nomeado Tabelião  até 1992, quando me aposentei.

Em que legislaturas foi vereador ?
Elegi -me vereador em 1976/1982, um segundo mandato  de 1982/1988 e encerrei um terceiro de 1988/1992. Ocupei todos os cargos  da mesa e liderança  de governo e partido. Em 1981/82, eleito Presidente da Egrégia Câmara de Vereadores. tendo como  vice 
 Hélio Habitzreuter, Secretários Célio Fischer  e Dr Jorge Romeu Dadan.

                                                      Posso como Presidente do Lgislativo


Como  Presidente da Egrécia Casa Legislativa César Gevaerd (Presidente) entregando o título de cidadão Honorário ao Gothard  Oskar Pastor.  

   Sessão solene Centenário  - Emancipação Politica

Participou da União dos Vereadores do Vale do Iajaí Mirim de Vale Rio Tijucas?}
Em 1985 fui fundador e presidente da União  de Vereadores do  Vale do Itajá  Mirim e Vale Rio Tijucas, tendo permanecido no cargo por 3 anos

E a presidência da Fundação Zoobotânnica?
Em 1988 fui indicado  paara presidir a Fundação Zoobotânica, cargo que ocupei  até sua inauguração  em 1991. Renunciei o cardo dias  antes da inauguyração  por desvenças políticas com o então  Prefeito Ciro Roza 

Outras atividades/experiências? 
Em 1986/1990  junto com meu amigo  e radialista Nilson  da Costa  - fui apresentador do Programa  Tribuna Popular. Fui articulista  de diversos jornais  estudantis tanto  no Colégio Cônsul Carlos Renax e Honório Miranda. Iniciei meus estudos no Colégio Santso Antônio.

O que faria  se estivesse no início da carreira e que não  teve coragem de fazer?
Nunca tive receio ou falta de coragem  para qualquer ação  de minha vida. Sempre fui autêntico e decidido em meus  propósitos. 

O que faria se estivesse no iníco da carreira  e que não teve coragem de fazer?
A única frustação  e decepção  na vida foi acreditar em pessoas  que diziam ser amigos e que me conven ram a me aposentar como Tabelião. Hoje  não faria mais, Mas senti a dor de uma traição, E poderia estar exercendo o cargo atualmente. Muitas vezes você paga um preço alto por acreditar em pessoas sem caráter.

O que aplica dos grandes educadore. Das aprendizagens  que teve no dia a dia?
Sempre fui autodidata e apaixonada por leitura. Foi nos livrso que busquei minha formação intelectual. Não tive influência de nenhum educador e contesto os métodos de Paulo Freire.

Quais as maiores alegrias e decepções  que teve?
A maior alegria  de minha vidafoi o nascimento de meus filhos  e suas formações. E a chegada de meus netos  que impulsionarma  miha vida. Amigos são pouvos. Existem, mas é preciso saver e conhecer o que é a relação de uma verdadeira amizade.

E  a década e meia no vovô do futebol Catarinense?
Comece a colaboar  no Carlois Renaux em 1968, quando era Presidente o Cidinho Bauer. Depois fui  Secretário com Aurinho Silveira e Juca Loos . Com o seu Arno Gracger  fui do Departyamewnto de Futebol. Foram décadas ocupando todos os cargos  com exceção a da Presidência.

Pessoas que o influenciaram?
Pessoas que me influenciaram e conselheiros na vida pública  entre tantos: Arno Gracher, Pilolo, Cyro e meu tio Aires Gevaerd. 

                     Departamento de Futebol Carlos Renaux   César com Arno Gracher (Presidente)
                                               

O Tio Aires Gevaerd 


Ciro Gecaerd 


Dr Jorge Romeu Dadan



                                               José Gemano Schaefer - Pilolo



Primeira eleição  em 1976 (PDS) 
Célio Fischer, Dr Jorge Romeu Dadan, Luiz Hamilton Martins. Cesar Gevaerd. Libetrau Eccel,  Dr Celso Bonatelli , Helio Habitzreuter  e Estevaão de Oliveira.
, L
                                                    Netos: Marina, Maysa, Antônioi e Helena 


Dados complementares:
Fabrício era casa com  Cida Zucco ( divorciados)
Ivan lCésar é casado com  Aline Habitzreuter 

Partidos a que teve vinculado ARENA e PDS