quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Oli Rodrigues Jr - no prelo

OLI RODRIGUES JUNIOR

Publicitário e Professor Universitário

O entrevistado desta semana é com o publicitário- É publicitário e tem minha própria agência - e professor universitário Oli Rodrigues Jr, filho de Oli Rodrigues e de Alaís Peixoto Rodrigues, nascido em Brusque aos 25 de fevereiro de 1974; cônjuge Melissa Haag Rodrigues; filhos: Clara e Alice.

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O que sonhava ser quando criança?
Nunca pensei muito no que queria ser quando crescesse. Eu não era uma criança preocupada com o future, mas adorava pintar e desenhar. Meus brinquedos favoritos sempre foram brinquedos de montar.

Pessoas que influenciaram?
Influências em minha vida foram muitas e mudaram ao longo do tempo. A arte sempre ficou entranhada em meus pensamentos. Durante a infância, no colégio, eu gostava muito de Salvador Dali e Picasso. Sentia neles uma força imagetica. Durante minha pré adolescência eu fui perdendo a inocência e descobrindo as revistas em quadrinhos underground, então acabei sofrendo influências dos cartunistas Laerte, angeli e Luiz Gê. Conforme ia me aprofundando nos quadrinhos minhas referências foram mudando. Os quadrinhos franceses, espanhóis e italianos entraram com força: Moebius, Liberatore, Manara, Jaime Martin. Do cinema, eu via Fellini, Jarmusch, Kurosawa e Kubrick. Mas tudo isso de informação visual e visão crítica eu aprendi com 3 professores: Vania Gevaerd, o Paulo Stocker e Ricardo José Engel.

Histórico escolar ?
Estudei minha vida inteira no São Luiz. Dali fui pra FURB fazer Direito e acabei desistindo. Então fiz faculdade de Comunicação Social na mesma instituição e pós em Design na Univali.

De que atividades  gostava de participar?
Eu era muito introspectivo e nunca fui afeito a atividades em grupo. Era cordial com meus colegas e amigos de turma, mas eu era descoordenado e sempre acabava por ultimo na escolha das pessoas pro time de futebol. Eu sempre gostei de pintar e desenhar. E lia. Lia muito. Devorava livros do Julio Verne. Na adolescência eu fui capturado pelo rock e os quadrinhos independentes. Lia muita contracultura: Kerouak, Burroughs e Allen Ginsberg. Também fui arrebatado pelo grande cinema. Filmes de arte e principalmente Kubrick, cujo trabalho amo de paixão. Nesta época eu adorava desenhar a mão. No início da minha faculdade descobri a computação gráfica e o design. Descobri que estava perdido, era o que eu seria no future: designer gráfico.

Primeiro/a professor/a?
Minha primeira professora foi a pessoa de quem eu mais pego no pé. A Tia Vânia. Ela fica muito brava quando falo isso. No antigo pré-escolar foi a dona Miriam Colzani e na escola foi a Dona Miriam Belli.

Grandes professores?
Já citei todos? Não… Meu pai, indiretamente, pois sei que ele estudava muito e sabia de muita coisa. Um grande professor que perdi muito cedo. Outros professores importantes na faculdade foram a Ana Maria Kovaks e a Ana Simões. Tive aula com o Professor Vasco Moretto, que é físico e é genial. O Cortella, o Clóvis de Barros, o Evaldo Moresco, o Ivo Mattioli. Esse assunto está até ficando repetitivo pois são muitos que sabem e me mostram até hoje que tenho ainda muito o que melhorar nas minhas atividades em sala de aula.

Que matérias mais gostava e as que mais detestava?
Gostava de História, Educação artística e Língua Portuguesa. Detestava Matemática e Física.

Fale de sua trajetória:
Sou tão prolixo, mas vamos lá. Eu me formei publicitário por influência da minha esposa, que conheci na faculdade. Atuei em diversas empresas e agências de publicidade da região. Passei um bom tempo trabalhando na GD Arte, saí e fui trabalhar no studio fotográfico do Thiago Bellini antes de abrir minha agência: Magna Comunicação. Entre a GD Arte e a Magna, eu acabei descobrindo minha segunda atividade: docência. Entrei no SENAC e comecei minhas aulas. Me tornei docente na faculdade e daí viciei em aulas. Aprendo muito com meus alunos e eles comigo.
Acho que escrevi de forma confuse e falei pouco sobre minha trajetória, mas as outras perguntas supreme essas informações.

E a Pós em design?
Minha pós em design foi um momento muito importante, pois não havia curso de graduação em Design Gráfico. Fiz muitos contatos e aprendi muita coisa. Também confirmei na teoria muito do que na minha prática eu já utilizava. Foi lá que reencontrei minha amiga de faculdade que acabou se tornando minha sócia na Magna Comunicação, minha agência de publicidade, a Meliza.

Apresente a Magna
A Magna é uma agência de publicidade enxuta e com muita experiência. Todos que trabalham lá tem mais de 15 anos de experiência em suas áreas de atuação. Temos um olhar crítico e apurado para a comunicação. Nosso atendimento é bastante diferenciado e temos uma excelente estrutura física, somos dinâmicos e cheios de fôlego, sem perder o foco no mercado. Nosso portfolio você pode encontrar no site www.magna.art.br e em nossa fanpage https://www.facebook.com/magnacom


Algo que você apostou e não deu certo?
Muitas coisas. Apostei que seria médico e nem tentei vestibular. Apostei que seria advogado e não terminei a faculdade. Apostei em pessoas que nunca me deram sequer uma decepção, pois os negócios morreram bem antes de chegar a tal ponto. Apostamos todo dia em coisas que acabam dando em nada.

O que aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Eu nunca consigo aplicar plenamente tudo que aprendi. Isto é fato. Mas isso não quer dizer que eu não possa ao menos tentar. Grandes mestres sempre tem algo do dia-a-dia para nos ensinar. Acho que são as posturas diante da vida e da sociedade que tento aplicar: estoicismo diante das agruras, as visões aristotélica e de Cristo do amor, etc... Acho que isso que os professores nos legam. Infelizmente hoje os professores tem sido frustrados nesse intento. Seja por nossas atitudes ou pelo momento histórico que vivemos.

O que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de fazer?
Com certeza teria aberto mais cedo o meu próprio negócio. Não tinha tino e muito menos coragem para isso. Foi total falta de iniciativa mesmo, confesso. Era jovem e medroso.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Alegrias tive muitas. A maior foi a família que constituí. Minhas filhas são meu maior legado. Não penso muito nas decepções, afinal se pensarmos nelas o tempo todo acabamos escravos de arrependimentos, presos a um passado morto e enterrado. Devemos observar nossas decepções sem sentimento, de forma analítica, para que possamos aprender com estes erros e não repeti-los no futuro.

Qual o maior desafio que já enfrentou?
Meu maior desafio foi ter aberto minha empresa. Sempre brinco que abri minha empresa para poder trabalhar de Bermuda, pois nunca podia trabalhar de bermuda onde fui funcionário. Abrir o próprio negócio é o grande desafio de qualquer pessoa, pois precisa aprender com suas limitações e dar asas as suas qualidades. Muitas vezes fazemos o contrário.

Quais as suas aspirações?
Sem dúvida é ter mais tempo para minha segunda atividade: a arte da caligrafia. Adoro pintar e desenhar. Gostaria de ter mais dias livres com minhas filhas, que crescem rápido e me cobram a presença em casa. Mas elas irão compreender no futuro que fiz tudo para que elas fossem bem criadas e preparadas para a vida.

Quais os melhores livros que leu?
Nossa que pergunta longa de se responder. Posso pular essa? Não né? Eu tenho autores favoritos, dos quais li muita coisa. Vamos lá: Ítalo Calvino, Jorge Luiz Borges, H.P. Lovecraft, Fustel de Coulanges, Donis A. Dondis, Julio Verne, Ernest Hemingway, Clive Barker, Orwell, Neil Gaiman, Tolkien, Enciclopédias e compêndios sobre a Segunda Guerra. História da arte, qualquer coisa sobre Roma, Homero, Dante Alighieri, Teogonia, Gilgamesh. Marco Luchesi, Melville, Bernard Cornwell. Livros de tipografia e caligrafia. Nossa, citei demais.

O que está lendo agora?
Estou lendo 2 livros e relendo 1. Estou lendo “Os Sonâmbulos” e “Primeira Guerra Mundial” de Lawrence Sondhaus. Releio um pequeno livro que guardo no coracão chamado Gilgamesh, Rei de Uruk. Este livro é importante por ser o texto mais antigo encontrado até agora. Ele trata da história do Rei Gilgamesh da cidade de Uruk, na suméria. Suas aventuras em busca de glória, depois em busca da imortalidade. Leio este livro às vezes ao mesmo tempo que escuto através de um site a declamação dos escritos na língua original: http://www.soas.ac.uk/baplar/recordings/
Quando descobri este site fiquei muito emocionado, pois escutar as palavras na língua original, há muito tempo morta, faz minha imaginação voar e acabo voltando ao periodo.

Costuma ler jornais
Ah sim, costumo ler jornais. Gosto de lê-los de trás para a frente e pulo a página de esportes.

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