quinta-feira, 25 de julho de 2019

Adriano Boos - segunda matéria

ADRIANO BOOS
Ex-Presidente do Clube Esportivo e Beneficente São Pedro e atual Vice-Presidente do CTG Brusque/SC



O entrevistado desta semana é o ex-Presidente do Clube Esportivo Beneficente São Pedro e atual Vice-Presidente do CTG Brusque/SC Adriano Boos, nascido em Brusque aos 26 de maio de 1979; filho de Olivia Boos  e Do suadoso  Helio Boos; casado com Cleide Luzia Foster Boos; filho: Adriano Boos Júnior. Torce para o Brusque Futebol Clube e para Sociedade Esportiva Palmeiras. Administrador de Empresas, proprietário da Boos & Foster (empresa de consultoria empresarial), sócio da CAD Brasil (empresa de transporte de cargas) e sócio da BF Brasil (empresa do ramo têxtil e comércio de vestuário da marca "Foster Vip").




                                    Adriano com a esposa Cleide Luzia e o filho Júnior

O que sonhava ser quando era criança?
Quando somos crianças sonhamos e queremos ser muitas coisas, jogador de diversos esportes, piloto de carro ou avião, astronauta, bombeiro, médico, etc. mas o que mais admirava era figura dos administradores de grandes empresas.

Como foi sua infância e a juventude?
Minha infância e juventude foi bem tranquila, nunca fui uma pessoa de grandes "baladas".
Como conheceu a Cleide
foi durante o período que trabalhei na empresa Colcci Ind. e Com. Vestuário Ltda.

Como surgiu Guabiruba em sua trajetória?
Lugar mais tranquillo

Histórico escolar?
Cursei o Infantil – Sesi (Curso: Educação Infantil);; 1ª á 8ª série – Colégio Estadual Francisco Araújo Brusque (Curso: Colegial);; 2º Grau – Colégio Cenecista Honório Miranda (Curso: Administração);; Superior – Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE (Cursos: Administração de Empresas e Sistema de Informação); MBA – Fundação Getúlio Vargas – FGV (Curso: Gerência Industrial);

Como conheceu a Cleide Luzia?
Trabalhamos juntos na Colcci Ind. e Com. de Vestuário Ltda, namoramos 14 anos e casamos em 2009.

Pessoas que influenciaram?
Professor Marcelo Peruzzo

Praticou algum esporte?
Sim, no colégio jogava futebol de salão e handebol, representando a cidade de  Brusque (CME) joguei apenas futebol de salão, atualmente apenas futebol de campo no Clube São Pedro.  Não lembro exatamente o ano em joguei mas deve ser entre 1993-1995,  jogava futebol de salão na posição de pivô. Agora apenas jogo sem compromisso junto aos veteranos no Clube São Pedro.     
Como surgiu a presidência do Clube Esportivo Beneficente São Pedro?
Minha história com o Clube São Pedro teve início com um convite do Sr.  Jacó Elias Pühler, sabendo que no ano de 2009 estaria de mudança para minha nova residência no bairro São Pedro na Guabiruba o mesmo fez o convite para que jogasse junto ao mais tradicional horário do Clube  São Pedro (3ª feirinhos), na época o atual presidente era o Sr. Marciano Dietrich (popular "Tampa"). No final do ano de 2010 o Clube Esportivo São Pedro fui procurado inicialmente pelo Sr. Edemar Missfeldt para fazer parte da Diretoria do Clube para a Gestão 2011/2012 inicialmente não aceitei mas por influencia de vários amigos acabei aceitando o convite e fomos eleitos com a Chapa do Sr. Eno Mihsfeldt como presidente e assumi o cargo de 1º secretário, na Gestão 2011/2012  passamos por diversas dificuldades para colocar toda a documentação do Clube em ordem novamente.  No final do ano de 2012 fomos reeleitos para mais um período para Gestão 2013/2014 onde praticamente não houve alterações significativas nos cargos da diretoria (continuei como 1º secretário) neste período conseguimos dar início no processo de busca dos recursos necessário para concluir a parte superior do clube (Salão de Eventos) através de eventos promovidos pela diretoria. No final do ano de 2014 não houve inscrição de nenhuma chapa para concorrer as eleições para Gestão 2015/2016 então o Clube corria o risco de ter seu patrimônio ser transferido para algum orgão público, diante desta situação foi montado uma chapa para dar continuidade nas atividades do clube onde fui escolhido como presidente.




                                                         bandeira original do Clube


Quem mais integrou a diretoria do Clube Esportivo São Pedro
A diretoria com gestão 2015/2016 são: Adriano Boos (Presidente), Eno Mihsfeldt (Vice-Presidente/ afastou-se em julho/2015), Rafael Lofhagen (Vice-Presidente/assumiu em agosto/2015), Marcio Habitzreuter (1º Tesoureiro), Jair Habitzreuter (2º Tesoureiro), Leandro Wehrmann (1º Secretário), Milton Jose Angioletti  (2º Secretário), Edemar Missfeldt (Diretor Esportivo), Ilton Krieger (Diretor Social), Paulo Vitor Habitzreuter (Conselho Fiscal), Leandro Suavi (Conselho Fiscal), Luis Antonio Dietrich (Conselho Fiscal), Alcendino de Lima Nogueira (Conselho Fiscal), Marciel Angioletti (Conselho Fiscal), Carlos Cesar Goulart.

Qual a razão social do Clube?
Nossa razão social é "CLUBE ESPORTIVO SÃO PEDRO", entretanto, devido alteração no estatuto o clube passou a ser chamado de "CLUBE ESPORTIVO BENEFICENTE SÃO PEDRO".


Quando foi fundada e por quem? Quando foi fundado o C.E.B. São Pedro? Primeiro Presidente e Vice? Como se chama o Estádio?
O  Clube Esportivo São Pedro, hoje Clube  Esportivo Beneficente São Pedro foi fundado em 29/06/1949.  O primeiro Presidente foi Renoldo Horner e o primeiro Vice, Luiz Carminatti. O estádio é denominado Luiz Carminatti.

De que atividades participa o Clube Esportivo Beneficente São Pedro ?
Atualmente o Clube conta o o apoio de aproximadamente 80 sócios cadastrados que na sua maioria joga futebol no campo do sociedade, além do futebol as principais atividades são direcionadas para integração com a comunidade, sendo realizado a pratica de esportes e eventos relacionados ao bem
estar (Programa Saúde da Família e Clube do Café das Senhoras São Pedro).


Muita colaboração com sua administração, na frente do C.E.B. São Pedro?
No ano de 2010 o Clube estava a ponto de fechar suas portas por não haver nenhum interesse dos sócios em montar uma diretoria, nesta época o presidente Sr. Marciano Dietrich estava trabalhando sozinho para manter o Clube em movimento, então para que o Clube não encerrar suas atividades em dezembro/2010 o Sr. Eno Mishfeldt encabeçou uma chapa para gestão 2011/2012 e se reelegeu para a gestão 2013/2014.
Desde quando comecei a fazer parte da diretoria do Clube (gestão 2011/2012) encontramos muita dificuldade em relação ao quadro societário, não havia união entre os sócios, faltava senso coletividade e na minha visão existia muita influencia no sentido político. Procuramos montar uma diretoria que principalmente estaria voltada para revitalizar o Clube Esportivo Beneficente São Pedro deixando de lado á política e tendo como principal patrimônio os sócios e a relação com a comunidade. Neste primeiro período realizamos uma trabalho para que as atividades não fossem encerradas, a situação financeira estava estável(sem dívida), entretanto, toda a documentação para funcionamento estava vencida ou desatualizada junto aos órgãos competentes. Realizamos o recadastramento dos sócios no dia 11/12/2011 e compareceram apenas 56 sócios para regularizarem sua situação com o Clube. Orientamos os sócios que divulgassem aos seus conhecidos as mudanças que estavam ocorrendo no Clube para buscar um aumento no número de sócios ativos e consequentemente a arrecadação. Neste período conseguimos fazer diversas promoções buscando fomentar as atividades sociais e a estrutura do Clube, foi possível a concretagem do piso da parte superior através de uma parceria com a prefeitura de Guabiruba/SC.
Na gestão 2013/2014 com a reeleição do Sr. Eno Mishfeldt basicamente não houve mudança na diretoria e conseguimos fazendo varias melhorias no Clube tais como: pintura, reconstrução de cercas, material esportivo, vidros piso superior, pagamento do projeto estrutural do Clube que se encontrava em aberto, entre outras. Contamos nesta gestão o apoio da prefeitura de Guabiruba com um pouco dos materiais, da contribuições de pessoas físicas e principalmente do caixa do Clube para a construção das paredes no piso superior da sede.
Agora na gestão 2015/2016 como atual presidente estamos trabalhando muito para a conclusão da construção do segundo piso da sede, entretanto, devido a crise que o país está passando enfrentamos muita dificuldades em receber as mensalidades dos sócios, as empresas não estão conseguindo manter o patrocínio para atividades sociais do Clube e não recebemos nenhum recurso por parte dos governos Municipal, Estadual e Federal. Estamos mantendo a estrutura do Clube através da mensalidade dos sócios e principalmente das promoções que se fazem necessário para pagar o custo fixo da entidade.

Até que data presidiu o C. E. B. São Pedro ?
Presidi até janeiro de 2017,depois assumi como tesoureiro até janeiro de 2019

E atualmente?
Em junho de 2019 assumi como Vice Presidente do Centro de Tradições Gaúchas do Laço do Bom Vaqueiro CTG Brusque/SC

Fale do CTG Brusque e de suas atribuições?

Um resumo de suas atividades profissionais até hoje
Minha carreira profissional teve início aos 13 anos onde trabalhava meio período como office boy no escritório de despachante Baumgartner do Sr. Valdir Baumgartner, depois passei a trabalhar por sete anos na empresa Colcci Indústria e Comércio de Vestuário LTDA na época localizada na rua Otto Renaux em Brusque onde passei por vários setores (Almoxarifado/Produção/Engenharia de Produtos e Planejamento e Programação e Controle da Produção-PPCP), solicitei minha rescisão e fui em busca de novos desafios como gerente de produção na empresa Wicetex Indústria e Comércio de Malhas LTDA na cidade de Guabiruba após 2 anos e 5 meses recebo um convite para retornar a trabalhar na Colcci e fico na empresa por três anos passando pela transição da venda da empresa para o Grupo AMC Têxtil na localizada no bairro Souza Cruz, entretanto, paralelamente já iniciando as atividades como consultor independente(2003) em horário alternativo. Solicito novamente rescisão de contrato para passar por diversas empresas do ramo têxtil de nossa região e tendo cada vez mais reconhecimento dos trabalhos realizados. No ano de 2010 realizo um dos meus sonhos, ter a minha própria empresa de consultoria que chama-se BOOS E FOSTER SERVIÇOS  ADMINISTRATIVOS LTDA, trabalhando exclusivamente no desenvolvimento das empresas em busca de uma maior eficácia de seus processos e gestão.
No ano de 2012 juntamente com a minha esposa iniciamos os trabalhos no ramo do comércio varejista de roupas com a abertura da loja "FOSTER VIP", localizada na Rua Brusque, 774 no centro da Guabiruba/SC. Oferecendo produtos destinados   exclusivamente ao público feminino, com artigos de vestuário (multimarcas), acessórios e cosméticos. No ano de 2014 nasce mais uma empresa para administrar á CAD BRASIL LTDA, uma empresa voltada para o ramo do transporte rodoviário.

Fale da sua empresa de transporte
O projeto da empresa CAD Brasil LTDA surgiu após várias conversas com meus cunhados (Cassiano Foster e Devandro Foster) e no ano final do ano de 2013  começamos a colocar em pratica, realizamos a aquisição do caminhão e da carreta em janeiro de 2014 e com uma rota pré-estabelecida entre o estado de Santa Catarina x Mato Grosso do Sul x Santa Catarina. Com o tempo surgiram varias outras rotas e hoje estamos atendendo vários estados do país, hoje nossa principal rota está atendendo os estados de Santa Catarina x Goiás x Mato Grosso x Santa Catarina.

Qual a meta como presidente do C E B São Pedro, caso houvesse recursos financeiros suficientes?
Meu objetivo como presidente do Clube São Pedro é dar oportunidade para uma relação com os movimentos sociais no bairro, literalmente uma maior integração com a população. No aspecto estrutural tenho como meta a conclusão do piso superior da sede do clube.

Comente de sua participação no CTG Brusque/SC e suas atribuições  no Clube?
Assumimos o cargo recentemente e o principal objetivo é a reconstrução da sede

Quem preside a entidade?
A entidade é presidida por Roberto Pedro Prudêncio Neto

Quais os melhores livros que já leu?
A Mágia de Pensar Grande (David J. Schwartz); O Monge e o Executivo (James C. Hunter);  Administração da Produção (Fernando P.Laugeni; Petronio G. Martins)

O que está lendo atualmente?
Atualmente estou lendo apenas livros técnicos para aperfeiçoamento profissional.
Grandes nomes?:
Empresários: Mundo: Wall Disney (Disney); Brasil: Antônio Ermírio de Moraes (Grupo Votorantim-Diversos) e na região: Luciano Hang (Havan - Lojas de Departamentos)
Educadores:  Brasil: Victor Meireles (Professor/Pintor) - Atual: Marcelo Peruzzo Professor/Empreendedor) e na região:  Günther Lother Pertschy (Professor/Reitor Unifebe)
Esporte: Mundo: Edson Arantes do Nascimento "Pelé" (Futebol); Brasil: Ayrton Senna (Automobilismo) e na região: Matheus Rheine (Natação)
Inovação: Mundo: Steve Jobs(Computador Pessoal) e Bill Gates(Softwares); Brasil: Roberto Landell de Moura(Radiotransmissão)

Costuma ler jornais?
Frequentemente leio, entretanto, tenho acompanhado mais as fontes digitais para busca de informação devido a facilidade.




  
 Publicado no blog em 25 de julho de 2019 "luizgianesinientrevista.blogspot.com.br"





terça-feira, 23 de julho de 2019

Eduardo Henrique Gohr





O entrevistado desta semana é o Assessor Técnico de Esportes e Lazer Eduardo Henrique Gohr, nascido aos 02 de novembro de 1970 em Itajaí/SC; filiação - Haroldo Gohr e Lisette Keiser Gohr; cônjuge -  Vania Fischer Gohr; filhos - André Eduardo Gohr e Amanda Luisa Gohr. Torce para o Clube de Regatas do Flamengo e Clube Atlético Carlos Renaux



Como foi sua vida escolar?
Minha formação escolar foi feita toda no Colégio Cônsul Carlos Renaux. Com relação a Curso Superior, inicie o Curso de Administração de Empresas na Unifebe, mas acabei não concluindo o Curso.

Primeiro/a professor/a?
Irene (não lembro o sobrenome)

Grandes professores?
Dagmar (Matemática) e Joel do Vale (português)

Como foi sua infância?
Minha infância foi sempre muito voltada a convivência familiar e praticando esportes, não importava a modalidade. Falou em disputar alguma coisa, era só me convidar. Futebol, basquete, voleibol, etc. Até que aos 14 anos surgiu o CICLISMO na minha vida.

E a sua juventude
Até os 19 anos minha vida foi regrada pela disciplina e exigências que o ciclismo me cobrava. Foi um período de 5 anos dentro do ciclismo. Época que guardo com muito carinho na minha memória. Com a minha saída do ciclismo de alto rendimento de forma prematura, inicie a minha via profissional dentro da empresa Cia Indl. Schlosser aos 19 anos de idade e a partir daí, comecei a desfrutar a minha juventude com idas em tardes dançantes, bailes e festinhas.

Como surgiu o esporte em sua trajetória? E o ciclismo?
O esporte sempre teve presente na minha vida. Desde criança. Na época do Colégio Cônsul, participava das equipes que representavam o Colégio nas competições municipais, até o momento que apareceu o CICLISMO, aos 14 anos de idade. Fiz parte da equipe SCHLOSSER de Ciclismo durante 5 anos da minha vida. Época maravilhosa em minha vida. O Ciclismo me proporcionou a oportunidade de conhecer muitas cidades. Na época existia as Seleções Estaduais. Durante 3 anos seguidos representei o Estado de Santa Catarina em Campeonatos Brasileiros de Ciclismo. Por uma escolha pessoal, acabei parando de competir de forma prematura. A partir desta saída do Ciclismo, retornei ao esporte através do Futebol Amador. Foram um pouco mais de 10 anos envolvido com o Futebol Amador de Brusque. Aos 33 anos o CICLISMO me chamou novamente. Retornei a competir na Categoria Master, sagrando-me Campeão Catarinense. Com o meu retorno ao mundo do Ciclismo, percebi que havia a necessidade de algo ser feito com a iniciação do Ciclismo em nossa cidade. Brusque possuí uma história muito linda com este esporte, com conquistas e ciclistas renomados a nível nacional e internacional. Foi a partir deste momento que iniciamos um projeto com a realização de Campeonatos Escolares de Ciclismo aqui em Brusque. Foi através dos Escolares que descobrimos uma nova safra de ciclistas talentosos do nosso município, incluindo o meu filho André.

Fale de sua participação em eventos?
O meu perfil sempre fez com que eu me envolvesse nas competições. Quando eu me dava conta, lá estava eu a frente de algum Evento ou de alguma equipe. Gosto disto. Me considero uma pessoa de iniciativa. Não sou daqueles que enxerga o problema e fica de braços cruzados.


O que mais marcou em suas participações?
A competição que mais me marcou não foi como organizador. Foram os Jogos Olímpicos da Juventude na China em 2014. Fui como técnico da delegação do Ciclismo Brasileiro. Um EVENTO fantástico. Pessoas de todos os Continentes convivendo juntos na Vila Olímpica, fazendo as refeições no mesmo ambiente, enfim. Foi um momento FANTÁSTICO em minha vida.

O que mais lamenta em suas participações?
O que eu lamento, foi talvez ter me equivocado em parar de competir no ciclismo de forma prematura, com 19 anos.

Qual o melhor livro que leu?
O Livro do Guga Kuerten.

Qual seu cargo na Fundação?
Assessor Técnico de Esportes e Lazer

Por quanto tempo e como foi responder pela Fundação de Esportes?
Por apenas 3 meses, de forma interina, atendendo um pedido do nosso prefeito Dr. Jonas

Fale de sua vida profissional?
Iniciei a minha trajetória profissional na Cia. Indl. Schlosser, no Departamento Financeiro, como auxiliar de contas a pagar no ano de 1990. Logo no ano seguinte surgiu a oportunidade de ser contratado pelo Banco Bradesco onde permaneci durante 5 anos. Depois disto, abri uma Loja de Material Esportivo em sociedade com o Ricardo Zendron, mas não tivemos sucesso. Surgiu a oportunidade de trabalhar com a Dona Eni na LEMUS Esportes, onde fui gerente da loja e auxiliava no depto de compras. Depois atuei como representante comercial na área alimentícia, para em seguida retornar as origens - o ESPORTE. No ano de 2008 resolvi assumir a função de Técnico de Ciclismo, comandando a equipe de Brusque. Com os resultados conquistados pelos meus ciclistas das categorias de base, recebi o convite da Confederação Brasileira para assumir a função de Técnico da Seleção Brasileira em diversas competições internacionais. Nestes últimos 5 anos, venho atuando na Fundação Municipal de Esportes, tendo como função principal, organizar os Campeonatos Municipais, em diversas modalidades e os Jogos Abertos Comunitários. Ainda estou como responsável técnico pela equipe de Ciclismo de Brusque, que representa nosso município nos Jogos Abertos de SC.

Grandes nomes no ciclismo municipal, estadual e nacional?
Brusque tem uma série de nomes que marcaram época no ciclismo estadual, nacional e internacional. Vou citar alguns nomes, correndo o risco de esquecer de alguém. Claudius Kruger, Fábio da Luz, Soelito Gohr, Márcio May e o maior nome do ciclismo brasileiro de todos os tempos - Murilo Fischer. Murilo tem no curriculum, 5 Olimpíadas. Isto é o suficiente para que ele seja declarado o maior de todos os tempos. Na atualidade, temos o André que está marcando o seu nome na história.

Fale das alegrias trazidas pelo filho no ciclismo
A vida foi muito generosa comigo. Tive a oportunidade de acompanhar o meu filho em diversas competições. Foram diversos momentos de muita felicidade. Uma conquista que foi marcante para mim, foi o Título de Campeão Geral da Volta do Codecam no Uruguay na Categoria Juvenil, em 2012. Ele foi um guerreiro. Venceu numa situação difícil. Foi um dos momentos onde o choro de alegria e recompensa esteve presente em nossas vidas. E o mais recente foi este ano. André venceu pelo 3º ano consecutivo o Campeonato Brasileiro de Contra Relógio. Mas o maior destaque foi pelo fato deste TÍTULO ter sido conquistado no seu primeiro ano na Categoria ELITE, a principal categoria do Ciclismo. Nas categorias de Base ele venceu em todas as categorias. A expectativa era de como ele se comportaria entre os adultos. Com a divulgação do resultado e a ligação dele para me contar sobre a conquista, não teve como não se emocionar. Ele fez por merecer. Foram 2 meses de foco ao extremo. Não conheço ninguém tão dedicado no ciclismo como ele.

Fazer um churrasco em família.

Maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer?
Sem dúvidas de entristecer.

Qual foi o maior desafio até agora?
Difícil de responder. Os desafios são diários. Tive muitas situações de extrema responsabilidade. Viajar dirigindo uma Kombi por mais de mil kilômetros, com 8 menores de idade, filhos de outras pessoas. Momentos que ficam marcados mas que faria tudo novamente.

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez?
Costumo dizer que não me arrependo de nada. Mas sempre tem alguma coisa que poderia ter feito diferente ou dito de outra forma. Mas nada marcante. Vida que segue.

Algum fato que ficou atravessado?
Sinceramente não me lembro. Acho que não.

O que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de fazer?
Teria continuado a competir no ciclismo. Saído para o Estado de São Paulo onde estavam as melhores equipes nacionais. Tive oportunidade para isto. Me faltou coragem na época.

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepção marcante eu não lembro e a maior alegria foi o nascimento dos meus 2 filhos - André e Amanda.
Qual é a sua maior ambição?
Não me considero ambicioso. Quero que a vida continue me dando a oportunidade de trabalhar com o ESPORTE. Acredito que tenho condições de contribuir com o meu trabalho dentro do Esporte. Seja no Ciclismo ou na Fundação Municipal de Esportes.
O que mais incomoda?
A dificuldade de dar continuidade em alguns projetos, por interferência de terceiros. Existem projetos que não dependem somente de uma pessoa para serem realizado, e muitas vezes são projetos bons que se perdem.
De que sente orgulho?
Da minha família. Dos meus pais, minha esposa e meus filhos. Família tem que ser construída, com bons princípios. A construção da minha família eu devo aos meus pais que me ensinaram os bons princípios. Honestidade, Sinceridade e Humildade.

Referências: Publicado no Blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 25 de julho de 2019





















sexta-feira, 12 de julho de 2019

Márcio Schlindwein - Dia D

O entrevistado desta semana é Marcio Narbal Schlindwein, nascido em Brusque a 20 de abril de 1967. Filho de Nivert Nilton Schlindwein e Eni Vanunci Schlindwein. Casado há 29 anos com Eliane Roseli Marchi Schlindwein, apenas um filho:Enzo Marchi Schlindwein.
Torcedor do Clube de Regatas Flamengo, contrariando o pai e irmãos, todos Botafoguenses.
Curiosamente, quando criança fui abordado por um flamenguista, em uma venda no Distrito de Arataca, que me ofereceu um casal de angulistas se eu virasse rubro-negro. Resumo da ópera: não ganhei os pássaros e troquei de time. Acertadamente sou achincalhado até hoje, "vendido por uma galinha-da-angola". Não recebida, para piorar.


Como foi sua infância ?
Minha infância foi no interior. Meus pais cuidavam da filial da Casa do Rádio de São João Batista, que era uma cidade pequena e pacata nos anos 60 e 70. Cresci correndo atrás de carroça para tirar cana-de-açucar, que ia para a USATI, usina que dominava a economia local. Depois meu pai migrou para o ramo madeireiro, com uma serraria no bairro Colônia, quase em Major Gercino. Aí era estrada de chão, mato, bezerro, o cheiro da tora recém cortada, os mergulhos na pilha de serragem fresca, pomboca de querosena à noite, pois não havia luz elétrica. Gerador, de vez em quando. Lembro bem quando era época de vaga-lumes, os bandos iluminavam a mata. Nunca mais vi nada parecido. 

Vida escolar?
No ginásio fui interno no Seminário de Azambuja por um período que não inteirou um ano, pois não foi uma opção vocacional, e sim uma alternativa para um estudo mais consistente, que se aprimora com a disciplina inerente. Mas foi uma boa experiência, com amigos que encontro até hoje.
Prestei vestibular para o curso de Licenciatura em Música pela Udesc, em Florianópolis, para onde me mudei para uma república de estudantes, onde já residia meu irmão mais velho, hoje biólogo da Universidade Federal de São Carlos-SP. Na universidade tive contato com grandes mestres, e envolvimento na cena musical da capital do estado, tocando em grupos de teatro, festivais, gravações de jingles e como músico de bares. Tive o prazer de poder viajar para me apresentar em Brasília, São Paulo, Pelotas, Curitiba e diversas cidades do país. Como meu curso era no mesmo prédio do de Belas Artes, adquiri o hábito de visitar museus e exposições, e conhecer outras expressões artísticas. Foi durante meu período acadêmico que entrei na idade de me apresentar ao Alistamento Militar, e consegui o impossível: para tentar não cumprir o serviço obrigatório, fui me alistar em São João Batista, onde não residia mais, e me informaram que se encaixaria em "excesso de contingente"; em outras palavras, se safava da empreitada. Ledo engano. Na metade do ano de 1985, estava fazendo um estágio pela Universidade em Praia Grande, no sul do estado, onde a UDESC possuía um Campus, quando recebi uma correspondência urgente para me apresentar à Junta Militar da Capital, onde constatei que meu genial plano havia sido obviamente descoberto. E assim engrossei as fileiras de nossas Forças Armadas por um ano, na 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Florianópolis, até hoje situada num belíssimo local na Rua Bocaiúva, Quartel General do Comando Militar do Sul, onde encerei muito o assoalho.

Como retrataria a experiência militar?
Ao contrário do que me parecia, a experiência do serviço militar nos apresenta oportunidades ímpares, seja no convívio, disciplina, organização, ou mesmo no contato de manejar equipamentos e armamentos específicos. Como era estudante de nível Superior, servi como Ordenança do capitão da Companhia e fui liberado para ir a Faculdade na parte da manhã. Desse período só trago boas lembranças, e amigos que organizam encontros até hoje. Provavelmente por este episódio, adquiri interesse pelos conflitos mundiais, nossas Grandes Guerras, que muitos historiadores afirmam ser uma só, com um intervalo grande no meio. Fui paulatinamente montando uma pequena biblioteca sobre o tema, entre meus favoritos "O Piloto de Hitler-A via e a época de Hans Baur", pois une minha outra paixão, que é a aviação. Sou plastimodelista aéreo militar estático, ou seja, monto e reproduzo aviões que participaram do conflito, em esquadras e períodos específicos, o mais fidedigno possível dentro das minhas limitações. Em viagens anteriores á Europa visitei alguns locais emblemáticos na Itália (subterrâneos de Nápoles), Áustria (Salzburg) e Alemanha (Munique, Nuremberg e Colônia), todos riquíssimos em acervo e referências.

Quanto ao dia D?
Neste ano de 2019, completaram-se 75 anos do Dia D, operação gigantesca de desembarque dos países aliados na tentativa de deter o avanço do nazismo na Europa. Um enorme contingente de admiradores estaria presente, além de autoridades e sobreviventes do evento. Com algum planejamento preliminar, após passar por Portugal e sul da França, desembarquei em Caen, na Normandia. Havia vindo de Toulouse a Paris em um trem noturno, em cabine privada com beliches, junto com minha esposa. Da capital francesa ao nosso destino mais duas horas nos trilhos. Após nos instalarmos, nossa anfitriã nos informa que teremos que conseguir um salvo-conduto, um tipo de "passe" para podermos circular, pois os presidentes americano e frances iriam estar na cidade, com inúmeras outras figuras e primeiros-ministros com seus guarda-costas. Após uma tarde de peregrinação na Prefeitura e Central de Turismo, descobrimos que o passe era apenas se fossemos visitar as praias do desembarque e locais das cerimônias no dia 06, o que logicamente abri mão. Helicóptero para lá, comitiva presidencial para cá, ficamos descobrindo os vinhos e apreciando o local. No dia seguinte, evento cerimonial no Castelo de Caen, com gaitas de fole e veteranos. Resumidamente,a cidade foi profundamente marcada pelo episódio de 1944, pois na época a arma mais eficaz eram os bombardeios aéreos, que não discriminavam os alvos. Se era necessário enfraquecer as defesas alemãs em determinado local, os efeitos colaterais para os residentes eram terríveis. O preço em vidas humanas foi altíssimo para todas as partes envolvidas. Alguns locais e igrejas não foram reconstruídos propositalmente, para se ter uma pequena noção da destruição. Uma visita ao MEMORIAL DE CAEN é um mergulho reflexivo na história, um aviso para as próximas gerações evitarem a guerra.
No dia seguinte, as famosas praias do desembarque, entre elas Omaha Beach e Utah Beach, todas codinomes usadas para a Operação Overlord. O dia estava belíssimo, e no Cemitério Americano em Colleville-sur-mer , aeronaves que participaram da segunda guerra e frotas modernas faziam sobrevoos a todo instante. Ao longo do litoral inúmeros veículos originais do conflito trafegavam, um evento inesquecível e tranquilo,  homenageando um momento de grande sacrifício em prol da liberdade. Para coroar a programação, a Patrouille de France, a esquadrilha da fumaça francesa, estava se apresentando em Longues-sur-Mer, onde estão as baterias costeiras alemãs. Fui embora com vontade de voltar. Otimo sinal. 












Finalizando
Há alguns anos adotei como hobby o plastimodelismo, ao qual dedico diariamente algum tempo, considerando que um modelo leva no mínimo 150 horas de trabalho para ser finalizado. Também concilio com amigos de longa data o gosto por um estilo musical não muito difundido, porém extremamente gratificante de executar, o chorinho, e aí se vão alguns anos de ensaio e diversão, nos encontrando semanalmente.
A passagem do tempo leva todos à reflexão: porque alguns já partiram, as vezes com tantos sonhos e responsabilidades? Qual o sentido de toda essa jornada? Como bom brasileiro, fruto da miscigenação de diversas culturas, fui apresentado a muitas crenças, da benzedeira ao Monsenhor; todos tem seu lugar na formação de minha fé e não descrimino nenhum caminho. O fim é sempre o mesmo, uma luz neste inevitável túnel que todos estamos atravessando.
Trabalhando há 29 anos na Lanchonete da Rodoviária de Brusque, tento tratar com respeito funcionários e clientes, como eu gostaria de ser tratado. Sempre consciente que tenho ainda muito a aprender, tento ser um bom exemplo para meu filho e um bom companheiro para minha esposa. 



Referências: publicado no blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 12 de julho de 2019.