sábado, 28 de setembro de 2019

Marcelo Backes Navaro Stotz

Mestre K.B. Lera

Capoeira

O entrevistado desta semana é Marcelo Backes Navarro Stotz - especialista em Fisiologia do Exercício (PUC/PR), mestre em Educação Física (UFSC) e mestre de Capoeira com mais de trinta anos de vivência. Conta ainda com experiência em Muay Thai (Academia Chute Boxe – Mestre Rudimar Fedrigo), Kung Fu Shaolin do Norte (mestre Rogério Leal Soares), Aikidô (sensei Valdecir Fornazier - 4o Dan) e pesquisador autodidata em diversas artes marciais.

Resultado de imagem para foto MARCELO STOTZ

Nosso entrevistado o Mestre K.B. Lera

Sonho de criança?
Sonhava em ser professor de lutas.

Pessoas que influenciaram?
Destacaria Bruce Lee (ator e artista marcial) Krishnamurti (filósofo)

Como foi a educação recebida de seus pais?
Meus pais proporcionaram: exemplo e formação com informação.

Histórico escolar?
Frequentei o Colégio São Luiz, UDESC (graduação), PUC/PR (especialização) e UFSC (mestrado).

Por que K.B. Lera?
Meu mestre colocou este apelido porque eu gostava de passar os golpes bem próximos ao cabelo dos outros capoeiras e, numa roda ele cantou uma música me chamando de "cabeleleira", mas o pessoal entendeu "cabeleira" e por eu usar os cabelos compridos, o apelido ficou.

Grandes Mestres na Capoeira?
Há um plantel enorme de grandes mestres, mas podemos citar num passado recente os mestres Pastinha (Capoeira Angola) e Mestre Bimba (Capoeira Regional) e na contemporaneidade destaco os mestres Camisa e Cobra Mansa.

Como surgiu a capoeira em sua trajetória?
Quando me mudei para Florianópolis fui visitar academias de lutas e a Capoeira me conquistou completamente.

Fale sobre o início da trajetória?
Falar sobre si mesmo é sempre complicado, por isso o fato sempre apresenta-se como um desafio. Minha paixão pela leitura e a dedicação aos estudos, somadas a uma constituição física bastante frágil, me mantiveram afastado das práticas esportivas até o final da adolescência. Não por vontade própria, mas devido a constante seleção dos “melhores” e “mais fortes” que sempre me empurraram para o final da fila. Daí a surpresa de muitos quando abandonei definitivamente as aulas de Economia (UFSC) para cursar Educação Física (UDESC). A opção pela mudança de curso se deu logo depois do meu contato com a Capoeira. Contrariando minha descendência européia, o universo afro-brasileiro me conquistou completamente e, a partir das primeiras aulas, passei a pesquisar e registrar tudo que pudesse me ajudar a entender melhor a formação da arte-luta brasileira. Tal paixão também se estendeu as outras artes marciais, aumentando meu interesse pela história de cada uma delas.

Alguma especialização?
Concluí minha graduação em 1985 e no ano seguinte busquei aprofundar meus conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, onde alcancei o Título de Especialista em Pesquisa em Fisiologia do Exercício. Durante o curso de especialização me dediquei ao treinamento de Muay Thai na Academia Chute Boxe, com o mestre Rudimar Fedrigo.

Como e quando surgiu Marcelo professor?
De volta à capital catarinense (1987) prestei Concurso Público na Prefeitura Municipal de Florianópolis e fui designado para atuar como professor de Educação Física na Escola Básica Dr. Paulo Fontes. Também passei a trabalhar como professor de Ginástica na Academia Chardantic, em Coqueiros, e no Programa “Ginástica na Praia”, mantendo ambas as funções até dezembro de 1989. Em 1988 ministrei aulas de Capoeira pelo convênio SESC/ Prefeitura Municipal de Florianópolis. No mesmo ano fui convidado a trabalhar como Assessor da Secretaria Municipal de Educação, na qualidade de Coordenador da Divisão de Educação Física, onde permaneci até dezembro de 1989. Neste período freqüentei aulas de Wu Shu (Kung Fu), Shuai Jitsu e Boxe.

E tinha Brusque no caminho?
Com o objetivo de promover um trabalho diferenciado com a Capoeira, em 1990 voltei para minha terra natal. Nomeado por Concurso Público da Prefeitura Municipal de Brusque para trabalhar no Colégio Municipal João Hassmann, logo dei início à implantação da Capoeira na cidade, ministrando aulas inicialmente no Seminário de Azambuja e em seguida no Centro de Atividades do SESC, onde fiquei até dezembro de 1992. Em1992 acumulei as funções de Coordenador da Divisão de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação, e Coordenador da Secretaria de Assuntos Para A Juventude da Prefeitura Municipal de Brusque, até dezembro de 1994.

Algum trabalho de divulgação da capoeira?
A partir de 1994 passei a me dedicar com maior afinco na divulgação da Capoeira, atuando em diversas academias (Espaço Ativo – 1992/95; Korper – 1995/96; Gaivota Escola de Natação Ltda. – 1997/2001; SESC –1998/99; Arena 2000/2003), escolas particulares (Colégio São Luiz - 1999/2002; Colégio Honório Miranda – 2003/04), escolas públicas (Projeto “PIÁ” Capoeira na Rede Municipal - 2001/04), além de centros comunitários e projetos sociais, como a implantação da Capoeira no Instituto Santa Inês (APAE).

Participações?
Delegado eleito como um dos representantes do estado de Santa Catarina no “I Congresso Nacional de Capoeira”, realizado em São Paulo, no período de 15 a 17 de agosto de 2003, ao retornar daquele evento fui um dos responsáveis pela fundação da Confraria Catarinense de Capoeira, entidade de projeção internacional. Durante o ano de 2004 ministrei do Curso “Resistência Cultural Afro-Brasileira: A Corpo-Oralidade da Capoeira” realizado pela parceria Prefeitura Municipal de Brusque e UNIFEBE. Também apresentei o trabalho “Resistência Cultural Afro-Brasileira: A Corpo-Oralidade da Capoeira”, na modalidade comunicação oral, durante o "5o. Fórum de Extensão Universitária da ACAFE”, realizado na cidade de Blumenau. Durante o curso de extensão realizado na UNIFEBE, fui convidado a escrever um capítulo no livro “Palavra Nômade – O Cinema Nacional em Pauta”, organizado por André Soltau. O artigo recebeu o título “De Hong Kong para Hollywood, com Dendê: Capoeira & Cinema”, publicado em 2005 pela Editora Cultura em Movimento. Ainda em 2004 participei do I Seminário Nacional de Estudos Sobre Capoeira (SENECA) realizado no período de 07 a 09 de maio de 2004 na cidade de Campinas. Também fui um dos palestrantes convidados no “VI Simpósio Nacional Universitário de Capoeira”, realizado em Florianópolis, no período de 12 a 14 de novembro, e participante do “II Congresso Nacional de Capoeira”, realizado no Rio de Janeiro, no período de 26 a 28 de novembro, na condição de Delegado eleito pelo estado de Santa Catarina.

Mestre em Capoeira?
Em dezembro de 2004 recebi o título de Mestre de Capoeira outorgado por grandes nomes da Capoeira nacional. Infelizmente, no mesmo mês sofri uma grave lesão que me deixou completamente afastado de todas as minhas atividades durante todo o ano de 2005. Durante o período de convalescença organizei minhas pesquisas realizadas em mais de um quarto de século, que se transformaram num livro em forma de dicionário, com mais de 18.600 verbetes, que pretendo publicar em breve.

Outras participações?
Parcialmente recuperado, em 2005 participei da criação e coordenação pedagógica do Curso de Capacitação de Educadores Populares de Capoeira na Perspectiva Intercultural no período de 01/03 a 30/11, realizado na UFSC, quando ministrei a palestra "Saberes e Práticas Históricas da Capoeira". No ano seguinte participei do II Seminário Nacional de Estudos Sobre Capoeira (SENECA) realizado no período de 12 a 14 de maio, na cidade de Florianópolis. Em dezembro de 2006, como professor convidado, ministrei os conteúdos de Capoeira para a primeira turma de acadêmicos de Educação Física da Fundação Educacional de Brusque (UNIFEBE). Em 2007, através da Secretaria de Assuntos Para A Juventude da Prefeitura Municipal, implantei o Projeto “Centro Catarinense de Consulta e Capacitação em Capoeira”, reunindo no mesmo local (Arena Multiuso) o treinamento de nossa arte-luta com a organização de um acervo multimídia sobre Capoeira e assuntos correlatos. Também participei do II Curso de Capacitação de Educadores Populares de Capoeira na Perspectiva Intercultural, na UFSC, com carga horária total de 120 horas.

E o mestrado?
Em 2008 iniciei o curso de Mestrado em Educação Física na Universidade Federal de Santa Catarina com a Linha de Pesquisa: Teorias Sobre o Corpo e o Movimento Humano na Sociedade, que resultou na dissertação “Ritmo & Rebeldia: só na luta da capoeira se dança?”, entregue em 2010.

Finalmente?
Depois da conclusão do curso de Mestrado passei a me dedicar exclusivamente à promoção da Capoeira em Brusque, realizando diversos eventos, palestras e outras atividades relacionadas ao universo da arte-luta brasileira, garantindo a continuidade da sua prática por meio da formação de uma equipe de discípulos mais antigos que ministram aulas em diversos locais.

Encerrando, quais os locais em que atende?
Atendo na Arena Multiuso todas as noites às 21h15min e segundas, quartas e sextas às 8h 00min e 18h15min. Terças e quintas na escola municipal da  Cerâmica Reis às 17hs. O grupo trabalha nos locais discriminados em nossa home page: http://www.camaracapoeira.net/
 Publicada no jornal EsporteSC, em outubro de 2019

silvio bertolini

Sílvio Bertolini




O entrevistado desta semana é SILVIO BERTOLINI, nascido em Brusque/SC, em 09/de janeiro de /1961;filiação: Adolfo Bertolini e Lourdes Lopes Bertolini; divorciado; filhos: Alexandre Bertolini e Regiane Cristini Otto; gosta de todos os esportes, em especial o atletismo;  torce pelo Santos, Vasco, Paysandu(o mais querido) e Poço Fundo

Cargo que ocupa hoje?
Hoje em virtude da legislação municipal e mudança do plano de cargos e salários em relação a nomenclatura dos cargos, ocupo o cargo de Assistente de Administração e, estou a disposição da 17ª Delegacia Regional de Policia da Comarca de Brusque, no setor de CNH, desempenhando minha atividades laborativas na sala de prova.

Quando ingressou no serviço público?
Ingressei no Serviço Publico (prefeitura) em 15.05.1979, fui registrado em 01.07.1979, onde estou até hoje, portanto 40 anos dedicados aos mais diversos setores da administração publica municipal e estadual.

Como foram os 4 anos na CME? Como surgiu a CME na sua trajetória? Quem presidiu na época? Quais outros integrantes?
Em 1979 recebi o convite do Dr. Antônio Waldemar Moser, vice prefeito e presidente da Comissão Municipal de Esportes - CME, para reativar e organizar o esporte amador em nossa cidade, visto que já desempenhava essa função, na organização de torneios e competições esportivas nos diversos bairros de Brusque.
No dia 15 de maio, daquele ano, iniciei minhas atividades junto a CME, que estava instalada em duas salas no Edifício Centenário, uma onde funcionava a secretaria o outra que abrigava o material esportivo. Maio e junho recebi salários via RPA, pois só fui registrado em 1º de julho de 1979.
Durante esse período que estive como secretário executivo da CME, iniciamos um trabalho de organização, inicialmente na parte administrativa e de material e, em seguida na organização e formação das equipes, com seus respectivos técnicos, locais e horários de treinamentos. Nesse período foi fundamental na parte esportivo o professor Osny César Muller, o Chico Muller, que acumulava as atribuições de técnico de atletismo e basquetebol, e também realizava as inscrições dos atletas para as competições.
A CME era presidida pelo Moser, vice prefeito do Senhor Alexandre Merico, e contava com a senhora Marildes Comandolli de Oliveira como tesoureira e responsável pela contabilidade e dquele momento em diante comigo com as atribuições da secretaria executiva e também organizava o quadro de horários e utilização da FIDEB, com horários de treinamento das equipes e locações dos horários excedentes para as empresas e associações da cidade.
Assim, foram meus anos na CME, convidado a assumir uma função diante daquilo que já desenvolvia junto as comunidades e associações, até 1983, quando assumia um novo prefeito e fui transferido para o setor de tributação da prefeitura.

Como foram os 21 anos na liga de futsal?
 Durante meu período na CME, estava em contato direto com a Liga Desportiva Brusquense - LDB, que funcionava no mesmo prédio e com a Liga Brusquense de Futebol de Salão - LBFS, onde sempre colaborei de forma voluntária na organização dos campeonatos e quando da realização destes trabalhava como anotador cronometrista. Diante disso fui convidado pelo Chico Simas a fazer parte da diretoria da LBFS, onde em conjunto realizamos diversas competições em várias categorias e muitas vezes com árbitros colaborando de forma voluntária ou pelo lanche ou taxa mínima, para não onerar as equipes. Posso citar entre muitos árbitros Keka Zen, Polaco, Bujão Vinotti, Calinho Groh, Zecão e o próprio Chico. Nesta época tíinhamos equipes disputando os campeonatos estaduais promovidos pela Federação Catarinense de Futsal e com bons resultados. Com o passar do tempo, ocupei vários cargos na direção da LBFS, até assumir a presidência, isto por mais de uma ocasião.

E a participação na Comissão de arbitragem?
 Com as diversas atividades realizadas na LBFS, principalmente no quadro de arbitragem, decidimos então criar a Associação Brusquense de Árbitros - ABRA, que além das competições da Liga, ainda fazíamos a arbitragem dos jogos do SESI, do SESC, da Associação da ZEN e da ZM, Jogos escolares, Jogos Comunitários Torneios em geral, nas mais diversas modalidades em Brusque e em cidades vizinhas, Guabiruba, Botuverá, São João Batista, Vidal Ramos, Gaspar e outras. E, foi assim que passamos a ser chamados pela FESPORTE, para arbitrar Jogos Abertos, Joguinhos Abertos, Olesc, Moleque bom de bola Jogos Escolares, em suas fases Micro-regionais, Regionais e Estadual, sob o comando do Integrador Esportivo da Região meu professor, instrutor, irmão e amigo Chico Muller, onde tudo iniciou em 1979 com a CME, um vínculo de carinho, comprometimento e respeito mútuo.

Quais as lembranças positivas na diretoria do Poço Fundo? Cite grandes colaboradores daquela agremiação.
 Poço Fundo foi onde tudo começou, reunimos um grupo de amigos na casa do meu tio Arceu Lopes, e resolvemos criar uma equipe de futsal Sociedade Esportiva e Recreativa Poço Fundo, para brincar e disputar torneios, muito comuns na época. Assim o fizemos, nas folgas e finais de semana iniciamos nossa jornada, com pás, picareta, enxadão e carrinho e mão fizemos nossa quadra de chão batido, onde realizamos diversos torneios e jogos. Com o passar do tempo foram surgindo várias equipes em nosso bairro e também no bairro de Ponta Russa, onde também sou sócio fundador da Sociedade Esportiva São Paulo. Com o passar do tempo, conseguimos um recurso junto a Secretaria de Assuntos Comunitários do Governo Federal e recebemos um recurso para a construção de uma quadra polivalente, a qual foi edificada nas terras do senhor Hilário Paza, que gentilmente cedeu o espaço através de um contrato de comodato. Construída a quadra passamos a realizar um campeonato só com equipes do Poço Fundo, que naquele momento já contava com 12 equipes de Futsal, com rodadas aos sábados e domingos, onde cada equipe também indicava um árbitro para a competição. Surgiu então a idéia da formação de uma equipe de futebol para as disputas do campeonato da LDB, com a fusão de todas as equipes de futsal, sendo nos primeiros anos a equipe do Poço Fundo, formada por atletas todos residentes no bairro, estando a frente Luiz Carlos Boni, Antônio Heck, Nilson Paza dentre outros. Assim surgiu o Poço Fundo, uma equipe guerreira, com torcida, que passou a ser vista como uma das melhores da competição, pois sempre figuravamos entre os finalistas.

A participação na Fesporte?
 FESPORTE, posso resumir num nome, Chico Muller, com todo nosso convívio em defesa e favor do esporte, em épocas boas ou não muito boas, nosso entrosamento era conectado, sempre por ocasião dos JASC, Joquinhos, PARAJASC, JASTI, OLESC e JESC em nossa cidade e região, ele sempre me incluía em alguma comissão ou me dava alguma atribuição, atuava como secretário, árbitro, conselho de julgamento e todas as que era designado. Tive participação em 28 edições dos JASC, nas mais diversas funções, desde Dirigente até motorista e auxiliar de cozinha quando necessário.

Comente sobre suas atividades junto ao JASC (Transporte - comissão – Coo)
Meu primeiro JASC, foi em Caçador no ano de 1978, somente como torcedor, já a partir de 1979 fui como dirigente da CME de Brusque, em Blumenau e, assim até 1982. Em 1985 por ocasião do Jubileu de Prata dos Jogos Abertos de Santa Catarina e no ano de 2000 quando da realização dos JASCs em nossa cidade, fui convidado e assumi as atribuições da secretaria geral da Comissão Central Organizadora dos Jogos Abertos de Santa Catarina, diante das atividades e envolvimento em competições esportivas e pelo entrosamento com os desportistas, técnicos e dirigentes da cidade e do estado. Em 1987, voltei para o setor de esportes que era um Departamento dentro da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, onde atuei como coordenador de esportes até 1990, quando fui transferido para outro setor. Dentre as indas e vindas ao setor de esportes participei de 28 edições dos Jogos Abertos de Santa Catarina, além de Joguinhos Abertos, Olesc, Jogos Escolares, Parajasc e Jasti.
Também integrei a primeira Comissão do Cerimonial de Acendimento e Transporte do Fogo Simbólico dos Jogos Abertos de Santa Catarina, como secretário, a convite do saudoso e dedicado Rubens Fachini.

Referências: publicado no blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 28 de setembro de 2019

























quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Marcos André Maestri


MARCOS ANDRÉ MAESTRI

O entrevistado desta semana é o Coordenador da Associação de Pais e Voluntários dos Atletas Especiais de Brusque – APVAEB -  Marcos André Maestri, nascido aos  02 de outubro de 1951 em  Botuverá/SC; filho de Alberto Luiz Maestri e Elvira Maestri;  casado com Diomira Bertoldi Maestri;  dois filhos: André Luiz Maestri(in Memoriam) e Marcos Esdurdo Maestri. Botafoguense de coração e Corintiano de emoção. Coordenador da Associação de Pais e Voluntários dos Atletas Especiais de Brusque (APVAEB).




         Nosso entrevistado Marcos André Maestri - primeiro à esquerda                                     

Como foi sua infância?
Infância simples, de uma família tradicional de classe média, Mãe professora primária de escola isolada Municipal e de pai agricultor, depois de ser forçado a fechar uma sapataria.

Família e formação?
Família de dez irmãos. Educação por intermédio de Freiras e professores civis. Para continuar os estudos iniciados na Escola Padre João Stolte até a 5ª série, fui para o seminário na Cidade de Rio Negrinho, aonde fiz admissão e 1º do Ginásio e segui para a Cidade de Corupá até o 1º do Científico. Quando a minha família veio para Brusque em 1969, sai do seminário em 1970 e estudei no Consul até ir para o Exército em Blumenau, como submisso (quando sai do seminário já tinha estourado a idade de servir, tinha que servir) em 1972, quando fui selecionado para o curso de Cabo e conclui em 1º lugar do Batalhão.

Como surgiu Marcos André Maestri Sargento e o retorno a atividade privada?
 Em 1974 fiz o concurso para sargento e só três de todo o Batalhão passaram e eu era um deles, contudo na véspera de embarcar para Santa Maria para fazer o Curso de Sargento, houve uma mudança nos QO dos Batalhões e, naquele ano, não teve curso de sargento, ato contínuo, pedi a baixa do Batalhão e fui trabalhar na iniciativa privada (casa Wylli Zibert) em Blumenau.

E o retorno a trajetória?
 Em Julho de 1975 fiz concurso para Policia Civil e passei em 2º lugar eram 263 candidatos de todo Brasil para 15 vagas. Fiz Academia de Polícia em Fpolis e fui o 1º lugar da turma recebendo como presente do diretor da Academia de Polícia Dr. Fugaza o livro Desacato Desobediência e Resistência, tema do trabalho final do curso de Comissário de Polícia.

Comente sobre o início da trajetória e como encontrou a Diomira
Em 1º de abril de 1976, iniciei a carreira policial em Indaial, que era a cidade mais perto que o 1º colocado tinha o direito de escolher como vaga. Lá conheci minha esposa e em 1978 casamos e fui convidado a responder como Delegado na Cidade de Botuverá. Fui o primeiro policial civil a ser lotado na cidade. Iniciei o trabalho do zero, toda a documentação da delegacia está numa caixa de papelão no porão da casa de um soldado e tudo era registrado no livro negro (livro de registro de Ocorrências)

Nascimento do primogênito?
Em 1983 nasceu nosso primeiro filho com Sindrome de Dovn(com cardiopatia congênita, AVC total (não tinha a parede que divide o coração) misturava sangue venoso com sangue arterial
(sangue bom com sangue ruim) pressão baixa com pressão alta. Teve que ser operado no Instituto do Coração em São Paulo pela equipe do Dr. Adib Jatene.



E a ida para Joinville e o retorno para o Berço da Fiação Catarinense?
 Em Julho de 1983 fui transferido para o 1º Distrito Policial de Joinville, aonde permaneci por três anos e meio, quando voltei para a Comarca de Brusque, Já cursava a FEPEVI hoje UNIVALE quando me formei em 1991 em Direito.

E como surgiu a APAE em sua trajetória?
em 1986 fui convidado a ser voluntário na APAE de Brusque; em 1991 realizamos no complexo do SESI a primeira OAPESC (Olimpíada das Apaes do Estado de SC), com 744 atletas e juntamento com o Paza fomos responsáveis pela Alimentação de todos os envolvidos. Em 1992 fui convidado a integrar a Diretoria como Advogado da APAE.

Quais participações na Diretoria da APAE?
Em 1996 fui eleito Vice-presidente, como tal fui escolhido como Delegado das APAEs do Médio Vale de Itajai que compreendia desde São João Batista - Bal. Camburiú - Piçarras - Timbó  - Apiúna - Blumenau - Brusque ETC. eram 22 APAEs. em 1998 fui eleito Presidente da APAE de Brusque e em 1999 Reeleito Delegado do Médio Vale.

E como surgiu a política em sua carreira?
 Em 2000 me desliguei da APAE para concorrer a Prefeito de Botuverá, aonde exercia novamente a função de Delegado desde 1996. Não obtive êxito na Política.

Então veio o benefício previdenciário e a participação na  Olimpíades das Apaes do Estado de Santa Catarina - OAPESC?
Sim depois de uma cirurgia de ponte de safena em 2002 com trinta anos de serviço pedi a aposentadoria e fui aposentado em julho de 2002. Quando iniciamos a OAPESC, continuou a ser realizada de 2 em  2 anos e ai acompanhando meu filho André na natação fui tomando gosto pelo esporte para Especiais. Em 2001 recebi a comenda da Assembleia Legislativa de Santa Cataria pelo serviço voluntário prestado ao Estado de Santa Catarina (concorrendo com todos os policiais Civis Militares e Bombeiros) pois a indicação foi do então secretário da Segurança Pública. Em 2011 recebi a comenda da Fundação Mauricio Sirotsky Sobrinho do Instituto Voluntários em Ação, do SESC/SC, da Secretaria de Estado de Educação e da Undime/SC  o Certificado de Exemplo Voluntário.  

Quando foi instituída o CME e como é composta?
Pois bem, Instituído pela Lei Municipal 3.523/2012 o CME (Membros Governamentais): composto por dois membros da Fundação de Esportes, Um membro da Secretaria de Educação, Um da Secretaria de Educação, Um do conselho do Idoso, Um da Secretaria  de Saúde, e um da Secretaria de Governo. Entidades Não Governamentais: Um representante das Ligas e Associações Esportivas, Um dos Clubes Sociais e Esportivos, Um dos cursos de Educação Física, um do sistema S (Sesi,Sesc,Senai), Um representante das entidades paradesportivas, um da imprensa, um dos grupos de Idosos.

Fale sobre sua participação na Esporte Paradesportivo
Sempre estive ligado ao esporte Paradesportivo desde 2002, quando fomos à Special Olympcs em São Paulo, em 2005 foi criada a APVAEB e desde então representamos Brusque nos Parajasc.

Como surgiu o CME em sua trajetória?
Foi por meio do paradesporto que fui convidado a participar do CME desde sua fundação, entretanto, já com o advento da lei que regulamenta o esporte e da Lei do bolsa Atleta (3310/2010, participava de reuniões em prol do esporte brusquense. Fui vice-presidente da primeira Diretoria por dois mandatos e permaneci na Vice-presidência na eleição seguinte. Eleito Presidente por aclamação para o mandato em curso.

Quais as pretensões da entidade ?
 Temos por objetivo modificar a Lei do Bolsa Atleta com vista a comissão de apreciar a escolha dos pretendentes, tornando-a paritária entre os representante do poder público e da sociedade civil. Propor a criação do fundo para o Esporte nos moldes de exemplos já existentes nos municípios vizinhos, beneficiando as entidades ao invés das pessoas. Promover um trabalho de base e busca de talentos para incentivar a pratica desportiva.


         Nosso entrevistado com o ex Prefeito Eccel

Referências: publicado no blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 19 de setembro de 2019