sábado, 16 de março de 2019

Olavo Larangeira Telles da Silva - Superintendente da Fundação de Esportes


O entrevistado desta semana é o Superintendente da Fundação de Esportes: OLAVO LARANGEIRA TELLES DA SILVA, nascido em Agra dos Reis aos 31 de janeiro de 1975; filho de Moacyir Telles da Silva e Lilia Laranjeira; cônjuge CECILIA; duas filhas: Laura e Sofia.
Torce pra o Vasco da Gama e pelo Brusque.

Foto

Como foi sua infância e juventude?
Minha infância e juventude foi bem ativa, participava de várias atividades esportivas como basquete, vôlei, handebol, natação, futebol e outros,  também participava do escoteiro e de atividades de lazer.
Como surgiu o esporte em sua trajetória?
Comecei no esporte bem cedo, pois meu pai era professor de ed. física e treinador de basquete. Aos 14 anos fui morar em Nova Friburgo para atuar na equipe de basquete, e com isso me tornei um atleta da modalidade.
Quando assumiu a fundação de esportes?
Em Março de 2018.
Que atividades exercia anteriormente?
Estava trabalhando na Secretaria de Estado de Educação, coordenando o projetos de Educação aos Privados de Liberdade e Brasil/SC Alfabetizada.
Qual a importância do esporte na vida de uma pessoa?
A prática de esportes beneficia grandiosamente as pessoas e até mesmo a sociedade, pois reduz a probabilidade de aparecimento de doenças, contribui para a formação física, psíquica, cognitiva, social, além de desenvolver e melhorar tais formações.
Como foi encontrada a Fundação de Esportes do município?
Encontrei bem a FME.
O que já foi feito pelo esporte em sua gestão?
Tivemos o retorno da gestão do campeonato de futebol amador, o início da bolsa para os técnicos, implementação do sistema (web site) da FME, e um movimento de união das modalidades esportiva em prol de validar a importância do esporte.
O que pode ser feito a curto, médio e longo prazo para melhor R. implementar o esporte do município?
Acho importante a Regulamentação do Complexo da Arena, criação de um Fundo Municipal de Apoio ao Esporte e uma Lei Municipal de Apoio Esportivo, implementação do quadro administrativo da FME,
Quer deixar alguma consideração sobre o esporte ?
O esporte é uma das maiores ferramenta de inserção social e muito eficaz, pois o resultado é imediato e as transformações são surpreendentes. O esporte não leva em conta etnia, religião, ideologia. O importante é a capacidade das pessoas em superar seus próprios limites, tornando a vida um precioso significado.

Uma palhinha sobre sua vida profissional desde o início até os dias atuais?
Professor de Educação Física, Pós-graduado, com Mestrado em Educação.

referências: publicado no blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 16 de março de 2019

quinta-feira, 14 de março de 2019

Célio de Souza

CÉLIO DE SOUZA
O entrevistado desta quinzena é o Coordenador na Fundação Municipal de Esportes, CÉLIO DE SOUZA, nascido em Brusque aos 17 de dezembro de 1957; filho de Velázio de Souza e Nilma Serpa de Souza. É solteiro. Torce pelo Paysandú, Palmeiras e Vasco da Gama.
Foto célio
Como foi sua infância?
Foi um período muito difícil, enfrentado com muita dificuldade. Meus pais -muito humildes - trabalhavam muito, para sustentar uma família com oito (8) filhos.
Iniciou a trabalhar com que idade e em que empresa?
Iniciei a trabalhar com 14 anos de idade, na Felpudos Fênix.
Atuou como atleta? Em que posição? Equipes que defendeu?
Joguei muito futsal, nos finais de semana; formávamos uma equipe e íamos disputar torneiros. Eu gostava de atuar como pivô.

Foto Sulfabril – década de 80
Lembra de uma vitória inesquecível?
A vitória inesquecível ocorreu num torneio de futsal - organizado pelo Colégio Estadual Governador Ivo Silveira - quando fomos para a final com uma equipe formada por irmãos – os irmãos Jacinto – oportunidade em que sagramo-nos campeões, destacando que a vitória deu-se com um gol anotado por mim

Uma derrota que ficou atravessada?
Não tive derrota que ficou atravessada, que eu me lembre


Como ingressou na ABRESC?
Em 1992, quando da inauguração do campo da Abresc, muitos amigos insistiram para eu pegar a presidência da Abresc, para torná-la conhecida na cidade e se tornasse uma associação digna da grandeza do bairro.  Em 1994, criei coragem e formei uma chapa para concorrer a presidência. Nossa chapa foi vitoriosa e começamos a reestruturar a associação. Fizemos uma campanha no bairro, para angariar sócios, conseguindo em torno de 800 sócios.
O que significa a sigla e quando foi fundada a Abresc?
ABRESC – Associação Beneficente e Recreativa Santa Cruz, foi fundada em 31.05.1983.
foto distintivo
Quais as obras que marcaram sua gestão?
Ainda no primeiro ano, conseguimos com auxílio da municipalidade (Prefeitura), fazer o alambrado do estádio, logo em seguida, construímos, na parte superior do vestiário, três (03) Cabines de rádio. Outrossim, todo dia 12 de outubro – dia de nossa Senhora Aparecida e dia das crianças - realizávamos uma missa campal, no estádio, e durante todo o dia realizávamos várias brincadeiras com distribuição de cachorros-quentes e refrigerantes para a garotada.


Lembra de  alguma atividade esportiva naquela gestão?
Organizamos campeonatos internos de futebol de campo –os jogos aconteciam aos sábados à tarde e  domingos, tanto pela manhã como pela  tarde- com a participação somente de sócios .Destacando que chegávamos a contar com dezesseis (16) equipes.

Destacaria algum integrante da Diretoria que dirigiu os destinos da Abresc?
Todos os diretores foram importantes para o sucesso da Associação no quadriênio de 1994/98






Uma palhinha sobre a eleição?
Em 22/05/1994 na eleição para Presidente da Abresc - biênio 94/96 – concorreram duas chapas: uma da situação formada por Egon Boechardt que obteve 12 votos e a a outra chapa encabeçada por mim, tendo minha chapa sido eleita com 130 votos.

Como ficou constituída a Diretoria?
Primeira gestão: Presidente: CÉLIO DE SOUZA; Vice Presidente: FRANCISCO FAGUNDES; 1º. Tesoureiro: NORBERTO LOURENÇO; 2º. Tesoureiro: ELISEU SCHMITZ; 1º. Secretário: SÍLVIO BERTOLINI; 2º. Secretário: VILMAR KUHNEN; Diretor Esportivo: CLÉBER MARTINS. Entre outros.
Em 1996 fui reeleito para mais um mandato a frente da Abresc.
Segunda gestão: Em 02/061996, na releeição – biênio 96/98, não houve chapa adversária e a chapa da situação encabeçada por mim foi constituída por: Presidente: CÉLIO DE SOUZA; Vice- Presidente: JOSÉ EVALDO CASOLA; 1º. Tesoureiro: ARILSON FAGUNDES; 1º. Secretária: CLEONICE KUHNEN; 2º. Tesoureiro: SÍVIO KATZWINKEL; 2º. Secretário: MÁRIO CÉSAR GELATI; Diretor Esportivo: GILMAR JACOMEDE. Entre outros.

Por que o futebol amador perdeu a graça que detinha nos tempos áureos?
O futebol amador de Brusque ao longo dos anos foi perdendo a graça. Tendo em vista, algumas equipes começarem a pagar jogadores e fazerem verdadeiras seleções, com isso, a disputa - todos os anos -  ficava sempre ente as mesmas equipes, culminando com as equipes menores desistindo de competir.

Integrou a Diretoria do mais querido da Pedro Werner?
Em 2002, frui convidado pelo Gilmar Appel a integrar o Paysandu. Na  gestão do saudoso  presidente  Arthur Appel, começamos com um enorme desafio pela frente, recuperar a  majestosa sede social do clube esmeraldino, que estava totalmente deteriorada, com um inquilino que não queria sair de jeito algum.

Conseguiram tirar o inquilino
Após muita luta, o Sr Arthur Appel conseguiu um acordo com o referido inquilino e o mesmo aceitou deixar o clube mediante um acerto financeiro, logo em seguida, começamos a fazer projetos junto ao governo do Estado de Santa Catarina para conseguir recursos financeiros para a recuperação total  da majestosa sede social. Sinto-me plenamente realizado em ter contribuído para que esta magnífica sede social fosse entregue a sociedade.

Grandes Dirigentes?
Cito dois grandes dirigentes esportivos: os saudosos Arthur Appel e Gerhard Nelson Appel .

Fale e sua participação na Casa Legislativa Brusquense – comente sua participação nas eleições para vereador
Nas eleições municipais de 2013, concorri a uma vaga na Câmara de Vereadores, não obtendo sucesso, apesar de ter conseguido 900 votos, ficando como segundo suplente do PMDB, hoje MDB. O vereador e amigo Joaquim Costa, popular Manico, foi para a Secretaria de Obras e então assumi por dois anos e meio como vereador. Foi uma grande honra poder representar os 900 eleitores que confiaram seu voto na minha pessoa e ter conseguido ajudar Brusque a se desenvolver cada vez mais.

Referências: matéria publicada no blog: luiizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 12 de março de 2019

sexta-feira, 1 de março de 2019

Toni Nicolas Bado

O entrevistado desta semana é Toni Nícolas Bado, nascido em Brusque, há 47 anos, em 08/04/1972. Atualmente residindo em Curitiba há 13 anos; filiação: Antonio Abelardo Bado e Joceli de Souza e Silva; Cônjuge: Mauria Colombi Bado; dois filhos: Bibiana Colombi Bado, 10 anos; e Fernando Colombi Bado, 8 anos, ambos nascidos em Curitiba. Torce para Santos FC e C. A. Carlos Renaux. Aqui em Curitiba tenho simpatia pelo Paraná Clube, por ter as mesmas cores do Renaux.




Integrou alguma diretoria de clubes: 
Sim, dirigente da Liga Brusquense de Futebol de Mesa, diretor da Associação Florianopolitana de Futebol de Mesa, participei da Comissão de Reativação do C. E. Paysandú em 1997, dirigente do Clube Atlético Carlos Renaux de 1999 a 2004, atuando como gerente de futebol em 2003 no campeonato da Liga Brusquense e em 2004 no Campeonato Catarinense da Segundona de Profissionais, onde ajudamos a montar o elenco de jogadores. Hoje, aqui em Curitiba, participando como membro do SEHA Sindicato das Empresas de Hotelaria e Alimentação e do Clube do Gato (felinos) do Paraná.

Como era a formada a diretoria quando participou do CA Carlos Renaux: 
Em 2003 o presidente era o Juca Loos. Estavamos ao lado de outros dirigentes, lembro de Roberto Kormann, Rogério Wippel, Leonardo Loos, Dorival Oliveira, Vilimar Fischer, Antonio Abelardo Bado, Rudney Schulemburg, Aníbal Schulemburg, Adherbal Schaefer, Beto Pereira e outros tantos que agora a memória não lembra. Em 2004, assumiu a presidência o empresário Jair Vargas (in memoriam) e a diretoria decidiu voltar ao futebol profissional após 20 anos. Com isso, fizemos um amplo trabalho no sentido de dar sustentação financeira ao projeto, onde tivemos apoio de muitas empresas e novos sócios. Lembro que eu visitava estas empresas, indicadas pelos dirigentes, para fechar placas de publicidade no estádio. Posteriormente a isso, fiquei imcumbido de programar as viagens da delegação para jogos fora de Brusque, providenciar registro de atletas junto a Federação, encomendar material esportivo para jogos e treinos e até levar jogadores ao médico ou hospital para tratamento tinhamos que correr atrás. E assim foi feito, foi uma experiência incrível trabalhar no meu time de coração por 5 anos. Estive em todos os 22 jogos do time, em casa e em todos os jogos fora de casa também. 

Fale como foi a equipe naquele período? 
Foi uma equipe composta 80% por jogadores de Brusque, pois a intenção era trazer não apenas o atleta da casa de volta mas também as famílias destes jogadores novamente ao estádio para torcer pelo Vovô. Lembro de Fabiano Appel, Graciel, Clésio, Claudecir, Chimbica, Paulinho Sestrem, Marcio Douglas, Edgar e tantos outros que compunham o elenco. Lembro que a parte da imprensa criticava e achava que não teríamos chances com um grupo tão caseiro, mas na verdade não fizemos feio, ficamos na classificação final em 6º lugar num total de 12 times, classificando-se inclusive para as quartas de final do 2º turno e fomos o único time nos dois turnos a vencermos o campeão daquele ano que foi o Juventus de Jaraguá do Sul. Ganhamos de 2x1 no Augusto Bauer, e lembro que neste jogo assisti a partida na arquibancada ao lado do Presidente da Federação, Delfim de Pádua Peixoto Filho.

Carlos Renaux de todos os tempos (escalação)?
Grande parte dos históricos jogadores do Renaux que foi bicampeão catarinense eu conheci e até entrevistei-os. Arno Mosimann, goleiro, concedeu à mim a sua última entrevista em vida, fui na casa dele em Florianópolis, no Estreito. Agenor, Esnel, Petruscky, Teixeirinha, Julinho Hildebrand, Adherbal, Ivo Willrich, Pereirinha, Pilolo, todos eles tive a sorte de conversar e aprender um pouquinho. Mas, eu não era nascido quando eles foram campeões e encantaram o estado, então eu gostaria de colocar na escalação somente aqueles que vi jogar, que foi no período de 1978 a 1984 quando assisti todos os jogos do Carlos Renaux em casa. Foi uma época maravilhosa para mim e que me fez ser torcedor do Tricolor brusquense até hoje. Então, deste período, colocaria: Ronaldo, Clóvis Zimermann, Ricardo Hoffmann, Veneza (craque!) e Moura; Neguete, Tornado, Forró e Zeca; Niltinho Hoffmann (Pepê) e Rodinaldo. 

Grandes dirigentes do Renaux e do Paysandú?
São tantos. No Paysandú destacaria Arthur Jachowicz (Polaco), Gerhard Appel, Armando Polli, Urbano Kistenmacher e Arthur Appel, são os que tive maior convivência e o Cônsul Carlos Renaux. No Renaux, Antônio Heill, João Paulo, Leonardo Loos, Roland Renaux, meu pai Antonio Bado, Arno Gracher, Tato Petruscky e logicamente José Carlos Loos. Mas, devo estar esquecendo de muitos. O importante é que todos tiveram sua cota importante de participação no clube mais premiado do Vale do Itajaí.
Peço perdão àqueles que não lembrei no momento.

Campeonatos Estaduais, ainda mantém o charme?
Eu gosto. Cresci e aprendi gostar de futebol com eles. Acho muito interessante quando um clube do interior consegue ganhar um campeonato ou um turno e as rivalidades municipais são também muito especiais. Acho que deveriam dar um pouco mais de datas para os Estaduais, não apenas 18 por ano, para que tivessem uma parte final mais bem trabalhada na mídia, com mais destaque. Extinguir ou enxugar tanto assim os Estaduais acho um erro. Eles deveriam ser mais valorizados e não tão sufocados no calendário.

O Brusque FC está no caminho certo?
Como hoje moro longe, aqui em Curitiba, não acompanho tanto o dia a dia do clube, mas à distãncia me parece que vai caminhando como pode, enfrentando as dificuldades de ser um time do interior, e tendo um bom presidente, o Danilo Rezini, de origem paysanduana...rs...Possui um patrocinador forte, poderia ir mais longe com todo esse apoio. Torci muito aqui em Curitiba pelo Brusque quando jogaram contra o Corinthians, mas não classificaram na Copa do Brasil. Eu teria uma vida inteira para tirar sarro dos corintianos se eles fossem eliminados, mas não deu. No início do Brusque FC gostava muito de um jogador do time, chamado Tiziu. Era muito driblador e torcia por ele.

O Santos FC está no caminho certo com Sampaoli, mesmo caindo na Sulamericana?
Bom, eu e acho que todo torcedor adora o estilo de jogo que ele implantou. Posse de bola e ataque o tempo inteiro. Há anos eu torcia para termos um técnico assim. Ele está aí e a filosofia de jogo dele dá um banho na maioria dos técnicos brasileiros, a maioria muito defensivistas. 

O futebol brasileiro chegará a algum título, ou os brincos, tatuagens e salto alto tomou conta?
Esporadicamente pode chegar a títulos, se tiver um treinador realmente bom, que não tenha medo de tirar estrelas do time quando elas não estiverem bem, que saiba convocar, escalar e substituir. Como a maioria deles não acerta nisso, é dificil. Quem sabe se aparecer um grande craque espetacular para desequilibrar a nosso favor consigamos títulos. Mas a geração atual, como você sugeriu na pergunta, não tem foco 100% no futebol. A cabeça se divide em outras coisas. As vezes perder é pedagógico, quem sabe eles não aprendam com os últimos resultados a focar naquilo que realmente precisa. Você pode fazer que times com elencos mais caros e mais tradicionais do Brasil não cansam de serem eliminados por times menores de outros países da América do Sul todo ano. Isso serve de alerta.

Como você vê o Tite comandando a seleção? Ele não fala demais e traz pouco resultado? Não seria melhor insistir com Dunga ou Felipão?
Pois bem, Dunga e Felipão não me agradam, pois jogam muito focando na defesa. O Tite acho que é muito bom. Se ele deixar um pouco a teimosia de lado e tirar do time quem não vai bem, as chances de exito aumentam. Nas eliminatórias da Copa ele insistiu com Oscar e na Copa insistiu com Gabriel Jesus. Deveria ter mudado. Se ele deixar essa teimosia de lado as chances de exito aumentam. A psicologia do Tite com o grupo é excelente, isso é importante hoje em dia. Deixaria ele mais tempo. E quando ele sair, se sou o presidente da CBF chamo um Sampaoli da vida. Está chegando a hora de um treinador estrangeiro. Mas, primeiro deixa o Sampaoli trazer uns títulos pra Vila Belmiro...rs

Cerezo e Roberto Carlos entregaram o ouro em Copas?
Entregaram sim. Somos humanos e às vezes erramos. Acontece. A copa de 82 não me sai da cabeça até hoje. A recuada do Cerezo é histórica. Eu era garoto, achava que nunca mais seriamos campeões e lembro que chorei muito com a eliminação do Brasil daquela Copa. 

Porque o futebol amador perdeu a graça?
Por vários motivos. Porque encareceu fazer e bancar o time, porque não há hoje a mesma disponibilidade de arrumar dirigentes que trabalhem tanto como era no passado pelos times de bairro e porque os torcedores estão agora ligados em outros atrativos. Hoje, o pessoal tem outras prioridades. Mas aqui em Curitiba, o futebol amador é muito forte. Tem 12 times na Primeira Divisão da Suburbana e mais de 40 na Segunda. E há aqui uma rivalidade impressionante entre 2 times de descendentes de italianos da Santa Felicidade, que são Trieste e Iguaçú. Os clássicos lotam o estádio, tem muito jogador que jogou no profissional atuando na Suburbana de Curitiba. É bonito de ver.

Gol que assistiu que ficou marcado?
Alguns são inesquecíveis pra mim. Roberto Dinamite, voltando do Barcelona para o Vasco, fez 5 gols numa tarde de domingo na vitória por 5x2 contra o Corinthians em 1982. Dinamite e Giovane me fizeram ser vascaíno. Em 1984, decisão do Paulistão, Serginho Chulapa marcando o gol do título para o Santos FC na vitória de 1x0 contra o Corinthians com mais de 100 mil pessoas no Morumbi, bem no finzinho de jogo e fazendo aquela comemoração toda maluca que ele fazia. Gols de Giovanni em 1995 pelo Santos FC e Robinho na decisão do Brasileiro de 2002 no jogo das pedaladas contra o Corinthians, quando o Peixe ficou campeão. 

Faça um resumo da trajetória do Planeta Esportes?
O jornal surgiu a partir da ideia do jornalista André Silveira, quando foi lançado um jornal 100% de esportes, que era o Lance! em São Paulo. A inspiração foi essa. Ele me convidou para o projeto e ficamos sócios. Algum tempo depois ele saiu para se deixar a outras atividades e assumi o jornal. Tocamos ele 10 anos, de 1997 a 2007, com a ideia de dar uma página para cada modalidade esportiva que havia em Brusque. Tinha uma página só do basquete, uma só do vôlei, handebol, fustal, futebol, karatê, ciclismo, atletismo, judô, bocha, bolão e assim por diante. Acho que nunca alguns esportes na cidade foram tão falados como nesse período. Fizemos uma diagramação inovadora, criativa e ele fez seu papel no esporte da cidade. Tínhamos também vários colunistas brusquenses nele dando sua opinião pessoal em cada coluna. Depois mudou o nome para Planeta Notícias, para abranger outros assuntos também. Mais tarde, vim para Curitiba, trabalhar no ramo de turismo e ele parou de circular.     


Referências: matéria publicada no blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br no  dia 01 de março de 2019