quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Maria Teresinha Debatin - escritora

MARIA TERESINHA DEBATIN

Esta semana entrevistamos a escritora, compositora e numeróloga Maria Teresinha Debatin, filha de  Lindomar TeresinhaEccel e Arnaldo Debatin; companheiro (União estável) Fernando dos Reis Lino; Filhas: Debora Cristina Debatin Tomasi - Luana Regina Debatin Tomasi e Amanda Priscila Debatin Tomasi.

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Uma apresentação
Nasci em Brusque, Vale do Itajaí. Bancária durante 29 anos, foi a única diretora mulher do BESC. Entre 2002 e 2003 foi diretora administrativa da CASAN. No período de 2007 a 2011 assumiu a Imprensa Oficial e o Arquivo Público do Estado. Em 2009 criou o projeto 100 Cópias, Sem Custos, que virou lei (número 15019) pelas mãos do deputado Jorginho Mello (PR).

Histórico escolar ?
Escola Reunida Jules Rimet - A escola primaria não existe mais, lá hoje funciona uma creche Municipal Tia Laura. Os professores no Primário: Primeiro ano: Odete Klan Paza e Zélia Turnes Paoli; segundo Ano: Genoveva; terceiro Ano: Lenir Gomes; quarto Ano: José da Silva
Ginasial: Colégio São Luiz; segundo Grau: Honório Miranda; superior: Administração incompleta UNIVALLI  Gestão de Pessoas e Gestão de Negócios - Dom Cabral de Minas Gerais e UFSC

Primeiro (a) professor (a)?
Odete Klan Pazza

Grandes professores?
Dona Genoveva segundo ano primário, Dona Julia de Oliveira do Colégio São Luz no Ginasial 

Quais as matérias que mais gostava?
História, Matemática

Quais as que detestava?
Química e física

Como foi a experiência na Imprensa Oficial de Santa Catarina?
Desafiadora e produtiva. 

Como Surgiu Maria Teresinha escritora?
Comecei a escrever poesia aos nove anos. Publiquei textos poéticos, crônicas e histórias em jornais diversos. Publiquei o primeiro livro em 1996, de poesias e crônicas, chamado : As Muitas faces de Um Sujeito Chamado Eu. segundo: Depois de ontem a Vida sem meias verdades, a terceira obra: GESTÃO DO SER- Quarta obra: Três Reis e Um mago que está sendo preparado para virar filme. O quinto livro de Numerologia Cabalística : DE ZERO Á DEZ QUAL É O SEU NUMERO? E neste próximo mês estou lançando: A LUA E O CAMINHANTE - Cabalístico. Uma canção de Natal gravada pelo coral Florianópolis e canções, diversas gravadas por Valmir Zimmer, Pool, Alécio Costa. 

Tem alguma obra no prelo?
Sim 5 livros infantis aguardando definir a ilustração, Alguns Contos para livro de antologia com a Academia de Letras Secção Brusque, e trabalhando num livro de Poesias Musicadas com fotos em
parceria com Marcio Albani (fotografo e Valmir Zimmer.

A Academia Brusquense de Letras?
Sim ocupo a cadeira número 8 na academia e participo da Academia de Contadores de História onde ocupo a cadeira núumero 15. No momento licenciada da academia literária florianopolitana.

Como surgiu em sua trajetória Maria Teresinha Debatin palestrante sobre mudanças, liderança e motivação?
Acredito que motivação e liderança foi o resultado prático de uma carreira onde precisava de muita motivação para atender o cliente e atender os interesses do empregador. Batia metas e recebi muitos prêmios durante a carreira. Sou naturalmente motivada para a vida e para conquistar o que a vida oferece.

E a numeróloga?
Quando estava me preparando para sair do Banco decidi que não queria mais trabalhar com números, e assim fiz formação em Gestão de Pessoas Gestão de Negócios, capacitação gerencial, depois Facilitação de grupo e consultório, caminhos de alma. e nesta última tive contato com a Numerologia, me apaixonei pelo tema e esqueci que não queria mais trabalhar com números. E assim busquei cursos sobre o assunto e me formei. 

Uma palhinha como presidente da Fundação Catarinense de Cultura?
Ser Presidente da Fundação Catarinense de Cultura é um presente, uma oportunidade de trabalhar com o que sempre me identifiquei, música, literatura, teatro, dança, e todas as muitas manifestações de arte. Um palco de gente inteligente e culta, interessante, fiz muitos amigos e aprendi muito neste 2 anos. Um descortinar de aprendizado. Sem dúvida levarei boas lembranças desta passagem.

Melhores livros que leu?
O Caminho - Rav Berger - Médico de Homens e de Almas

O que está lendo atualmente?
Mulheres de Sexta

Costuma ler jornais?
Todos os dias assim como todos os dias leio e escrevo, independente da hora que vou dormir, dedico uns 30 minutos para leitura e a escrita é meu alívio e um dos meus   passatempos  favoritos, escrever pra mim é um prazer. Juntar a letras e formar lindos buques de ideias 

As muitas faces de um sujeito chamado eu?
Primeiro livro, Cronicas e poesias

"De zero a dez, qual é o seu número?"
Primeiro de uma série de 10 que pretendo escrever sobre Numerologia Cabalistica.

Escrever/Ler/ shows de boa qualidade

Quais medos você tem ou teve?
Medo da revolta do Mar

Maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer?
Envelhecer é uma alegria, uma dádiva. Tristeza faz parte de toda caminhada em algum momento, não é opção.  Não sinto medo de sentir medo.

Arrependimentos?
Nenhum!  

Qual foi o maior desafio até agora?
Ser mãe de (3) meninas, estudar e não deixar passar as oportunidades profissionais, tudo ao mesmo tempo.  

'Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez?
Claro! Meu temperamento é de não deixar nada pra depois, e isso inclui resposta a provocações. Não sei economizar palavras quando acredito estar com a razão, e por vezes perco a razão exagerando na resposta.  
  
Algum fato que ficou atravessado?
Não! Meu alfabeto é extenso, atravessou, levou.

Algo que você apostou e não deu certo?
Claro! Os enganos fazem parte da vida de quem não veio para ser espectador. Apostei em negócio próprio, duas Lojas; uma delas foi assaltada, deixaram só os móveis, foi uma aposta que não deu certo.    
  
O que faria se estivesse no início da carreira e não teve coragem de fazer?
Cada tempo uma realidade. Se fosse começar hoje com as oportunidades ofertadas estudaria mais, aprenderia 2 idiomas, faria intercambio na Alemanha e Canadá. Mas olhando a realidade do início da carreira e o que Brusque oferecia, ainda, as condições financeiras da família. Iria novamente trabalhar com fiz para ajudá-los.   

Quais as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepções? Não coleciono, não guardo, não ocupam meus dias, dou de ombros e prossigo. As alegrias? Muitas! Filhas que só me dão orgulho de ser mãe, uma família muito unida, amigos especiais, e o privilégio de ser filha de Deus e protegida dos Anjos. São muitas as alegrias

Qual é a sua maior ambição?
Cruzar a linha de partida com saúde plena e deixando muitas páginas escritas
  
O que mais incomoda?
Sou preguiçosa e não faço nenhum exercício físico além de caminhar, malho só o cérebro.
  
De que sente orgulho?
De ser exemplo para minhas filhas no quesito autenticidade. De ter conquistado uma família de pessoinhas honestas, muito determinadas, que buscam seus espaços com lealdade e esforço próprio.

Em quem tem fé?
Tenho fé em Deus Pai. Nos Anjos e Arcanjos; Falo com eles todo o tempo, me ouvem e me protegem.

 Referências:publicado no blog luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 07 de dezembro de 2016

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Danielle Marie Heil - Advogada

DANIELLE MARIEL HEIL

A entrevistada da semana é advogada, professora universitária e escritora DANIELLE MARIEL HEIL, nascida em Brusque, na Maternidade e Hospital Evangélico de Brusque, no dia 17 de dezembro do ano de 1987. Sou solteira, advogada e atualmente Subprocuradora-Geral do Município de Brusque, membro do GRUPIA - Grupo de Proteção da Infância e Adolescência. Autora da obra: A Hiperintegração do Direito.



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Apresentação?
Sou especialista em Direito Penal e Processual Penal pela Escola do Ministério Público de Santa Catarina, especialista em Direito Ambiental pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci e especialista em Direito Constitucional pela Fundação Educacional Damásio de Jesus. Estou cursando o Mestrado em Ciências Jurídicas pela UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí.

Histórico escolar?
Estudei durante todo o período do ensino fundamental e médio no colégio São Luiz de Brusque.

Primeiro (a) professor (a)?
Minha primeira professora, da qual me recordo com muito carinho, é a Sra. Claudete, ainda no jardim de infância Divina Providência.

Grandes Professores?
São muitos os professores que me marcaram, desde o ensino médio do colégio, tais como Aquiles Duarte de Souza, Max, professores de História, e Leonardo, professor de Biologia. Já na graduação, preciso ressaltar a paixão pelo magistério do Mestre Ricardo José Engel, Adriana Bina e Anna Marins Mattoso Camargo, os quais são minha inspiração hoje no magistério. No curso de Mestrado, o meu orientador Alexandre Morais da Rosa e o grande mestre e professor César Luiz Pasold, são pessoas de destaque na minha formação acadêmica.

A experiência no Fórum foi positiva na formação profissional? 
Na formação profissional, tenho boas lembranças do período em que trabalhei com o juiz de Direito Dr. Carlos Alberto Civinski, o qual me incentivou no meu primeiro trabalho no fórum, junto ao gabinete da Vara Cível em Brusque, e por quem tenho grande estima. Também tenho ótimas recordações do Promotor de Justiça Dr. Eroni José Salles (in memorian), e em especial das Promotoras de Justiça da comarca de Blumenau Dra. Kátia Rosana Pretti Armange, e Dra. Susana Perin Carnaúba da comarca de Brusque, as quais representam para mim o verdadeiro amor pela profissão e são exemplos a seguir. Colegas de trabalho e acima de tudo, grandes amigas que a vida me proporcionou.

Todos, sem dúvidas, além de excelentes profissionais, são seres humanos admiráveis e adoráveis. Sinto-me muito honrada de ter aprendido e compartilhado desafios com tais profissionais do Direito.

O que levou a optar pela carreira da advocacia?
Optei pela carreira da advocacia, ainda que no âmbito da Procuradoria do Município (atualmente), mesmo após ter passado por 04 (quatro) anos exercendo atividades no Ministério Público de Santa Catarina (comarcas de Brusque e Blumenau), e muito ter aprendido durante referido período, por acreditar que através da advocacia é que se pode realmente alcançar a tão sonhada justiça, lutando pela aplicação de direitos dos cidadãos, e atuando de forma direta e autônoma na consecução da solução de uma lide. Desde a infância, sou uma pessoa que ao se deparar com uma situação ou conflito tenho uma posição e manifestação clara e inequívoca a respeito dos fatos, por essa razão, sempre me rendi ao fascínio das atribuições da carreira do Promotor de Justiça e das essenciais prerrogativas do Advogado, optando pela última, por encontrar mais liberdade na atuação, e mais oportunidades de agir com criatividade, autonomia e livre-arbítrio.

Grandes doutrinadores?
Doutrinadores que se destacam em minha estante são: Ives Gandra Martins, Aury Lopes Junior, Nelson Nery Junior, Lenio Luis Streck, José Afonso da Silva, Flávia Piovesan, José Joaquim Gomes Canotilho, Celso Antonio Pacheco Fiorillho, além de clássicos como: Richard Posner, Oliver Wendell Holmes, Dworkin, Kant, Robert Alexy, Heidegger, Hegel e Michel Villey.

Quais suas atribuições no quadro da Procuradoria-Geral do Município de Brusque?
Atualmente, no quadro da Procuradoria-Geral do Município de Brusque minhas atribuições consistem em participar de diversas comissões, com diferentes abordagens, atuação nas ações envolvendo Direito Constitucional, tais como Mandado de Segurança, bem como ações relacionadas à moralidade administrativa (Ação Civil Pública), e atos normativos internos como Decretos, Portarias, etc., e parte administrativa (ofícios e memorando), especialmente advindos do Órgão Ministerial e envolvendo assuntos ambientais com a FUNDEMA. Igualmente, auxílio nas parcerias com a Assistência Social do Município, no tocante as ações relacionadas ao CREAS e suas atividades.

Melhores livros que leu?
Melhores livros que já li: A Formação do Pensamento Jurídico Moderno (Michel Villey), Para Além do Direito (Richard Posner), Fundamentação da Metafísica dos Costumes e Outros Escritos (Immanuel Kant), Primavera Silenciosa (Rachel Carson), Ponto de Mutação (Fritjof Capra), Antropologia Jurídica (Rodolfo Sacco), Levando os direitos a sério (Ronald Dworkin), e O Direito Posto e o Direito Pressuposto (Eros Roberto Grau).

O que está lendo atualmente?
Estou lendo atualmente a obra Sustentabilidade de Juarez Freitas e a obra Linhas Fundamentais da Filosofia do Direito de Hegel.

Integrando o corpo docente da Unifebe, qual a cadeira que leciona? Em que cursos?
Sou professora do Centro Universitário de Brusque - SC, e leciono na disciplina de Direito Internacional (9ª fase do Curso de Direito). Sou apaixonada pelo magistério. É revigorante estar em sala de aula. Na época da graduação, fui professora de inglês por 07 (sete) anos e realmente adoro ensinar e aprender com os alunos.


Como surgiu a ideia de elaborar o livro A Hiperintegração do Direito?
A ideia de elaborar o livro, na verdade, não surgiu como algo programado e previamente pensado. Iniciei escrevendo artigos, muitos deles publicados em revistas acadêmicas e no site Empório do Direito, no intuito de preencher os requisitos das disciplinados do curso de Mestrado, quando em certa oportunidade me deparei com uma série de artigos e textos escritos em meu computador, incluindo trechos de citações importantes dos livros que venho lendo no decorrer dos anos, momento em que comecei a compilar todos os escritos, e complementando ideias e temas. Surgiu, portanto, a obra com 243 páginas, "A Hiperintegração do Direito".
A obra conta com temas atuais e polêmicos, envolvendo por exemplo a pena de morte, a teoria dos precedentes no Novo Código de Processo Civil brasileiro, mundo virtual e demais temas que seguem a linha de raciocínio que inicia com o Direito Constitucional, abordagem do controle misto de constitucionalidade brasileiro (difuso e concentrado), um paralelo entre os sistemas jurídicos Civil Law e Common Law, o fenômeno da Commonlização no processo jurídico brasileiro (com uma crítica a teoria dos precedentes), o ativismo judicial e sua problemática. A seguir, o livro trata da temática envolvendo o Direito Penal, com ênfase na legislação brasileira e americana sobre a pena de morte, com foco posterior na redução da maioridade penal, na teoria garantista, na (des)criminalização das drogas, Teoria dos Jogos, Pornografia de Vingança, que basicamente consiste no ideal que norteia a Maria da Penha Virtual. Por fim, a obra consta com assuntos envolvendo o Direito Ambiental e Ambiental Internacional, culminando no capítulo 19, que trata sobre a Formação Ética e Humanística dos Operadores do Direito.

Fale sobre o lançamento de seu livro A Hiperintegração do Direito
O lançamento da obra ocorrerá no dia 04-11, próxima sexta-feira, no Auditório do Bloco C, do Centro Universitário de Brusque, com a participação de acadêmicos, professores e demais operadores e profissionais do Direito.

Uma resumo de sua trajetória profissional atual?
Estou atualmente realizando a organização de evento na UNIFEBE (dias 17 e 18 de novembro), em comemoração aos 10 anos da Lei Maria da Penha, com a participação de um seleto grupo de mulheres palestrantes, incluindo: Advogadas, Professoras Universitárias, Promotoras de Justiça, Diretora de Presídio e Psicólogas.

Neste mês de novembro ainda, Brusque receberá a palestra inaugural do Ciclo Brusquense de Conferências Magnas Temáticas, que inicia neste ano e seu término se dá somente no ano de 2022, em comemoração ao Bicentenário da República do Brasil. O coordenador do evento, Paulo Vendelino Kons e eu, na qualidade de Secretaria Executiva do Ciclo, e demais auxiliares e incentivadores, teremos no Município de Brusque a presença do Príncipe Imperial Dom Bertrand de Orléans e Bragança (bisneto da Princesa Isabel), o qual proferirá palestra sobre: A Monarquia na construção do Brasil Independente. No ano seguinte (06 de setembro de 2017), o tema será Educação, Prioridade Nacional - Um Imperativo!, que terá como palestrante o Professor e Senador da República Dr. Cristóvão Buarque. Fé e Cultura será o tema da Conferência Magna de 14 de novembro de 2018. Já o tema Desenvolvimento Sustentável será enfocado no dia 06 de setembro de 2019. AArte da Política e da Administração será abordada em 13 de novembro de 2020. Aldeia global, nossa casa comum! será o tema de 06 de setembro de 2021. O Ciclo será encerrado em 06 de setembro de 2022 com a conferência Desafios e Perspectivas para o Brasil.


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Lazer?
Meu lazer é estar perto da minha família. Mãe, noivo e meu irmão. Gosto muito de encontrar velhos amigos e conversar sobre os tempos de adolescência. Estar na praia e viajar são lazeres que muito me agradam. Estudar, escrever e ler são hábitos de infância e uma rotina agradável em meio ao trabalho e a correria do dia-a-dia. Trabalhos voluntários e ações como a do GRUPIA, me mantém na esperança de encontrar o lado bom de cada ser humano. Nos encontros e iniciativas do grupo, percebo que a vida fica mais leve, pois não há nada melhor nesse mundo do que ver um sorriso no rosto de uma criança. Tais alegrias recompensam nossa missão nesta vida passageira.

Uma palhinha sobre o mestrado
O Mestrado me oportunizou o conhecimento de autores e obras das quais não tinha muito contato na graduação. É um aprendizado constante. O ambiente acadêmico me faz sentir bem e alegre. Reencontrar colegas e profissionais do Direito de diversos setores, poder debater sobre obras, muitas vezes complexas, torna as aulas um ambiente em que me sinto efetivamente realizada. Penso em realizar a dupla titulação na União Européia (Espanha) no próximo ano, pois já finalizei todas as disciplinas, restando apenas a apresentação da Dissertação do Mestrado, que tem como prazo máximo o mês de julho do ano de 2017.

Costuma ler jornais?
Leio jornais, porém, não com muita frequência.


Referências: Publicada no blog: luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 31 de outubro de 2016.






quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Fábio Caetano Pereira -

O entrevistado desta semana é FABIO CAETANO PEREIRA, nascido em Brusque aos 05/07/72. filho de Caetano Pereira e Alcinai Cantalice Pereira; é Servidor Público Municipal e Advogado. Torce para o C.R. Flamengo




Histórico escolar?
Todo o 1º e 2º (Feliciano Pires).Na fase embrionária da Febe, sou da segunda turma  de Direito em Brusque.  Nessa época, aqui era tido como uma extensão da Furb.

Primeiro (a) professor (a)?
Teresinha Gevaerd

Grandes professores:?
Tive vários com muita competência 'professores: e que sabiam transmitir conhecimento, por exemplo destacaria: Jair Maestri (Língua Portuguesa)e Magda Becker (Matemática); Na faculdade foram grandes nomes com quem tive a honra de compartilhar experiências e absorver conhecimento, dentre eles, Ricardo Engel, João  José Leal e Ricardo Hoffmann

Como surgiu a área jurídica em sua trajetória?
Nada é por acaso, mas não sei explicar o momento exato em que a decisão surgiu. Tudo acontece do jeito e no momento certo. Após inscrever-me para o vestibular de Engenharia Química e ter decidido na véspera da prova que não iria mais prestar, aguardei o ano seguinte. Nesse período sopesei entre as opções que entendia ter mais afinidade. Queria algo que lidasse diretamente com a linguagem escrita, pois costumava ter destaque em redação nos tempos de colégio. Ao final, o
Direito prevaleceu sobre Jornalismo e Publicidade.

Como foi sua experiência na Procuradoria-Geral?
Rica, e no geral, gratificante. Pude familiarizar-me com o direito público e a manejar ações que fogem um pouco do cotidiano privado (ação civil pública, ação popular, mandado de segurança, ADIn, etc). Foram praticamente dez anos de muito aprendizado.

Grandes doutrinadores?
Muitos nomes que poderiam ser citados. Ronald Dworkin, Ingo Sarlet, Lenio Streck, J.J. Canotilho são exemplos de pensadores capazes e revolucionários.

De que maneira deveria ser a composto o STF? ( no sentido de nomear/ eleger/ de carreira)
e do Tribunal da Cidadania?
Ao meu sentir, é preciso encontrar um mecanismo diferente do vigente. Um bom exemplo, passaria pelo ingresso, que poderia ser através de votação por parte dos integrantes dos TJ’s de todos os Estados, a partir de uma lista sêxtupla. Para o STF, em especial, por votação dos integrantes do STJ. Ainda, deveria ser por mandatos entre quatro e oito anos de duração, garantindo mais oxigenação na Corte.

Qual sua atuação junto a OAB, subseção de Brusque.?
Estou no terceiro mandato com Conselheiro.

Melhores livros que já leu?
A maioria dos que li, foram muito úteis, cada um em sua proposta. Citarei um: A Arte da Felicidade, do Dalai Lama.

O que está lendo atualmente?
Além de livros jurídicos, estou relendo ‘O Código da inteligência’, de Augusto Cury, e “Educação para a morte”, de J. Herculano Pires.

Grandes nomes? (em todas as áreas? Educação, saúde, economia, política, literatura, evangelização...
Vou me ater à literatura, pois é onde me sinto mais confortável e familiarizado. Sintetizo citando José Saramago, o único Nobel de Literatura escrevendo em língua portuguesa.

Uma palhinha sobre o espiritismo
Doutrina cristã que engloba, a um só tempo, filosofia, religião e ciência. Muito interessante, vez que suscita as pessoas a terem uma fé raciocinada, a evitarem apego a determinados dogmas que não denotam coerência, lógica ou razão. Conclama o ser humano a usar um dos dons mais valiosos que Deus nos presenteou: a inteligência.

Tem participado de concursos públicos?
Sobre concursos jurídicos, já participei de vários. Sempre servem, ao menos, de termômetro
para ver como nos portamos diante de desafios dessa monta.  Num dos que pude prestar em um bom nível de preparo,  foi o da magistratura aqui em SC. Fui até a fase de sentença penal,
ao lado de mais dois queridos e valorosos colegas brusquenses que hoje integram essa fascinante carreira. Orlando L. Zanon Jr e Rodrigo de Lima Mosimann. A caminhada dos concursos,  é muito desgastante, exige um estágio de preparo e dedicação altíssimo.
No momento não é o foco principal, mas...nunca diga jamais, adverte o sábio.

Uma palhinha sobre o livro escrito em parceria ?
Essa história de 'brincar de escrever' começou lá pelos meus  20 anos, onde comecei a passar para o papel alguns poemas que foram se empilhando na gaveta. Algo bem  espretensioso.  Em 2000, já advogado, resolvi participar de um concurso estadual promovido pela OAB. Tive a felicidade de ver uma de minhas obras selecionada para integrar a coletânea "Poesia de Advogados".  Aliás, aqui de Brusque, outro selecionado foi o amigo Luis Hoffmann.  ais adiante, surgiu a ideia de criar um grupo, a Confraria Amantes da Poesia - CAPO, inicialmente formado ainda por: André Luis Brito Beck, Maria Luiza Walendowsky e Valmir Ludvig. Em 2009 resolvemos tirar da gaveta os nossos escritos e surgiu a Coletânea - CAPO.  Por fim, em 2011 ainda, participei da Antologia Brasileira Diamantes II, criada pelo brilhante amigo e professor, Fídias Teles. 

Um resumo de sua trajetória profissional
Aos treze anos iniciei como auxiliar no escritório de despachante do meu irmão mais velho, Emiliano. Em duas oportunidades tive breves experiências também como auxiliar de escritório, em uma empresa de transportes, a REMAC, em Gaspar, e na Tecelagem Santo Antonio, em Brusque. Aos 23 anos fui admitido por concurso, na Prefeitura Municipal de Brusque, onde até hoje guardo vínculo, e sou advogado desde 1998.

 O que faz atualmente?
Atualmente, além da militância na advocacia,  na Prefeitura Municipal de Brusque, após muitos  anos no RH, na Procuradoria-Geral e na Diretoria de Licitações e Contratos, coordenamos o trabalho de comissões, em especial as dedicadas a conduzirem os processos 
administrativos, e integro a comissão de avaliação em estágio probatório.

Costuma ler jornais?
Já fui mais assíduo na leitura de jornais ‘em papel’, hoje, pela praticidade, busco informação, na maioria do tempo, em textos publicados na internet, boa parte deles, aliás, não deixam de ser jornais no formato digital.


Referências: publicado no blog “luizgianesinientrevista.blogspot.com.br aos 19 de outubro de 2016











Dr Alexandre Morais da Rosa - ainda no prelo


Dr . ALEXANDRE MORAIS DA ROSA

O entrevistado desta semana é o Juiz e Professor Doutor Alexandre Morais da Rosa -  doutor em Direito (UFPR), com estágio de pós doutoramento em Direito (Faculdade de Direito de Coimbra e UNISINOS). Mestre em Direito (UFSC). Professor Adjunto de Processo Penal e do CPGD (mestrado) da UFSC. Professor da UNIVALI. Juiz de Direito (SC). Pesquisa Judiciário, Processo e Decisão, com perspectiva transdisciplinar. Coordena o Grupo de Pesquisa Judiciário do Futuro (cnpq)




Histórico escolar?
Pós-Doutorado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNSINOS e Pós-Doutorado na Universidade de Coimbra -UC – Portugal; Doutorado em Direito na Universidade Federal do Paraná – UFPR; Mestrado em Direito na Universidade Federal de Sana Catarina -UFSC; Graduação em Direito também na Universidade de Santa Catarina -UFSC e ainda, uma formação complementar muita vasta.

Livros publicados?
Cultura da Punição: a Ostentação do Horror
Garantismo Jurídico e Controle de Constitucionalidade Materia
In Dubio Pro Hell: Profanando o Sistema Penal - Vol. 1
Precisamos Falar Sobre Direito, Literatura e Psicanálise
Guia Compacto do Processo Penal Conforme a Teoria dos Jogos

Processo Penal e Direitos Humanos
A Teoria dos Jogos Aplicada ao Processo Penal
Marco legal do terceiro setor
Garantismo Jurídico e Controle da Constitucionalidade Material: Aporte
Para um Direito Democrático - Diálogos

Teoria dos Jogos Aplicada ao Processo Penal A
Para um Direito Democrático - Diálogos Sobre Paradoxos
Medidas Compensatórias da Demora Jurisdicional 
Direito Infracional: Garantismo, Psicanálise e Movimento Antiterror
Dialogos Com A Law E Economics

Guia Compacto do Processo Penal
Democracia Brasileira no Contexto da Periferia Latino-americana, A: O Problema da Jurisdição e o Contributo Possível;
Hermenêutica Constituição Decisão Judicial

Além dos livros publicados tem outras participações na área jurídica?
Sim. Publico: Artigos, Capítulos na área jurídica em livros, presto Assessoria e Consultoria, integro Banca de Mestrado e integro equipe de Projetos de Pesquisas.

O artigo “ É preciso fugir dos dribles retóricos da decisão Judicial”, finda com: ” Os imperadores decidiam com o polegar para cima ou para baixo e sem dizer os motivos. Já os magistrados, em democracia, precisam justificar suas decisões de maneira coerente e consistente, sem dribles retóricos”. É por aí mesmo?
Sim, inclusive implicará em mais trabalho. Por isso a resistência de certa parcela da magistratura quanto ao impopular artigo 489, parágrafo segundo, do novo Código de Processo Civil, justamente porque sem dizer os fundamentos, fica mais fácil e fraudulento democraticamente decidir. A luta por uma decisão autenticamente fundamentada, como diz Lenio Streck, parece o desafio da efetivação de um modelo que não se seduz pelas aparências.

Um processo penal instaurado deve ser apropriadamente fundamentado?
Um processo penal instaurado sem o mínimo de fundamento é uma violência contra qualquer cidadão, seja rico, seja, pobre, enfim, seja um de nós


Se não é intentada ação contra os denunciados, implica em dizer que estamos inocentando?
Rejeitar uma ação por falta de justa causa, não significa inocentar ninguém, mas apenas dizer que a
ação não reúne os pressupostos necessários para o seu desenvolvimento válido, ou seja, o poder de perseguir do Estado não está autorizado.

Face a tantas atuações desastrosas, a sociedade acha que qualquer acusado é culpado?
É preciso que magistrados que reúnem cultura e independência atuem para o bem dos mais altos valores da pessoa humana, que não se confunde com sede de sangue de uma opinião pública no mais das vezes sem opinião ou mergulhado no preconceito contra qualquer acusado, especialmente políticos.

O Direito Penal visa a proteção da Sociedade?
O que as pessoas precisam entender é que Processo Penal e Direito Penal não foram criados para a proteção da sociedade; muito pelo contrário; foram criados para a garantia individual de cada cidadão – a parte fraca da relação processual penal – submetido ao desvairado julgo estatal

Defender direitos de acusados passou a ser uma atividade clandestina?
Daí que se apegar ao “Garantismo Constitucional” de Luigi Ferrajoli é a busca de um limite ao “eficientismo” do processo penal. Articula garantias mínimas que devem, necessariamente, fazer barreira para se evitar que se negocie o “direito à liberdade” e a presunção de inocência. Defender direitos de acusados passou a ser uma atividade clandestina. Em nome do bem, dos bons e justos, divididos em dois lados, os enunciadores da salvação colocam-se na missão (quase divina) de defenestrar o mal na terra, transformando qualquer violador da ordem em “tubarão”, na luta por sua extinção.(in artigo: “Por que a democracia de juízes garantistas?”


O Processo Penal é eficiente quando se é acusado?
Talvez se possa entender um pouco mais sobre os dilemas contemporâneos do processo penal eficiente quando se é acusado, a saber, ao se colocar na posição de acusado. Qual o juiz que se pretende ver julgando-nos? Se nós fôssemos os juízes poderíamos dizer que seríamos garantistas? Ou a garantia somente interessa quando formos acusados? O que não se pode é continuar aceitando as “novidades” legislativas sem uma profunda reflexão de qual é o nosso papel, nem os efeitos que nossas posições podem engendrar no coletivo. Os limites democráticos precisam ser recompostos. O “tubarão” já foi preso, morto, esquartejado, mas sempre surge o medo de que ele retorne, não porque o quer, mas porque o “tubarão” habita o mais íntimo do humano. Surpresa? Medo? Angústia? Tudo humano, demasiadamente humano, diria Nietzsche. Mais dia menos dia todos precisaremos de juízes garantistas… Basta conseguir ficar vivo. (in artigo: "Por que a democracia precisa de juízes garantistas?"










Alexandre Morais da Rosa é um magistrado experiente, com pós-doutorado em Processo Penal, vários livros publicados e o primeiro a editar obra digital em Santa Catarina. É considerado um juiz independente, culto, íntegro e com domínio técnico sobre matérias de Direito.


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Sérgio Bernardo Júnior - Ex Procurador-Geral do Município de Brusque



O entrevistado desta semana é o advogado e ex Procurador-Geral do Município de Brusque, Sergio Bernardo Junior; filho de Sergio Bernardo (in memoriam) e Marise Bernadete Bernardo; nascido em Brusque aos  21 de janeiro de 1980; filhos: Vitória Suavi Bernardo, Nathália Gabrielle Tarter Bernardo e Isadora Valentina Ramos Tomaz Bernardo. Torce para o Corinthians Paulista.

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 Histórico escolar?
Comecei a educação infantil no Jardim Bom Pastor e, após, passei a estudar no Colégio Cônsul Carlos Renaux, dede a primeira série até se formar no antigo Segundo Grau (Ensino Médio). No início da segunda série do Segundo Grau, em 1996, me transferi para o Colégio Cenecista Honório Miranda, tendo lá concluído a segunda série do curso técnico em Administração, mas retornei ao Colégio Cônsul em 1997 para refazer aquela segunda série e, por isso, concluí o Segundo Grau somente em 1998. Em janeiro de 1999, prestei vestibular para o Curso de Direito da FEBE, sendo aprovado em primeiro lugar, quando então iniciei meus estudos jurídicos. Me graduei em Direito em agosto de 2004. Depois disso cursei especializações em Direito Eleitoral (TRE-SC/Univali), Direito Constitucional (UNIFEBE) e Direto Tributário (IBET), e também cursei a Escola Superior da Magistratura Estadual (ESMESC), além de ter participado de diversos cursos de curta duração, conferências, simpósios, palestras, estágios etc.


Primeiro (a) professor (a)?
 Dagmar (1ª série do primário).

Grandes professores?
Cito a professora Dagmar Fritsche, do Colégio Cônsul, para representar os tantos bons professores que tive naquele educandário. Da faculdade, destaco os professores Ricardo José Engel, Edson Ristow e José Carlos Schmitz. Das extensões e pós-graduações, Tácio Lacerda Gama, Clarice von Oertzen de Araújo, Pedro Roberto Decomain, Paulo Márcio Cruz, Hélio do Valle Pereira, Francisco Rodrigues de Oliveira Filho, Ruy Samuel Espíndola, Fábio Konder Comparatto, Joel José Cândido.


O que levou a optar pela área jurídica?
Meu pai era um líder comunitário e por vários anos presidente da Associação de Moradores do Bairro 1º de Maio, tinha grande afinidade pelo esporte e pela política e vivia sempre inquieto com questões sociais, tanto locais quanto nacionais. E essa sensibilidade com as questões sociais que o meu pai alimentava nas suas ações me fez brotar um ideal de Justiça o qual sentia-me no dever de perseguir. Na época em que me formei no colégio não havia a grande variedade de cursos e de campus universitários que existe hoje, e o curso de Direito era a ferramenta mais próxima que eu tinha para seguir essa influência. Por ocasião do vestibular, enfim, meu pai recomendou escolher o curso de Direito e assim o fiz. Antes de me graduar, porém, meu pai, que era bancário, também me aconselhou a prestar dois concursos do Banco do Brasil e um da Caixa Econômica, sendo que nas três oportunidades fui aprovado e, posteriormente, convocado. Mas na época já estava apaixonado pelo Direito, em especial pela advocacia, e, então, abri mão de ser bancário para seguir a carreira da advocacia.


Grandes doutrinadores?
Hans Kelsen, José Afonso da Silva, Juarez Freitas, Ingo Wolfgang Sarlet, Paulo de Barros Carvalho, dentre outros.

Como foi a passagem pela Subprocuradoria?
O convite surgiu quando do afastamento formal do ex-prefeito Paulo Eccel e foi feito pessoalmente pelo Roberto Prudêncio, que assumiu, na condição de Presidente da Câmara de Vereadores, o exercício do cargo de prefeito. Compartilhei com o então Procurador-Geral Danilo Visconti a gestão do órgão, sendo que eu cuidei mais da parte técnico-administrativa e de consultoria jurídica e assessoramento das secretarias e, em especial, do prefeito Roberto, enquanto o Procurador-Geral tratava das questões mais jurídico-políticas e interinstitucionais, além de responder pela representação judicial do Município. Ele era o homem de confiança do PSD, enquanto eu era o homem de confiança do prefeito Roberto Prudêncio.


Como foi a experiência como Procurador-Geral do Município de Brusque?
Com a saída do Dr. Danilo, eu assumi o cargo de Procurador-Geral, o que era uma sucessão natural. Mas não foi nomeado um Subprocurador-Geral, pois estávamos focados numa política de contenção de despesas. Então eu acumulei bastante serviço e os desafios e a responsabilidades obviamente aumentaram também. Quase que todos os dias eu era o último funcionário a sair da Prefeitura, muitas vezes de madrugada, sendo por isso conhecido de todos os vigilantes noturnos. Tivemos um papel muito importante nas medidas de austeridade da gestão Prudêncio, na negociação da data-base com os servidores, na deflagração do procedimento de elaboração de estudos técnicos para a implantação do sistema de esgotamento sanitário, dentre várias outras ações. Posso dizer que trabalhar na Procuradoria foi uma das melhores experiências. Me fez crescer muito em termos de conhecimento e como pessoa também. Mas o que de mais positivo tirei dessa experiência foram as amizades valiosas que construí com os procuradores e com outros tantos servidores do município. Na Procuradoria, creio que consegui, através de uma liderança baseada na humildade de quem estava apenas de passagem, contribuir para a formação de um ambiente saudável para todos. Não tive subordinados, tive parceiros de trabalho e, oxalá, amigos para sempre.


Quais os maiores entraves do setor jurídico municipal?
 Quando entramos, um dos maiores entraves era a rotatividade de procuradores, pois o vencimento era muito baixo para a categoria comparativamente a outros municípios e carreiras jurídicas. Assim, em questão de meses quatro procuradores entraram e saíram do órgão por terem passado em concursos para cargos equivalentes, mas financeiramente melhores. Mas isso foi resolvido com a melhoria da remuneração dos procuradores, em que pese a polêmica que isso causou pela utilização político-partidária do fato. Um problema operacional muito importante, também, se refere à cobrança da dívida ativa. Além da crônica morosidade do Judiciário, há um problema histórico com o cadastro do Município e isso dificulta a prática de atos no processo judicial, além de contribuir para inúmeros lançamentos equivocados. A Secretaria da Fazenda vem se esforçando e tomando medidas para a atualização do cadastro e para o aprimoramento tecnológico da fiscalização, mas, enquanto isso não se estabilizar, o problema acaba desaguando no trabalho da Procuradoria, na cobrança judicial. O déficit de pessoal também é um problema, muito embora isso esteja diretamente relacionado a outro problema que é a escassez de recursos e o limite de gastos com pessoal. Mas são milhares de processos para poucas pessoas administrarem, de modo que o setor acaba perdendo em eficiência. Há boas teses que poderiam ser desenvolvidas em prol do município, mas os procuradores, sobrecarregados com procedimentos de rotina, não têm condições de trabalhar nisso.


Melhores livros que leu?
O melhor, sem dúvida, é “O Pequeno Príncipe”, de Antoine Sait-Exupéry. Mas destacaria também “O Livro da Bruxa”, de Roberto Lopes. Romances como “Helena”, de Machado de Assis, “O Caçador de Pipas”, “O Último Catão”. Sou fã de obras contextualizadas em grandes momentos históricos, então, citaria a série “O Imperador”, “Queda de Gigantes”, “Treblinka” etc. Enfim, já li muitos livros bons.



O que está lendo atualmente?
 Atualmente, estou lendo “A Teoria de Tudo”, que conta a história de vida do físico teórico e cosmólogo Stephen Hawking.


O que faz atualmente?
Hoje atuo como diretor do departamento jurídico e legislativo da Câmara de Vereadores.

Lazer?
Me reunir com amigos ou parentes, ler em casa, um cinema, curtir uma praia tranquila ou lugares integrados à natureza preservada. Tenho um apreço especial pela boa música e, inclusive, estudei e toquei violino por uns anos, mas me afastei para cursar uma das minhas pós-graduações.


Muitas viagens a lugares turísticos?
 Não muitas. Já fui a vários centros turísticos do Brasil, mas um lugar que sempre me encanta é Uribici e arredores, pela natureza exuberante.



Grandes nomes em Brusque (em todas as áreas)?
 Na advocacia, Marcus Antônio Luiz da Silva, o Marcão. Na música, Sergio Luiz Westrupp. No esporte, Matheus Rheine. Na área do empreendedorismo, Luciano Hang. Mas nessas e em outras áreas há diversas pessoas que, embora não tenham o mesmo destaque, têm contribuído muito para o desenvolvimento da nossa comunidade. Cito, desse modo, meu querido pai, Sergio Bernardo, que tanto fez pela sua comunidade e, especialmente, pelo esporte municipal amador voltado às crianças e adolescentes na década de 90.


Um resumo de sua trajetória profissional.
Comecei a trabalhar aos 16 anos como cobrador na CLG – Central de Lojistas e Guias, um escritório de arrecadação de comissões de guias de excursões de compras. Já na faculdade de Direito, em 2000 iniciei um estágio na Delegacia Regional de Brusque. Em 2001 tive o meu primeiro contato com a advocacia e, até 2002, fui estagiário no escritório dos advogados e amigos Dr. José Antônio Walendowsky e Dr. Márcio Charles da Cruz. No final de 2002, passei a trabalhar com o Dr. Célio Francisco de Camargo, firmando valiosa amizade que dura até os dias atuais. Em 2005 nos unimos em sociedade com outros dois colegas e montamos uma banca. A sociedade durou até 2009, quando, então, resolvi abrir meu escritório individual, estabelecido desde aquela época no edifício João Dionísio Vechi. De abril a novembro de 2015, assumi como Subprocurador-Geral do Município e, em 16/11/2015, ascendi ao cargo de Procurador-Geral, o qual ocupei até o dia 05/06/2016. Na advocacia particular sempre atuei com mais frequência na área civil, comercial e criminal. Sempre procurei participar das atividades institucionais da OAB, integrando diversas comissões internas, tendo sido inclusive membro do Conselho da Subseção de Brusque e membro da Comissão de Meio Ambiente da Seccional Catarinense da OAB. Representando a entidade fui também membro do Conselho Curador da FEBE (Unifebe) por quase seis anos, bem como membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Brusque e do Conselho Municipal de Tributos de Guabiruba. Fui também advogado e diretor jurídico do Brusque Futebol Clube, entre 2011 e 2014


Referências: Publicado no blog "luizgianesinientrevista.blogspot.com.br" aos 14 de outubro de 2015



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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Eugênio Christi -

EUGÊNIO CLAUDENEI RIBEIRO, conhecido como EUGÊNIO CHRISTI 

O entrevistado desta semana é o escritor,  professor, palestrante e celebrante de casamentos Eugênio Claudenei Ribeiro, conhecido como Eugênio Christi, nascido aos  04/06/1967; companheira - Vera Lúcia de Melo Ribeiro; filha Ágatha de Melo Ribeiro. Ocupações profissionais atuais: Celebrante de Casamentos - Professor Universitário - Palestrante


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Histórico escolar?
Cursei o Ensino Fundamental: Colégio Coração de Jesus (de Freiras) em Nova Esperança – Pr; Ensino Médio: Colégio Dehon (Padres Dehonistas) em Curitiba; Ensino Superior: Filosofia - Unifebe (Brusque – SC); Especialização: Epistemologia - pela UEL de Londrina; Mestrado: Ética e Filosofia Política - UFSC – Florianópolis. Dissertação: Razão e Modernidade em Habermas

Primeiro (a) professor (a)?
Dona Maria

Grandes professores?
Prof. Cláudio - Prof. Tadeu  Mikoskwi 

Como surgiu Eugênio Christi?
 Um nome Iniciático e Místico

Das obras publicadas, uma já esgotou?
 Sim, Pensar não dói e é grátis

Uma pincelada sobre cada um de seus livros?
    - A Postura das Conexões: Fala das conexões que existem no mundo e na mente.
    - Pensar não dói e é grátis: Um livro de Filosofia que ensina a pensar de forma adequada.
    - O Poder Espiritual da sua Mente: Um livro de auto ajuda que ensina de forma diferente, colocando 
 a emoção     também no processo. Ainda em distribuição.
    - O Despertar dos Deuses: em forma de e-book. Trata de mostrar como a humanidade chegou ao ponto  em que está e quem são os responsáveis por isto.

Fale sobre Eugênio, Juiz de Paz
Bem, não é bem Juiz de Paz; sou Celebrante de Casamentos, visto que hoje muitas pessoas não querem  mais casar em igrejas. Embora, sou habilitado a fazer casamento com efeito civil quando necessário.

Como surgiu em sua trajetória as celebrações de casamento?
Começou quando um amigo meu de Santos disse que eu tinha condições de celebrar casamentos,
devido minha formação.

Quais os assuntos mais procurados  para proferir palestras?
 O Poder Espiritual da sua Mente - Ética: o calcanhar de Aquiles das Organizações - O Despertar dos Deuses são os assuntos procurados para palestras.

Li - há pouco tempo - sua obra: O Poder Espiritual da sua Mente. Chamou atenção a divisão tripartida: O ser humano é formado por espírito, alma e corpo. Você diferencia Espírito de Alma. A mente então é a alma?
 Sim, proponho esta diferença: O Espírito é o verdadeiro SER, o Eu Maior e Verdadeiro. A alma é o Espírito se manifestando de forma psíquica ou mental.

O que seria a boa alimentação da alma?
A boa alimentação da Alma é o bom cultivo das emoções, a busca do conhecimento, a meditação ou oração metafísica e ao autoconhecimento.

Por que  é dito por algumas religiões que a alma é imortal - é no sentido figurativo?
Ocorre que muitas religiões e no Ocidente a igreja romana, tem esquecido que o homem é tripartido. Na Filosofia Perene considera-se que o homem É Espírito, Alma e Corpo. Como expus no livro por você citado, na Bíblia já consta assim: Deus formou o homem do barro (matéria) e insuflou em sua narinas (Espírito: sopro) e o homem se tornou Alma vivente. Ou seja, fica evidente que a Alma é a união formada pelo Espírito e Corpo. Assim sendo, quando estas religiões falam de Alma, estão falando do que se entende na Filosofia Perene por Espírito, portanto, sendo a Alma para estes imortal. Apenas há um problema de interpretação. Na Filosofia Perene o Espírito, após a transição da pessoa para outra dimensão, mantém muitas coisas que a Alma formada percebeu na existência terrena. Contudo, para melhor entendimento espiritual, convém considerar a tripartição do Homem.

Não existe o subconsciente?
 No meu entender não existe o subconsciente. Em minhas experiências laboratoriais com técnicas de hipnose percebi que existe o Eu racional e a Mente Profunda. O que a o senso comum e a psicologia chamam de consciente é na verdade o Eu racional. O consciente está sempre ativo. O que as pessoas costumam chamar de subconsciente é a parte mais profunda da mente, que a maioria não consegue acessar de forma plena.

E sua participação no corpo docente da Unifebe?
 Trabalho no corpo docente da Unifebe desde 1998, ou seja, há 18 anos. Gosto de participar da formaçãodas mentes jovens.

No corpo docente da Unifebe, você leciona que matéria ? Em que cursos e séries?
Na Unifebe eu leciono Filosofia, Ética e Sociologia. Cursos: Psicologia, Pedagogia, Design de Moda, Ed. Física e às vezes no Direito.

Você integra a Associação dos Escritores de Brusque?
Sim, embora faz tempo que não nos reunimos.

Quais os melhores livros que leu?
Papillon - Médico de homens e de almas - O Egípcio - O Pequeno Príncipe - A Terra Oca –
O Livro de Mirdad

O que está lendo atualmente?
Mecanismos Cósmicos de A a Z

Costuma ler jornais?
 Somente mídia independente

Lazer?
 Ler e passear

Referências: Publicado no blog "luizgianesinientrevista.blogspot.com.br" aos 08 de outubro de 2016