terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Márcio Narbal Schlindwein - MÚSICA



O entrevistado desta semana é Marcio Narbal Schlindwein, nascido em Brusque a 20 de abril de 1967. Filho de Nivert Nilton Schlindwein e Eni Vanunci Schlindwein. Casado há 29 anos com Eliane Roseli Marchi Schlindwein, apenas um filho:Enzo Marchi Schlindwein.

Torcedor do Clube de Regatas Flamengo,


Percussão Gica Pereira
Cavaquinho Márcio Narbal
Vocal Silvio Francisco Nunes
Violão FelixValle

 Como surgiu a música na sua trajetória?

Cresci numa cidade pequena,  final dos anos sessenta, em São João Batista.  Minha casa ficava a uma quadra da Rádio Clube, principal meio de acesso às músicas na época.  Frequentava os bastidores da emissora e o acervo de discos. O maior incentivo veio quando ganhei um violão,  aos 12 anos, presente de meu pai.  Sem acesso a informações,  tirava de ouvido as melodias mais simples,  como "menino da porteira" e outros sucessos da programação. Minha alegria foi imensa quando descobri que os discos de Padre Zezinho vinham cifradas para violão.  Tocava todas. Aos 15 anos fui aluno interno do Seminário de Azambuja, onde aula de violão era parte do currículo para os interessados.  Logo já era responsável pela música das missas matinais de terça feira,  além dos finais de semana.

 Que estilo o cativou?
Ao sair do seminário me interessei pela Música Popular Brasileira,  um vasto território de estilos e níveis de dificuldade.  Com alguns amigos e um irmão montamos um grupo de samba, onde me habilitei para tocar cavaquinho,  sem pretensão.  Ao concluir o ensino médio,  fiz vestibular para Educação Artística- habilitação em Música, na Udesc, em Florianópolis.  Morando lá e vivendo neste ambiente,  participei de grupos de musica para teatro, em Festivais nacionais, gravações de Jingles para publicidade e músico na noite.

Que instrumento  sedimentou sua vocação?
Apesar de iniciar no violão meu aprendizado,  o cavaquinho acabou se tornando meu instrumento mais usual.  Participo ainda de um grupo de choro,  com o virtuoso acordeonista Bruno Moritz, mais Rodrigo Erbs no violão de 7 cordas, e Didi Massaneiro no pandeiro e percussão.  Em outra formação tenho com grandes amigos o grupo Confraria da Bossa, aqui com vocal e instrumental. A participação do cavaquinho acrescenta um timbre diferenciado, que complementa muito bem.

Primeiras aparições públicas?
As primeiras aparições públicas foram em bares noturnos e Festivais de Música Universitária.  Tocar em trilha para teatro oportunizou ótimas viagens e amizades, um convívio prazeroso e de crescimento musical, pois compunhamos os temas conforme a exigência do diretor, mesclando outros instrumentos de sopro e cordas. Uma ótima experiência.

Quais músicas admira?
Minha admiração é  maior a choro e jazz. A arte de improvisar, comum aos instrumentistas, de  dois estilos,  requer uma dedicação e estudo constante.

Quais são as músicas que gosta de tocar?
Com amigos a MPB corre solta, onde faço o possível com violão folk de cordas de aço.  Mas o chorinho, pela tradição e  preservação do estilo, temas soberbamente compostos, me satisfaz enormemente; cada um contribuindo para uma harmonia única,  brasileira. Sempre brinco ao afirmar que quem toca choro se diverte mais do que quem ouve.

O que faria se estivesse no início da carreira e que não teve coragem de fazer?
 Se estivesse no começo sa carreira teria estudado mais e levado a sério a profissão,  seja de educador ou de músico.  Existe campo para prover sustento com essa profissão e acredito ser muito gratificante.

O que aplica dos grandes educadores'. Das aprendizagens que teve no dia ?
 Dos educadores sempre lembro de uma aula com Maurício Carrilho,  sobrinho do exímio flautista Altamiro, que frisava que o ensaio tem que  sair perfeito; na apresentação deixar acontecer.  Serve para a vida. Caprichar em todas as pequenas coisas. O resultado vem naturalmente.


Algo que apostou e não deu certo?

Arrependimento?

Quais as maiores alegrias  e decepções qe teve?
Minhas maiores alegrias são minha família, e viagens que fizemos juntos, principalmente para lugares históricos.  As decepções entram para nosso entendimento do mundo e das pessoas, que nem sempre pensam como a gente gostaria. Se alguém me influenciou foi principalmente através dos livros, hábito que cultivo diariamente, em particular sobre os grandes conflitos bélicos,  onde aflira o pior mas também o melhor de cada um. Outra grande alegria que tenho é meu hobby de modelismo militar aéreo,  um exercício de paciência e persistência; assim como a música,  um eterno aprendizado.









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